A Beautiful Mess escrita por Danendy


Capítulo 13
Capítulo XIII – Hesitação


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal.
Estou de volta com mais um capítulo. Desfrutem (ou não).



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Eu estava convencida de que o novo amigo de Johanna era completamente louco pelo trabalho. Eu até entendia a fascinação dele pelas plantas — principalmente agora que elas desabrochavam botões tão lindos —, mas não a obsessão por manter uma rotina tão trabalhosa. Eu mal acabava uma tarefa e tinha que começar outra. E ele parecia um pouco perturbado, sempre olhando o calendário, como se o tempo fosse passar mais rápido se ele não checasse quantos dias faltavam para a exposição a cada milésimo de segundo.

Na primeira manhã em que nos encontramos, ele se apresentou para mim como Cinna e disse que estava encarregado do orquidário havia seis meses. Era recém-formado na universidade de Ohio, se mudara recentemente e estava encantado com Panem, mesmo esta sendo uma cidade pequena.

Eu presumira que ele deveria ter algo entre os vinte e dois ou vinte e três anos, embora ele parecesse ter até menos. Usava óculos com uma grande armação quadrada e marrom que acentuava o verde dos seus olhos. O cabelo era bem aparado e a pele era pálida, pois embora cuidasse de plantas, quase nunca se expunha ao sol. E embora fosse verão e o calor fosse insuportável, ele vestia sempre camisetas e suéter sobre elas.

Quase nunca conversávamos durante o horário de trabalho, mas no almoço, nos dávamos bem. Quando não estava me dando um bilhão de tarefas relacionadas à rega, adubação ou coisa que valha, Cinna parecia um cara legal. Ele ainda falava muito sobre o trabalho, e isso era um pouco chato, mas também gostava de falar sobre a faculdade, o que me fascinava. Eu ficava totalmente absorvida por suas conversas sobre a vida no campus, as aulas práticas, as expedições… Era tão encantador.

Mas se havia algo que eu tinha certeza sobre Cinna além de sua obsessão pelo trabalho, era sua paixonite aguda por Johanna. Ele não conseguiria esconder de ninguém o seu fascínio e Jo achava divertido vê-lo se atrapalhar todo nas vezes em que aparecia por lá para generosamente nos deixar comida. Algo no jeito tímido dele fez com que eu simpatizasse ainda mais. Ele me lembrava Peeta em certos aspectos. Mas muita coisa me lembrava Peeta agora.

Eu não recebera mais nenhuma mensagem dele e dificilmente o veria pelo bairro. Talvez ele tivesse mudado de planos e decidido deixar a cidade antes do fim do verão. Ou talvez tivesse arranjado um emprego também e não estivesse inutilmente pensando em mim, como eu me pegava pensando nele às vezes.

— O que acha do Prego, Katniss? — Cinna me perguntou na quinta-feira durante nosso almoço.

Eu estava com a mente vagando por muitas coisas naquele dia. Os pesadelos haviam se tornado menos freqüentes à medida que a minha partida se aproximava, mas aquela noite eu tivera um sonho terrível, um em que minha irmãzinha (ou os restos carbonizados dela) sussurrava meu nome em frente ao meu rosto. Acordei de sobressalto e quando me deitei novamente, sonhei com o beijo que compartilhara com Peeta durante o baile.

— O bar? — perguntei. — Não tenho idade para andar em bares.

— Relaxe, Katniss… eu dou um jeito de você entrar. Mas apenas, se levar Johanna — e piscou para mim.

Eu segurei um risinho irônico na minha garganta. Talvez não fosse bom desencorajá-lo. Johanna parecia encantada com ele, se não, ela não se prolongaria tanto numa conversa boba qualquer quando nos levava o almoço, muito embora ela ainda passasse algumas noites fora com Finnick e voltasse para casa cansada e triste.

— Ok, poderoso. Mas o que exatamente vamos fazer em um bar?

