Love Chronicle escrita por Tia Cupcake


Capítulo 24
Pausa na série Alluring Secret


Notas iniciais do capítulo

Yooooooooo! Estou muito ansiosa pelo que vocês vão achar, e pra escrever outro cap de minha outra fic que também está atrasada, portanto, vão ler e me desculpem pelo cap curto, eu vou tentar postar essa semana de novo. Se quiserem saber notícias sobre a fic, alguns spoilers, planos, coisas e tal, vão ao meu blog http://watashinochuunibyou.blogspot.com.br/ para saber, lá eu irei postar as informações. Só não escrevi maior o cap porque meu cérebro vai se cansando, e a cada dia ele tem uma cota de criatividade, se eu escrevesse mais iria ficar uma merda. Não corrigi nem nada, por isso dessa vez vai estar com vários erros, desculpa >.< o outro compensa!



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Ela ficou olhando pra cara dele por um bom tempo, e eu estava quase segurando a cabeça dos dois e tacando uma na outra. Se decide cara! Vai ficar indo e vindo nesse “pega-os-olhos-safira-não-pega” pra sempre? Se beijem, se amem, namorem, se casem, se relacionem sexualmente de uma vez.

Kaede: Fala a pessoa que fica indo e vindo com o Syaoran e o Kuro-wan.

Kurogane: Até você dona Kaede?! Me chamando de Kuro-wan?!

Kaede: Você pode entrar nos pensamentos da Yana?! Que tipo de poderes sobrenaturais você tem, Ninja-kun?

Yana: Brincadeira, não era ele, era eu. Acontece que eu posso controlar isso aqui. Por isso se eu quiser que a Zeuza apareça, ela irá aparecer. Mesmo sendo só eu fingindo ser ela. Mas será que dá pra parar de me julgar? Os dois são delícias. E eu tenho de escolher só um, a Aira não, ela só tem um delícia, por isso não tem razão nenhuma para ficar confusa.

Kaede: Verdade. Se eu tivesse idade pra essas coisas, já pegava os 3 de uma vez.

Yana: Isso é nojento de se imaginar Kaede-dono. Pare.

Olhei pro rosto do Fay, que mesmo que estivesse sorridente, tinha aquele olhar apreensivo e ao mesmo tempo meio que louco passar por seus olhos. Mas a Aira logo começou a rir (para o meu alívio, porque se o Fay decidir dar a louca todo mundo morre) e a fazer gestos extravagantes para todos os lados da casa.

Aira: É claro que sim seu idiota, nem precisava disso. E também eu... – e aí ela fechou os olhos e caiu no chão (pro desespero do Fay, que pensou que ela tivesse morrido), começando a babar. A habilidade para dormir dessa menina é incrível. Se bem que eu também estou com sono. Mas eu também estou com fome. Ah, que se dane. Vou roubar comida do Dr. Kyle. Mas antes...

Yana: Então gente, vamos descendo? Nós temos muito o que fazer, como achar a Sakura, que é motivo de eu estar aqui em primeiro lugar. – mentira desgraçada, eu vim por culpa do Syaoran, mas né. – Temos de estar de barriga cheia para conseguirmos pensar.– o Fay me olhou agradecido e fechou a porta. Sorri maliciosamente e baixei meu tom de voz.

Yana: Então... Mokona acompanhe-os que eu já vou, okay? – o Kurogane me mandou um olhar de “é bom me explicar depois”, e eu só sorri.

Mokona: Puu! – e foi enxotando eles. Meu sorriso aumentou e eu me colei na porta, olhando por uma frestinha. Aleluia por essa casa ser velha e ter várias falhas! Bem como pensei a Aira tinha se levantado e estava limpando a roupa da poeira do chão. Ela não tinha desmaiado de sono coisa nenhuma. Foi um teatro. Ela suspirou e se sentou na ponta da cama. Ele ficou parado em frente á ela.

Aira: Você entende não é? Eu não posso te namorar de verdade agora. Nós temos uma conexão, mas não é amor não é mesmo? – ele ficou um pouco mais sério, mas sem tirar o sorriso do rosto.

