O Reino Imperfeito escrita por Moogle94


Capítulo 2
Capítulo O2 - Realidade


Notas iniciais do capítulo

Obrigado àqueles que leram o primeiro capítulo. E para os leitores novos, por favor, leiam o começo, ou vão boiar geral ._.
Bem, aqui está o próxima chap. Have fun.
o/



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  Digamos que tem seus altos e baixos. Às vezes gosto, às vezes não. Mas tudo tem uma explicação, seja paciente, por favor. Cortando o pleonasmo, vamos do início. Tarde ensolarada – porém fria -  em pleno sábado de férias de inverno. Todos já estavam em suas respectivas casas relaxando... Menos eu. Pra falar a verdade, estava fazendo o oposto. Não um trabalho salariado, onde se recebem ordens de superiores e etc. Mas sim, um meio que escolar. Naquele momento, eu carregava faixas que cobririam o teto do ginásio durante o baile de inverno. Minha professora, que eu considerava minha melhor amiga, havia requisitado a minha ajuda, que eu gentilmente cedi. Não para puxar saco, mas sim por todo o auxílio que ela já havia me dado durante minha vida escolar. No quê? Bem, quando estive a beira de reprovar algumas vezes. Ia mal em quase todas as matérias, salvo por Gramática.

 

 

Como já devem ter percebido, meu vocabulário é um bem extenso. Só não acho que as pessoas que têm acesso á um bom estudo tenham o descaso de não saber usar corretamente a língua da nação de onde nasceram. E sim, falo francês, embora não o utilize muito. Mas isso não vem ao caso.

 

Como dizia, eu ia de mal a pior nas exatas, por exemplo. Números, Fórmulas, classes biológicas...era coisa demais para minha pequena cabeça anencéfala. Lá só cabia Inglês, mais nada. Não que eu fosse uma criança problemática, mas meu ponto fraco era o imenso déficit de atenção. Qualquer coisa me distraia, mesmo que fosse um papel de bala que estivesse no chão. Notando isso, a Sra. Peter tentou me ajudar... E conseguiu. Hoje sou um dos melhores alunos do colégio, com menção honrosa e médias excedendo expectativas. Você deve estar imaginando o quão nerd eu sou. Eu não diria nerd, exatamente, e sim uma pessoa que vê os estudos como uma coisa séria.

 

 E não, não uso óculos, nem camisetas pólo e caneta no bolso. Se for julgar pela aparência, sinto muito, mas não vai conseguir definir nada sobre mim. Diferente das outras pessoas, meu estilo de vestimenta não define minha personalidade. Apenas gosto de me vestir bem, de ter uma boa imagem. Meus cabelos, por exemplo, são “lisos”, castanhos e vão até um pouco acima dos ombros. Meus olhos são verdes, mas variam de cor, o que eu acho muito estranho. Coleciono camisetas, um hobbie muito antigo, que estão sempre acompanhadas de Jeans e algum tipo de All-Star. E minha intenção, realmente, não é me exibir nem impressionar ninguém. Eu me visto para mim, e não para os outros. Quanto a minha aparência física, não tenho nada a reclamar. Posso não ser o garoto mais bonito do colégio, mas, como já disse anteriormente, não dou a mínima para rótulos. Enfim, sem mais delongas... Perdão, eu me empolguei.

 

Eu ajudava a Sra. Peter com a decoração fazendo os serviços mais pesados, enquanto ela cuidava da limpeza e frescuras, como detalhes das mesas, músicas e etc. Ela me pediu que buscasse uma mesa antiga que estava embaixo do palco, em uma espécie de porão. Adentrei o local cuidadosamente, como se esbarrar em qualquer objeto fosse causar um tremor de terra devastador. O lugar tinha um fortíssimo odor de mofo misturado com madeira envelhecida, e o sol penetrava por uma minúscula fresta de janela no final da sala. O esforço descomunal que eu fazia para tentar localizar a mesa naquela penumbra fazia meus olhos já semicerrados arderem, e minha renite alérgica começara a se manifestar violentamente. Eu não poderia ficar ali por muito tempo, então me desesperei a encontrar a maldita no meio daquele monte de entulho. Após mais alguns passos, me deparei com a mesma, encostada em posição vertical com a parede. O pó cobria toda a sua superfície a ponto de apenas pequenas partes do verniz ficarem visíveis. Trancando as narinas com os dedos, passei minha mão no centro, espanando uma grande camada de poeira, e logo depois fazendo o mesmo com toda sua extensão.

 

 Fitei-a por alguns segundos, e então notei algo estranho: haviam marcas em seus 4 pés...um tipo de linguagem. Eu arriscaria grego... não, na verdade não sabia o que era. Então tentei puxá-la, mas o objeto não ousou se mover um milímetro sequer. Como eu iria tirar aquele trangalho dali, eu não fazia idéia. Então retornei ao ginásio para pedir a Sra. Peter que me ajudasse, por mais constrangedor que isso fosse. Quero dizer, um cara de 17 anos não conseguir carregar uma mesa, era um motivo de chacota.

 

 Mas desde o início eu soube que aquele objeto era incomum. Mas enfim, eu não a encontrei. Devo ter gritado o seu nome umas 5 vezes, e então, no silêncio total, foi que eu ouvi o que seria o início do maior pesadelo da minha vida. Era uma espécie de ronco, ou trovão, ou até mesmo o barulho de pedras se esfregando. Aquilo fez os cabelos de minha nuca se eriçarem. Virei-me depressa em direção ao porão, pois estava convicto de que o barulho se originara lá. Novamente ali, procurei o que tinha feito o ruído. Na pressa, tropecei em alguma coisa no chão e para não cair, me apoiei em uma superfície ali próxima. No momento seguinte, uma dor dilacerante invadiu meu sistema nervoso. O sangue saia abundantemente da palma de minha mão, e cacos de vidro se encontravam fundidos com a minha pele.

 

- Merda! – exclamei, apertando meu pulso para tentar amenizar a dor, mas não fazia diferença alguma. Minha visão começou a ficar turva e confusa e me senti mais pesado. E então com um giro, a sala desapareceu.

 

 


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Notas finais do capítulo

Pós Scriptum [P.S]: Outra língua falada no Canadá é o Francês.
E REVIEWS, POR FAVOR COLEGAS ;__;



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