Moulin Rouge - Faberry Em Vermelho escrita por ohmyhulk


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Hey babes!! Senti saudades de vocês!
Bem, estou finalmente de volta, depois que um onda de inspiração me atingiu :D
Espero que gostem do capítulo novo.
As regras não mudam: Itálico para pensamentos e músicas, Negrito para o que Quinn escreve!
Ps.: No meio da música, tem uma mudança de cenário... É estranho, mas no filme é assim, então, bem, tive que escrever do jeito que tá para poder continuar... Então não estranhem, é só que o cenário modificou!
Bem, não vai ter nota final, então...
Reviews sempre bem-vindos!
Até o próximo capítulo
Bjos.



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Santana olhava de Kurt para o doutor, do doutor para Kurt.

- Srta. Lopez... - a cabeça do médico tombou para a frente - A Srta. Rachel está morrendo. Ela tem tuberculose.

As palavras atingiram o fundo do estômago de Santana. Dor, seu cérebro respondeu a ela.

- Minha boneca está morrendo?

O doutor afirmou com a cabeça, logo em seguida, se retirando.

- Ela não deve saber, Kurt. O show tem que continuar. - a anfitriã se direcionou ao outro.

********

"O pobre tocador de cítara esperou a noite toda.

E agora, pela primeira vez,

Ele sentia a fria punhalada do ciúme"

Rachel tossiu contra a própria mão, sentindo uma rajada de vento que invadia o apartamento de Quinn lhe proporcionar uma onda de frio.

- Onde esteve a noite passada? - a loira falou, parando de digitar, chamando a atenção da estrela. Como responder a ela, pensava inquietamente Rachel.

- Eu lhe disse... - sua boca abriu levemente, deixando o ar entrar - que estava doente.

Um sorriso então tomou conta da expressão da morena, tentando dissimular o frio clima presente. Quinn se levantou, andando até a sua cama, aonde a outra se encontrava.

- Não precisa mentir para mim... - ela falou, posando a mão sobre a coxa da morena, sentando-se a sua frente.

Rachel sentou-se aprumadamente, se pondo de costas para a loira. Era aquele momento. Aquilo devia ser feito. O Moulin Rouge deveria vir primeiro. Um forte suspiro foi ouvido antes dela abrir a boca pela uma segunda vez.

- Temos que terminar. - as palavras saíram com pesar. O olhar de Quinn se voltou para a face da morena - Todos estão sabendo. Santana sabe. Cedo ou tarde, o duque também descobrirá.

Quinn sentiu o ar se tornar escasso. Estavam lhe tirando o seu oxigênio. Ela não aguentaria mais ouvir aquilo. Seu corpo se virou, ficando de costas para a morena.

- Na noite de estréia, eu vou ter que dormir com o duque, Quinn. - ela continuou, ouvindo somente a respiração pesada da garota a sua frente - E o ciúmes vai te levar a loucura.

Quinn sentiu as lágrimas querendo brotar em seus olhos. Não, esse não pode ser o fim, pensava ela enquanto tentava assimilar a situação ao seu redor.

Rachel se levantou, andando até a passagem para a varanda. Quinn jogou o papel do roteiro que estava em suas mãos na mesa, andando em direção a outra passagem para a varanda.

- Quinn... - a voz da morena saiu terna.

- Então escreverei uma canção. - Quinn falou, surgindo do lado da morena - E nós iremos colocá-la no show... - as palavras começaram a sair da sua boca com desespero. Suas mãos se direcionaram a nuca da morena, forçando-a a lhe olhar nos olhos - E não importa o quão ruim as coisas fiquem, não importa o que aconteça, quando você a ouvir, cantar ou cantarolar...

- Não... - a palavra saia em um sussurro da boca de Rachel repetidas vezes. Ela sentiu os lábios de Quinn se encontrarem com sua testa, depositando um beijo ali. Suas mãos encontraram o seu peito, a afastando alguns centímetros.

- Significará que nos amamos. - a loira continuou com pressa - Não terei ciúmes.

- As coisas não são tão simples, Quinn. - Rachel falou, conseguindo se afastar da escritora Temos que terminar... - ela passou por Quinn, entrando na varanda, encarando fixamente o horizonte.