— Bem, eles tocam música ao vivo, não é? Pois é, meus amigos de Columbus vêm esse fim de semana me visitar… eu já te falei que a gente tinha uma banda na faculdade? Não, bem, a gente tinha. E eles queriam relembrar os velhos tempos aqui. Daí a proprietária do bar achou uma boa ideia a gente tocar por lá. É esse fim de semana.

— É uma banda de quê? — perguntei curiosa.

— Rock alternativo… — replicou.

— Não sabia que você era um rebelde… — brinquei. — Mas e aí, toca o quê?

— Eu toco baixo e às vezes finjo que sou vocalista…

— Finge, é? — estreitei os olhos para ele.

— É… — ele sorriu malicioso para mim.

— Fechado então, a gente aparece lá.

Ele sorriu, assentiu e se calou, voltando a atenção a comida. Eu o observei, logo após terminar o meu almoço. Quando ele fez menção de levantar da cadeira, eu indaguei:

— Como vocês dois se conheceram?

Cinna se voltou para mim surpreso. Corou um pouco e então falou:

— Eu precisava de algumas ferramentas aqui para o Orquidário e, bem, ela trabalha numa loja de ferramentas — ele sorriu. — Confesso que quando a vi, esqueci o nome de qualquer uma e ela riu enquanto eu apontava para um martelo e dizia coisas estúpidas como “preciso de um… é… desse negócio aí”. Acho que ela zombou de mim, porque nunca pegava a ferramenta certa, mas ela estava tão sorridente, e o sorriso dela é tão bonito…

Enquanto ele narrava seu primeiro encontro com Johanna, Cinna parecia divagar como se tivesse voltado à mesma hora e local e pudesse reviver aquele momento repetidas vezes. Acho que até ele já sabia o quanto o seu interesse era óbvio, pois não tinha vergonha de estar ali admitindo seu encantamento. De certa forma, isso me agradou, pois ele era autêntico e verdadeiro, e talvez fosse disso que Johanna precisasse.

— E quando eu estava prestes a sair, ela me deu um cartão com seu número e disse “Caso não se lembre dos nomes das ferramentas novamente, pode me ligar” e sorriu de novo. Então no domingo eu liguei para ela com um pretexto qualquer… e voilá, eis você aqui.

— Oh, o destino nos uniu — brinquei.

— E agora o destino vai levá-la para empacotar mais adubo. A exposição começa sábado, Katniss. Precisamos arrecadar algum dinheiro com as vendas. Ande!

E muito contrariada, eu me levantei e voltei ao meu trabalho.

–*-

Fazia calor, mas a tarde de sexta estava agradável o suficiente para que Lavinia e eu sentássemos naquela sorveteria perto de casa e tomássemos um sundae cada. Havíamos nos despedido mais cedo de Gale e Madge, e também de Marvel, Cato e Darius que iam sair na viagem deles para qualquer lugar.

Lavinia chorou muito durante as duas despedidas, mas eu sabia que não era por quem partia que ela se derramava em lágrimas, mas sim por ter que ficar. Eu também sentia a mesma solidão crescendo dentro de mim, especialmente quando Gale mexeu no meu cabelo pela última vez, disse para eu me cuidar e que tudo ia ficar bem. Então ele pegou a mão de Madge e eles se dirigiram ao terminal de embarque.

Agora nós duas nos encontrávamos ali cheias de nostalgia, contando histórias divertidas ou constrangedoras que nos aconteceram durante os quatro anos em que fomos um grupo de amigos.

— Parece que foi há séculos… — eu falei me referindo a todas as coisas que lembramos.

— Parece mesmo — ela concordou. — Eu vou sentir sua falta, senhorita perfeitinha.

— Perfeitinha? — eu ri.

— Sim. Inteligente, atraente, baixinha e delicada, com um futuro brilhante… — Lavinia sorriu enquanto explicava.

