Once Upon a Time escrita por Susan Salvatore


Capítulo 5
Coisa de humanos




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"Hey, Kol, é a Elena, cadê você?"

"Amor, estou preocupada. Aconteceu alguma coisa? Me liga. Beijos."

"Kol, onde diabos você está? A cinco dias não nos falamos. Tem alguma coisa errada?"

"Sabe, você pode ir para o inferno. Carinhosamente, Elena"

"Mikaelson, faz duas semanas que você não aparece. É melhor estar morto, sabe disso."

"Odiando você, ok?"

"..."

"Adeus, Kol"

Desliguei a caixa postal. Deus, tenho que parar de ouvir essas mensagens. Fazem mais de três semanas que não nos falamos. Uma e meia, desde que ela desistiu de enviar mensagens.

Enchi o copo de uísque mais uma vez. Ri. Cara, quão deplorável eu devia parecer? Barba por fazer, banhos insuficientes, noites sem dormir, dias sem comer - ou beber, no meu caso. E cada dia, cada hora, eu penso nela. Sua voz é como um anestésico e estou viciado nisso.

Ajuda? Alguém? Socorro.

Então eu caí nesse mundo de novo. A cada meio milênio, ele aparece para mostrar onde é meu lugar. Não há nada além de dor e solidão. Sabe o que é pior? Não é um mundo, é uma bolha, e eu consigo ver o lado de fora. O lado do qual não posso fazer parte. Mas eu quero tanto...

Não pode, sussurra meu subconsciente. Vai se foder. Sei que não posso. Mereço essa punição. Ah, eu nunca fui bom, então era de se esperar. Machuquei a garota que devia proteger, a garota pela qual estou apaixonado. Eu a queria morta, por seu sangue. Que tipo de monstro faz isso?

Sim, eu mereço isso. Cada século de dor até eu superar de novo. Já fiz isso, então não é nenhuma surpresa. Posso fazer.

- Mas eu não quero! - gritei, socando as paredes. Caí no chão, entregando-me às lágrimas.

Não quero ficar longe dela! Não quero! Cada parte de mim diz para eu ir atrás dela. Eu anseio por isso. E não é nada justo! Tenho mais de mil anos de idade e ainda não pude ser feliz. Sou um ser humano, apesar de tudo, tenho esse direito!

Que tipo de maldição é essa? Seria minha mãe? As bruxas? O que eu fiz de tão errado para merecer perdê-las?

Sou humano também...

.  .  .  

Não percebi que havia adormecido finalmente até que alguém bateu na porta. Estranho. Quase ninguém conhece esse endereço. 

Abri a porta e entrei em estado de choque.

- Bem, Mikaelson, parece que está vivo, então - disse Elena, furiosamente assustadora.

Oh, merda.

Esperava de tudo, até um soco. Mas ela me abraçou. Ai. Merda, não chore na frente dela.

- Estava tão, tão preocupada! O que aconteceu?

Fiquei calado.

- Bem - continuou, a expressão endurecida - Se você não queria mais nada, era só ter me dito. Não precisava sumir. Tem ideia do que passou pela minha cabeça? Achei que tivesse morrido! Ninguém teve notícias suas por dias! Antes de qualquer coisa, eu me importo com você e se...

Calei-a com um beijo. Não, não aguentava mais. Essa garota tinha causado uma mudança em mim e teria que aprender a conviver com isso. Tendo-a em meus braços tudo ficava bem. E não havia culpa ou remorso o suficientes para me manter longe. Sim, eu era muito ruim. Um monstro. Corrompido. Um demônio. Mas quer saber? Dane-se. Ainda humano. E se Elena estava no meu caminho, quem sabe era para trazer alguma luz, sabe, só durante um pouquinho. E seria o suficiente. Preciso desse alívio.

Conduzindo-a em meus braços, levei-a até minha cama. Ficando por cima dela, a olhei intensamente.

- Perdoe-me, amor. Realmente sinto muito. Se eu sumi, bem, foi para resolver algumas coisas dentro de mim. Algumas coisas que não estão certas.

- Que coisas? - perguntou ela, afagando meu rosto.

- Ah, eu não sou uma pessoa muito boa, bebê.

- Comigo, é sim. Uma pessoa ótima. Então... - disse ela, sorrindo.

- Então só tenho que ficar mais tempo com você.

- Me parece uma ótima ideia - falou, passando a mão pelos meus cabelos, encantada.

Beijei seu pescoço, estremecendo com o que fizera antes. Bem, era hora de recompensá-la por isso. Desci a carícia um pouco mais.

- Kol...- sussurrou ela, meio envergonhada.

- Eu sei, bebê. Eu serei o primeiro. Mas sabe de uma coisa? Pretendo ser o único também. Assim como, a partir de hoje, você é para mim.

Ela se agarrou a mim, com vontade. Seus beijos eram mais intensos e provocadores, então, percebi que ela podia ser tão boa nisso quanto eu. Uma disputa? A ideia me agradou diabolicamente.

