“Ficamos todos boquiabertos observando a situação. Tudo isso só para parar a briga desses dois?... que eu acabei de reparar que estão puxando os meus braços pra lados contrários. Bem, depois eu trato disso.

Fay: Será que eu poderia lhe beijar? – soltamos um “oh!”. Que isso gente? Até parece que estou em um anime! Não pera...

Aira: O-o que?! É claro que não seu... – ela parou a frase ao ver que ele não estava brincando, mas sim estava em um raro momento de um sorriso doce. Indo ali comer o sorriso dele que parece ter gosto bom. – S-sim. – Os olhos de safira dele brilharam.”

–--- tuts tuts ------

Homens com armas: Quem são vocês?!

Ficamos por um momento estranho só olhando pra cara deles, reparando em quantas espinhas poderiam existir em um rosto só. Eita povinho feio. E mal-humorado! Se fossem felizes eu gostaria deles. Porque eu não sou nem um pouquinho preconceituosa. Sou uma ótima pessoa, tipo a Sakura. E é por isso que o Syaoran me ama.

Toc toc

Mas que merda... nunca serei livre... pode entrar Kaede-san.

Kaede: Mas e o Kurogane: Não pensa no Kurogane não é?

Yana: É claro que eu penso no Kurogane! – comecei a ruborizar (que cena mais estranha pra quem não lê meus pensamentos) – É só que, sabe... Eu tenho uma queda por garotos que parecem garotas. E o Syaoran é tão fofo e perfeitão que parece uma garota... Já o Kurogane... Bem...

Kaede: Já o Kurogane é homem e macho igual a você. Se bem que você é meio bicha né Yana-chin?

Yana: Ô produção! Dá algo pra fazer pra essa mulher, por favor?!

Depois de um tempo vendo como as pessoas são por dentro, nunca julgando pelo que elas são por fora, a Aira representou a todos nós fazendo a coisa mais inteligente do planeta: comprando briga com gente armada.

Aira: Como assim o que a gente está fazendo aqui? Estão achando que são os donos da minha vida? Olhem aqui seus cretinos, que se dane se vocês tem arminhas de merda ou não, eu não vou me intimidar! Eu vou na cidade que eu quero quando eu quero entendeu? Nós não estamos fazendo nada de errado! Não aprenderam nada com suas mães, seus mal-educados? E além do que...! – o Fay (que estava rindo, para variar) colocou os braços em volta dela e beijou a sua nuca (que isso agora? O Kurogane influenciou todo mundo? Vão todos começar a se estuprar? E no meio da rua?!) o que a fez se calar e ficar vermelha.

Olhei para o lado e vi que o Kurogane ainda estava com uma bola de neve na mão, que começava a se dissolver. Reparei na roupa dele, que era um sobretudo preto cheio de botões, e ele usava botas pretas altas. O conjunto combinava com seus olhos negros, com seus cabelos espetados. Mudei o foco para o seu rosto (sentindo um incrível complexo de ser baixa...) que estava concentrado nas armas dos caras, parecendo estar planejando algo para o caso de que alguma coisa acontecesse. Descobri-me sorrindo pra sua preocupação conosco e percebendo o quanto ele realmente cuida da gente mesmo fingindo não gostar de ninguém.

Se bem que parece que ele é um pouco diferente do anime. Lá ele era menos risonho, menos conversador, menos... menos o Kurogane que eu conheço. O Syaoran estava conversando com os cidadãos quando eu dei uma risada por perceber o quanto eu estava pensando nele, e todos olharam pra mim. Eu disse pra eles não se importarem e, bom, eles não se importaram (eita povo falso). Só o Kurogane veio pro meu lado e disse como se não fosse comigo, olhando pro lado. Como eu disse antes: ele realmente se importa com a gente. Acho que ele percebeu que eu estou morrendo de cansaço.

Kurogane: Sobe nas minhas costas. – continuei rindo e tomei impulso, dando um pequeno pulo. Ele teve que se agachar mesmo, porque os meus pulos não adiantaram. Ruborizei e escondi minha cabeça no ombro dele quando ele passou as suas mãos ao redor das minhas coxas e me segurou bem forte. Suspirei em sua nuca, fazendo com que ele tremesse um pouco. Sorri em segredo para a roupa dele.

