Quase Amigos 3º Temporada escrita por kaka_cristin


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

OK, ultimo capitulo de hoje. ;)



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À tarde Gerard foi à gravadora começar com a gravação do CD e eu fiquei em casa. Aproveitei que estava só pra arrumar tudo. Preparei um jantar, enfeitei a mesa de centro da sala com vela. Coloquei várias velas fazendo caminho até a mesa e depois subi pra colocar uma camisola minha bem sexy. Ouvi um carro parando na frente de casa e corri pra escada e fiquei parada no ultimo degrau apoiada no corrimão da escada com uma pose bem sensual esperando que ele entrasse. Quando a porta se abriu Gerard olhou espantado pras velas no chão e depois pra mim então alguém deu uma porrada na porta abrindo-a totalmente e eu vi Ray, Frank, Mikey e um tal de bob que era novo na banda. Dei um grito e corri escada a cima. Bati a porta do quarto e comecei a chorar de tanta vergonha. Passaram-se uns poucos minutos e o Gerard apareceu no quarto. eu ainda estava constrangida e pensava na cena deitada na cama quando ele sentou do meu lado.

 


G: tudo bem?



L: não.



G: Desculpa, eu não sabia que estava preparando um
jantar pra nós.



L: por que era surpresa não é?



G: vamos lá embaixo.



L: nem louca. Depois desse mico que eu passei? Não apareço nem morta lá embaixo.



G: não tem mais ninguém aí. Foram todos embora depois que viram tudo o que você teve trabalho de preparar pra nós dois. Ein? Vamos?



L: ta.



G: eu adorei o que você preparou ta? – disse me dando beijinhos no cangote. De repente o celular dele
tocou. – é o Ray.



L: o que ele quer agora ein? Acabou de sair daqui.



G: * no celular * Oi. Ta. – minutos depois ele desliga o celular. – eu tenho que ir à casa da minha mãe.
esqueci umas coisas na bolsa dele.



L: não creio.



G: eu tenho que ir amor. é importante.



L: ta. Vai lá – não tinha outro jeito mesmo...



G: tchau. Eu prometo que vou te recompensar depois.



L: ta. – ele me deu um beijo depois saiu do quarto apressado.


 

Recompensa invisível que eu tive, desci e as velas que ainda estavam acesas eu apaguei. Fiquei olhando o jantar que não tinha acontecido e depois eu subi e dormi e ele não tinha voltado ainda. Só fui vê-lo no dia seguinte quando acordei pro colégio. Estava no banheiro penteando meu cabelo quando ele chegou por trás de mim me abraçando. Tinha acabado de acordar. Eu ainda estava aborrecida pela noite anterior, eu tentei uma aproximação, mas foi um desastre.



L: não vai estudar hoje?



G: vou. – disse beijando meu cangote.



L: o despertador tocou faz vinte minutos.



G: eu tava cansado. Resolvi dormir mais alguns minutinhos.



L: se arruma logo então.



G: calma. – disse me beijando o pescoço.



L: anda Gerard, hoje eu tenho que chegar cedo, pois
tenho que pegar lugar lá na frente.



G: desde quando o lugar lá na frente é disputado? Sempre chegamos em cima da hora e sempre temos nosso lugar lá. Ta me evitando?



L: você está me evitando. – disse me virando pra ele. – faz semana que você nem encosta em mim. Eu durmo e nem sei que horas chegou. Agora você vem me dando beijinhos tentando se redimir por ontem. Não é assim que vai me ganhar Gerard. Se for pra continuar desse jeito chega. Não agüento mais.



G: é o nosso futuro que eu estou resolvendo.



L: nosso futuro? É o seu futuro.



G: não fale merda. É com isso que eu vou te sustentar.



L: nunca dependi de você pra nada Gerard, não pode jogar na minha cara.



G: mas agora vai depender já que se estourou por bobeira e rasgou a merda do contrato com o Josh.



L: messe suas palavras engraçadinho. Eu não rasguei aquela porcaria de contrato a toa e outra eu não vou precisar de você agora, eu tenho emprego.



G: qual? No clube? Ganhar mixaria?



L: pelo menos não precisarei do seu dinheiro sujo.



G: não é sujo, é dinheiro suado, de todo meu esforço.



L: cala a boca Gerard! – gritei. – eu to indo pra escola antes que a gente brigue pior do que isso. – saí do banheiro e peguei minha mochila e fui embora pra
escola.


Gerard... 


