Eu e Madge estávamos tomando sol na beira da piscina. Estava um dia quente, e nós falávamos da primeira semana de aula.

Foi um tanto exaustivo. Primeiro ano do ensino médio não é tão fácil quanto parece ser, e muito menos legal; mais matérias, mais horas de estudo. A conclusão que tomamos um dia atrás era: um final de semana das garotas. Eu, Madge e nossa nova amiga Johanna faríamos uma festa do pijama todo final de semana disponível, só pra aliviar a tensão. 

Meu irmão nem parecia se incomodar com a escola. Apesar de ser um ano mais velho do que eu, é tão maduro quanto um peixe. Nem me pergunte como ele conseguiu passar em todos esses anos! é um mistério para todos. Mas, o que ele sabe fazer bem é amizades; enquanto eu tenho apenas 2 amigas ele já tem uns 6. E, todos eles iguais ao meu irmão, pulando loucamente na piscina e gritando. 

Peeta também estava lá. Ele, na minha opinião, ele era o menos infantil de todos, apesar de participar das guerrinhas de água. Mas, enfim, eu gostei muito disso; de conviver com as pessoas. Em quase todas as cidades, as crianças não saíam muito de casa, e eu também era jovem demais para poder ficar sozinha em casa com vários adolescentes. 

Meus pais e os de Madge se deram tão bem quanto mim e ela. Agora eles estão jogando tênis no clube da cidade. 

-Cadê a Johanna? - indagou Madge. 

-Provavelmente deve ter se perdido - eu disse, passando um pouco de bronzeador no meu braço direito. Uma coisa que eu não aceito é ficar queimada. 

Peeta também estava lá. Ele, na minha opinião, ele era o menos infantil de todos, apesar de participar das guerrinhas de água. Mas, enfim, eu gostei muito disso; de conviver com as pessoas. Em quase todas as cidades, as crianças não saíam muito de casa, e eu também era jovem demais para poder ficar sozinha em casa com vários adolecêntes.  Meus pais e os de Madge se deram tão bem quanto mim e ela. Agora eles estão joganto tênis no clube da cidade. 

-Não gosto nem um pouco desse tipo de brincadeira - disse ela, apontando para os garotos. - eles são tão... Sei lá! Mas sinto que, nem sempre as coisas dão certo. 

Madge é muito protetora e cuidadosa. Ela faz de tudo pra colocar o irmão na linha, e parece que deu certo; ele foi o único que não pulou da beira da piscina. 

De repente, a campainha toca. "Johanna", pensei. Então me levantei e fui até a porta. Mas, não era minha amiga. 

-Oi, sou Gale - disse o rapaz sorridente. - É aqui que o Marvel mora, né?

-Sim, sim - e então eu tive vontade de me esconder. Provavelmente estava pálida por causa do protetor solar. Mas estava com ainda mais vergonha do meu biquíni. - Entre. 

Ele entrou e fui direito para a piscina. Os garotos gritavam ainda mais, e agora pareciam macacos. 

-Vou ligar pra Johanna - disse, preocupada. - ela deve ter se perdido, agora tenho certeza! 

Peguei meu celular e disquei o número. Depois de mais ou menos 5 toques, ela atendeu. 

-Ah, Katniss - ela começou, um pouco cansada.

-Você está vindo a pé? - eu perguntei, com vontade de rir. 

-Sim, mas estou quase chegando, sério. Mais 20 minutos.

-Parece que você está morrendo, Johanna! Vou te buscar. Onde você está?

-Hum, perto do mercado - ela disse, e então uns segundos depois: - vem logo, estou queimando!

-Vou agora - disse, rindo. 

A questão é: esqueci que o meu pai não estava em casa. Mais ainda tinha o Marvel. Ele faria esse favor para mim. 

-Marvel - eu disse, com um tom meigo que, eu tive certeza, não colou. Todos os seus amigos pararam o que estavam fazendo e olharam para mim. - Você pode me fazer um imenso favor?

-Fala.

-A Johanna, bem, ela se perdeu - eu menti. - e está muito longe daqui. A pobrezinha está toda queimada! Vai lá buscar ela?

-Agora? - disse ele, sem acreditar. - Se eu for, o que eu ganho com isso?

-Sério, vai lá! - fiz biquinho. 

-Tudo bem, tudo bem - disse ele, sedendo. - mas você vem. Vamos buscar sorvetes! E coloca uma roupa, não quero ninguém olhando pra você!

-Tudo bem - disse, sorrindo e revirando os olhos. 

Eu e ele entramos no carro. Logo que saímos da garagem, ele começou:

-Gale gostou de você - ele disse, de mau humor. 

-Sério? - eu estava surpresa. 

-Sim, bem, ele perguntou de você, igual os outros - ele revirou os olhos. 

-Não gostei de nenhum - eu sorri para ele. Meu irmão é ciumento e protetor. E, diferente das outras, eu gosto disso. Me sinto em segurança. 

Então, por um momento, algo ecoou em minha mente. "Outros". Será que Peeta estava entre eles?

Chegamos perto do mercado e Johanna entrou no carro. Ela estava toda vermelha. Senti pena dela, mas ela estava tão engraçada que eu não pude evitar rir. 

-O que? - ela disse, um pouco irritada.

-Nada não! é que você está um pouco vermelha. 

-Cala a boca.

Então nós duas rimos. Pegamos alguns sorvetes na sorveteria e voltamos para casa. Mas, fiquei surpreendida quando vi uma cena em especial: Peeta beijando uma garota morena. Quem era? Bem, tanto faz. Não gostei. 

-Essa deve ser a namorada do Peeta - disse Marvel para mim. - o nome dela é Clove. Bem bonita, né?

-É - eu disse, secamente.

Saímos do carro e eu fui obrigada - obrigada pela minha educação - de falar oi para ela e de convidar a se juntar a nós. Ela aceitou, e depois de alguns minutos, ela conseguiu se entrosar. 

Passamos uma tarde bem agradável - tirando os beijinhos do Peeta e da Clove, que me incomodaram imensamente, e dos flertes nada indiretos do Gale para mim. Mas, depois de algumas horas, tudo isso acabou. Três amigos (Cato, Finnick e Gale) do Marvel ficaram, e eles foram para a sala, jogar vídeo-game. Eu e as meninas fomos para o quarto. Foi uma noite divertida; assistimos a filmes, comemos chocolates e conversamos sobre muitas coisas. Mas, algo eu não conseguia parar de pensar: naquele beijo. Eu não sabia como, mas aquilo havia doído. E muito.