As Crônicas de Nárnia e a Rainha Do Futuro escrita por Rocker


Capítulo 2
Chegando em Nárnia


Notas iniciais do capítulo

Oii lindas!! Mais um cap aii pra vcs >.



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Chegando em Nárnia

– O QUE?! – gritou Edmundo e deu um passo atrás, assustado e confuso.

– Desculpe reizinho, foi o que você ouviu. – respondeu Lena.

Ela devia respeito aos antigos reis, mas não gostava quando gritavam com ela. Sendo rei ou não. Ela cruzou os braços e apertou os lábios em uma linha fina, para não perder o controle novamente. Esperou até que a expressão dos dois à sua frente se suavizasse.

Não era a intenção dela assustá-los. Muito menos deixar o Rei Edmundo preocupado. Sentiu-se culpada e descruzou os braços, jogando-os ao lado do corpo.

– Mas como ela retornou?! Ela não estava destruída? – perguntou Lúcia.

Lena estava prestes a respondê-la, mas Edmundo se apressou e virou para a irmã.

– Lúcia, lembra quando ajudamos Caspian contra Miraz? No forte que construíram envolta da Mesa de Pedra, Nikabrik tentou Caspian para que ressuscitasse Jadis.

– Sim, eu... – Lúcia arregalou os olhos, lembrando-se do episódio, quando Edmundo enfiara a espadano abdômen da Feiticeira, que estava presa no gelo.

Lembrou-se que ela estava viva, mas só se libertaria com o sangue de Caspian. Não exatamente dele, mas o dele servia. Lúcia ficava cada vez mais confusa em relação a isso. Como alguém poderia ressuscitar a Feiticeira que condenara Nárnia a séculos de inverno? E como poderiam tê-la trago de volta?

– Como a trouxeram de volta? – perguntou Lúcia a Lena.

– Não sabemos, mas já tentamos de tudo para destruí-la, mas Aslam disse só havia uma coisa que funcionaria. – respondeu e fixou seu olhar em Edmundo. Ele mexera com ela de certa forma e ela tentava encontrar uma forma de superar isso. – Ele disse que tinha algo a ver com os Antigos Reis de Nárnia. Por isso me mandou atrás de vocês.

– Mas e Susana e Pedro? – perguntou Lúcia.

– Mandaram o rato Ripchip atrás deles.

– Mas ele não havia ido para o País de Aslam?! – perguntou Edmundo.

– Sim. Mas Aslam precisava de toda a ajuda possível.

– Quando eles chegarão lá?

– Não sei... Quando Rip os acharem...

– Mas e se não conseguirmos destruir a Feiticeira? – perguntou Edmundo, inseguro.

Ele jamais se esqueceria de quando traíra a confiança de todos e os entregaram à Feiticeira. Jamais se perdoaria e tinha medo. Sim ele tinha medo, mas não iria admitir, claro. Não queria ter que passar por tudo aquilo de novo, com grandes possibilidades de fracassar. Saber que ela voltou fez com que tudo aquilo que passou voltasse à tona.

Mas sabia que Nárnia precisava dele. Lena precisava dele. Edmundo de repente sentira a necessidade de não decepcioná-la. Não podia decepcioná-la.

– Como iremos para lá? – perguntou convicto.

Lena assustou. Há apenas alguns segundos ele estava indeciso e temeroso e não achava que seria fácil mudar sua expressão. Agora soara convicto e decidido, como se algo o movera a fazer de tudo para ajudar.

– Apenas damos as mãos... Aslam falou algo assim.

Ela segurou a mão de Lúcia e estendeu a outra para que Edmundo a segurasse. Sentiu um formigamento nas pontas dos dedos, mas preferiu ignorar. Provavelmente não é nada, disse a si mesma. Fechou os olhos e murmurou.

– Vamos Aslam, leve-nos para Nárnia.

Mesmo de olhos fechados, sabia o que acontecia. Mas para Lúcia e Edmundo foi uma surpresa um pouco desagradável. As paredes explodiram para dentro enquanto o teto de alongava para cima. O espaço dentro do trem ficava cada vez menor e Lúcia olhou assustada para seu irmão, mas sabia que não tinha o que temer.

Lena sentiu a mão de Edmundo apertar mais a sua quando as paredes os esmagaram, mas um segundo depois já não as sentiam pressionando seu corpo contra o do garoto. Sentiu-se aliviada com isso, de certo modo.

Ao abrir os olhos, percebeu que flutuavam no ar. Uns cento e cinquenta metros acima do jardim do palácio.

Ao constatar isso, sentiu-se caindo lentamente. As mãos de Lúcia soltaram-se da sua e do irmão. Ela caia mais rapidamente. Logo abaixo deles havia uma arvore e Lúcia conseguira se segurar no galho mais baixo. Estava com os pés suspensos a três metros do chão. Com um pouco de dificuldade, subira no galho e sentara-se.

Lena e Edmundo não tiveram a mesma sorte.

Edmundo, ainda segurando a mão da garota, conseguira se segurar no galho mais alto da mesma árvore, a cem metros do chão. Ficou pendurado, segurando a menina, que estava com os pés suspensos.

– Se segura! – falou Edmundo.

– Majestade, solte! – falou Lena. Não sabia por que a formalidade, mas achou que seria o melhor de como tratá-lo. – Não tem como nos resgatarmos. Terá que soltar.

– Primeiro não me chame de majestade se também é uma rainha. – respondeu Edmundo. Sentira-se decepcionado quando a ouviu tratá-lo formalmente. – Não vou soltar, não posso garantir que consiga segurar em um galho mais baixo.

– Quem disse que é para segurar em um mais baixo?! – ironizou Lena, sorrindo.

