Once Upon a Time escrita por Susan Salvatore


Capítulo 12
A caçada está no sangue - parte um




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Nós lutávamos. E, merda, Elijah era muito difícil de derrubar. Não que eu fosse desistir.

– Você é muito impulsivo, Kol. Se não parar de dar golpes conforme sua vontade e não prestar atenção na técnica, vai acabar com essa sua cara... Feia – disse o puto, sorrindo enquanto me jogava no chão.

– Idiota – falei, tentando socá-lo no joelho a fim de derrubá-lo. Deu certo.

– Bem, não tão sem técnica – respondeu ele, rindo. – Mas, precisa de melhorias.

E com isso, em uma fração de segundo, eu estava no chão de novo, com o pescoço sob seu pé.

Ouvimos um tiro e Elijah gritou.

– Rápido, Kol, vamos! – gritou Elena, com uma arma na mão.

– Mas que porra! – berrou ele e vi que seu ombro recém curado havia sido atingido novamente.

Não agüentei e comecei a rir. Muito.

– E você ainda quer me dar aulas, Ellie? – falei, usando a apelido feminino que ele mais odiava.

– Calado, seu estúpido. Por que não controla essa garota?

– O que está acontecendo? – perguntou Elena, confusa.

– Bem, minha querida, tenha o prazer de conhecer meu irmão, Elijah.

– Opa – falou ela, abaixando a arma.

– É, opa mesmo – resmungou ele.

– Por que lutavam? - perguntou, indo até mim e me abraçando. Beijei-a no topo da cabeça e sorri.

Era como se nunca tivéssemos nos separado. Toda aquela dor foi rapidamente esquecida e substituída pelo conforto que era estar perto dela e eu podia ver em seus olhos que ela sentia mesmo. Nosso amor era insuperável.

Apesar de que, imagino eu, mais tarde teríamos uma reconciliação... Adequada.

– Veja, tem muita história pra contar... Tem certeza de que quer saber? – perguntei, tentando fazê-la esquecer.

– Tenho. Eu quero saber tudo que seja relacionado a você.

Entramos na casa. Pegando uma bebida, preparei-me para contar à Elena a história que mudaria sua vida.

– Hm, veja, querida... Há cerca de um milênio atrás, eu e minha família vivíamos tranqüilos numa pequena aldeia. Éramos ao todo oito e nosso irmão mais novo, Henry gostava de brincar aos arredores...

– É uma longa história, não é? – perguntou, seus olhos brilhando de curiosidade.

– E ajudaria se não interrompesse – protestou Elijah.

– Oh.

– Enfim – falei, olhando mortalmente para ele – Nós não sabíamos na época, mas tínhamos como vizinhos lobisomens.

– Wow, como assim? Eles existem? O que mais existe?

– Vampiros, lobisomens, fantasmas, bruxas, híbridos... Uma grande leva de criaturas – respondeu meu irmão.

– Num de seus passeios, Henry foi mortalmente ferido por um deles e não sobreviveu. Minha mãe, uma bruxa muito poderosa, enlouqueceu com sua perda e resolveu que nunca mais veria outro filho morrer. Então, ela criou o feitiço do vampirismo. Acho que chegamos na parte preferida do Elijah – falei, sorrindo.

– Em nossa vila havia uma garota de beleza formidável e de personalidade grandiosa; seu nome era Tatia. Todos os homens eram apaixonados e sequer se importavam com o fato de ela já ser mãe. Eu e meu irmão, Niklaus, éramos uns desses homens, assim como seu querido Kol, embora ele jamais tivesse entrado na... Disputa. Niklaus e eu vivíamos nos ferindo gravemente por causa dela, e, quando ela o escolheu... Digamos que eu não tenha aceitado bem. Nossa mãe jamais permitiria uma briga mortal entre nossa família e para acabar com isso, ela usou o sangue de Tatia para fazer o feitiço. Todo o sangue dela.

– Ela morreu na nossa frente – expliquei, absorto em pensamentos – Mas, o que não sabíamos, era que Tatia era só mais uma das chamadas doppelgangers, cópias fiéis a uma outra garota, Amara, de milênios atrás. Não sabemos nada sobre ela, mas, deve ter sido importante, pois a natureza, se podemos chamar assim, não age impulsivamente.