Eu olhei para Lavinia com curiosidade. Ela pensava aquilo mesmo de mim? Fiz essa pergunta em voz alta e ela me respondeu:

— Claro. Você e Clove sempre foram assim, tirando a parte de ser baixinha, no caso dela. Ambas vão se dar bem na vida. Quanto a mim… — e olhou para a taça quase vazia de sundae. — Eu vou me virar.

— Você vai se sair bem também, Lavinia. Vai se formar em artes dramáticas com louvor e vai se tornar uma atriz glamorosa e, talvez, promíscua — ela riu da última parte.

— Bem, só me falta ser atriz então — e foi minha vez de cair na risada.

Eu não queria tocar no assunto, mas era a primeira vez em muito tempo que Lavinia e eu ficávamos a sós e eu não resisti em perguntar:

— O que aconteceu entre você e Cato, de verdade?

Lavinia olhou para mim com surpresa e então levou a mão até o rosto e afastou uma mecha de cabelo. Ela não estava mais sorrindo, mas não parecia chateada com a pergunta.

— Bem… acho que como uma futura bióloga eu não tenha que explicar para você como é que se dão as coisas… — ela brincou.

Eu ri, mas não deixei que fugisse do assunto, embora não tenha insistido com palavras para que ela me falasse mais. Apenas fiquei em silêncio olhando para ela. Demorou alguns instantes até que Lavinia voltasse a falar novamente, mas quando ela o fez, ela não enrolou mais.

— Ele… ele sempre gostou da Clove, sabe? Deve ter notado que ele sempre me provocava, provocava você, mas nunca a ela. Ele tinha medo de algo, sei lá… Talvez ele só não quisesse arriscar — ela explicou. — Mas eu só percebi isso depois de já estar forçando a um relacionamento após passarmos a noite juntos no baile. Eu já sabia sobre os sentimentos da Clove, mas ele foi tão doce comigo, mesmo bêbado. E eu queria tanto alguém que me quisesse…

Eu segurei a mão de Lavinia quando ela parou de falar abruptamente, prestes a chorar pela terceira vez naquele dia. Ela ergueu os cantos da boca em um sorriso de agradecimento por não julgá-la. Mas como eu poderia? Se Cato quisesse mesmo algo com Clove, ele teria tentando algo mais que um beijo desconcertado de última hora. Além do mais, minha vida amorosa era uma bagunça tão horrível que eu sequer poderia falar algo sobre a situação deles.

–*-

Ouvir Cinna tocar com a banda dele talvez tenha sido a coisa mais legal que eu me permiti fazer até aquele momento no verão. Não só porque eu conseguira entrar num bar, mesmo sendo menor de idade, mas porque as canções eram boas e o clima era legal, com Johanna sentada ao meu lado sorrindo provocante para o cara que “fingia ser o vocalista”.

Aliás, não era só o sorriso de Johanna que era provocante, mas tudo nela em si. O jeans preto tão apertado quanto o permitido pela física, a blusa branca regata que deixava parte da barriga lisa exposta por baixo de uma jaqueta também preta. Os olhos destacados por grossas linhas escuras que ela desenhara mais cedo. Os lábios preenchidos com batom vermelho, que em contraste com sua pele clara, não parecia nem um pouco vulgar. Os cabelos curtos bagunçados, mas ainda assim lindos de se olhar. Eu não me surpreendia com o baixista não conseguir olhar para mais ninguém no salão.

Já eu não estava ali para chamar a atenção de ninguém, portanto não me preocupei muito com a imagem, e apenas pus uma saia jeans que cobria mais da metade da minha coxa e uma blusa cor de vinho com mangas compridas, sem decote, mas aberta nas costas. Meu cabelo estava preso em um rabo de cavalo que balançava conforme eu mexia a cabeça com a batida da música.

Mais tarde, quando o show acabou, Cinna apresentou seus amigos da banda, que eram muito legais e divertidos. Eles pagaram bebidas para nós, mesmo eu alegando não ter idade para beber, temendo que a qualquer momento me arrastassem dali. Johanna recusou qualquer bebida alcoólica, pois deve ter se lembrado de ter deixado Haymitch sozinho em casa lutando contra seu próprio vício. Ainda assim, a noite foi aprazível, já que ela permitiu que eu bebesse alguma coisa, mesmo cochichando para mim antes:

— Não ouse me fazer te carregar para casa.

