As Crônicas de Nárnia e a Rainha Do Futuro escrita por Rocker


Capítulo 3
Jantar em Cair Paravel


Notas iniciais do capítulo

Olá!!
tah aí mais um cap pra vcs, nao tem mta ação e nem nd, mas msm assim gostei muito de escrevê-lo.
espero que gostem de lê-lo tanto quanto gostei de escrever.
BOA LEITURA õ/



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Jantar em Cair Paravel


Lena olhava-se no grande espelho de corpo inteiro que havia em seu quarto. Estava com um vestido preto tomara que caia que ia até os joelhos. Não gostava de vestidos, mas se já que era “obrigada” a usar, fazia questão que fosse um de seu estilo.

Vestido longo? Apenas em bailes ou em eventos que necessitava tal vestimenta. Cor rosa? Jamais! Lena sempre fora do tipo de garota mais esportiva e rebelde e quase surtara quando descobriu que seria a nova rainha de Cair Paravel.

Nunca se achara bonita. Seus cabelos eram curtos e entre o cacheado e o enrolado, de uma cor castanha quase no preto. Seus olhos variavam de um castanho madeira para um verde folhagem e isso a irritava. Queria que tivessem uma cor definida.

Seu corpo tinha curvas, mas não se sentia bem vestindo algo que as favoreciam; sentia-se exposta. Por isso o vestido que escolhera era solto desde a faixa vermelha que tinha abaixo do busto.

Como não podia usar botas de combate ou coturnos (que conseguira trazer com coisas modernas dentro de uma mochila, quando veio a Nárnia) dentro do castelo, mas se recusava a usar salto. Por isso colocou uma sapatilha preta com detalhes prateados.

Deu uma rodadinha em frente ao espelho, pensando no que podia fazer para melhorar seu visual. Já tentara de tudo, mas nada que vestia a fazia se sentir bonita. Desistiu, ficando com o vestido e sapatilha preta.

Suspirou e olhou para a parede que tinha a cama encostada. Pendurada na parede estava suas duas katanas, que usava nas batalhas. Na prateleira ao lado, repousava sua faca e sua adaga. Tentava ao máximo não deixá-las, mas parece que ao conselheiro, elas não são necessárias no castelo.

Suspirou novamente.

Ela só esperava desta vez poder ajudar. Sempre colocava pressão em si mesma para poder chegar ao objetivo. Os comandantes nunca exigiam muito dela, por ser uma mulher. E era exatamente por isso que ela tentava dar o melhor de si.

E não era só porque os Reis Antigos foram requisitados novamente que ela iria cruzar os braços e deixá-los agir sozinhos. Muito pelo contrário, Lena tentaria de tudo para não ser apenas um fardo.

Lena foi até o armário e tirou de lá seu uniforme de luta personalizado. Um espartilho preto de couro (que era impossível de ultrapassar com uma lâmina), que deixava seu abdômen e seu busto protegido, uma calça de malha colada, que a deixava confortável, e seu velho All Star preto. Deixou pendurado na porta do armário, achando que poderia precisar mais cedo ou mais tarde.

Foi desperta dos pensamentos por uma batida leve na porta. Dirigiu-se até lá e abriu a porta, topando com uma menina de tranças em um longo vestido verde-esmeralda.

– Rainha Lúcia?!

A menina riu de leve.

– Se devemos te chamar de Lena, acredito que possa me chamar apenas de Lúcia também.

Lena riu de leve também, sendo acompanhada de Lúcia.

– Entre, Lúcia. – intensificou o nome da menina, mostrando que poderia chamá-la pelo nome também.

– Não, não. – apressou-se a dizer. – Vim aqui avisar que o fauno Geminik já veio chamar-nos novamente para o jantar.

Lena pareceu um pouco desapontada. Queria poder ver Edmundo e aparece apenas a irmã chamando-lhe para o jantar. Balançou de leve a cabeça para que Lúcia não percebesse. “O que deu em mim, querendo ver o reizinho?”, pensou.

– Já vou. Preciso apenas terminar de ajeitar algumas coisas.

– Tudo bem. – e antes de sair falou. – Gostei do vestido, bem original.