Fay: É claro que eu entendo. – seus olhos safiras ficaram mais escuros. – E eu também entendo que tem muito mais, além disso. Eu sei que você percebe as coisas. E também sei que você percebeu que tem algo estranho em mim. Você não sabe se pode continuar com qualquer sentimento que tenha por mim. – ele suspirou e por um momento eu pensei que ele fosse chorar. Ele começou a sussurrar. – Bem, você está certa. Eu não sou alguém em quem se pode confiar. – o seu cabelo longo foi pra frente do rosto, e eu senti uma dor no meu coração. Ela tem de dizer algo! Ela tem de falar que não é verdade! Que ele é confiável! Que ele é um amor! Que não importa quem ele seja, qual é o passado dele, ela vai continuar amando-o!

Mas ela não disse nada. Ela só evitou olha-lo nos olhos. Me segurei pra não entrar no quarto e lhe meter uns tapas na cara. Se ela entende o que acontece com ele porque não fazer algo?! É bem possível que ela seja o salvamento dele, e ela simplesmente quebra todo e qualquer futuro bom que possa existir para os dois?!

O Fay respirou fundo e empinou a cabeça, com seu grande sorriso de volta a tona. Mas seus olhos tinham sarcasmo agora.

Fay: Bom, eu acho que nós vamos continuar como antes, não é? – ela levantou o olhar para o dele, e duas lágrimas caíram de seus olhos, fazendo com que ele ficasse surpreso. Ela deu um grande sorriso, enquanto as lágrimas caiam.

Aira: Sim! – senti lágrimas em meus próprios olhos. Por que? Qual é o problema? Não irão ficar juntos por que? O que afinal está acontecendo?! Ela mordeu os lábios e secou o resto com a manga do vestido, sorrindo logo depois. O Fay ainda estava paralisado e ele fez menção de abraça-la. Ele parou e olhou pro chão, falando tão baixo que foi difícil pra escutar.

Fay: Seria pior se eu fosse gentil não é? – ele respirou fundo e sorriu. Ela sorriu de volta, e logo a aura dos dois foi voltando ao normal. Mas eu não voltei. Ainda não entendia. Eles se levantaram e se olharam por um momento. A Aira olhava fixamente para os lábios dele e foi com a cabeça pra frente, fechando os olhos. Ele passou a mão pelos seus cabelos e se dirigiu pra saída do quarto. Vexi, se ele me ver eu morro. Saí correndo pelo corredor e entrei em um quarto aleatório e vazio. Ouvi que ele saiu do quarto e desceu as escadas. Quando abri a porta e vi que ele realmente tinha ido, eu fui até o quarto. A Aira ainda estava ali, na posição de espera por um beijo, os olhos fechados fortemente e caindo lágrimas. Entrei no quarto e limpei o seu rosto.

Yana: *Nee, warao... Onegai...- eu sorri pra ela, que respirou fundo e me abraçou. – Está tudo bem, você tem a mim, você tem a todos nós... – ela me abraçou mais forte e depois, sem nem me olhar, saiu do quarto. Suspirei e desci as escadas.

–*-*-*-*-*-*-*

Quando cheguei à cozinha estavam todos tomando chá – educadamente! – e comendo torrada. Me juntei para desfrutar da comida (saudades de Nutella) e conversar sobre o que fazer. O Syaoran estava arrasado e murmurando “Sakura” o tempo todo, provavelmente perdido em lembranças. Respirei fundo e fui até ele, me ajoelhando. Peguei meu anel de plástico que eu ganhei quando comprei um pacote de balinhas e coloquei em seu dedo anelar, só pra conseguir me sentir um pouco mais feliz, imaginando que isso era um casamento. Só que a única que dizia sim era eu.

Yana: Nós vamos conseguir acha-la, não se preocupe. – eu sorri. – esse anel é símbolo de minha promessa. Eu definitivamente vou acha-la. Então, por favor, sorria pra mim, okay? – ele ficou um momento sem reação e depois sorriu pra mim. Suspirei aliviada e me espreguicei, fazendo com que lágrimas surgissem nos meus olhos.

Yana: Ita-ta-tai! Minhas costas! Parece que caí em cima de um monte de pedras! – o Fay começou a rir e eu quase me esqueci do homem sério que ele tinha sido a poucos minutos. A risada dele é tão boa!

Fay: Está parecendo um velho reclamando de dores!

Yana: Ah, é? Então vai ali se estralar! – ele foi rindo, mas quando começou a alongar os braços uma careta de dor tomou conta do seu lindo rosto (maravilha, delícia! A Aira começou a me fuzilar e eu dei uma risadinha nervosa).

Fay: Realmente, você tem razão! E também... – ele não conseguiu terminar a sua frase porque nesse momento o Dr. Kyle desceu correndo as escadas, afobado.

