Como Irritar Um Capitão Pirata escrita por Mrs Jones


Capítulo 8
Capítulo 6 - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem a demora. Estava ocupada com a escola, e só agora tive tempo e inspiração para escrever rsrs. Já estou escrevendo o próximo, talvez eu poste ainda hoje se der tempo. Beijinhos e não se esqueçam de comentar.



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Capítulo 6 – Seja mais esperta do que o Capitão (parte 2)

Estamos navegando desde ontem e ainda não chegamos à maldita Ilha das Tarântulas. Hoje o Capitão amanheceu rabugento. Sei que ele leu o que escrevi aqui e pensei que estivesse zangado com as coisas que falei sobre ele. Mas só posso crer que está irritado com alguma outra coisa.

Tal como ontem, o Capitão novamente se zangou com os marujos e os maltratou. Não sei o porquê de ter se irritado tanto, mas espero que tenha sido por um bom motivo, pois quando subi ao convés, Killian parecia realmente chateado com alguma coisa. Dizem que ele é um bom homem, mas não consigo ver nada de bom nele. Ou vai ver que ele esconde toda a bondade que ainda resta em seu coração. Talvez ele até esteja sendo bom demais comigo. Ele poderia ter me matado ou me deixado trancafiada no porão, mas não fez isso.

No entanto, o Capitão precisa rever seu conceito de justiça. O caso é que quando fui dizer isso a ele, o Capitão se zangou comigo.

Hoje pela manhã, depois que acordei e subi ao convés, vi que a roupa de Jack estava encharcada de sangue e acabei por descobrir um feio corte em seu braço. Ele me disse que estava bem, mas eu percebi que estava sentindo muita dor e quase não conseguia trabalhar. Jack é o responsável pelos canhões e seu trabalho exige muito esforço, mas aposto que o coitado mal conseguia movimentar o braço. Não sei como ele foi se machucar, mas suponho que tenha se cortado com uma faca bem afiada. Fui dizer ao Capitão que Jack necessitava de repouso e ele nem ligou, disse que não se responsabilizava pelos acidentes que aconteciam aos marujos e que Jack tinha suas obrigações para com o navio. Então eu disse a ele que aquilo era muito injusto, que o pobre marujo estava sentindo dor e que o mínimo que o Capitão podia fazer era dar descanso ao irmão. E foi aí que ele se zangou. Gritou comigo dizendo:

- Já lhe disse para não se intrometer em assuntos que não lhe dizem respeito. Você é apenas uma prisioneira. Eu sou o Capitão deste navio. Eu faço as regras e você as segue. Se não está satisfeita retire-se do meu navio.

E depois disso eu não pude fazer mais nada além de ficar calada. Então ele me mandou vir para sua cabine e me trancou aqui. Já estou aqui há horas e nem almocei. Procurei um bom livro entre os que ele tem sobre sua mesa, mas todos eles só falam sobre navegação. Acabei por ler um bocado sobre o assunto e até aprendi algumas coisas úteis.

Apesar de ser um grosso e insensível, o Capitão é bastante inteligente. Ele sabe muitas coisas sobre náutica e sobrevivência no mar, além de saber ler e escrever, coisa que os outros marujos não sabem. Mas acho que se ele largasse o orgulho de lado até poderia ensiná-los a ler e, posteriormente, a escrever. Esta é uma coisa que estou pensando em fazer, mas sei que o Capitão vai me repreender se eu o fizer. Ele certamente irá dizer que piratas não precisam ter outros conhecimentos além de navegação, mas no fundo ele sabe que se estes homens fossem mais instruídos, certamente não seriam tão submissos a ele. É deplorável como as coisas funcionam neste navio. Infelizmente é uma coisa que nunca conseguirei mudar, pois ainda existem outras dezenas de pobres piratas por aí. Bem, o máximo que eu posso fazer é lutar pelos direitos deles, e continuarei fazendo isso, custe o que custar.

***

  Eles continuaram navegando até o anoitecer, até que por fim avistaram uma ilha não muito longe de onde estavam. O Capitão usou sua luneta e viu que aquela era realmente a Ilha das Tarântulas e, quando por fim eles atracaram, a noite já caíra.

