O Caminho Da Neve. escrita por MoonPie, Pam


Capítulo 4
-Vanessa-


Notas iniciais do capítulo

O.k. este capitulo é em homenagem a Pam, ao Gui, e a Lu, que so por culpa deles postei hoje (:



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                                       -Vanessa-

Mergulhei o dedo indicador na água da fonte, que estava fria, e comecei a brincar com a água. Sentada na borda da fonte, encharquei minha saia, mas isso não é de muita importância, havia odiado a escola. Quando me dei conta, estava sorrindo bobamente, brincando com pequenos blocos de gelo que haviam se formado na água da fonte.

Retirei o dedo da água, assustada, e me virei para olhar o jardim, foi quando uma folha piscou para mim.

O que? Uma folha piscou para mim? Eu estou pirando, só pode...

O arbusto que havia piscado começou a se mexer, eu automaticamente fui para trás, quase caindo na fonte. Senti umas mãos me segurando pelas costas, mãos molhadas, e reprimi um grito.

Pulei para longe da fonte, e vi uma bela moça com a cabeça para fora d’água, sua pele era branca, seus cabelos loiros, e seus olhos azuis. E ela sorria.

Agora, ela estava sentada na borda da fonte, me olhando - sinistramente-, e eu continuava me afastando. Ate que trombei em algo, me virei rápido e me deparei com outra bela moça.

Esta era morena, com os cabelos castanhos avermelhados, seus olhos eram verdes. E ela também sorria.

Sem saber o que fazer, e sentindo certo medo das moças que me olhavam com tanta atenção, eu cai no chão e abracei meus joelhos, e assim fiquei tentando me convencer de que elas eram apenas coisas da minha cabeça.

-Dedali! Você assustou a garota! – ouvi uma doce voz.

-Não diga besteiras Aqua! Você a assustou primeiro! – ouvi outra.

-Não, não! Ela se assustou com você, seu arbusto! – disse a primeira, Aqua, supus.

-Tudo bem, garotinha? – perguntou à segunda, deduzi que seria Dedali, e senti uma mão pousar em meu ombro.

Eu apenas sacudi a cabeça, em sinal positivo. Ergui a cabeça e encarei as duas, que estavam na minha frente.

Aqua “farejou” o ar, e olhou de mim para Dedali.

-Você não esta sentindo? – perguntou olhando ainda para Dedali.

-Não.. – e ela repetiu a ação da outra, “farejando” o ar. – Oh! Sim.. Estou sentindo!

Agora as duas me olhavam de modo como se estivessem me estudando, me senti envergonhada com os olhares e levei os olhos para meus joelhos, tentando escapar de seus olhares.

Depois do que pareceram séculos de silencio, eu disse:

- O que vocês sentiram? – ainda encarava meus joelhos.

-Nada demais, filhote de deusa, nada demais... – disse Aqua.

-Filhote de deusa? – ergui os olhos para encara-la. – Como assim?

-Ela ainda não sabe! – sussurrou Dedali para Aqua.

-Não sei o que? – já estava ficando nervosa.

-Quieta, Dedali, estou pensando... Onde esta seu satiro, mocinha? – Aqua falou, agachando-se ao meu lado, o que me fez recuar um pouco.

-Meu satiro? Do que você esta falando? – pus-me em pé, e tive de me controlar para não gritar com a moça.

-Pobrezinha... Não sabe de nada! – disse Aqua olhando para Dedali.

Meus punhos se fecharam, e eu as encarava com raiva eminente, do que elas estavam falando? Só podiam ser frutos da minha imaginação, alias haviam surgido do nada. Então, tive raiva de mim, por estar com raiva de duas alucinações babacas. Elas me olharam assustadas, e a temperatura havia caído, de mais, pude ver que por cima da água na fonte, havia se formado uma fina camada de gelo. E então, minha raiva foi se dissolvendo, como o gelo que estava derretendo na fonte.

-Uau... Ela tem certo poder, não? – falou Dedali.

-Calada! – sussurrou Aqua. – Garotinha, fique calma, por favor, e faça a temperatura voltar ao normal, por favor, sim? – ela estava falando comigo agora.

Mas eu não sabia fazer a temperatura voltar ao normal, não sabia nem como sabia abaixar a temperatura. Estava confusa, o que fez minha raiva voltar.

Eu causava o frio? Não podia ser... Eu olhava para Aqua de modo confuso.

-Não sei como o faço para... – disse baixinho.

-Se acalme, basta se acalmar, e diga que não precisa mais dele, e não se esqueça de agradecer. Creio que isso deva funcionar. – ela disse pausadamente, como se estivesse ensinando tabuada a uma criança de dez anos.

Fechei os olhos procurando relaxar, mas me sentia uma idiota, soltei as mãos, ate que comecei a relaxar mesmo. Obrigada... Pensei me sentindo retardada. Senti um ar quente ao meu redor, e abri os olhos, percebendo que tudo havia voltado ao normal, exceto pelas duas moças na minha frente.

Respirei fundo e as olhei.

-Agora vocês já podem sumir alucinações! – disse.

-Alucinações? Não somos alucinações, querida! – riu Aqua, e Dedali acompanhou.

-Se não são alucinações, o que são vocês?

-Eu sou Aqua, uma Náiade. Uma ninfa da água. – disse-me sorrindo.

-E eu sou Dedali, uma dríade. Uma ninfa dos bosques. – sorriu-me também.

-Prazer, sou Vanessa. Uma pessoa comum... – disse tentando não soar assustada “Ninfas??” e sorri.

-Ora, nós sabemos quem você é, filhote de deusa, mas normal você não é não, isso te garantimos. – falou Dedali.

-Desculpe, mas como assim não sou normal? E vocês ainda não me explicaram sobre o ‘filhote de deusa’. – disse meio zangada com a situação.

-Você sabe que não é normal, Vanessa, nós não precisamos lhe explicar isso. – disse Dedali sorridente, e olhou para Aqua.

-E sobre o termo ‘filhote de deusa’ eu lhe explico. – sorriu-me Aqua, devolvendo o olhar de Dedali. – Mas antes você precisa encontrar seu satiro, pois não temos permissão de fazer isto sem ele. – replicou.

Então as duas começaram a discutir sobre meu satiro, e eu as deixei falando sozinhas, aquela historia toda de ninfas e satiros estava me deixando com dor de cabeça.

Foi ai que percebi. Eu havia me perdido de Charles e Ben.


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