Kyle: Eles estão vindo!

Kurogane: Quem? – finalmente o moço quieto se pronunciou. Fui dando pulinhos até ele e o abracei por trás. Ele ainda é mais alto que eu mesmo estando sentado. Vida triste essa.

Kyle: O povoado! – e foi correndo até a porta, que se abriu forçadamente antes que qualquer um de nós pudesse fazer alguma coisa. Uma multidão eclodiu dentro da hospedaria. Eu nem cheguei a comer, nem venham encher o saco. Já é muito triste a vida sem Nutella e sem pudim, se eu não tiver nem um pãozinho eu não vou aguentar viver.

Homem idiota: Mais uma criança sumiu! – uma mulher chorando estava apoiada nele. É a mãe de uma criancinha pra quem eu sorri ontem! A menininha veio e me abraçou por causa do sorriso! Logo uma criança tão doce... Mas de qualquer forma, não posso deixar esse homem agir como quiser. Ele está se armas.

Yana: E a gente com isso? – todos me olharam espantados. Respirei fundo e continuei. – O que o faz pensar que esse assunto tenha haver conosco?

Homem idiota e resto da multidão: Só pode ter sido vocês! – bufei. Como alguém pode ter tão pouca lógica na cabeça?

Yana: Olhe para esta sala: uma das nossas também sumiu. Isso significa que definitivamente não pode ter sido nós. Não vá acusando os outros seu burro de carga! – revirei os olhos e uma pessoa que se destacava surgiu dentre a multidão.

Kyle: Essas pessoas não saíram de casa a noite! – seu olhar era triste e eu fiquei com uma grande vontade de cuspir na cara dele. Como consegue ser tão falso? Olhei pro Kurogane, que parecia estava prestando toda a atenção á ele. – Para benefício de clientes em estado de emergência, meu quarto é do lado da entrada. Eu teria percebido se alguém tivesse saído. – o Kuro-wan olhou pra mim e eu assenti, havíamos pensado a mesma coisa. Se o quarto dele é na entrada, mais fácil seria para ele sair. O homem que havia se destacado na multidão – conhecido como Glosam-san (ou sansão, já que a pronúncia é parecida) – encarou o Dr. Kyle, e depois se dispersou junto da multidão desesperada por encontrar seus filhotes. O Fay começou a rir e a dizer que as pessoas ficavam nos encarando como corujas. Eu quase comecei a rir, mas ao ver o Syaoran triste daquele jeito, minha risada se foi. Na verdade, ele estava mais pra preocupado. Olhando dois corvos do lado de fora da janela. Será que ele finalmente está entendendo o que está acontecendo?... Sim, mas provavelmente não desconfia do Dr. Kyle. Suspirei.

O Dr. Kyle me perguntou se eu tinha comido e eu fiz cara feia. Suas feições se tornaram tristes.

Kyle: A senhorita por acaso está chateada comigo? Eu fiz algo pra você? Por favor me fale para eu poder te recompensar! Foi o vestido? Você não gostou dele? – trinquei os dentes, tentando não começar a xingá-lo.

Yana: Eu estou bem. – falei seca. – Vamos lá para fora, pessoal? – todos assentiram e nós saímos. Decidimos que iriamos para a biblioteca ver se tinha algum livro sobre a lenda da Princesa. Íamos quietos, até que o Syaoran veio pro meu lado.

Syaoran: Yana... Por que você desconfia do Dr. Kyle? – fiquei quieta e ele me deu um sorriso fofo. Merda, não me dê esses sorrisos perfeitos quando eu estou tentando te ignorar! – Você pode me contar as suas suspeitas. Eu vou confiar em você. Só preciso saber o porquê. – suspirei, irritada. Se eu disser eu vou voltar pro meu mundo! Não posso dizer nada, nem onde a Sakura está, nem nada! Senti a raiva transbordar, e não me aguentei mais.

Yana: Tudo para conseguir restaurar a Sakura de uma vez não é? Não importa o que eu sinto, não importa nada! “Eu sou seu melhor amigo, você é muito importante pra mim”. Você estava mentindo não estava? Será que dá pra parar de se preocupar um pouco com a Sakura por um único momento?! Mas que merda! – vi uma bolinha de plástico duro e a peguei, girando-a nervosamente nas mãos. O Syaoran fez uma cara irritada.

