Admirável Mundo Novo escrita por Avengerduck


Capítulo 9
8 - Músicas, sonhos e estranhos: Sejam bem vindos!


Notas iniciais do capítulo

Olá bocós *o*
Demorei um pouquinho mas voltei! Fui fazer prova hoje e voltei meio cansada mas terminei o capítulo e já estou postando pra vocês!
Quem será que encontrou a Manuela?
Hoje teremos duas músicas especiais pro capítulo: Seize the Day do Avenged Sevenfold e Sparks Fly da Taylor Swift!
Os links estão no texto, bem no momento que serão tocadas, ok?
Qualquer dúvida, xingamento e elogio.. Já sabem! Até mais serviçais e obrigada por tudo ♥



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8 – Músicas, sonhos e estranhos: Sejam bem vindos!



Pâmela Guimarães – Realidade alternativa – 30 de julho, ás 15:35h.



O dia estava lindo e eu resolvi dar uma volta. Ver as flores, sentir o vento no meu rosto, era tudo tão maravilhoso que eu queria apreciar cada momento.



Sentei-me na varanda e fiquei observando meus amigos cantando. Mas... Eu não sabia como eles conseguiam cantar tão bem. Fiquei com inveja, confesso. Afinal, ser cantora sempre fora meu sonho, pelo menos no mundo real.

– Então pessoas, essa é uma balada bem bacana que nós fizemos. Já faz um tempo então... Ah espero que gostem – Brian estava vermelho e então parou de falar, segurou o violão e começou a tocá-lo bem devagar. Notas suaves e uma melodia linda, porém muito triste.


(http://www.youtube.com/watch?v=pd_4TfKcFOA )



– Nossa que voz! – Nicole disse animada. Ele era acompanhado na guitarra e no coro por Matheus, Gustavo e James. Era lindo de ouvir. Aproximei-me e sentei perto deles.


– É lindo – eu disse baixinho. Brian continuou cantando enquanto sorria para mim.

– Isso! Já entendi, quer fazer todo mundo chorar não é? – Juliana disse segurando as lágrimas. Ela se fazia de forte, mas era a mais sentimental de todos nós.

– Ei, não chorem! – James pediu. O solo tocado por Matheus era lindo, enquanto os outros cantavam junto com Brian. Num piscar de olhos me lembrei de Manu e dos nossos sonhos. Ela tocava piano tão bem enquanto eu dizia que faríamos sucesso juntas. Agora ela devia estar me odiando sem motivo agora e eu estava presa aqui.

Uma abrupta vontade de chorar me dominou ao lembrar daquilo.

– É isso aí! Gostaram? – James perguntou – Fizemos o nosso melhor nessa canção. Ei Pâmela, tudo bem? – fiquei um pouco chocada com a canção, mas logo voltei á mim.

– Desculpe James, eu acho que me emocionei.

– Isso é ótimo! Quer dizer que ainda tem sentimentos! E me chame de Jimmy, ok? – ele riu.

– É claro que tenho sentimentos! Eu não estou m... – parei para pensar na palavra morta, eu não sabia o que era naquele momento. Estava viva? Esta morrendo? Ou delirando? Eu não sabia, mas se fosse um sonho tudo aquilo eu nunca mais iria acordar.

– Ei pequena, você ama a música certo? Sabe tocar? Eu aposto que sim! Faz um som aí pra gente! – Brian me empurrou o violão.

– O que? Ah não eu não sei cantar! E-Eu – todos me olhavam e esperavam alguma ação da minha parte. Liberei o nervosismo e comecei a tocar uma canção que Manuela e eu havíamos feito. Ela falava sobre encontrar o grande amor. Parecia estúpido agora, mas era algo muito forte pra nós.


(http://www.youtube.com/watch?v=wdadDyHotOs )



– Podemos te acompanhar? – Jimmy perguntou – É só nos ensinar esses acordes – ele riu. Meus olhos se encheram de lágrimas ao vê-lo tocar comigo. Brian fazia alguns solos improvisados. A canção estava linda, queria tanto que Manu ouvisse agora.


– Vocês são incríveis! – Raquel disse – Deviam tocar no festival de bandas da cidade!

– F-Festival? Até isso tem aqui? – Droga, eu sempre fazia a mesma pergunta.

– Boba! Aqui tem tudo! Você sempre sonhou em ser cantora, certo? Aqui é o lugar! Por favor, se inscrevam no festival! – Raquel nos apoiou muito e todos pareceram gostar da ideia.

