A Beautiful Mess escrita por Danendy


Capítulo 10
Capítulo X – Culpados


Notas iniciais do capítulo

MEU DEUS, QUASE UM MÊS SEM POSTAR! Não me matem. Ou matem depois desse capítulo, quem sabe, né? Aliás, andei com um bloqueio criativo imenso. Super ocupada, porque estão me transferindo no trabalho. Na faculdade tem umas paradas que estão me enlouquecendo, enfim... Minha vida anda meio conturbada, mas queridos, eu não os abandonarei.
Um super mega beijo para Yu Yukari, pela recomendação. E outro imenso também a todos que acompanham e comentam. Adoro vocês de verdade.



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O sol ainda iria demorar a aparecer naquele domingo, mas eu já estava de pé. Os pesadelos me deixaram inquieta e mesmo que estivesse morrendo de sono, não teria coragem o suficiente para sucumbir à vontade de dormir. Ainda podia ouvir os gritos de minha irmãzinha enquanto as chamas a consumiam. Senti arrepios mesmo na madrugada quente de verão.

Havia descido as escadas e estava na sala, sentada no banco estofado ao lado da janela. Fiquei olhando, através do vidro, para a rua calma e silenciosa na penumbra das quatro e meia da manhã. Não tinha medo da escuridão, até gostava dela. O mistério da noite me intrigava. Silenciosa, sombria e poética. A melhor amiga dos boêmios.

Meu coração já não estava mais disparado, o que finalmente me permitiu sentir o ar da noite enquanto abria a janela. Nada muito frio, mas ao menos refrescante comparado ao clima do meu quarto. Agradeci mentalmente que ainda fosse madrugada, pois seria embaraçoso abrir a janela, usando as roupas de dormir finas e curtas, e encontrar alguém por ali.

Sentei novamente no banco e agora, com a janela aberta, pude ter uma visão mais ampla do meu quarteirão. Continuava tudo quieto e escuro, apenas a fraca luz dos postes iluminando a rua. Mas então, um carro estacionou de frente para a minha casa. Quando percebi que era uma viatura policial, algo entre raiva e pena surgiu em mim. Como ela fora capaz? Eu ainda tinha esperança de que ela tivesse saído para, sei lá, espairecer e tivesse ido para casa de algum cara. Talvez uma festa. Enfim, a decepção que me acometeu foi tamanha ao vê-la sair do carro após algum tempo.

Assim que ela entrou em casa, eu me endireitei no banco e fiquei de frente para ela. Ao acender a luz tomou um susto ao me ver. Aparentemente, não esperava que eu estivesse ali.

— A dignidade mandou lembranças, Johanna — consegui dizer, amarga.

— Um beijo pra ela — disse cínica e atirou a bolsa que levava sobre a mesinha de centro da sala. — Pesadelos?

Ela me olhou curiosa e se sentou de frente para mim no banco. Nossas pernas se tocaram quando ela as encolheu sobre ele. Era estranho ver como nossos tons contrastavam: o meu da cor de caramelo, o dela da cor dos lírios.

— Sim… e com o que acabei de ver, acho que ainda não acordei. — Pude perceber uma pequena mancha arroxeada na clavícula dela. — Pelo menos uma de nós teve uma boa noite.

Johanna notou em que direção ia meu olhar e cobriu com a mão. Ela me fitou por um instante antes de virar o rosto, constrangida.

— Por que continua fazendo isso, Jo? — indaguei cansada. — Ele nunca vai deixar Annie, muito menos agora com o bebê.

Ela me olhou magoada, como se eu a tivesse estapeado na cara.

— Eu sei. — Foi tudo o que disse.

— Então…

— O que quer que eu faça? — Seu tom de voz se alterou, mas nada muito agressivo, enquanto me interrompia. — Quer que eu pare de pensar nele? Que eu pare de me importar? Eu o amo — confessou.

Não fiquei surpresa com o a constatação, mas com o fato de ela admitir amá-lo. Johanna tinha tanto jeito para lidar com emoções quanto eu. Dizer algo assim requeria muita coragem dela.

— Não quero que faça nada disso. Só quero que pare de vê-lo. De ir ao encontro dele toda vez que ele a chama. Se ele quer alguém para passar a noite, arranje uma prostituta… aliás, ele tem a mulher para isso. Você é melhor que isso, Johanna! — falei por impulso, e mais rápido do que queria.

Ela se encolheu ainda mais no banco. Seus olhos evitaram encontrar os meus. Ela sabia que eu tinha razão e não queria que eu soubesse disso. Não gostava de vê-la assim, mas era necessário dizer aquilo. Eu já estava cheia disso.

Johanna se levantou depois de uns instantes de silêncio.

— Eu vou deitar — disse.