Yana: Obrigada Kurogane-kun. – ele me lançou um olhar um pouco surpreso, porque nunca em mil vidas ele teria imaginado que eu o chamaria pelo verdadeiro nome com o “kun” depois. Ele se virou para frente observando a briga do Syaoran e a Aira com o povo.

Kurogane: Pelo o que? – ele apertou mais as minhas coxas e eu senti um sentimento esquisito.

Yana: Por me animar. Por ficar comigo. Por sempre me entender. Simplesmente obrigada por existir Kuro-la... – passei uma das mãos pelo seu cabelo, me sentindo ficar vermelha ao vê-lo ruborizado pelas minhas palavras. Dei uma pequena risada. – Eu realmente nunca imaginei que você conseguisse ser tão legal, tão fofo, tão eu. – dei um sussurro, esperando que ele conseguisse ouvir. – E, por favor, não me olhe quando eu disser isso. – Não sei se foi impressão minha, mas ele balançou minimamente a cabeça em uma afirmativa.

Yana: Obrigada por me entender com o Syaoran. Realmente, mesmo gostando de mim você me ajuda e não me deixa ficar triste por causa dele. – dei uma risadinha entre dentes. – Nunca pensei que amá-lo daria tantos problemas. Sempre pensei nele como um deus, um ídolo, algo impossível, alguém para se admirar e me fazer conseguir continuar a vida. – mordi os lábios em uma tentativa de não chorar. – Afinal eu nunca pensei que fosse mesmo conhecer vocês. Eu tinha esperanças, mas, sinceramente? Nunca realmente acreditei. No meu mundo isso é impossível. E isso fazia a vida tão mais difícil. Vocês eram o meu suporte para uma vida chata, uma vida de exclusão. Eu simplesmente não acredito que eu estou realmente aqui com vocês. Realmente, eu... – segurei a respiração, me controlando para não chorar. Ele olhou um pouco pra trás e, ao ver a minha expressão, deu uma risada, o que me fez sorrir. Nada de chororô. Sou muito dahoran pra esses negócios aê.

Desci das costas do Kurogane com um sorriso marcado no rosto. Só que, parece que de birra (porque né, estava tudo tão perfeito!) pra estragar o momento, os homens irritantes começaram a nos ameaçar e a apontar as armas pra nós. A Aira se preparou pra dar uma voadora, eu me escondi atrás do Kurogane e o Syaoran protegeu a Sakura (o que me fez quase quebrar os dentes de tanto trinca-los).

Mas aí o Dr. Kyle apareceu, impedindo-os de nos ameaçar mais um pouco, e uma voadora na cara espinhenta deles pela Aira. Vadio, falso, hipócrita. Suspirei e desviei os olhos quando o Syaoran me lançou um olhar triste. Ele não entende, ele não viu o anime da vida dele. Mas mesmo assim... ele tinha de acreditar em mim! Ele fica em uma ida e vinda comigo, por acaso ele nem confia em mim? Um aperto começou a se espalhar pelo meu peito e eu taquei uma bolinha de neve no cabelo perfeito dele depois só lhe dando a língua quando me olhou. Ele primeiramente estava com um sorriso no rosto, mas a me ver agarrada ao Kuro-plup e com olhar de desprezo para o Kyle, bem, ele fez uma caretinha muito fofa de tristeza. PORQUE TUDO TEM DE SER FOFO NESSE MENINO??!!! O Kurogane percebeu minha reação e suspirou enquanto me protegia, me fazendo ficar envergonhada.

Um homem de porte forte e seguro se aproximou vestindo roupas chiques junto de um velhinho de roupas simples.

Moço Elegante: O que está acontecendo aqui?! Quem são essas pessoas?

Dr. Kyle: São viajantes que eu permiti ficarem em minha casa. – o rosto do homem Elegante se contorceu em uma careta irritada.

Moço Elegante: Como assim você deixa estrangeiros ficarem em Spirit em um período tão ruim?!

Velhinho Cute-cute: Acalme-se Glosam-san!

Glosam: Como poderia me acalmar, Prefeito-dono? Nós não conseguimos encontrar nem uma das crianças perdidas!

