Uma Nova Vida Ao Seu Lado - NaruHina escrita por juhricardo


Capítulo 9
Sono Perturbado


Notas iniciais do capítulo

oi gente. Ok, antes de qualquer coisa, eu preciso pedir mil e uma desculpas pra vocês. Eu estou me sentindo muito mal por ter deixado vocês sem capítulo por mis de 1 mês. Eu sou uma escritora muito imprestável, eu sei.Mas acreditem, eu queria ter conseguido postar antes, só que eu simplesmente não conseguia produzir nada. Eu sentava na frente do computador e simplesmente não fluía, e eu acabava desistindo, e quando escrevia, eram cinco linhas. Sem contar que iniciou as aulas e mais outras coisas que aconteceram. O que eu quero que você saibam é que eu NÃO ABANDONEI A FIC E JAMAIS PENSEI OU PENSARIA EM FAZER ISSO. Eu amo escrevê - la e seria uma total falta de respeito com vocês que acompanham a fic. Espero que entendam que foi só uma fase ruim. E é por essa má fase que eu quero fazer duas propostas pra vocês. A primeira: Eu continuaria postando regularmente os capítulos, mas com um intervalo maior, algo entorno de 1 a 2 semanas, para que eu conseguisse escrever com calma (já que a escola soca tema guela abaixo e eu não poderia garantir prazo menor que esse.) OU eu daria uma pausa de 2 meses para escrever alguns capítulos e depois desse tempo, eu postaria em intervalos curtos (3 dias). Respondam nos comentários. Mais uma vez peço desculpas pelo que aconteceu. Bom , chega de enrolação, que isso vocês já tiveram demais, né. Boa leitura.



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Hinata olhou para os lados a procura de algo, qualquer coisa que a ajudasse a reconhecer o local que estava. Mas encontrou somente uma coisa: branco. Sem paisagem. Nem sol, nem nuvem muito menos pessoas ou uma estrada. Apenas o nada. Caminhar? Sim era possível, apesar da sensação de estar flutuando. Ela andou sem rumo e à medida que caminhava tudo o que encontrava era mais um pouco de nada. O desespero começou a tomar conta da garota. Ela apressou o passo, que logo se transformou em uma corrida desesperada. Ela aumentou a passada quando avistou uma bela mulher de costas usando um kimono branco com uma faixa prata amarrada em sua cintura, firmando a peça de roupa. Ao se aproximar da mulher, Hinata diminuiu a velocidade, parando logo em seguida.

- Há quanto tempo minha princesa... - Falou a mulher com uma voz extremamente calma e suave. Ela virou - se para encarar Hinata que arfava e começava a levantar a cabeça lentamente, desviando o olhar da bonita peça de roupa da mulher a sua frente, com seus perolados olhos arregalados.

A mulher aparentava ter em torno de 38 anos. Seus cabelos azulados, compridos e parcialmente ondulados pareciam ser a combinação perfeita para sua pele clara e seus pequenos e rosados lábios. Reservava em suas feições uma expressão serena. Seus olhos brancos como pérolas se encontraram com os da jovem, de olhos semelhantes.

-Okaa - san? - Hinata falou assustadíssima. Ela fechou os olhos com força e abriu – os novamente. Hana sorriu com a atitude da filha. - Okaa - san!

Hinata correu a pequena distancia que as separavam com os braços abertos, mas ao tentar envolver sua mãe em um abraço, a jovem Hyuuga simplesmente atravessou o corpo da mulher, como se sua mãe não passasse de uma projeção holográfica. Ela caiu no chão (se é que aquilo podia ser chamado de chão) e virou o rosto, sem compreender o que acontecera. Sua mãe mais uma vez se virara para encará-la, ma a calma em seu rosto fora substituída por uma expressão de pavor e angustia.

- Não, por favor, não faça isso. Eu te amo! - Sua mãe se ajoelhara e suplicava em puro desespero.

- Okaa – san, do que você...? - O corpo de Hinata mexeu contra sua vontade, levantando - se e indo na direção da mulher. Ela tentou a todo custo controlar esses movimentos involuntários, mas parecia não passar de uma marionete, sendo controlada por uma força maior.

- Eu lhe imploro! Não faça isso. - o olhar de Hana mudou o foco, saindo do rosto da garota e indo em direção à mão direita de Hinata.

- Mas... O que?! - Hinata seguiu o olhar de Hana. Só então pode notar uma katana entre seus dedos. Ela tentou a todo custo largar a arma, mas seu corpo não a obedecia mais. Ela parou bem em frente a sua mãe, que chorava e chiava coisas como "o que eu fiz de errado?!" ou "porque?!". Hinata levantou a espada (ainda contra sua vontade) e notou que a ponta da lamina estava apontada para o coração de Hana.

- Não! Eu não quero... ! - Lágrimas Brotaram dos olhos da jovem. Ela lutava com todas as forças que julgava ter contra seus braços que avançaram, e com a espada perfuraram o peito de Hana fazendo jorrar líquido vermelho da ferida. A mulher gritou em plena agonia enquanto Hinata, com o rosto banhado por lágrimas, pressionava a espada ainda mais contra o corpo de Hana, ainda contra sua vontade.