Lena sorriu. Ninguém jamais a elogiou por suas ideias malucas antes. Imaginou se algum dia Lúcia se tornaria uma amiga. Torcia secretamente para que sim.

– Obrigada. Verde ficou bem em você.

Sorrindo, Lúcia saiu em direção às escadas e Lena fechou a porta, sentando-se na cama, analisando seu quarto e pensando se desceria para o jantar ou não.



Edmundo já estava pronto, mas não tinha fome. Queria apenas ver como estava a nova construção do castelo de Cair Paravel. Seu quarto continuava o mesmo, então não duvidava que o resto também continuasse à sua maneira.

Mas tinha que admitir que tinha certa curiosidade sobre como Lena deixara seu próprio quarto. Aquela garota tinha um jeito diferente de todas as garotas que conhecera. Ela não parecia do tipo que se preocupava com vestuário e maquiagem.

Talvez porque viesse de uma época quase meio século à sua frente. Mas algo dentro de si dizia que as garotas do futuro seriam ainda mais vaidosas.

Suspirou, levantando-se da cama e indo para o corredor. Ficou apenas circulando pelos corredores, esperando esbarrar em algum criado ou comandante que estivesse de visita para que pudesse perguntar-lhe onde era o aposento da Rainha Lena.

Mas, para sua total falta de sorte, ao virar em outro corredor, topou com sua irmã mais nova, Lúcia. Estava prestes a dar meia volta, sabendo que sua irmã iria querer saber o que fazia, mas não teve oportunidade.

– Edmundo?!

Xingando mentalmente mais uma vez sua falta de sorte, virou-se novamente para ficar de frente à irmã.

– Sim?

– O que está procurando por aqui? Sabe que aqui são os aposentos femininos.

Ele mordeu um lábio inferior, pensando rapidamente em uma desculpa.

– Eu... Bem...

Lúcia mandou-lhe um olhar malicioso e falou.

– Está procurando os aposentos da Rainha Lena?!

Edmundo sentiu seu rosto ficar mais quente e, só não escondeu o rosto ruborizado da irmã, por que esta já havia visto e soltava uma risadinha nasalada.

– No próximo corredor, primeira porta à direita. – falou Lúcia e Edmundo a encarou, surpreso, enquanto ela passava por si em direção às escadas. – Ah... – começou, virando-se para seu irmão, que continuava paralisado no lugar. – Vai com calma. Ela parece ser bem durona.

E saiu, pensando quando é que seu irmão ia crescer e parar de tentar esconder. Tudo bem que eles se conheceram não tinham nem 24 horas, mas Lúcia acreditava que não tinha tempo determinado para o amor. Ah sim, Lúcia acha que o irmão está apaixonado.

Ela nunca vira Edmundo neste estado por uma garota antes.



Edmundo saiu do transe assustado e se encaminhou para a direção que a irmã lhe indicara. Parou em frente a uma porta branca com detalhes negros na madeira. Não imaginava como, mas sabia que aquele era o quarto de Lena.

Não sabia o que deveria fazer. Podia simplesmente dar meia volta e sair, como se nada tivesse acontecido. Mas algo dentro dele dizia que poderia se arrepender caso não tentasse. Também não podia simplesmente bater na porta e dizer “oi”.

Seria muito estranho de sua parte e só conseguiria dois rostos ruborizados com a pior das vergonhas. Ou então podia bater na porta, dizer um olá, ver a reação da garota e pedir para acompanhá-la até o salão onde seria servido o jantar.

Respirou fundo e contou até dez, esperando desse modo que seu coração finalmente desacelerasse o ritmo. Levantou a mão em punho para bater na porta.

A porta abriu-se antes mesmo que Edmundo pudesse encostar seus dedos nela. Ai meu bom Aslan, e agora?!, perguntou-se apressadamente, enquanto tentava imaginar uma desculpa.

Mas qualquer desculpa, por mais bem feita que ele tivesse imaginado, evaporou se sua mente no instante em que viu a linda garota na sua frente.