Kyle: Esse é o motivo. Essas pessoas pesquisam lendas do mundo todo. Talvez eles possam nos ajudar com a situação. – Syaoran, você aumentou a nossa mentira de novo? Olhei pra ele com olhar acusador e ele – que estava me olhando porque eu sou incrivelmente sécsi – fez uma caretinha embaraçada.

Syaoran: Ahaha -deu uma risada nervosa, que foi interrompida por Fye aumentando ainda mais a mentira.

Fye: Somos uma família, meu querido armado-com-armas-letais-sama. – ele se curvou exageradamente, quase batendo o nariz no chão (tá com inveja de mim é?) - está é Sakura, minha irmãzinha -olhou fofamente para ela, e senti que Aira estava imaginando como seria enfiar uma faca na linda cabecinha dele - Essa é a Aira, minha esposa -note a Aira ali atrás quase desmaiando em cima do Mokona (cuidado Mokona você vai ser seriamente esmagado pelos peitos dela) - Esse é o Syaoran, meu assistente pessoal e escritor com sua secretária Yana, – ele me olhou maliciosamente. Para de ler fanfics hentai seu baka! - e por ultimo esse é o Kuro-ponpon-wayway,- PON PON WAY WAY WAY - o meu servo! Ou escravo, dependendo do tipo de sociedade que vocês vivem. - Kurogane indo ali fazer treta com o Fye, e sendo impedido – ah não! Eu gosto de tretas! - por Mokona dando um head-butt em seu traseiro (bravo Moko-chan! Maior coragem nunca vi).

Fay sabe ser formal e normal isso é novidade. Foi possuído pelo Syaoran, só pode! Está planejando algo surpreendentemente (por que palavras que terminam com “mente” é vida) errado não é? Mentir é feio! Seu feio! (mentira, com seus olhos até o mendigo é lindo) - balancei o indicador para o Fay em repreensão e ele retribuiu com um sorriso idiota, por que ele simplesmente só sabe sorrir.

Um olhar ameaçador veio do tal Glosam-san que nos olhou como se tivéssemos em um tribunal.

Glo-sam: O que é que eles sabem? -perguntou com uma cara de “só eu mando seus medíocres!”.

Dr. Kyle: Eles sabem o que nós não sabemos. – Obrigada pela explicação, agora tudo faz sentido na minha vida.

Logo depois que eles pararam de discutir Dr. Kyle contou-nos sobre as crianças desaparecidas. Afinal estávamos na terra da princesa de cabelos dourados (mas quem diabos é essa princesa, poxa?!).

Sakura: Mas... não pode ser... -com seu olhar triste, senti Syaoran olhar para ela calorosamente. Eu e o Kurogane suspiramos e fizemos um movimento de pegar algo e colocar em outro lugar, dizendo “*Kore wa oidoite”. Depois ele olhou sério pro resto do povo.

Kuro-lala: Dá pra entender por que eles ficaram daquele jeito quando nos viram. –Nem defende seu merdinha, eles apontaram armas pra gente!

Yana: Se bem que não faz sentido! Nós acabamos de chegar, como poderíamos logicamente ter algo a ver com isso? Pra mim isso é covardia. - todos me olharam com olhares de desprezo e de “por que você disse isso sua idiota?!”. Dei de ombros. É a verdade.

Tudo ficou embaçado de repente e eu quase caí. Por sorte ninguém estava olhando nesse momento. Tapei uma das minhas visões, e eu vi que eu finalmente estava perdendo a visão do meu olho esquerdo, como eu e a Kaede tínhamos combinado. Um dos lados ficou totalmente escuro e pelo outro eu via perfeitamente. Suspirei, finalmente reparando do tanto de coisa que eu tinha desistido pelo Syaoran. E simplesmente só por ele. E que provavelmente os vilões da história estavam atrás de mim agora. Suspirei.

“O que ela apenas tinha de fazer era destruir tudo,

Vou abandonar esse meu coração puro,

Se eu poder ter amar,

Não irei hesitar de cortar essas asas,

Deixa-me render ao diabo.