— Não fique chateada comigo, Jo — falei, mas ela já estava indo em direção aos degraus.

Ela parou um instante e ainda de costas para mim, balançou a cabeça de forma negativa. Estava muito quieta. Imaginei se estaria chorando e não queria que a visse assim. Por fim, antes de subir, disse:

— Tudo bem. — Sua voz era um sussurro cansado.

-*-

“Preciso de ajuda com o discurso. Por que não aparece aqui em casa hoje a tarde? Até mais.”

Tentei convencer a mim mesma que aquela mensagem em meu celular não era dele, que não significava nada e que eu estava indo à casa da minha boa amiga Clove naquela tarde de domingo, como dissera a Haymitch e Johanna, antes de sair de casa. Era por isso que eu estava pegando o ônibus para aquele bairro nobre tão diferente e distante do meu.

Mas a quem eu queria enganar? Assim que desci do ônibus naquela rua já conhecida, eu não segui em direção a enorme casa roxa do lado direito da rua. Não, eu nem sequer titubeei ou repensei minha decisão. Segui direto para a grande casa verde bem à frente.

Estava na metade da calçada, a caminho da porta, quando notei a garagem aberta. Aproximei-me e fiquei parada ao lado do portal enquanto alguém saía de debaixo da caminhonete grande ao notar que eu chegara.

— Ora, ora, então, decidiu mesmo não me ignorar mais? — Marvel perguntou se levantando.

Eu poderia ter pensando em alguma resposta inteligente, indiferente ou mesmo engraçada para dar, mas vê-lo ali, sem camisa, segurando uma chave inglesa e um pouco sujo de graxa não me deixou pensar em nada. Balancei a cabeça levemente para encontrar foco. Notei seu sorriso malicioso, ao mesmo tempo.

— Precisa de ajuda com o discurso certo? — indaguei. — Pode pôr uma camisa? Encontro você lá em cima.

E, como se a casa fosse minha, ou como se eu nunca tivesse deixado de frequentá-la, adentrei a garagem e abri a porta que levava para dentro da casa. Subi as escadas e, sem pensar muito, girei a maçaneta da porta do quarto de Marvel e entrei lá dentro.

Sentei sobre a cama larga dele e examinei o local. Era estranho estar ali de novo. Era muito difícil olhar para aquele lugar. Estava tudo na mais perfeita ordem, como sempre, mas de alguma forma, tudo parecia diferente. De repente, senti como se estivesse fazendo algo muito errado. Bem… eu estava.

— Achei que não viria… — Marvel adentrou o quarto e fechou a porta atrás de si.

Ele vestia uma camisa regata azul e usava as mesmas calças jeans de antes. Não estava mais sujo de graxa. E era difícil parar de pensar no quanto seus braços eram fortes, quando eles estavam expostos daquela forma.

— É… eu também — admiti. — Mas enfim, o diretor Snow me colocou nisso e não quero arriscar perder meu ano porque você não vai fazer o discurso. Então, qual é o problema?

Marvel se sentou ao meu lado na cama. A sua presença causava uma sensação diferente da que eu sentia com Peeta, aquela coisa leve e forte ao mesmo tempo. Com Marvel sempre parecia que eu estava levando um choque de mil volts. Talvez essa fosse a razão para eu ter mantido distância esse tempo todo. Como poderia ficar perto de alguém que me fazia estremecer só de se sentar ao meu lado?

— O problema? — ele repetiu.

E então sorriu novamente, o mesmo sorriso malicioso de antes. O mesmo de sempre. De repente ficou evidente de que Marvel não tinha problema nenhum com o discurso, até porque, se tivesse, pediria ajuda de Glimmer, não minha. Mas eu já deveria saber disso, não deveria?

— É, o problema… Seu sms. Você disse que precisava de ajuda com o discurso.

— Esse vestido é novo? — Marvel ignorou minha pergunta e se aproximou de mim.

Sua mão deslizou pela alça de meu vestido branco com estampa roxa e a abaixou. A ponta dos seus dedos roçou a pele dos meus ombros.

— É — respondi lânguida, antes de me recompor. — Mas isso não tem nada a ver com o que eu vim fazer aqui.

— É um lindo vestido… — disse, ignorando o que eu falei.

Marvel se aproximou ainda mais de mim, até ficar bem perto. Não consegui me mover ao sentir seu calor. Não consegui fazer nada. Insistir mais na história do discurso não levaria a lugar algum. Nem eu acreditava que estava ali para isso. É claro que eu sabia o que fazia ali. Eu queria poder extravasar, queria poder esquecer de tudo, da briga com Johanna, dos meus pesadelos, da vida. Queria saciar minha necessidade por um toque, meu desejo por intimidade. Peeta não podia me dar isso sem acabar magoado, porque eu era um brinquedo quebrado e sem conserto. Mas Marvel já fora magoado, sabia com o que estava se metendo e mesmo assim persistia, mesmo assim continuava insistindo.