Quinn olhava para a frente, pensando. O olhar de Rachel se voltou de encontro ao seu por um instante, e a dor lhe invadiu como mil facas. Sua respiração falhava, e ela sabia, no fundo do seu coração, que Rachel estava certa.

Simplesmente não conseguia a deixar ir.

Never knew

I could feel like this

Seus lábios abriram um pequena fresta para deixar as palavras cantadas escaparem. Rachel sentiu seus pés se estagnarem no meio da varanda, para ouvir as palavras de Quinn.

Like I've never seen the sky before

A música invadia seus ouvidos, atingindo seu sistema nervoso, fazendo seus olhos se umedecerem enquanto seus lábios secaram.

Want to vanish

Inside your kiss

Quinn olhava fixamente para Rachel, esperando qualquer reação.

- Agora, na nova cena, o tocador de cítara... - Quinn falava nervosamente, enquanto alguns membros do elenco paravam o ensaio para lhe observar atenciosamente - Escreve uma canção secreta para a cortesã. - Rachel sentia o sorriso travesso atravessar seus lábios, não podendo conter a excitação - Assim, haja o que houver, eles lembrarão do seu amor.

O duque observava atenciosamente a tudo que ocorria.

- Poderíamos começar o ensaio com a sua fala, Rachel. Isso mesmo. - Quinn falou, sentando-se na sua cadeira.

- Temos que ter cuidado. - Rachel pronunciou, ensaiado. O asiático tomou suas mãos entre as dele, olhando no fundo dos seus olhos de forma compenetrada.

- Não tenha medo. Vamos manter nosso amor debaixo do nariz do marajá.

Seasons may change

Winter to spring

Seus olhos se reviraram antes dele endurecer, e cair no chão. O asiático havia apagado.

- Sinceramente, amigo, isso é impossível! - Santana pronunciou revoltada.

But I love you

Until the end of time

O sorriso no rosto de Rachel só ampliava, conforme Quinn cantava, e sua cabeça lhe levou de volta ao momento em que escutou a música pela primeira vez, na varanda.

Come what may

Ela podia sentir os braços de Quinn passarem por sua cintura novamente.

Come what may

O vento acariciava seu rosto. A respiração de Quinn no seu pescoço, o seu abraço caloroso, tudo tornava o momento perfeito.

I will love you

Until my dying day

A sua cabeça voou então para outro momento. O piquenique com o duque, em que ambas haviam ido.

Suddenly the world

Seems such a perfect place

- Querida, uma rã! - Finn gritou, chamando a atenção de ambas.

Suddenly it moves

With such a perfect grace

Finn corria atrás dela enquanto Rachel seguia Quinn, que pousava a cesta doo outro no chão.

Suddenly my life

Doesn't seem such a waste

It all revolvs around you

Seu olhar então se encontrou com o de Quinn, a trazendo de volta ao momento.

And there's no mountain too high

No river too wide

Seus olhos se fecharam por um instante, trazendo-lhe as imagens dos seus corpos nus se unindo pela primeira vez.

Sing out this song and

I'll be there by your side

Aqueles olhos esverdeados lhe encaravam com tanta felicidade, que era difícil para a estrela olhar para outra coisa.

Storm clouds may gather

And stars may collide

Um pequeno sorriso se formou nos lábios da morena.

But I love you

Until the end of time

Finn observava a cena com Sugar ao seu lado.

Come what may

Come what may

I will love you

As coisas pareciam bem. Os músicos ensaiavam aplicadamente para pegar as músicas, os atores para pegar as falas, Quinn se dedicava aplicadamente a escrever as cenas.

- A cítara mágica cai do telhado e diz: "A coisa mais importante que aprenderá... - ela falou, se direcionando a Sam - é simplesmente amar e ser amado."

"Mas como sempre o destino é traiçoeiro"

- Esse final é meio tolo. - Sugar falou no ouvido do duque - Por que a cortesã ficaria com a pobre escritora?

Finn se virou confuso.

- Ops... Quero dizer, com o tocador de cítara.

O olhar do homem se direcionou a Quinn. Ela observava atentamente o roteiro sendo executado. A descrença em seu raciocínio era grande.

Come what may

Todos no palco cantavam animadamente segundo a coreografia.