Todos começaram a conversar entre si (me ignorando, eba, que novidade) e o Kurogane veio até mim, fazendo um gesto pra gente se sentar. Comecei a mexer na neve como se fosse uma criancinha. O Kurogane veio mais pra perto de mim e começou a sussurrar.

Kurogane: Qual o motivo de você achar que o Dr. Kyle é do mal? – esmaguei mais um pouco de neve, fazendo água gelada cair pelas minhas mãos. Suspirei. Eu não podia contar pra ele por que se não eu era mandada de volta pro meu mundo, já que eu não podia contar nada do futuro. Olhei pra ele, fazendo-o (não se sabe o porque) ficar vermelho.

Yana: Desculpe Kuro-wan, eu só não posso contar, mas ele é sim! Por favor, pelo menos você tem de acreditar em mim... – ele sorriu.

Kurogane: É claro que eu acredito em você. Por que você mentiria? – ele olhou de rabo-de-olho pro Dr. Kyle. – Além do que eu acho esse homem muito suspeito. Ele simplesmente é bonzinho de mais sabe? – assenti, eu tinha pensado a mesma coisa quando tinha assistido o anime. – Mas nós precisamos de uma prova. Ninguém irá acreditar, e também não conseguiremos fazer nada contra ele. – bufei e me deitei na neve. Fiz um anjo de neve enquanto o olho Kurogane me olhava com uma careta engraçada.

Yana: Se deite também Kuro-chan! – ele resmungou em uma voz horrorizada “Ku-kuro-chan?”. Sim, eu passei pra outro nível, me deixa em paz. – É divertido! – Ele retorceu a cara. – Ah, vamos, por farvoziiiinho! – ele revirou os olhos e fez um roboticamente no começo, depois se entregando e rindo quando travávamos por que estávamos perto de mais e batíamos nossos braços. Quando terminamos ele já ia levantando, mas eu o segurei e...

Click! Pronto, mais uma foto para o álbum que na verdade só existe na minha cabeça. Eu estava fazendo mímica com as mãos como se estivesse segurando uma câmera. Todos nos olharam estranho, e o Kurogane fez uma careta pra câmera imaginária. Tiramos várias “fotos”, praticamente todas fazendo caras idiotas. A última eu tirei dando um beijinho de esquimó com ele. Não importa se não existe a câmera, isso vai ficar pra sempre de qualquer forma. Bem, o negócio era que todos pararam pra assistir, e tiveram diversas extensões de reações de surpresa ao ver a última.

Yana: Hein? Ahn? O que foi? Por que todos estão olhando?

Tenna Wakede!

O Fay olhou pro céu e viu que novamente estava ficando escuro. Estávamos todos esgotados, mas pelo menos tínhamos conquistado a confiança do povo ao passar à tarde com eles. Estava deitada no colo do Syaoran e do Kuro-la (morrendo de vergonha, mas ainda assim preguiçosa). A Sakura estava abraçada com o Fay e a Aira estava brincando com o Mokona. Pelo menos até agora a pouco, porque né...

Fye: Já está tarde! - encarou a Aira que estava de costas pra ele com o Mokona na cabeça.

Aira: ... -que isso moça, responde o moço (tudo é moço agora, me deixa pessoas que julgam de mais pro meu gosto que vivem na minha mente). Não pera, ela tá dormindo em pé. Comecei a rir e saí do colo deles, correndo até ela. Tomei fôlego e gritei ao seu lado.

Yana: FLANGOOOOO! -esperneei no ouvido dela que acordou exaltada.

Aira: Eu? O que? Frango? Comida? – ela olhou ao redor e depois fez uma expressão triste ao não ver nenhuma comida. Falando nisso, eu estou morrendo de fome... Que se dane se o Kyle-kun é do mal ou não, ele tem comida e eu vou dormir na casa dele. Ao pensar em comida eu comecei a pular e a Aira também, que nem uma retardada mental. – Uwai! Estamos num pula-pula! -e foi pulando até o Fay, pulando no colo dele, se esfregando o rosto em seu peito como se fosse um gatinho.

Kuro-pon: Vocês tem certeza que ela está sóbria? Hoy Shiro Manjuu, alguém deu bebida para ela?

