A Maldição Dos Deuses escrita por Eline Sandes


Capítulo 23
Capítulo 23 - A briga com Isabella


Notas iniciais do capítulo

Hoje eu terminei de escrever a fic, mas não vou postar tudo de uma vez. Acabei de começar a fic de Harry Potter e enfim, é isso.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/321788/chapter/23

    No pesadelo, eu ouvia gritos vindos de uma caverna escura, e ia me guiando através do tato. Quando conseguir enxergar alguma coisa, tudo se tornou muito confuso: Era Atena, sendo ameaçada por um ogro (ou ciclope; acho que era uma mistura dos dois) com um grande olho da cor dourada. Do lado dela jazia um corpo, pequeno, porém soube em um instante que se tratava de uma garota morta, que devia ter aproximadamente a minha idade. Será que aquela era eu? Não, não podia ser.

    - Conte-me como ressuscita-la ou mato sua querida filha e esposo! – gritava o gigante.

    - Há, perdedor! Você acha mesmo que pode matá-los? Você não sabe o poder que Lucy tinha!

  No mesmo instante, ouvi um estrondo e uma nuvem de fumaça embaçou minha visão; quando voltei a enxergar melhor, percebi que a garota, antes morta, abrira os olhos e erguera a cabeça. Seus olhos eram vermelhos, e ela falava suavemente, mas com um tom tenebroso:

Nico”.

Acordei assustada. O que a garota falou não era assustador, mas me lembrou um trecho do filme “O Chamado”, em que Samara fala a famosa frase: “Sete dias!”. E a visão de minha mãe sendo torturada naquela caverna escura me deu calafrios. Decidi tomar um copo d’água e tomar ar fresco no terraço. Samuel estava lá, observando as luzes da cidade. Fiquei um pouco nervosa por estar ali, tão perto dele. Tentei voltar para o lado de dentro, mas como sempre fui desastrada, tropecei em meu próprio pé, chamando a atenção dele.

- Ah, oi – falei – o que você está fazendo aqui?

- Não consegui dormir. Acho que foi uma semana muito agitada. E você? O que faz aqui?

- Tive um pesadelo. O pior que já tive.

   Ele virou-se para mim e sorriu.

- Eu também tenho muitos pesadelos.

  Não sabia o que dizer. Queria me esconder em algum lugar.

- Bom, acho que vou votar ao meu quarto, só queria pegar um pouco de ar fresco, sabe..

   Samuel se levantou e andou até o lugar onde eu estava e me beijou. Eu podia ter dado um tapa na cara dele, mas fiquei parada ali, feito uma idiota, e ele precisou gritar dar um tapa na minha bochecha para que eu voltasse da transe. Eu mal conseguia acreditar. Um garoto lindo como ele havia me beijado. Estava explodindo por dentro, mas tentei disfarçar.

- Boa noite – ele me disse

  Sorri e voltei para meu quarto, onde abafei meus gritos com o travesseiro. Voltei a dormir, e tive bons sonhos daquela vez.

                                    ...

   Acordei com os gritos de Vanessa, que me sacudia como se o prédio estivesse desabando. Mal tive tempo de abrir os olhos e ela me contara que precisávamos urgentemente ir a uma fazenda no Goiás, pois Quíron havia enviado uma mensagem de Íris dizendo que algo estranho estava acontecendo naquele lugar que os mortais não entendiam. Mal havia acordado e todos já estavam de pé na sala de estar. Samuel me encarava com um olhar de envergonhado, Isabella parecia que estava a ponto de me fuzilar, Monroe estava quase dormindo em pé e Vanessa era a pessoa com mais energia por ali; nos distribuiu pacotes de chocolate e abriu a porta para sairmos.

 - Tudo bem – Samuel falou – mas como vamos chegar lá na fazenda?

 - Ah, isso é fácil. Pegamos um taxi – Vanessa respondeu.

  Todos nós olhamos para ela; pegar um taxi para outro estado é muito caro, até mesmo nos Estados Unidos.

 - Acho melhor roubarmos um carro – Isabella resmungou

 Eu queria concordar com ela, mas aquela garota me deixava irritada. Eu nunca concordaria com uma garota tão chata quanto ela.

- Não. Certamente não – resmunguei – já não basta sermos perseguidos por monstros, agora temos que ser seguidos pela polícia também?

- Ah, claro. Me esqueci que você tem que fazer tudo de acordo com as regras – ela implicou

- Pelo menos ela não é covarde – disse Samuel baixinho, mas mesmo assim Isabella ouviu.

- Você acha que eu sou covarde? Fui eu que salvei vocês, pirralhos!

- De quê? De uma porta? Acho que não, hein – respondi sarcasticamente.

  Isabella olhou para mim furiosa. Com certeza seus argumentos haviam acabado, por isso partiria para a agressão. Há muito tempo atrás tive uma amiga como ela: quando lhe faltava argumentos ela começava a xingar as pessoas. Já preparada, me desviei do soco que ela iria me dar. Mas ela conseguiu ser mais rápida, fez uma chave de braço em volta do meu pescoço e me derrubou no asfalto. Felizmente a rua não era movimentada, mas foi bom o suficiente para fazer minha testa sangrar e quebrar meus óculos. Suponho que um arranhão enorme havia aparecido.

- Repita o que disse – Isabella gritou em um tom desafiador. Ela estava em cima de mim, ainda fazendo chave de braço.

- Você não salvou ninguém. Se você quer me matar, vá em frente.

Ela realmente queria me matar. Nem ligava para mim. Apertou a chave de braço, fazendo minha respiração diminuir. De repente, senti um peso a mais nas costas. Isabella quase soltou os braços de meu pescoço, mas voltou a apertá-lo de novo. Minha visão ofuscou.

“Tire. As. Mãos. Dela.”

“Vai fazer o que, acertar uma flecha no meu coração? Ha, há, há só se você acertar o alvo!”

E finalmente apaguei.

                                    ...

Acordei em um lugar branco. Não era uma sala ou um quarto, mas um lugar branco. Será que eu havia morrido? Não. Certamente o céu não era tão parado assim. Reconheci um rosto familiar, mas continuava sem saber onde estava.

- Uhg. Já acordou?

Era Isabella. Que diabos ela estava fazendo ali?

Não me movi. Olhando ao meu redor percebi que na verdade estava de barriga para cima, olhando as nuvens no céu.

- Cala a boca! – ouvi Vanessa gritar de algum lugar

  Alguém me ajudou a levantar. Com certeza era a própria Vanessa. Eu estava deitada na grama. Minha pele coçava e havia grama em todo meu cabelo. Minha cabeça estava latejando. Isabella estava acorrentada em uma árvore, xingando tudo o que via pela frente. Mas o mais surpreendente de tudo era o que havia a poucos metros dela: uma enorme cratera se estendia ao longo do vasto planalto.

 - Já está tudo resolvido – avistei alguém chegando, mas sem meus óculos não conseguia ver direito; reconheci-o pela voz. Meu coração se aliviou de saber que ele estava bem. Mas ele não devia estar ali.

- Pai? - chamei


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Maldição Dos Deuses" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.