Tomei algumas doses de tequila que me deixaram zonza e parei por aí, pois Johanna já estava me olhando torto quando eu ria alto demais, mas os garotos achavam aquilo divertido. Eles riam junto comigo. Acho que estávamos todos um pouco alegres demais com a bebida. Inclusive Cinna, mas talvez a alegria dele fosse Johanna estar ali falando do quanto gostara do estilo da banda e dizendo que no fim, ela teria de levar todos nós para casa.

Mas a última parte passou longe de ser verdade, pois mais tarde oficiais entraram no bar. Eu fiquei em pânico quando vi o uniforme da polícia, mas a bebida deixou meu cérebro lento e eu nem pensei em me esconder. O oficial olhou para a nossa mesa e por um momento eu pensei que eu estava perdida, porém seu olhar não se dirigiu a mim e sim a Johanna. Foi quando eu notei o cabelo ruivo e o porte atlético do homem uniformizado. Finnick Odair estava ali com um parceiro que parecia estar só checando para ver se estava tudo em ordem.

Olhei para Johanna, mas ela acabara de murmurar um “com licença” e já não estava mais em seu lugar ao lado de Cinna, ela acabara de se levantar e caminhava de encontro aos dois homens, assim que o parceiro de Finnick pôs os olhos em mim. De alguma forma, ela conseguiu levar os dois para fora do bar sem que eles dissessem qualquer coisa a meu respeito.

— Johanna está com problemas? — Cinna questionou a mim, levantando-se.

— Não… — falei para acalmá-lo. — Não é esse tipo de problema que ela tem com policiais.

— Como assim? — ele levantou uma sobrancelha.

Eu o encarei por um instante e então meu cérebro lento só me permitiu sorrir de um jeito malicioso. Ele pareceu processar o que aquilo implicava em poucos segundos, pois logo seu rosto se fechou totalmente e ele pareceu decepcionado.

— Bem, acho que a noite já deu… amanhã a gente tem que continuar a exposição — ele falou de repente sóbrio demais para quem havia bebido umas sete doses de tequila.

— Ah… — disseram os rapazes da banda a contragosto.

Cinna cumprimentou a todos com abraços e disse que precisavam fazer isso mais vezes. Também pediu desculpas por não poder ficar e arrumar os instrumentos no palco.

— Até mais, meninos — eu acenei enquanto Cinna me guiava para fora do salão.

Lá fora, o ar frio me atingiu do nada. Era ainda verão, e eu não entendi porque de repente parecia congelar. Talvez o fato de eu estar num local abarrotado de gente tenha me causado esse efeito quanto eu finalmente saí ao ar livre, mas ainda assim era estranho.

Johanna estava próxima ao poste na calçada mais a frente do Prego. Ela parecia estar olhando para qualquer coisa que não estava mais ali, seus braços estavam cruzados e eu imaginei que ela fora deixada ali, não de uma boa maneira.

— Johanna! — eu chamei alto demais, provavelmente continuava sob o efeito do álcool.

Cinna ao meu lado também encarou a moça vir até nos, mordendo o lábio inferior a fim de evitar chorar.

— Desculpe ter saído assim — ela falou mais para Cinna do que para mim.

— Tudo bem, eu também já tenho que ir. Passam das duas da manhã e Katniss e eu temos uma exposição amanhã… bem, hoje a tarde, para ser mais exato.

— Você está bem para dirigir? — Johanna perguntou de um jeito casual demais, para quem parecia sempre alegre ao se dirigir àquele rapaz.

— Claro… — ele foi breve. — Vejo vocês amanhã!

