Once Upon a Time escrita por Susan Salvatore


Capítulo 3
Caramelo




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De pôr do sol, passamos a luar e para quase amanhecer. Graças a Deus, era final de semana. Não queria a menina caindo de sono por minha causa. Tudo bem, isso é mentira. Hoje era o último dia de folga dos alunos, então amanhã a teria de novo.

Por mais que eu quisesse o contrário, nós não passamos de beijos. É claro que dei insinuações do que queria, mas ela sorriu deliciosamente e disse que já havia tido dela muito por hoje. Pode? Essa garota, ah, ela vai ver só. Acho que nunca quis tanto foder alguém quanto quero com ela. Talvez para dominá-la de vez, vê-la à minha mercê. Alguns caras gostam disso, e essa é uma habilidade que eu aprimorei. Sadomasoquismo? Curto sim, mas à minha própria maneira. Não uso objetos, uso o corpo e garanto que dá pra fazer bastante coisa.

E tinha muitas ideias para ela. Uma humana não resiste muito tempo à isso, se você souber como provocá-la. Ontem eu dera uma amostra do que podia fazer, e seus sonhos esta noite serão bem mais do que eróticos. Não duvido de que vá se tocar. Ei, é só uma coisa que eu sei que acontece com as mulheres quando estão comigo. Pode parecer presunçoso, mas o efeito de um vampiro numa mortal realmente está além de descrições.

Isso me leva à uma questão: quando eu ia mordê-la? Estava curioso quanto ào sabor e, sem dúvida, desejava, mas não era realmente uma coisa que me atormentasse. Autocontrole de Original. A sede não era dolorosa à mim, se estendida a pouco prazo. Estava mais desejoso de obter outra coisa dela. Ah sim, ela era virgem. Como eu sabia? Bem, pode parecer mentira, mas as virgens cheiram diferente. Quando uma pessoa prova sexo, qualquer estímulo já vai enchê-la de hormônios e seu sangue se agita incrivelmente. Isso tudo, provoca um cheiro bem reconhecível. Cheiro de sexo, no interior da pessoa. Em sua intimidade, ela fica molhada mais rapidamente, mais almiscaradas. Agora com as virgens era tudo diferente, tudo mais dolorosamente demorado. Eram tão terrivelmente doces. Nos contos de terror, os vampiros sempre preferiram as imaculadas por essa razão. Estimula à nós provocar essas coisas e percebê-las.

Podia ficar melhor? Duvido muito.

Mas, de qualquer jeito, eu precisava me satisfazer enquanto isso, então consegui uma acompanhante. Acompanhante, uma menor de idade ruiva e fofinha, incrivelmente barulhenta essa, então mordi seus lábios e suguei o sangue, para que calasse a boca, enquanto eu me movimentava dentro dela. Tudo bem que é ótimo ver uma mulher se desmontando de prazer, mas não queria que ninguém viesse encher meu saco por causa do barulho.

Hoje, fui violento. A garota não ia conseguir sentar ou se movimentar direito por umas boas horas. Dominação. A arte número 1 de ser um vampiro. Com estocadas bruscas, ela quase desfalecia no meu colo e enquanto gemia, sugava seu sangue nos lugares mais facilmente ocultos. Não, eu não as curava com meu sangue. Compartilhamento de sangue é coisa íntima demais para fazer com qualquer uma.

Quando terminei, vi que ela mordia o lábio.

- Já estou com o estômago cheio, mas você quer mais?

- S-sim, senhor.

- Então esqueça que eu bebi de você. - falei, usando minha compulsão - Agora podemos ir ào meu quarto.

Eu geralmente não levava mulheres ào dormitório, mas hoje eu queria me superar. Jogando-a na cama, experimentei coisas novas com ela, coisas que despertavam meu profundo interesse. Quanto melhor, melhor. 

Ah, eu não era nada respeitoso. Era depravado e pervertido. E muito, muito bom. Fazê-las dar de quatro era fichinha pra mim. Engraçado, com compulsão antes ou não, elas nunca negavam fazer nada.