– Eu num festival? – continuamos a tocar por horas até cansarmos. Acho que a tarde voou enquanto ficamos ali cantando e sonhando. Tudo me lembrava os momentos em que Manu e eu cantávamos ao som do violão de Filipe ou quando minha amiga tocava piano. Era um sonho que não voltava mais.

– Então está decidido! Juliana, você pode nos inscrever no concurso de bandas! Será um prazer tocar com vocês – Gustavo disse.

– M-Mas...

– Ei, relaxe pequena – Brian me abraçou de repente. Mas não um abraço comum, ele realmente segurou minha cintura fortemente. Senti coisas que nunca havia provado antes.

– Mas já estão nesse nível? Meu Deus! A culpa é sua não é? – Jimmy disse para Juliana – Pare de influenciar o garoto.

– Como assim? – Perguntei soltando-me de Brian.

– Juliana é seu lado mais... Ah, você sabe, mais alegrinho – ele revirou os olhos em sinal de tédio – Ela pode muito bem influenciar o lado mais sedutor do Filipe, ou seja, este ser que te agarrou – ele explicou.

– Influenciar?

– É Pâmela! Não tenho culpa de seduzir as pessoas – Juliana piscou pra mim.

– Bom, chega de conversa e vamos definir as posições. Brian será o guitarrista principal. Jimmy você pode ficar com a bateria? – Raquel perguntou.

– Claro!

– Ótimo! Gustavo será o segundo guitarrista e poderá fazer vocais para a banda. Matheus será o baixista e a líder será você Pam! Perguntas? – ela batia palmas histericamente enquanto falava.

– Ela pode decidir tudo por nós assim? – Matheus perguntou.

– Sou mais responsável que vocês todos juntos! Agora vão ensaiar! E não voltem até que tudo esteja perfeito. O festival começa em duas semanas!

– E você continua mandando em nós! – Matheus cruzou os braços em sinal de protesto.

– Fique quieto!

– Ainda vai dar casamento esses dois – Gustavo disse.

– Pois é, mas e se der casamento entre nós também, hein? – Juliana segurou o pescoço dele e eu me virei pra não ver a cena.

– Ah... Não seria ruim – ele riu.

– Ruim? Por favor! Eu sou uma diva! Todos me querem e você faz essa desfeita? Seu idiota!

– Não se preocupe – ele olhou pra mim - ela faz isso, mas logo volta atrás de mim – Gustavo sorriu.

Raquel fez questão de nos levar para um lugar onde pudéssemos ensaiar e dali não nos deixou sair até que tudo ficasse perfeito.

Montamos nosso set list com as canções e trabalhamos nelas durante dias.

Eu estava feliz, pois seria meu primeiro show e aquilo era uma conquista incrível mesmo sendo tão irreal.


...


Manuela Saraiva – 30 de julho ás 20:40h.



Minha cabeça doía muito ainda mais quando eu tentava respirar. Abri meus olhos bem devagar e me encontrei deitada numa cama. Olhei ao meu redor e havia comida numa bandeja. Corri desesperadamente e coloquei na boca tudo que havia ali. Parecia uma morta de fome ou algo do tipo. Não respirava, não fazia pausas. Só queria comer muito.



– Ah você acordou! – Uma mulher entrou no quarto – Como se sente? – ela aparentava ter uns 38 ou 40 anos. Ela tinha um sorriso bonito, mas uma aparência sofrida, assim como a minha. Ao seu lado estava um homem de mesma idade. Olhos claros, forte e muito sorridente. Como conseguiam ser tão felizes?

– E-Eu estou bem, obrigada pela comida. Preciso ir agora – tentei dar um passo, mas não consegui e caí no colo deles.

– Não vai á lugar algum! Não até se recuperar! – o homem disse. Eles me ajudaram a sentar na cama e sentaram ao meu lado. Não demorou muito até um menininho entrar no quarto. Ele era lindo.

– Mamãe, o que vamos comer hoje? – ele perguntou. A mulher não conseguia parar de olhar pra mim. O homem também. Pareciam me conhecer, mas tinham medo de dizer qualquer coisa.

– Por que ficam me olhando assim? - ela tentou desfarçar e mudou de assunto.

– Nós somos... – ela pareceu pensar no próprio nome– Ah... Eu sou Laura e esse é Rafael – ela apontou para o homem – E esse é o nosso pequenino Lucas. Fique á vontade e...

– Não quero ficar á vontade! Eu nem conheço vocês! Eu vou embora. Agradeço a comida, mas preciso ir – eu tentei levantar novamente.