Syaoran: Eu me preocupo com todos vocês! Não só com a Sakura! – ele balançou a cabeça. – Mas é claro que eu me preocupo com ela também! Ela é a pessoa mais importante pra mim! – dei um grito irritado.

Aira: Hey pessoal, vamos para de brigar, por favor... – eu me virei pra trás e taquei a bolinha na Aira. Só que pegou no rosto dela. Ela deu um gemido e colocou a mão em cima do nariz. Pûs a mão em cima da boca. O nariz dela estava sangrando. Todos paralisaram. O sangue pingava em sua mão. Arregalei os olhos. Ela olhou irritada pra mim. – Por que você fez isso? Qual é o seu problema sua aberração?! – eu nem prestei atenção. Uma gota caiu na neve, dando um contraste bem berrante. Outras duas também caíram. A neve as absorveu.

Cai ajoelhada na neve, com imagens de uma garota com o nariz sangrando caída no chão, depois de uma escada. Uma bolinha igual a essa que eu tinha tacado na Aira, só que com peixinhos de plástico dentro rolava de perto da cabeça da garota. Eu chegava perto dela, e sua respiração havia parado. Murmurei algo e comecei a chorar desesperadamente. A Aira arregalou os olhos e parou na minha frente.

Aira: Desculpe! Não quis te chamar de aberração! Só me irritei um pouco! – eu murmurei de novo. Ela franziu as sobrancelhas. – O que foi que você disse?

Yana: *Hito wa... koroushita.

Aira: O que?! – ela arregalou os olhos e depois balançou a cabeça pros lados. – não pode ser Yana-chan. Pense bem. Fique calma. – vi o Syaoran correr em nossa direção, com papel nas mãos. Ele deu pra Aira, que colocou em baixo do nariz. – A cena do meu nariz sangrando só deve ter despertado uma lembrança enterrada ou esquecida. Respire fundo. – eu me balançava pra frente e pra trás, entrando em desespero. O Kurogane se ajoelhou ao meu lado, dizendo pra respirar fundo. Consegui me controlar um pouco e inspirei profundamente. As lembranças foram voltando devagar. Eu havia lançado a bola na parte de trás da cabeça dela de brincadeira, só que tinha lançado com muita força e do alto de uma escada. Ela caiu e seu nariz começou a sangrar. Ela quase morreu. Ela iria morrer. Como ela não morreu?... A lembrança continuava embaçada. Suspirei. Pelo menos agora meu medo de sangue faz sentido.

Expliquei pra eles o que tinha acontecido, que sorriram.

Kurogane: Você é tão boa Yana. Eu já matei diversas pessoas e... – eu coloquei meu dedo indicador em seus lábios e sorri.

Yana: Você está ótimo do jeito que está. – ele sorriu de volta. Não importa se ele já matou todos os bons lutadores da cidade. Não importa. O Kuro-wan que eu conheço é outro, e o que ele era antes não importa. Olhei pro Syaoran, que tinha passado da expressão aliviada pra uma triste e chateada. Ele desviou o olhar. Eu não devia ter dito aquelas coisas. Olhei pra baixo e pro sangue na neve. Agora que eu sei o porque do medo do sangue eu consigo pensar uma coisa, mesmo ainda tendo medo...

Sangue é tão lindo. Em maior quantidade deve ser melhor ainda. Senti um sorriso estranho passar por um segundo pelo meu rosto, mas logo depois o Kurogane me estendeu a mão pra levantar e a sensação logo foi embora.

–*-*-*-*-*-*-*-*-*

Estávamos na biblioteca lendo, e o Syaoran me evitava. Ele só me disse duas palavras.

“Não posso.”, e depois se afastou, deixando por mim interpretar o que ele queria dizer. Suspirei. Será que tinha ficado parecendo que eu o amo? E eu o amo? Eu só gosto dele? Provavelmente amo mas...

Estou sentada ao lado do Kurogane em um lugar afastado dos outros. Já tínhamos decidido o que fazer para reunir pistas sobre o Dr. Kyle. Só não tínhamos pensado que ele iria virar o jogo.


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Notas finais do capítulo

*Nee Warao... Onegai: Hey, sorria... por favor...
*Hito wa... koroushita: Eu matei... uma pessoa...
Hey, sabiam que hoje é o aniversário do Syaoran e da Sakura? Por isso que quase me matei escrevendo todo o cap hoje, por homenagem a ele. Vou postar uma matéria sobre isso lá no meu blog. Bye!



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