Com essa garota, agora, eu seria quase sádico. Eu a fazia implorar por cada movimento meu e quando finalmente fazia era tão forte que a deixaria roxa no dia seguinte. Ela gemia e rebolava de contentamento, sem dúvida não possuindo muita experiência. Quando acabamos, fiz ela sugar-me até que estivesse limpo e então lhe dei um beijo no rosto, dizendo-a para voltar para casa e continuar a dar para o namorado frouxo. Pulando de agradecimento, ela se foi.

Olhei pela janela, e vi o sol mais próximo do pino do que eu gostaria.

Merda, merda. Gastara tempo demais com ela e agora já estava na hora ver Elena. Não dava tempo de tomar banho e eu não ia até ela cheirando puta, então me entupi de perfume e torci para que fosse o suficiente.

Faltavam alguns bons minutos para as aulas, então fui dar uma volta pelo campus, à procura dela e de outras coisas. Havia cartazes para a seleção do time de basquete. Bater em idiotas e comer líderes de torcida? Meu nome estaria lá antes do fim do dia.

Sentada nos bancos rústicos, estava a minha bebê, lendo. Não sei se era coincidência, mas hoje ela estava um tanto ousada, com uma saia curta e uma blusa colada. E ainda assim continuava fofa. Jesus. Rapidamente ela me viu. Se levantou e esperou que eu fosse até ela. Abusada.

- Hoje não está nada decente, senhorita - disse em seu ouvido, apertando a região entre sua bunda e sua coxa esquerda.

- Oh, senhor Mikaelson, a intenção é não ser nada decente - respondeu. Com isso, mordi sua orelha e ela sorriu maleficamente.

- Não quer fazer nada extracurricular, então? Sua decência seria bem discutida lá.

- Tsc, tsc, não devia ser tão apressado. Vou começar a duvidar de sua habilidade.

- Quando eu pegar você, vai implorar para que eu pare de demonstrar minha habilidade, amor.

E justo quando ela ia responder, senti um cheiro diferente. A menina ruiva de hoje mais cedo chegou por trás e passou a mão por todo o meu peitoral. 

- Acho que esqueci meu sutiã no seu quarto - disse

- Você está de sutiã - respondi, analisando.

- Uh, é verdade.

- Faça um favor? Esqueça onde me encontrar. Foi só uma vez, gata. - falei, usando discretamente a compulsão. Ela saiu saltitante de novo.

Quando olhei para Elena, ela recolhia as coisas apressadamente. Bruscamente, eu diria. Peguei em sua mão e ela a puxou de volta.

- Ei - reclamei.

- Sério, pensei que fosse diferente, Kol. Nós nos conhecemos, nos falamos e foi épico. Mas parece que isso não é nada para você, não é?

- Elena, não está...

- Talvez o cara que eu pensei que você era deva voltar pra onde ele nunca devia ter saído. Da inexistência. Tenha um bom dia.

E saiu.

Assim.

Mas que diabos aconteceu aqui? Ela estava com ciúmes? Foi tão intenso assim? Pra ela também? Sei que devia achar estranho, mas só adorei aquela reação. Com um sorriso no rosto, fui para minha sala, planejando nossa próxima conversa.

E, lentamente, Elena começava a não querer sair da minha cabeça.

.  .  .  

Alguns dias se passaram sem que ela voltasse a falar comigo. Era tão engraçado o quanto ficava nervosa perto de mim. Sério, ela quase fazia biquinho. É claro que eu pretendia resolver essa situação. Quero dizer, eu sempre a via, mas queria tocá-la de novo. Talvez um pedacinho do meu orgulho quisesse fazê-la esperar.

O dia dos testes chegou e os resultados saíram logo. É claro que fui selecionado. O que eu não imaginava era que havia seleção para líderes de torcida. E que Elena se inscrevera. Isso eu não perderia por nada. Até pensei em usar compulsão para fazer a treinadora passá-la, mas não foi necessário. Ah, cara, ela era boa. A cada salto suas pernas revelavam músculos definidos. Deviam ser tão bons de apertar...