Quando me livrei de seu vestido, ela desabotoou minha camisa numa técnica incrível. Segurando seus pulsos, percorri com a língua sua barriga, sentindo o efeito daquilo, nela e em mim. Queimava em nosso sangue e era tão bom! Não me lembrava de ter sido tão bom. Então, ela me empurrou e eu caí de joelhos na cama. Ela se sentou sobre mim e começou a distribuir carícias também.

Nem posso descrever o quanto era prazeroso ver aquela inocente menina se entregar à luxúria por minha causa. Sorri com a perversão, o que só me deixou mais excitado. Elena arranhava-me, mordia-me  sem prudência. Rindo, ela cravou os dentes no meu pescoço e eu gemi como uma puta.

- Garota, esteja preparada. Hoje eu vou fazer coisas realmente ruins com você.

- Quando você entrou o ar foi embora e todas aquelas sombras se encheram com dúvida. Eu não sei quem você pensa que é, mas antes que a noite acabe, eu quero fazer coisas ruins com você. - cantarolou ela, recitando a música de Jace Everett. Nem preciso dizer porquê gosto tanto dela, né?

Lambendo o lóbulo de minha orelha, ela parecia muito confortável estando no controle. Como se eu fosse deixar isso continuar. Com um pouco de força, a joguei e a cama protestou. Ela ficou reclamona quanto a isso, então a silenciei com mordidas em seus lábios, provocando.

Hm, eu só estava de calça jeans. Sem roupas íntimas. Resolvi deixá-la na mesma situação. E, ah! Sabia que meu corpo era escultural - lê-se gostoso pra caralho -, mas o dela, Jesus. Aquela menina era sexy, absurdamente sexy. Tudo calculadamente oculto por suas roupas.

- Ah, Elena - sussurrei, rouco. 

- É o mesmo comigo - respondeu ela, entre gemidos.

Beijei-a intensamente, sem me preocupar com nada. Livrando-nos dos restos de nossas roupas, toquei-a delicadamente, sentido-a vibrar sob mim. Seus seios eram maiores do que minha mão e constatei isso apertando eles, não tão suavemente. Já estavam rijos. Eu? Bem, eu estava rígido há um bom tempo.

Afastando suas pernas, percebi que estava muito excitada. Isso seria bom. Encaixando-me nela, pude ver a expectativa em seus olhos. Estava à minha mercê. Deixei-a se contorcer mais um pouco, antes de finalmente entrar nela. A resistência estava ali não teve efeito algum sobre nós, saindo do caminho indolor e rapidamente. E cada vez que me movia dentro dela era como ter fios desencapados dentro de mim, sendo estimulados. O prazer era infinito.

Mudei o ritmo, ora prolongando, ora sendo rápido. E ela gostava, ah, como gostava! Arranhava minhas costas loucamente, querendo ser preenchida ao máximo. Seus gemidos altos em meu ouvido só aumentava o prazer. Como eu esperei por isso. Minha. Só minha.

Entrelaçando os dedos em seus cabelos, puxando-os, sentei-me, colocando-a em meu colo. Ela arranhou meus mamilos enquanto usava meu peito de apoio para de se movimentar. O ritmo dela era torturante, querendo me provocar ao máximo.

- A-ah Kol... Eu... Não aguento - grunhiu, mordendo meu pescoço. Cara, isso foi mais do que excitante.

- Faça de novo - ordenei, deitando-a, enquanto empurrava com força.

- O quê?

- Me morda, Elena.

Cravando as unhas nas minhas costas, ela o fez, enquanto eu aumentava a velocidade, ainda puxando seus cabelos. Seu sangue pulsava incrivelmente rápido, fazendo seu cheiro grudar em mim. Que cheiro! Inspirei profundamente em seu pescoço e Elena gemeu, arrepiada.

Seus gemidos ficaram mais intensos e seu corpo mais descontrolado. Ela tremia, e seu orgasmo se aproximava. Então, eu chupei seu pescoço, bem forte, torturando a mim e a ela. Com isso, se entregou. Senti-la amolecer sob mim, totalmente dominada, me excitou ainda mais e quando ela cravou os dentes e as unhas nos meus ombros, eu grunhi, gozando também.

Ofegantes, estávamos surpresos com a intensidade de tudo aquilo. Não me lembrava de algum dia ter sido tão bom. Puta que pariu, fora extremamente bom. Elena ainda não parara de gemer.

Tirando o cabelo que grudara em sua testa, eu a olhei profundamente. Essa doce e não mais inocente garota que me fazia ter essas sensações incríveis... caramba, eu a amo. Realmente a amo. O sexo não fora bom só porque ela era incrivelmente gostosa e eu incrivelmente bom. Era porque eu a amava.

- Kol, eu t... - ela começou, quando sua respiração se acalmou.

Beijei-a, mordendo seu lábio inferior.

- Ei! - protestou, rindo. A risada que soava como música... Como eu podia ter alguma dúvida?

- Eu direi primeiro. Eu te amo, Elena.

Seus olhos brilharam e seu coração acelerou. O meu também. Não eram preciso mais palavras, éramos capazes de entender, tão conectados estávamos. E desejosos. Pois quando ela passou a mão pelos meu cabelos, começamos tudo de novo.

"Eu te amo, Kol", dizia, no meio de seus orgasmos.


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