Seus dedos seguiram acariciando do meu ombro ao meu pescoço, e logo estavam em meu rosto. Ele olhou para mim fascinado, como se fosse a primeira vez que me via de verdade. E foi um olhar que acendeu tudo dentro de mim.

— Você é linda — pronunciou devagar as palavras, ainda com as mãos afagando meu rosto.

E então me beijou. Suave. Devagar. Como se temesse que eu fosse simplesmente sumir se ele me tocasse de verdade. Sua respiração era rápida e seu hálito era doce como menta. Eu suspirei, um suspiro de saudade. Eu havia sentido falta da familiaridade do cheiro, do gosto, do toque dele.

— Promete que não vai fugir dessa vez? — ele perguntou enquanto inclinava seu corpo para frente, me fazendo deitar na cama e ficando sobre mim.

Eu poderia dizer a verdade, mas a verdade não era o que ele queria de mim. Então eu apenas assenti e comecei a levantar sua camisa. Ele me ajudou a arrancá-la e eu o encarei por um instante. Sua pele perfeita, seus músculos definidos por causa do futebol, suas marcas de nascença…

Então ele se inclinou novamente e me beijou. Forte e firme desta vez. Suas mãos me apertavam em todas as partes enquanto ele sugava e mordiscava meus lábios. Sua língua invadindo minha boca e explorando a minha. Seus quadris entre os meus.

Aquilo. Eu estava ali por causa daquilo. Por esse momento de esquecimento, por esse momento em que nada mais importava além daquele instante, daquele toque. Por isso, quando, numa pressa maluca, ele tirou as calças e arrancou o meu vestido, eu não me importei muito em saber para onde também haviam ido nossas roupas íntimas.

-*-

— Por que você foi embora da última vez? Por que me ignorou por tanto tempo? Foi por que eu disse? Foi por que eu disse aquelas três palavras? — Marvel inquiriu enquanto eu me vestia. Sua expressão era sóbria, nem feliz nem triste. — Elas não foram suficientes?

— Não… Marvel. A questão nunca foi essa. Elas não foram insuficientes. Elas foram demais. — Minha voz foi mais dura do que eu queria.


Culpa. Imaginei se pessoas como Finnick Odair sentiam culpa. E depois imaginei que talvez ele e eu não fôssemos tão diferentes. Ambos tirávamos proveito das pessoas que ousavam gostar de nós. Éramos sanguessugas malditos que não se saciavam até terem arrancado toda a vida ou esperança de alguém.


No ônibus de volta para casa eu pensei se conseguiria chorar pelo que eu acabara de fazer. Fiquei com medo de que conseguisse. Não queria me despedaçar ali, na frente de estranhos em um ônibus lotado. Mas não sabia até quando conseguiria prender o choro. De repente, muito antes de casa, eu desci. Se fosse para chorar, eu poderia fazer isso indo a pé e talvez menos pessoas notassem.

Tive um choque ao perceber que as lágrimas em meus olhos não conseguiam ser derramadas. Ainda que minha garganta ainda estivesse se fechando. Ainda que eu parecesse mil vezes mais pesada agora. Eu tentara esquecer meus problemas e só acabara arranjando mais um com que lidar.

Caminhei por algum tempo, desnorteada, antes de parar em frente a uma casa simples e pequena, e bater na porta.

— Katniss? — Pude ouvir a voz de Gale e notar o tom de surpresa.

Eu o abracei imediatamente, e foi quando as lágrimas finalmente vieram. Eu me agarrei a ele e chorei como há muito havia me permitido fazer. Ele me segurou forte e me levou para dentro de casa. Não sei como, mas quando voltei a mim, estávamos em seu sofá e ele passava as mãos sobre meus cabelos e ainda me segurava forte.

— Ela está bem? — Ouvi Hazelle, sua mãe, perguntar a Gale.

— Está sim — Gale respondeu. — Ela só precisa respirar um pouco, não é Katniss?

Eu levantei o rosto finalmente. Imaginei que estivesse inchado depois de tanto chorar. Estava com vergonha por Hazelle me ver naquele estado, mas seria ainda mais constrangedor ficar com o rosto colado na camiseta já encharcada de seu filho.

— Você está bem, querida? — Seu tom era de preocupação. — Vou preparar um chá… Por que você e Gale não conversam sobre o que aconteceu?

Ela sorriu e saiu da sala. Eu adorava Hazelle por isso, porque ela sempre sabia quando eu e Gale precisávamos conversar a sós. Porque ela nunca chegou a imaginar que pudesse haver algo de romântico entre nós e porque, mesmo ainda me olhando com um pouco de pena, por eu ser quem eu era, ela não parecia me julgar pelo que tinha acontecido comigo.