- Ei, Mickey? - chamou o capitão, Tyler.

- É apenas Mikaelson para vermes como você. E cara, me chama assim de novo e vai ser a última vez que vai conseguir falar.

- Tá nervosa é?

- Aquela puta que você chama de namorada vai saber responder melhor.

- Como é, cara? - disse, jogando suas coisas no chão.

- Tá nervosa, é? - respondi. Nisso, todo mundo já tinha escutado. E Elena olhava para mim. Devolvi o olhar, escondendo o riso.

Tyler olhou para seu amigo loiro com cara de morto e sorriu.

- Bem vindo ào time, Mikaelson.

- Imbecil - respondi, quase ignorando o aperto de mão.

Nossa primeira obrigação era o aquecimento. Corrida. Junto com as líderes. Sorri internamente. Assim que começou, ultrapassei todos e fui até Elena. Ela acelerou. De novo a alcancei. Ela acelerou novamente - para uma humana, era até bem rápida.

- Nunca será mais rápida que eu, amor.

- É muito taxativo, sabia? Ninguém pode ter tanta certeza de tudo - respondeu ela, tentanto fugir de mim, enquanto seus pulmões pagavam o preço.

- Olha só, não entendo por que está tão chatiada.

- Eu achei que você fosse diferente, é por isso.

- Mas você nem me deu a chance de deixá-la conhecer-me.

- Já posso ver muito bem quem você é. É mais um mulherengo qualquer, sem nenhum respeito pelas pessoas.

A essa altura, estávamos fora da trilha estipulada, indo em direção ao ginásio. Um local fechado. Hm.

- Olha só, eu saio com muitas. Mas não tenho relacionamentos com nenhuma. Sem emoção. É só uma... necessidade, é, que eu tenho. E se elas estão dispostas a satisfazê-la...

- Isso é tão hipócrita - disse ela, parando de correr e se apoiando nas portas do ginásio, ofegante. Será que ela ofegaria assim em outros momentos?

- Elena - disse, segurando-a firmemente pelos ombros - Você é diferente. Essas garotas, eu só as levo para cama. Não há sentimento nenhum. Eu nem as beijo. Mas com você, eu realmente sinto. Você não é uma conquista qualquer. Eu realmente quero ter você. Não só por necessidade física, mas é algo que eu desejo. Profundamente. Pode ver a diferença? 

- Mas...

- Ei, não pense que eu vá continuar com elas. Você está ocupando o lugar delas. Com você, não haverá elas. Olhe para mim. Eu sei que você sente essa coisa também, intensa. Você me deseja. Olhe para mim e diga se estou mentindo.

Ela me encarou. Me aproximei.

- Oh, eu acho que você é um mentiroso bom demais para que eu perceba - falou, cedendo e sorrindo. Estávamos suados e o cheiro era perceptível a ambos. Em poucos segundos, prensei-a contra as portas.

Beijei-a tão intensamente que ela amoleceu em meu abraço.

- Ah, Kol... - sussurou.

- Sabe, não tem ninguém no ginásio.

- Uma hora eu vou acabar dizendo sim - falou, revirando os olhos. Que adorável.

Cheirei seu pescoço e ela se contorceu.

- A intenção é essa - ri - Você cheira tão doce. Como pode ser tão doce?

- Enjoa?

- Vicia.

Abrindo as portas, levei-a até um dos bancos da arquibancada. Me encaixei entre suas pernas e a beijei novamente. Suas roupas eram coladas e finas demais, então podia ver como realmente era seu corpo. Tentador.

- Nós podemos ser pegos - disse ela

Sorri.

- Não hoje - disse, afastando-me - Tem que aprender uma coisa, Elena. Não brigue comigo. Nunca. Eu gosto de ser o dominante aqui, menina.

Ela ficou indignada. Eu ri.

- Eu vou me vingar, sabe disso.

- Tô louco pra ver.

Com o nariz empinado, ela saiu rebolando até a trilha.

Caramba, acho que gosto mesmo dela.


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