Essa garota é doida?, perguntou-se Edmundo.

– Mas...

– Confia em mim, reizinho. – Lena continuava sorrindo.

Ele não pretendia soltar, mas quando viu o lindo sorriso da menina, sentiu a mão que se segurava no galho suar e soltar-se. Fechou os olhos e conseguiu abraçar a garota, esperando a queda. Que nunca chegou. Abriu os olhos e viu que pairavam no ar, no mesmo lugar.

Arregalou os olhos quando viu que Lena ainda sorria para ele, como se nada tivesse acontecido.

– Falei para confiar em mim. – falou Lena, rindo da expressão assustada do garoto que ainda a abraçava.

– V-você voa?!

Lena riu.

– Não, isso é loucura! Eu só controlo os quatro elementos e as sombras.

– Ah tah, bobeira a minha. – Edmundo revirou os olhos. – Esqueci que controlar os quatro elementos e as sombras são coisas muito normais até mesmo pra Nárnia. – riu, já mais relaxado. Lena olhou-o assustada. – O que foi?

– Não vai me chamar de bruxa e sair correndo?!

– Primeiro, não tem como eu sair correndo se estamos a cem metros de altura. – ele riu e Lena o acompanhou. – Segundo, eu sei que você não me faria. Sendo bruxa ou não.

Ele parara um segundo e percebera o que falara. Não sabia por que falou isso, apenas saiu pela boca, sem nada para impedir. Apertou os lábios fortemente, como se aquilo pudesse retirar suas ultimas palavras. Esperava que a garota não levasse as palavras a sério, como se fosse apenas uma brincadeira.

– Tem razão. E você também não me machucaria, reizinho.

Ela riu e ele a acompanhou, em um riso meio forçado. Forçado por quê?! Por que Lena falara a verdade. Conheciam-se há menos de uma hora, mas Edmundo sabia que jamais a machucaria.

– Segure-se, a descida é um pouco difícil. – disse Lena, aconchegando-se mais nos braços dele.

Ele sentiu as próprias bochechas corarem e olhou para baixo, tentando disfarçar. Pode ver enquanto abaixavam em direção ao chão e olhou novamente para Lena. Ela sorria para ele, vendo sua expressão enquanto movia o ar sob os pés dos dois.

Lena sentiu os pés bater no solo e demorou um segundo a mais para se afastar dos braços de Edmundo, o que não passou despercebido pelo garoto. No fundo, ele queria que tivesse mais um segundo abraçado à garota, que agora sorria envergonhada para o chão.

– ED! – gritou Lúcia, ainda no galho da árvore.

Edmundo olhou para Lena, pedindo silenciosamente que ela ajudasse a irmã. Lena sorriu e “voou” até o galho e abraçou Lúcia, controlando o ar abaixo das duas até que Lúcia estivesse a salvo no solo.

– Uau! – falou Lúcia, vindo até o irmão. – Lena, o que foi isso?

– Ela controla os quatro elementos e as sombras. – falou Edmundo.

– Uau! – repetiu a mais nova. – Desde quando faz isso?

– Desde que vim para Nárnia eu consigo isso.

– Quando veio pra cá a primeira vez? – perguntou Edmundo.

– A única. – corrigiu Lena. – Faz uns cinco anos.

Edmundo olhou-a um pouco pesaroso. Nárnia é muito boa, mas ficar cinco anos longe da família? Ele não sabia se conseguiria. Talvez apenas se tivesse algo que realmente o prendesse em Nárnia, fora a própria Nárnia.

– Mas eu já superei. Gosto muito daqui.

– E como virou rainha? – perguntou Lúcia. – Teve que se casar com um rei?

Lena riu, apesar do coração de Edmundo afundar um pouco. Ele não sabia porque, mas a cada segundo que a garota demorava a responder, era como uma eternidade para ele.

– Não! Aslam disse que faço parte de uma profecia. Não me disse qual, disse apenas que era a que vocês – apontou para os dois irmãos – também participavam.

– Nós?! – assustou-se Edmundo.

O que eu fazia em uma profecia com ela?, perguntou-se mentalmente. Não que ele não quisesse. Ele apenas não imaginou. Gostou dela, e muito. Apenas queria saber o que tinha na profecia. Nunca era algo normal e ele era a prova viva disso.

– RAINHA ANGELINA! – ouviu-se um grito das postas de entrada para o interior do palácio.

Um fauno, conhecido Geminik, vinha em direção a eles. Lúcia e Edmundo olharam-se confusos e a confusão aumentou mais ainda quando Lena respondeu.

– Sim, Geminik?!

O fauno se aproximou.

– Majestades. – ele se curvou, cumprimentando Lúcia e Edmundo. – O jantar está posto. Melhor irem se trocar.

– Tudo bem, já estamos indo. Ah! Não me chame de Angelina, já falei que prefiro Lena.

– Sinto muito, Majestade. – ele se curvou, como um pedido e desculpas reforçado.

Lena encarou com um olhar “Já falei disso também!”. O fauno rapidamente se corrigiu.

– Sinto muito, Rainha Le... – ao olhar o mesmo olhar de Lena, apressou-se a dizer. – Lena!

Lena sorriu.

– Bem melhor. Por favor, Geminik, mostre os aposentos para o Rei Edmundo e Rainha Lúcia.

– Claro... Lena. Por aqui, Majestades.

Os dois o acompanharam.

Lena suspirou. “Por mais que seja rainha, será difícil acostumá-los a me chamarem apenas pelo nome. E isso faz CINCO ANOS!”. Subiu rapidamente para se trocar.


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Notas finais do capítulo

Mto ruim ou mereço reviews?? *---*