– Ir? Para onde? Que eu saiba você não tem pra onde ir – o homem disse seriamente.

– Como sabe? – ele ficou vermelho, mas disfarçou.

– A-Ah, bom você fala dormindo – o que de fato era verdade – E onde pretende ir?

– Preciso acertar as contas com alguém. Quero muito ver esse alguém longe daqui – eu dizia enquanto minha mente projetava a imagem de Filipe e Pâmela.

– Você é muito vingativa, não acha?

Só quero que eles paguem caro pelo o que fizeram comigo. Eu estou sofrendo, mas logo vou acabar com isso! Agora me deem licença – eu caminhei devagar até a porta, mas caí novamente. Realmente eu estava fraca demais e precisava ficar.

– Pode ir quando quiser, mas acho melhor se recuperar primeiro, certo? – Laura disse – durma aqui essa noite, jante conosco! Será um prazer.

– Bom... Obrigada. Ah e meu nome é Manuela – estendi minha mão á eles.

Ah claro nós sab...a mulher deu um cutucão no marido que parou de falar na hora.

– Desculpe – ela riu sem graça – Mas então, fique á vontade! – eles saíram do quarto rapidamente. Apenas o menininho ficou comigo.

– Oi!

– Oi – sorri.

– Você é bonita! Quer ser minha amiga?

– Hã? Você escolhe amigos pela beleza? – sorri de volta.

Não! É que eu já ouvi muito sobre você! E finalmente te conheci! Isso é tão legal – ele sentou-se no chão e ficou me observando.

Aproveitei para reparar no quarto. Algo muito simples e um violão preto no canto do cômodo.

– Ah, vocês tem um violão! Posso tocar? – ele afirmou e eu peguei o instrumento. Sentei-me novamente na cama e tentei tocar algumas notas, mas minha cabeça ainda doía muito então não consegui.

– Esse violão é muito especial pros meus pais, sabia?

– Ah é? E por quê? – realmente era um instrumento muito bom, de qualidade mesmo. Parecia muito com o que eu tinha quando era mais nova. Mas no incêndio eu perdera tudo.

– É! Eles dizem que lembram de pessoas que amavam quando olham pra ele! Mas eu não sei quem são, sabe? Queria tanto saber! – ele fez uma carinha que deu pena.

– Devem ser pessoas incríveis não é? – ele ficou pensando por alguns instantes mas voltou a me olhar.

– Eles são pessoas maravilhosas! Eu adorei você! – ele correu para me abraçar – Pena que está se tornando outra pessoa, não é? – olhei assustada.

– Fala sério pirralho, você não me conhece – levantei e coloquei o violão de volta ao seu lugar – E eu só quero justiça. Cansei de sofrer, sabe? Perdi minha família e parece que perdi amigos também. Acho que estou sozinha – eu disse sem olhar pra ele.

– Bom você tem á mim! Certo? – ele sorriu tão lindamente que tive de retribuir.

– Lucas! Chame a Manuela para o jantar! – ouvimos a voz de Laura nos chamar. O pequeno saiu do quarto correndo e eu fui em seguida. Quando cheguei á sala não pude ouvir muito da conversa, mas Rafael estava no telefone e repetia algo como: “Anime-se! Eu a encontrei! Agora tudo ficará bem!”. Senti que era sobre mim, claro.

Um arrepio percorreu minha espinha.

O que eles queriam comigo? Eram psicopatas? Assassinos?

“Preciso sair daqui”, eu pensei antes de me sentar á mesa com eles.

...


Em algum lugar longe dali...






– Eles conseguiram! Encontraram Manuela!





– O que faremos agora? Ela deve estar assustada e sem entender nada.

– Eu sei. Temos que nos aproximar devagar e assim conseguiremos a atenção dela! E vamos usar o que ela mais gosta a música!

– Acha que vai funcionar?

– Tem certeza? Disseram que ela está tão diferente! Parece que o sentimento de ódio está crescendo dentro dela.

– Ela só precisa de apoio! Tudo fará sentido quando ficarmos frente á frente com ela.

– A música poderá mesmo nos ajudar com Manuela?

– É claro, afinal, não há nada mais que ela ame neste mundo.. Está no sangue da família!







(Violão que Manuela encontrou na casa de Laura e Rafael. Parecido com o qual perdera no incêndio há 2 anos atrás).













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Notas finais do capítulo

Um diálogo misterioso pra vcs kkkkkk E aí? Muito ruim? No próximo teremos mais coisa legal kkk obrigada por lerem!