E então Cinna seguiu para o estacionamento a fim de encontrar o seu carro. Enquanto isso, Johanna me puxou pelo braço, de repente, parecendo irritada e arrependida por ter me deixado beber alguns drinques. Subimos ambas na sua moto, e ela me avisou de que seu soltasse a cintura dela, ficaria tão bonita quanto Freddy Krueger quando quebrasse a cara no chão em alta velocidade.

Seguimos para casa.

–*-

Cinna não parecia mais chateado no dia seguinte quando durante a tarde, trabalhamos na exposição. Eu nem mesmo sabia que tanta gente gostava de planta até sábado de manhã, quando vários cidadãos vieram até o Orquidário. A tarde de domingo não foi diferente quanto a isso, havia muita gente ali, o que não me deixou nada satisfeita, pois meus sentidos pareciam mais apurados e todo o barulho daquelas pessoas era prejudicial para mim.

Estava feliz pegando as mudas de plantas, pois no pequeno casebre atrás do Orquidário, onde as guardávamos estava silencioso. Eu até me demorei um pouco, mesmo sabendo que Cinna estava contando apenas com um outro botânico que ele convidara, o antigo responsável pela exposição, Dr. Heavensbee. Eu cuidava das vendas, mas eram os dois que explicavam tudo sobre o cuidado que se tinha de tomar, além da particularidade de cada orquídea.

Quando voltei ao meu quiosque de vendas com as mudas, as pessoas ainda aguardavam lá. Tentei ser o mais eficiente e rápida possível para que a fila diminuísse de tamanho. Logo, estava só novamente olhando o movimento de pessoas enquanto elas seguiam os dois botânicos pela exposição.

Foi nesse momento em que eu o vi. Primeiro uma sensação horrível de vergonha tomou conta de mim, mas logo foi substituída por felicidade. E então decepção, porque Peeta Mellark estava na exposição acompanhado por uma bela garota loura que vestia uma saia longa e verde-musgo ao estilo hippie e tinha longos cabelos louros. Era Glimmer. Os dois sorriam um para o outro enquanto observavam as plantas.

De alguma forma louca, eu tentei me lembrar de que eles eram apenas amigos. Como se eu tivesse algum direito de pensar em Peeta, depois que o descartara tão cruelmente mais de uma semana atrás. Mas vê-lo sorrir daquele jeito para outra garota me deixou totalmente sem chão e eu quis morrer quando ela o puxou para o meu quiosque.

— Katniss! — ela disse animada. — Olá! Não sabia que estava trabalhando aqui.

Peeta não olhou para mim, ele desviou o olhar assim que se deu conta de que era eu ali. Na verdade, ele fingia estar entretido com as pessoas seguindo Cinna do outro lado dentro do Orquidário.

— Pois é… — eu me esforcei para sorrir. — E aí, vai levar alguma planta? — perguntei rezando para que algum cliente chegasse ali e eu tivesse que dispensá-los.

— Só se o Peeta comprar para mim — ela falou cutucando o braço do garoto ao seu lado.

Ele finalmente se voltou para mim e eu queria tanto poder pedir mil vezes desculpa por tudo, até que ele finalmente me perdoasse por ter alimentado seus sentimentos, por tê-lo magoado tanto…

Mas não pude fazê-lo, então, ele só assentiu para Glimmer e me passou o dinheiro. Eu dei a eles uma muda, evitando contato visual com Peeta, de qualquer maneira. Se Glimmer percebeu qualquer coisa entre nós dois, ela resolveu não comentar de qualquer forma. Apenas sorriu apanhando sua muda e se despediu de mim. Peeta a seguiu, porém a alguns passos de distância ele se voltou com um olhar triste e me flagrou olhando para ele… Minha boca se abriu para eu dizer algo, mas eu hesitei tanto, que ele apenas pôs a mão no bolso e voltou a seguir Glimmer.

E só então eu consegui expelir as palavras:

— Perdão.


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Notas finais do capítulo

Então, esse capítulo ficou bem devagar, mas a próximo, eu prometo, será bem melhor. Também planejo postar, mais rápido.
Obrigada a todos que comentam, ainda amo vocês. ;*