Ontem à noite voltei pra pegar alguns dos papéis que esqueci na pasta do Ray. Ele me esperava na minha antiga casa com Mikey. Cheguei lá peguei os papéis, mas quando ia embora minha mãe apareceu e então ficamos todos os 4 conversando. Ela queria saber como estava indo a banda, como eu estava me sustentando, como ia meu namoro, preocupações de mãe. Quando olhei no relógio eram vinte pra uma. Falei pra minha mãe que tinha que ir, pois estava muito tarde. Quando cheguei em casa Lola já dormia. Fiquei observando-a enquanto ela dormia, fiz um pouco de carinho em seus cabelos e dei-lhe um beijo na testa. Como eu gostava dessa garota, nossa! Desci e arrumei as coisas na sala: as velas, os pratos, copos, comida...depois fui me deitar e acabei adormecendo de imediato, estava muito cansado. Acordei com o barulho do despertador, era hora da aula. Eu estava odiando ter que acordar todo dia cedo, mas era preciso, faltava apenas um ano pra acabar minhas aulas e eu estava rezando pra que o ano passasse logo, pois não agüentava mais acordar cedo. Enrolei mais um pouco na cama, com preguiça. Quando me levantei, Lola estava no banheiro, já estava vestida e penteava o cabelo. Entrei no banheiro abraçando-a por trás e sentindo o cheiro dela que era ótimo. Adora seu perfume e sentia falta dela. Foi então que começamos a brigar, ela começou a me evitar e depois jogou na minha cara que eu a evitava e pronto, o circo estava armada e a briga não terminou nada bem. Lola foi pro colégio e eu continuei no banheiro pensando no que tinha acabado de acontecer. Estava péssimo, disse tantas coisas ruins na cara dela, coisas que não eram pra serem ditas, mas que na hora da minha raiva foram saindo. Me arrumei e fui pra escola, quando cheguei na sala de aula ela não estava. Comecei a ficar preocupado pensando se alguma coisa tinha acontecido com ela ou coisa do tipo. Me virei pra me retirar da sala e fugir da escola, mas era tarde, dei de cara com o professor na porta e eu não tive escolha senão me sentar junto com o restante da turma e aprestar atenção na aula.




Lola...



Ok, que eu tinha sido dura com o Gerard, mas ele também não foi nada legal me falando aquelas coisas. Eu fiquei chocada quando ouvi ele dizer que me sustentava. Desde quando? Só por que me pagava a entrada do cinema? Ou por que me pagava um jantar no restaurante? Precisava me jogar tudo na cara? eu nunca gostei que ele pagasse tudo sozinho, mas ele sempre insistia e eu acabava cedendo. Foi péssimo ouvir isso, mas ele que não se preocupe mais por que de hoje em diante eu pago meu jantar! Eu pago a entrada do cinema! Eu pago o bilhete do parque! Eu pago mais o que eu quiser ter, fazer, comer, e etc. não preciso dele pra nada. Apesar da merda do contrato que eu perdi...agora eu to torcendo pra que eu consiga uma vaga no clube e ganhar uns trocados pra minha sobrevivência.

 


Ia pensando em tudo isso encostada na janela do ônibus à caminha da escola, quando meu celular tocou e eu atendi...



L: oi.



K: Lola, onde está?



L: to indo pro colégio. Por que?



K: preciso de você aqui agora.



L: onde você está?



K: no clube com Brian e Clarck.



L: ok, estou indo praí. 


 

Na mesma hora desci do ônibus e peguei um outro que fosse pro clube. Quando cheguei lá Keylan, Clarck e Brian me esperavam na frente do clube.

 


L: vim o mais rápido que pude.



K: que bom que você veio, conversamos com o dono
do clube, mas ele disse que precisava de você pra finalizar o contrato.



L: já estou aqui, então vamos entrar.

 


Entramos no clube e um cara com os cabelos negros e compridos e cheio de tatto no braço nos atendeu e mandou que nos sentássemos na mesa perto do bar. A tal da mulher que sempre atendia no bar estava lá e secava alguns copos e os arrumava no balcão. O clube estava vazio e as mesas tinham cadeiras emborcadas sobre elas. Só tinha aquela mesa perto do bar com cadeiras em volta e um livro em cima.

 


D: e então, qual o nome da banda?



L: é o meu nome Lola Bigelow.



D: seu nome?



L: é, era o que usava no meu CD.



D: vocês têm um CD?



L: sim.



D: e por que quer tocar aqui então?



K: é que perdemos o contrato com a gravadora, já que estávamos tendo idéias contrárias. – disse me cortando.



D: eu nunca ouvi falar de vocês...



B: mas nós somos bons, logo na primeira semana nosso cd foi um dos mais vendidos.



D: isso é bom, estão contratados. Vamos ver como vocês vão nessa semana, se forem bem, continuam.



K: ótimo você não irá se arrepender. e quanto é o cachê?



D: isso vai depender da quantidade de pessoas que vierem ao clube.



L: ta, mas como isso funciona? – estava curiosa mesmo em quanto ia nos pagar.



D: um dólar por pessoa que vierem assisti-los.



L: um dólar?



D: é, mas não se preocupe, geralmente isso aqui enche com umas cem pessoas...



L: cem dólares? – ainda estava abismada com tal mixaria.



D: é pegar ou largar.



K: Lola, não temos outra escolha. – cochichou Keylan no meu ouvido.



L: nós ficamos. – aceitei mesmo não gostando do salário.



D: ótimo, aguardo vocês nesse final de semana, serão os últimos a se apresentar. Foi um prazer fazer negócios com vocês. A propósito, meu nome é Jonas, mas podem me chamar de tio Jon. – disse abrindo um largo sorriso com poucos dentes para serem amostrados.

 


Quando estávamos no ônibus eu ainda insistia que era muito pouco o salário.



L: cem dólares?



K: mas isso se vierem cem, pode ser que encha mais
do que isso.



B: e se vierem menos?



C: não piora as coisas Brian. – disse dando uma cotovelada em Brian.



L: vai ser muito pouco, como é que vou fazer pra me sustentar com tão pouco? Cem divididos pra quatro não é nada.



K: calma Lola, seja positiva, aquilo lá vai bombar com a gente e vamos ganhar bem mais que isso e outra, faremos apresentação no sábado e domingo, ganharemos duas vezes.



L: bem que disseram que era uma merreca de salário. Eu to ferrada.



K: vai dar tudo certo cara, logo seremos contratados por uma gravadora você vai ver.



L: espero que isso aconteça rápido. – disse ficando preocupada com a situação da banda.


 

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