Mokona: Mokona não sabe de nada! -aí ele ao invés de ajudar, pulou na cabeça do Fye, que estava adorando a situação (por que os peitos da Aira devem ser macios. E parem de me julgar). Espreguicei-me.

Yana: Vamos voltar povo? – todos assentiram, e o Syaoran completou tudo como se fosse a nossa mãe.

Syaoran: Está na hora de dormir, temos de ir pra casa. – começamos todos a rir – até a Sakura, por que ela não ta bem, sinceramente, essa menina está começando a ficar meio doida da cabeça – e o Syaoran ficou olhando pra gente de um jeito confuso. Quando chegamos o Dr. Kyle fez sopa de legumes e batatas pra gente. Pedi pra Aira um pijama, e primeiro ela me mostrou uma camisola transparente (o que fez com que o Syaoran começasse a tossir, o Fay assoviasse e o Kurogane começasse a rir), mas depois me deu um pijama decente de moletom cinza escuro com alguns detalhes drogados na parte de cima, uma meia quentinha cinza e uma pantufa cinza clara. A Aira só colocou uma camisa longa rosa com um unicórnio e uma meia branca com coisinhas pretas. A Sakura colocou uma camisola longa de mangas longas e rosa clara. Os garotos colocaram uma calça quentinha e pegaram uma das camisas de algodão branca do Dr.Kyle. Quando fui me trocar, eu disse pra eles virarem de costas se quisessem, mas que eu iria me trocar ali mesmo. O Syaoran que estava bebendo um chocolate quente cuspiu tudo.

Syaoran: É o que?! – eu fiquei vermelha, mas decidi que eu não iria ser fresca.

Yana: Ué, vocês já me viram de biquíni, por isso qual é o problema de me ver de... de... de... de roupas íntimas?!!! – eu gritei e comecei a retirar o vestido. Ao invés do que eu pensei, eles não se viraram e sim ficaram olhando. A Aira deu de ombros e também começou a retirar as roupas. A Sakura foi pra um cantinho se trocar, mas também não ficou de frescura. Bem, todos os garotos ficaram meio que ofegantes e super iper mega vermelhos.

Yana: Na-nani yo? Vocês já nos viram assim antes!

Fay: É, até pode ser Yana, mas acontece que isso nos remete á outro tipo de coisas... – revirei os olhos, mesmo que estivesse vermelha. O Mokona ficou pulando entre nós.

Mokona: Puu! Como vocês são lindas meninas! – nós rimos e fizemos carinho nele. O Fay emburrou.

Fay: Se fosse a gente que fizesse isso vocês já teriam nos enfiado a faca! – terminei de colocar tudo e dei de ombros.

Yana: Isso porque vocês são uns hentais. – olhei fofamente pro Syaoran. – Menos você meu amor, você é de mente pura. – Ele deu uma risadinha e olhou pro lado, completamente vermelho, com um sorriso perfeito no rosto. O Kurogane ia rebater, mas o seu olhar parou em cima dos meus pequeninos peitinhos, e ficou calado, quase derretendo de tão vermelho que estava. O Syaoran mudou de assunto.

Syaoran: Bem, já que terminaram, vou desligar a luz.

Yana: Ah! Espera eu tenho que deitar antes, por que eu sempre tropeço no escu... -tropecei e bati meu nariz na cômoda pela 600ª vez. –I-itai... p-pode apagar a luz-choraminguei.

Fay fez Aira se deitar na mesma cama que ele. COM ele. Acho que ela estava sonâmbula porque não reclamou nem nada, e se ela estivesse acordada nunca teria se esfregado daquele jeito... ou teria? Sei lá, tem doido pra tudo, e é a Aira... E o Fye, por isso não duvido mais de nada. Chamei o Syaoran e a Sakura e dei um beijinho de boa noite na bochecha deles. O Syaoran olhou culpado pra mim.

Syaoran: Desculpe não deitar com você hoje, é só que eu não quero mais dormir no chão, por isso... –eu sorri pra ele.