— Ok… Não precisamos conversar sobre nada, se não quiser — disse Gale ainda afagando meu cabelo. — Podemos ficar aqui o tempo que quiser. Eu ia sair com a Madge, mas eu ligo e aviso que não posso ir.

Eu dei uma olhada no relógio da sala e quase tive um susto ao perceber que já eram sete da noite. Eu havia perdido a noção do tempo.

— Não — falei enxugando as lágrimas. — Eu tenho que ir mesmo.

Eu fiz menção de me levantar, mas Gale me puxou de volta e me abraçou de novo. Recomecei a chorar instantaneamente. Estava com medo de nunca mais parar. Gale começou a cantarolar baixinho enquanto afagava meu cabelo. Isso me acalmou.

Hazelle trouxe o chá depois de algum tempo. Eu já não chorava mais. Ela sorriu para mim quando estendeu a xícara para mim. Tentei sorrir de volta.

— Bem, eu vou buscar as crianças na casa da mamãe — ela começou. Notei que estava arrumada. Parecia pronta para sair mesmo. — Fique bem, querida.

Hazelle apertou meu ombro antes de beijar a testa de Gale e sair pela porta.

— Ok… se sente pronta para falar sobre o que houve? — ele perguntou.

Deixei o chá sobre a mesinha de centro. Não ia conseguir tomar nada. Sacudi a cabeça. A vontade de chorar voltara. O que havia de errado comigo? O que, meu Deus, havia de errado?!

— Eu sou uma pessoa terrível. Não sei como ainda é meu amigo.

— Você não é tão ruim… — ele brincou e me puxou de novo para si.

Fiquei ali, no sofá, abraçada e me apoiando nele não sei por quanto tempo. Em algum momento a vontade de chorar pareceu desaparecer de vez. Foi quando me levantei. Gale fez o mesmo.

— Eu tenho que ir… — comecei.

— Acompanho você até em casa

— Não precisa. Ainda dá pra ir ao seu encontro com Madge

— Já mandei um sms dizendo que não vou poder ir. Vamos… não posso deixar você ir para casa sozinha nesse estado.

Eu não respondi nada. Ao sairmos da casa de Gale, ele passou um dos braços sobre meu ombro e me conduziu. Eu ainda me sentia desnorteada, mas a companhia de Gale me dava um pouco de foco.

— Não vai mesmo falar sobre o que aconteceu? — Gale perguntou novamente.

— Não… não vale a pena. Eu mesma quero esquecer — falei.

E fiquei surpresa por minha voz não sair muito trêmula. De fato, o choro não voltaria mais.

Quando chegamos a minha casa, Gale olhou para mim e fez uma careta engraçada que me fez, mesmo depois de tudo, sorrir. Meu rosto deveria estar horrível.

— Nem tente esconder que chorou — avisou. — Se tiver sorte, corra, suba as escadas e diga que já está com sono.

Gargalhei. Mas foi uma risada um pouco desesperada e eu me assustei comigo mesma.

— Tudo bem — aquiesci.

— Fique bem, Catnip. — Gale beijou minha testa e me soltou. — Pelo menos nos formaremos no fim da semana.

Eu assisti enquanto ele caminhava de volta o caminho que havíamos percorrido. Depois me virei para a varanda de casa. O celular vibrou na minha bolsa e eu demorei, imaginando que Marvel me mandaria alguma mensagem.

“’Crosses all over, heavy on your shoulders

The sirens inside you waiting to step forward

Disturbing silence darkens you sight

We'll cast some light and you'll be alright’¹

É o refrão de Crosses do José González.

Achei que gostaria dessa música.

Aliás, boa noite. Até amanhã, mademoiselle. P.”

A mensagem era de Peeta, e de repente, eu me senti mal e me senti bem ao mesmo tempo. Balancei a cabeça e entrei em casa. Como dissera Gale, nos formaríamos ao fim da semana. Minha cabeça doeu só de pensar nisso.


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Notas finais do capítulo

"Encruzilhadas por toda parte, peso em seus ombros
As sirenes dentro de você, esperando pra ir em frente
O silêncio perturbador escurecendo sua visão
Vamos acender alguma luz e você ficará bem"¹

Ok... Podem me matar. Eu escrevi e reescrevi esse capítulo 3 vezes e sei que não está bom, mas não podia fazê-los esperar ainda mais. Desculpem pelo super drama mexicano desse capítulo.
Acho que escreverei ainda quatro capítulos para finalizar essa fic. O próximo, que eu não prometo nada, mas desejo muito demorar bem menos para postar, será sobre a formatura.
Até mais. ;*



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