I will love you

Come what may

Yes, I'll love you

Come what may

I will love you

Ele sentia o sangue ferver nas suas veias, a raiva repentina lhe invadindo. Como pude ser tão estúpido?

'Til my dying day

Todos pararam esperando a resposta do duque. O silêncio se fez. Todos os olhares sobre aquela cadeira solitária.

- Não gosto desse final. - ele falou, sua voz fina, depois de minutos. Quinn e todos se voltaram confusos para o homem.

- Não gosta do final, meu caro duque? - Santana falou debaixo de todo o enchimento que compunha a sua fantasia.

O homem se pôs de pé.

- Por que a cortesã escolheria um pobre tocador de cítara em vez do marajá, que oferece uma vida estável? Isso é o verdadeiro amor.

Quinn encarava abismada o discurso do homem.

- Quando o tocador de cítara - ele continuou - tiver satisfeito sua luxúria, ele vai deixar a cortesã sem nada. Eu sugiro que, no final, a cortesã escolha o marajá.

- Mas, mas... - Sam se pronunciou, saindo da sua posição no palco - Desculpe, mas esse final não condiz com os ideais boêmios de, de verdade, beleza, liberdade....

- Não me importa os seus ridículos dogmas! - Finn respondeu alterado, já gritando - Por que a cortesã não escolheria o marajá?!

- Porque ela não te ama! - Quinn gritou de volta, perdendo a paciência.

Nenhuma respiração foi-se ouvida. Todos os olhos se voltaram para a garota. A raiva a cegou o suficiente para só segundos depois perceber o que ela havia dito.

- Ele. - ela falou gaguejante - Ele. Ela não ama ele...

Finn olhou para Rachel. O olhar dela vacilava nervosamente de Quinn para ele.

- Agora eu entendo. - ele falou em um sussurro. Quinn abaixou a cabeça, e Rachel se voltou totalmente para ele - Srta. Lopez! O final será reescrito... - ele bradou, para ser escutado por todos - Com a cortesã escolhendo o marajá e sem a canção secreta dos amantes.

                Um suspiro coletivo se fez escutar.

- Séra ensaiado de manhã e estará pronto para a estréia, amanhã à noite. - o duque continuou.

- Meu... Meu caro duque, isso é impossível. - Santana falou apressadamente.

- Santana! - Rachel falou, chamando a atenção da outra. ela começou a descer teatralmente do palco, se direcionando a Finn - O pobre Duque não está sendo bem tratado. Esses tolos escritores se deixam levar pela imaginação.

Seus passos se tornaram menores conforme mais próxima do homem ela estava.

- Por que você e eu, nós... - Rachel continuou, sua voz baixa e rouca devida a proximidade - Não vamos jantar? Então, depois disso... - sua mão correu pelo ombro do homem, o fazendo sentar novamente - Avisaremos a Srta. Lopez como preferimos o final da história. 

Rachel estava se esforçando ao sussurrar no ouvido do Duque.  Quinn desviou o olhar. Não aquilo era muito, até para ela.

********

- Obrigada, Kurt. - Rachel falou para o garoto, se virando em direção ao seu camarim.

- Não quero que durma com ele. - Quinn falou, saindo de escuridão para o susto da morena.

- Ele poderia arruinar tudo. - ela falou sem realmente olhar nos olhos da outra.

Quinn se escondeu atrás de um dos biombos ao ouvir barulhos de pessoas.

- É por nós... - Rachel disse, se aproximando da loira - Você prometeu. - aproximou seu rosto ao de Quinn - Você me prometeu que não seria ciumenta... - suas palavras foram sussurros - Vai dar tudo certo... Sim, com certeza irá. - sua mão acariciou o rosto suave da outra - Ele está me esperando.

Rachel já havia se virado quando Quinn lhe segurou pelo pulso, puxando-a de volta.

- Não! Não! - a escritora falou.

Rachel colou sua testa a da loira, sua mão  direita subindo pelo pescoço da mesma. Seus lábios se tocaram por uma fração de segundos, o suficiente para fazer Quinn suspirar profundamente.

- Come what may - a estrela cantou em um sussurro.

- Come what may. - Quinn afirmou, abrindo seus olhos. Lentamente, se virou, se afastando aos poucos da morena.

"Ela foi à torre para salvar a todos.

E da nossa parte, nada podíamos fazer, exceto esperar."


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