- Vamos explorar a ilha amanhã bem cedo, então tratem de descansar marujos – disse o Capitão e depois que todos foram dormir ele também se recolheu à sua cabine.

Ruby estava sentada no tapete, absorta na leitura de um livro. Ela parecia muito irritada e não disse nada quando o Capitão entrou.

- Você escreveu? – ele perguntou sentando-se à mesa e Ruby não respondeu. – Ah, então agora vai bancar a muda? Tudo bem... O que está fazendo?

- Você não tem olhos na cara?

- Como é que você ousa falar assim comigo?

Ruby deu de ombros:

- Eu falo como quiser...

- Você tem que me tratar com o devido respeito...

- ...porque você é o Capitão, faz as regras e devemos segui-las... sim, eu já sei disso.

- Se sabe por que é que não as tem seguido? 

- Que eu saiba essas regras são para marujos e eu não me encaixo nesta categoria.

- Essas regras são para os meus subordinados e agora você é um deles. Você não é minha prisioneira, é minha escrava.

- Ah, então agora sou uma escrava? – Ruby se levantou, seu sangue fervia nas veias de tão furiosa que ela estava – Pois espere até meu pai saber disso. Ele não vai lhe pagar um tostão!

- Eu não preciso do dinheiro do seu pai – o Capitão sorriu maldosamente – E você nunca irá embora daqui.

- Veremos!

O Capitão não respondeu, apenas lhe deu as costas e pôs-se a fazer anotações, mas ela sabia que no fundo ele pensava na enorme quantia que poderia ganhar caso a devolvesse a seu reino.

Ruby voltou à sua leitura e por fim, depois de alguns minutos, o Capitão disse:

- Decerto você pensa que sou um tolo.

- Não penso... Aliás, eu não confio em você, sei que é bastante esperto.

O Capitão riu satisfeito.

- Obrigado pelo elogio, Princesa. Geralmente as pessoas não admiram minha esperteza.

- Não foi um elogio – ela respondeu com secura.

- Não me importa. Mas ainda assim você deve pensar que sou um tolo a ponto de deixá-la ir, e não posso fazer isso...

- Como é? – ela largou o livro e se levantou completamente pasma – Como assim não pode me deixar ir? Esse foi o acordo... eu lhe disse que meu pai irá pagar muito para me ter de volta.

Killian se levantou.

- Sim, eu sei. E por mais que eu pense em todo o ouro que irei ganhar, não posso deixar de pensar nos riscos. Eu poderia ser condenado à forca por ter seqüestrado uma princesa.

- Eu não ia deixar isso acontecer.

Killian levantou uma sobrancelha e Ruby não pode deixar de pensar no quanto ele ficava sexy ao fazer isso.

- Ah sim... Mesmo eu tendo te seqüestrado e te feito sofrer você não ia permitir minha morte. Muito legal de sua parte.

- Que tipo de pessoa você pensa que eu sou? Não acho certo condenarem as pessoas à forca, há outras formas de se pagar por seus crimes. E existe o perdão. Eu perdôo você, porque sei que não sabe o que está fazendo.

- Eu sei exatamente o que estou fazendo. – por um momento o Capitão ficou irritado, mas logo seu rosto exibia uma expressão marota – Mas se você quiser, digamos, me castigar por meus crimes, eu vou adorar... – e sorriu maliciosamente.

- Ora, seu... – Ruby enrubesceu e achou melhor se controlar antes que dissesse palavras inapropriadas.

- Você fica excepcionalmente linda quando está envergonhada. – ao que Ruby ficou mais vermelha ainda, se é que isso era possível. Killian se aproximou e acariciou o rosto da moça, que, paralisada como estava, não tinha condições de fazer nada – Você é tão...

Nesse momento a porta da cabine se abriu e Smee entrou, interrompendo o momento.

- Capitão, eu...

-Não sabe bater na porta, Smee? – o Capitão perguntou aborrecido. Ruby ainda envergonhada se afastou do Capitão e tentou disfarçar seu constrangimento, não queria que Smee percebesse o quanto ela estava vermelha.