– Essas cópias... Só sua mera existência proporciona uma fonte de poder incrível aos feitiços – continuou meu irmão – Feitiços como aquele que aprisiona Niklaus. Veja, ele é somente nosso meio irmão. Nossa mãe, sabe-se lá por que, certa vez possuiu um amante lobisomem e daí surgiu Niklaus. Nosso pai o odiou profundamente e isso gerou nele um desejo de vingança enorme contra todos nós e até hoje ele nos persegue.

– Isso... É quase inacreditável – sussurrou Elena.

– Nossa mãe sabia o que Klaus seria – falei –, bem como seu poder incontrolável. Após ser transformado em vampiro, ele poderia perfeitamente se tornar um híbrido, mais difícil de matar do que a nós. Então ela o amaldiçoou. Mas Klaus descobriu sobre isso e, desde 500 anos atrás, ele procura um meio de quebrar a maldição.

– Entenda, Elena, a minha querida Tatia deixou um filho para continuar a sua linhagem e com isso a linhagem das cópias. Conheci uma outra cópia, Katerina ou Katherine, sei lá como ela se chama atualmente. Essa garota descobriu que, para quebrar a maldição, Klaus precisaria matá-la e então ela virou vampira. Desde então, nosso irmão a persegue e, acredite, ela daria tudo para se livrar dele.

– E isso te coloca em perigo, amor. Você... Bem, você é uma das cópias.

Elena ficou absolutamente calada por muito tempo. Dava pra ver que ela não assimilava bem o fato de ser uma criatura sobrenatural. Então, me encarou.

– Quando me conheceu... Você já sabia?

– Existem detalhes, pequenos e grandes, que te fazem diferente delas... Mas sim, eu sabia.

– Por que não contou antes?

– Eu queria te deixar fora desse mundo sujo.

– Parece que não deu muito certo – falou, passando a mão na ferida em sua bochecha.

Meu coração despencou. Ela não ia perdoar isso tão facilmente assim.

– Eu tenho um forte palpite de que Katherine está a caminho de te entregar para Klaus em troca da liberdade – contou Elijah, nos observando.

– Foi ele que fez isso comigo?

– É improvável, já que ele poderia ter te levado logo para concluir seus planos. Mas ele é um sádico e odeia o Kol, então não é impossível.

– Existe algum jeito de impedir ele de me matar? – perguntou ela, evitando olhar para mim.

– Quatro: ou arranjamos outra cópia e damos para ele ou você vira vampira ou o matamos ou a gente enfraquece e o derrota no momento em que for quebrar o feitiço. E como é impossível que nasça outra cópia tão cedo, todas a outras opções são perigosas.

– Eu não vou matá-lo – afirmou Elijah – E não convém transformá-la em vampira, já que uma hora ou outra teremos de impedi-lo, proponho que façamos uma armadilha.

– Mas isso vai te colocar num perigo terrível e não precisa fazer se não quiser – falei, meio desesperado.

– Se seu irmão conseguisse se transformar, ele seria perigoso?

– Ele seria insuperável.

– Então, eu aceito – falou ela, prontamente.

– Tem certeza, amor? Você não precisa...

– O quê? E deixar um sádico invencível a solta por aí para sempre? Nunca! E eu sou super poderosa, né? Vou dar um jeito de sair viva.

– Pois bem, vou pegar o que precisamos e volto daqui algumas horas – falou Elijah, e pareceu doido pra deixar-nos sozinhos.

Elena sentou-se na cama e tentou dormir. Sua respiração estava acelerada e era evidente que estava com medo. Devagar e cautelosamente, deitei-me ao lado dela e comecei a acariciá-la.

– Eu nem pude dizer o quanto fiquei feliz em te ver. Obrigada por me salvar. – sussurrou

– Era meu dever.

– Mesmo assim obrigada.

Ela me beijou desesperadamente.

Fiquei tão surpreso que quase não reagi. Quase.

Como eu disse, tivemos uma reconciliação apropriada. Estávamos no nosso próprio mundo, longe de perigos e coisas sobrenaturais quando Elijah chegou cedo demais.

– Estão prontos?

– Absolutamente – respondeu Elena.

...

Enquanto Elijah esperava no carro, ela deu uma última olhada para trás.

– Você estará comigo? – perguntou, muito baixinho.

– Para sempre – respondi, segurando sua mão.

Respirando fundo, ela mergulhou de cabeça no meu mundo.


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Notas finais do capítulo

P.S: Só que que estou odiando o rumo que TVD está tomando? Fala sério, viajantes? -.-



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