Lena estava linda naquele vestido preto soltinho, com uma faixa vermelha abaixo do busto e uma sapatilha preta e prateada. Ela olhou-o surpresa. Atrás dela, Edmundo podia ver parte da parede preta, onde havia uma cama encostada. Na parede, havia duas katanas modernas presas por uma haste [http://farm5.static.flickr.com/4083/5002406488_59c199890f.jpg]. Na prateleira que havia ao lado, uma faca e uma adaga estavam repousadas.

– Edmundo?! O que faz aqui?!

Ao ouvir a voz doce e calma da garota, Edmundo finalmente voltou à realidade e abaixou o braço ainda suspenso. Engoliu em seco, esperando que sua voz não gaguejasse tanto quanto imaginava que faria.

– Vim aqui para perguntar se queria companhia até o salão de jantar. – respondeu com a voz rouca, aliviado que ela não o entregara completamente.

Lena sorriu. Era exatamente isso que ela queria que acontecesse há apenas dois minutos, mas quando abriu a porta, dera de cara com Lucia.

Ao perceber o que imaginara, abaixou a cabeça com o rosto ruborizado e envergonhada com os próprios pensamentos.

– Claro. – respondeu por fim.

Edmundo levantou o braço, oferecendo-lhe a Lena, que o segurou como uma verdadeira rainha e sorriu. O coração dos dois já não mais batia normalmente, mas claro que eles não faziam ideia de que isso ocorria a ambos.

Lena lutou para que todo seu autocontrole fosse usado para manter sua respiração calma, o que não foi nada fácil. Edmundo deixava sua outra mão repousada em punho ao lado corpo. Cada vez que sentia o belo perfume de cereja que exalava da garota, apertava ainda mais o punho para que não perdesse seu já limitado autocontrole.

Desceram até o salão de jantar em silêncio, cada um emerso em seus próprios pensamentos, mas desejando poder quebrar o silêncio que havia entre eles.

Ao entrarem juntos no salão, Lúcia, que já se encontrava sentada, sorriu para Lena, mas lançou um olhar malicioso ao irmão, que fez questão de ignorá-la.

Edmundo pretendia ser um cavalheiro e puxar a cadeira da cabeceira da mesa para que Lena se sentasse, mas a garota rapidamente soltou seu braço e foi sentar-se ao lado de Lúcia, que se encontrava mais ao centro da grande mesa de madeira trabalhada.

Edmundo, tão atordoado quanto a irmã pelo feito da rainha mais velha, aproximou-se e sentou-se em frente às garotas, enquanto dois criados (anões, neste caso) traziam a refeição para os reis.

Antes de se retirarem para cozinha novamente, os anões fizeram uma reverência a Edmundo e Lúcia. Quando estavam prestes a reverenciar Lena, a garota, sem ao menos virar-se para olhar, já sabia o que estavam fazendo.

– Falo todos os dias que isso não é necessário. – falou com a expressão séria e sem virar o rosto. Quando os anões responderam “sim, Lena” com um sorriso no rosto, a menina se virou para os dois, sorrindo também. – Muito obrigada por prepararem a refeição.

Os dois se retiraram para a cozinha e quando Lena voltou-se novamente para a mesa, os irmãos a olhavam estupefatos.

– O que foi?! – perguntou Lena.

– O que fez para que eles não estivessem de mau-humor? - respondeu Edmundo com outra pergunta.

– Ah... Não foi nada... Quando se os ajuda com trabalho e tratamento igualitário, eles não ficam tão irritantes.

– Uau! – exclamou Lúcia. – Poderíamos ter pensado nisto antes. – acrescentou, um pouco tristonha.

– Que isso, Lúcia! – falou Lena. – Admiro muito o reinado de vocês na Idade do Ouro de Nárnia, acredite, me inspiro muito em vocês. – falou, um pouco envergonhada por admitir isso na frente de Edmundo.

Edmundo, ao ouvir isso sair da boca de Lena, sorriu, como se tivesse acontecido o que mais queria. O que deu em mim?!, pensou, ao perceber que estava ficando cada vez mais abobado pela menina.


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Notas finais do capítulo

Msm depois desse cap sem graça [na opinião de quem prefere ação e aventura], queria saber a opinão de cada um que leu =^-^=