- Perdão, Capitão, é que é urgente! 

- O que você quer? Espero que seja importante.

- É o Jack, Capitão. Ele está queimando de febre.

- Ora, e o que você quer que eu faça?

- Hum, eu esperava que o senhor nos dissesse o que fazer... – Smee se encolheu, provavelmente com medo da reação do Capitão. Killian já exibia uma expressão de descontentamento e irritação.

- Vocês não têm um médico a bordo? – Ruby falou.

- É claro que não temos, Princesa – Killian respondeu antes de virar para Smee e falar: - Está certo, tragam-no para cá.

Smee assentiu e saiu para o convés, enquanto Ruby fazia cara feia para o Capitão.

- A culpa é sua, eu disse que Jack não estava em condições de trabalhar...

- Está bem, está bem... agora vai me culpar, não é? O que eu podia fazer?

- Podia ter me ouvido.

Ouviu-se um vozerio vindo do andar de baixo; ao que parece Jack se recusava a ir para a cabine do Capitão, ou pelo menos foi isso que Ruby pode apreender enquanto tentava escutar o que se passava. Depois de uns minutos a porta da cabine foi aberta com violência e Smee e o Cozinheiro entraram por ela, arrastando um Jack que se debatia.

- O que você quer? – Jack gritou tentando se livrar das mãos fortes dos homens que o seguravam.        

Killian não respondeu, ao invés disso agarrou o braço machucado de Jack, arrancando um grito de dor do mesmo. Jack tinha enrolado um pano meio sujo em volta da ferida, o que contribuíra para que o machucado infeccionasse

- Hum, isso está mal – o Capitão murmurou depois de retirar o pano. O corte não sangrava mais, mas estava meio aberto e a pele em volta estava muito inchada; não era nada bonito de se ver. – Quando foi que você se cortou?

- Ontem à noite – Jack respondeu meio contra sua vontade. Ele suava e parecia fazer um enorme esforço para ficar de pé.

- Não devíamos costurar isso? – Ruby examinou a ferida e olhou para o Capitão, como que pedindo permissão para que ela mesma pudesse fazer isso.

Killian suspirou e assentiu.

- Bem, Princesa, você é a única que sabe costurar aqui, então faça.

E ela fez, mas reclamou da falta de equipamentos de primeiros socorros. Tiveram de limpar a ferida com rum (ideia do Capitão) e Jack quase morreu de dor quando ela começou a costurar o corte. Mas por fim a ferida foi fechada e já estava com aparência melhor. Ruby cuidou de Jack até a febre abaixar e o Capitão a observava de longe. Ela ainda não esquecera o que acontecera mais cedo; perguntava-se o que poderia ter acontecido se Smee não tivesse chegado bem na hora.

Você fica excepcionalmente linda quando está envergonhada. A voz de Killian ainda ecoava em sua cabeça. Mas ele não tivera tempo de completar sua fala. Você é tão... Tão o quê? Ela ficou imaginando o que é que ele ia dizer.

“Ele é tão atraente, mas tão insensível...”, ela pensou “Por que me pego pensando nele a todo momento? E aqueles sonhos... não posso me apaixonar por um pirata!”

- Você se importa de dormir aqui? – a voz de Killian a despertou de seus pensamentos – É bom ter alguém por perto caso ele volte a ter febre.

Jack agora dormia na cama do Capitão, contra a sua vontade. Se pudesse escolher teria preferido dormir no lugar de sempre, mas Killian e Ruby não permitiram que ele deixasse a cabine. Ruby sabia que o Capitão só estava preocupado com o irmão porque não queria parecer culpado caso algo de ruim acontecesse ao marujo, mas ela concordou em ficar.

- Está bem. E você vai dormir onde?

- Eu me arranjo por aí – Killian deu de ombros – Me chame se precisar – e saiu deixando uma Ruby pensativa.

***

Jack acordou logo que o sol nasceu, estava com a aparência bem melhor. Ruby se certificou de que ele estava bem e o convenceu a tirar uma folga, afinal não era todo dia que o Capitão ficava tão bonzinho.