Yana: Não tem problema, querido. – ele arregalou os olhos diante do elogio. Sorri por dentro (depois me sentindo culpada pelo Kuro-chan... Argh! É tudo tão complicado!) – Eu posso dormir no chão mesmo. – ele ia dizer alguma coisa, provavelmente pra eu dormir com o Kuro-la, mas depois se calou e foi se deitar. Fiquei ali no escuro, sentada no chão, suspirando o tempo todo. Olhei pro Kurogane, que percebeu que eu estava observando (kuro-chin como você enxerga no escuro? Pera, EU enxergo no escuro?) e ficou um pouco vermelho - acho que era vermelho, por que no escuro parecia roxo- e veio até mim.

Kurogane: Y-yana-san, s-se quiser pode se deitar comigo.

Yana: E-ehhhhh? -gritei em sussurros para não acordar o povo e não ser expulsa pelo Dr. Kyle- H-hontou?

Ele olhou para baixo em sinal de sim, perguntei novamente e ele quase me xingou com um "Não me faça falar de novo ou vai dormir sozinha". Por impulso me levantei e fui deitar. Ele se deitou primeiro e ficou de costas pra mim. Deitei-me ao seu lado e o abracei, sentido a vermelhidão natural se apoderar do meu rosto pálido. - A-atatakai... peguei no sono.

Enquanto eu dormia, sem notar nada que acontecia (Kaede: Não diga! você está dormindo iria interagir e saber o que acontece! - Yana: Para de invadir meus pensamentos!). Sakura ainda estava acordada, e viu um brilho vindo da janela, indo olhar -por que a curiosidade mata.

Sakura: A Princesa de cabelos dourados?! -exclamou para todos ouvirem e acordarem e baterem suas testas uma nas outras. Só que ninguém acordou.

TUTS

No dia seguinte todos acordamos sobressaltados ao ouvir o Syaoran remexendo em tudo. A Sakura tinha desaparecido. O Kurogane fez um ruído irritado. Porque mal humor de manhã cedo é tudo.

Kurogane: Por que você fica nesse vai e vem entre a Yana e a Sakura? A Sakura pode muito bem ter só ido ao banheiro e você fica nesse desespero. Aposto que se fosse com a Yana você não ia nem piscar. – o Syaoran, que geralmente é super calmo se virou com uma face irritada pro Kuro-lala.

Syaoran: É claro que eu me preocuparia! É você que fica abusando da inocência dela o tempo todo! Seu hentai!

Yana: Me-meninos, vamos nos acalmar, tomar um chazinho de maracujá... – eles olharam furiosos pra mim e o Syaoran veio e pegou no meu braço.

Syaoran: Pelo menos eu admito que ela é importante pra mim! – ele olhou fofamente pra mim. – Você é minha melhor amiga, muito preciosa pra mim. – o Kurogane revirou os olhos.

Kurogane: Tsc, melhor amigo... – ele veio e pegou no meu outro braço. – E-eu-eu-eu, sobre você... – ele olhou pro lado – eu te adoro! – eu fiquei super vermelha pro chão, sentindo a vergonha me dominar, tampando minha garganta e obstruindo qualquer pensamento lógico, meu coração batendo super forte.

O Fay deu um passo à frente e abraçou fortemente a Aira. Todos pararam o que estavam fazendo e olharam na direção deles.

Ficamos todos boquiabertos observando a situação. Tudo isso só para parar a briga desses dois?... que eu acabei de reparar que estão puxando os meus braços pra lados contrários. Bem, depois eu trato disso.

Fay: Será que eu poderia lhe beijar? – soltamos um “oh!”. Que isso gente? Até parece que estou em um anime! Não pera...

Aira: O-o que?! É claro que não seu... – ela parou a frase ao ver que ele não estava brincando, mas sim estava em um raro momento de um sorriso doce. Indo ali comer o sorriso dele que parece ter gosto bom. – S-sim. – Os olhos de safira dele brilharam.

Ele se aproximou dela, o que a fez fechar os olhos. Ela colocou a mão no cabelo dele e ele deu um sorriso ainda maior, pondo a mão em sua bochecha. Ninguém interrompeu como geralmente acontece nos animes, por isso a única coisa que aconteceu, foi um beijo. Sim, um beijo. Um beijo muito fofo. Quando eles terminaram ficaram se olhando apaixonadamente.

Fay: Você aceitaria ser minha namorada? – o olhar dela ficou indecifrável.