- Não é bondade da parte dele – Jack riu – Killian só quer se certificar de que eu vou ficar bem. Quer se livrar da culpa. Ele não é tão bom quanto todo mundo pensa, no fundo só pensa nele mesmo.

- Eu sei, mas ele é seu irmão apesar de tudo.

 - Irmão? Para mim ele não é nada. Podemos ter o mesmo sangue, mas eu não o considero como um irmão. Irmãos são unidos, ajudam um ao outro... Desde que mamãe morreu Killian só tem se aproveitado dos outros.

- Mas... você não acha que talvez ele esteja machucado demais? Eu quero dizer, parece que a vida tem sido difícil para ele.

- E nós todos não estamos machucados? Olhe em volta, moça. Todos aqui são uns ratos miseráveis. Não temos do que nos orgulhar. Somos todos iguais. Mas Killian, Killian poderia ser nosso amigo, no entanto se distancia de nós. Nos trata como vermes...

Jack falava como se sentisse dor. Era um homem amargurado.

- ... e no final, somos apenas vermes mesmo.

- Não diga isso. Vocês são tão corajosos!

- E de que serve a coragem? A bravura? Todas as noites enchemos nossas canecas e bebemos até não agüentar mais. Gastamos todo nosso dinheiro em mulheres e bebida. Vivemos esfregando o convés, e consertando o navio... há dias que não temos nada além de ração e cerveja. Somos todos uns miseráveis! Agora me diga, moça, isso é vida? Parece bom para você?

- É claro que não. E eu vivo dizendo isso ao Capitão. Mas também não tenho muito do que orgulhar...

- É claro que tem! Você é uma princesa! Aposto que vive num castelo enorme, cheio de empregados... e deve ser muito rica. As pessoas sempre vão te amar, sua vida ao menos tem significado.

- De que vale tudo isso? Eu não sou feliz, nunca fui. Meu pai vai me obrigar a me casar com um homem que eu não amo.

- No fim você não tem muita escolha, não é? – ele sorriu tristemente.

- Por que você escolheu essa vida?  

Jack demorou a responder, ficou fitando o chão até por fim falar.

- Este navio era do meu pai, e é a única lembrança que eu tenho dele. Meu sonho era ser capitão, mas um bom capitão. Não um tirano como Killian. Mas é claro que ele ficou com o cargo... é o mais velho e sempre foi o preferido do meu pai. Eu não tive escolha. Quando ficamos sozinhos, cada um seguiu seu caminho. Willian virou ferreiro e Killian se tornou Capitão, eu não tinha mais o que fazer. Nunca fui bom em nada... então acabei como parte da tripulação. Sou só o cara que cuida dos canhões...

Seguiu-se um momento de silêncio.

- Mas ainda há esperança – Ruby falou depois de uns minutos – Talvez ele mude. Já estão dizendo que ele está diferente.

- Ele está diferente... e temo que seja por sua causa. Precisa tomar cuidado, Princesa. Se meu irmão se apaixonar por você, não vai permitir que você volte para casa.

- Acha que ele faria isso? – era possível notar o tom de horror na voz da Princesa.

- Você ainda duvida? Quando meu irmão quer uma coisa ele não desiste fácil. E se ele quiser você, ele não vai desistir. Você precisa se afastar dele.

Ruby ficou calada. Como poderia se afastar dele? Não poderia. Não quando estava completamente encantada pelo Capitão. Ela ainda não admitira para si mesma, mas sentira-se atraída por aquele homem desde o momento em que se viram pela primeira vez. E mesmo Killian sendo um louco, egocêntrico, sádico e sem coração, ela descobriu que gostava dele.

- Mas você gosta dele, não é? - Jack perguntou depois de um tempo. Ele encarava Ruby de um jeito que demonstrava o quanto ele desaprovava a proximidade entre o Capitão e a Princesa.

- Como é? – e ela precisava se certificar de que ouvira direito.

- Perguntei se você gosta do Capitão.

- Eu não gosto dele! Mas de onde é que você tirou isso? – ela gritou e ficou vermelha. Jack não sabia se a razão do rubor era por raiva ou por vergonha.

- Eu vejo o modo como você olha para ele, e o modo como ele olha para você. A gente percebe essas coisas, moça... Posso ser um simples marujo, mas sei de muitas coisas.  

Ela ficou ainda mais vermelha e não disse nada. E nem precisava, pois em seu interior, ela sabia que tudo o que Jack dissera era verdade.

Lá fora, do outro lado da porta, Killian Jones escutara toda a conversa...

***

Os marujos e o Capitão se preparavam para explorar a ilha. Escolhiam suas armas e espadas, enquanto Ruby observava de longe. Ela avistou Killian, lindo como sempre, e começou a pensar coisas impróprias demais para uma princesa. Ela balançou a cabeça tentando se livrar dos pensamentos.

“Droga, Capitão! Por que você tinha que ser tão bonito e charmoso? Isso só complica as coisas...”, pensou.

 Jack, como era de se esperar, ficaria no navio, uma vez que não tinha condições de andar muito. Ele subiu ao convés, sentou-se nuns caixotes de madeira que havia por ali e desfrutou de sua folga.

- Boa-sorte com o tesouro! – gritava aos marujos e ria. – E tomem cuidado com as aranhas!

Todos sabiam que o tal tesouro nunca existira, ou pelo menos, parecia impossível de ser encontrado. Mas o Capitão ainda insistia em procurá-lo.

“Talvez ele só precise de algo com o que se ocupar”, Ruby pensou enquanto observava a Ilha “Talvez ele esteja tentando esquecer a dor que guarda em seu coração”.

- Princesa! – o Capitão apareceu atrás dela e a voz dele fez com que ela ficasse arrepiada – Certifique-se de que Jack irá ficar bem. Nós provavelmente passaremos a noite na ilha. Comporte-se bem.

- Mas eu queria ir com vocês... – ela falou antes que pudesse refrear sua língua. O Capitão a olhou surpreso e pensou um pouco, até decidir que não era uma boa ideia.

- Não acho que seja boa ideia. E eu disse que você não pisaria em terra firme de novo depois do que aconteceu no bar.

- Mas Capitão...

- Não, não, não. Você fica! – e ele se afastou deixando-a irritada.

- Mas Capitão, o que é que eu irei fazer o dia todo? E não agüento mais esse navio. Quero ir atrás das aventuras.

- É perigoso demais para uma mulher, e além de tudo você é uma princesa.

- Ora, eu sei me defender! E se não fosse por mim você não teria encontrado a ilha.

Killian a encarou parecendo pensar na situação.

- Deixe ela ir, Capitão! – Smee veio correndo até eles, agitando as mãos e pulando com animação – Veja, ela é tão inteligente que é capaz de encontrar o tesouro. Ficaremos ricos!

O Capitão ainda analisava a situação. Vendo Smee tão animado e a Princesa tão corajosa a ponto de querer ir com eles, ele simplesmente não podia dizer não.

- Está bem, está bem! Mas se algo acontecer a você eu não irei me responsabilizar. Hum, nesse caso alguém precisa ficar para cuidar de Jack...

- Eu não preciso de uma babá! – Jack gritou de onde estava e Killian fingiu não ter ouvido.

- Beto, você fica – o Capitão disse se dirigindo ao marujo Beto, que era o carpinteiro do navio. – Tome conta do navio até nós voltarmos.

O rosto de Beto se iluminou num sorriso de satisfação, estava na cara que ele não queria ir à expedição à ilha. E Ruby, mesmo conhecendo a tal lenda do tesouro que procuravam, não podia imaginar o que haveria de tão ruim naquela ilha. Os marujos pareciam infelizes por terem de ir até a ilha. Só mesmo o Sr. Smee parecia tão animado quanto o Capitão e a Princesa.  

- Tome, é melhor levar isso caso precise se defender – o Capitão deu a Ruby um punhal de prata de lâmina bem afiada. – Acho que estamos prontos. Vamos homens!

E eles foram de bote até a praia. 


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