Hinata, agora subitamente no controle de seus movimentos, largou a espada e afastou dois passos, tremula e cambaleante. Ela contemplou a "obra" que fizera. O corpo de Hana, agora sem vida, estava ajoelhado e sua cabeça pendia sobre a espada. “Não... Não!” Hinata gritou em total desespero, sem saber o que fazer.

Repentinamente o branco ao seu redor começou a se modificar ,adquirindo uma cor avermelhada. Uma espécie de chão foi surgindo sobre os pés da Hyuuga, formado por grama seca e rosetas. A jovem Hyuuga sentiu um líquido vindo de cima tocar suas bochechas. Ela levantou seu olhar em direção ao céu, que se tornara acinzentado e repleto por nuvens. Começara a chover. Mas não era uma chuva comum, que derramava pingos de água. Era mais densa, mais pegajosa, vermelha. Uma chuva de sangue. 

O cheiro do sangue fresco a entorpecia, de maneira que ela só fora tirada do transe quando ouviu um ruído próximo. Ela baixou a cabeça a ponto de ver sua mãe se levantando e a encarando com os olhos alaranjados, como mel, olhos que lhe eram familiares, mas ela não sabia de onde. Eles logo perderam a cor alaranjada, tornando - se negros, emanando ódio e dor. Se tivessem lhe perguntado como ela achava que eram os olhos do demônio, ela descreveria exatamente os olhos que estava encarando naquele momento. Olhos malignos.

 - A culpa é sua! Você me matou! - falava sua mãe enquanto retirava a espada impregnada em seu corpo. Mas a aquela voz doce sumira e dera lugar a uma voz grave e irritada. – Se não fosse tão fraca eu ainda estaria viva!

Com uma força fora do comum, Hana agarrou Hinata pelo pescoço, levantando a pobre garota do chão e dificultando sua respiração. A jovem se debatia inutilmente, tentando empurrar os dedos de sua mão para longe de sua garganta, mas a força parecia estar se esvaindo de seu corpo e a única coisa que ainda tinha capacidade de fazer era chorar.

- Você é uma vergonha para mim e para todo o nosso clã. Vai pagar por ser tão fraca assim! – A mulher tinha desprezo em sua voz.

- P-por... Favor! Não...! - Hinata tinha dificuldade para pronunciar uma palavra. Hana apertava ainda mais a mão direita em torno do pescoço da filha, sufocando – a.

A mulher jogou a jovem Hyuuga para trás e Hinata esperou o baque de suas costas contra o chão duro, mas para a sua surpresa, um imenso penhasco surgira de repente sob suas costas e ela continuou a cair. Ela gritou em plenos pulmões, mas era inútil, estava sozinha, não havia ninguém que pudesse ajudá – la. Enquanto despencava naquele buraco sem fim, escutava vozes conhecidas.

- Você é a desgraça da família... – A voz de seu pai não mudara nada. Era seca, com uma pitada de arrogância.

- Você matou sua mãe por que foi fraca... !  Cresça e deixe de ser tão inútil!– Ela ouviu Naruto falar pausadamente, com a voz mais fria que ela se lembrava de ter ouvido do loiro em todos esses anos em que o conhecia.

- Você matou a okaa – san! Eu te odeio – A voz de Hanabi era chorosa. Aquilo doeu na alma de Hinata, que parecia ter sido despedaçada em milhares de pequenos pedaços. Era simplesmente agonizante ouvir tudo aquilo, mas o pior era que Hinata não podia ignorar o que escutava.

- Assassina! Ela não merecia morrer! Vai pagar por isso!  - A voz desconhecida foi a última coisa que Hinata ouviu antes de mirar o fim do penhasco, formado por várias rochas pontiagudas. Seu corpo tocou em uma rocha no mesmo momento em que a pobre garota despertava de seu pesadelo, assustada e inteiramente encharcada de suor, com a respiração rápida e descompassada. Ela não reconheceu o colchão em que acabara de sentar – se e olhou para os lados tentando identificar onde estava. Demorou um pouco a lembrar – se que estava no quarto de hóspedes do Shinobi mais doido e maravilhoso de Konoha.

Sua respiração foi tornando – se calma e ritmada novamente. Seu pesadelo passou em sua cabeça novamente. Ela se lembrava de cada mínimo detalhe, como se fosse uma situação real, recém-vivida. Mas aquele pesadelo não fora somente um fruto ruim de sua mente. Fez com que ela acordasse para algo que não tinha se dado conta. A culpa era sua. Toda sua. Sua mãe morrera por sua fraqueza e inutilidade. Essa era a mais pura e dura verdade: Sua mãe estava morta e ela era a responsável. Ela sentou - se e reencostou - se na cabeceira da cama, feita de madeira e já um pouco desgastada. A Hyuuga envolveu seus joelhos com os braços, abraçando – os, e escondeu seu rosto entre seus braços.  Hinata nem pensou em lutar, deixou que as lágrimas escapassem de seus olhos, umedecendo o short azul - bebe de seda de seu pijama, que era acompanhado por uma regata igualmente azul e com uma enorme fênix prata nas costas (tudo bem eu sei que normalmente a fenix é vermelha, mas dane-se a fic é minha!! *autora recebi um soco na cabeça* Hanabi: Cala a boca estrupício sem cérebro! Continua essa porcaria duma vez!).

"Mas que droga! Quem eu estou tentando enganar? Não passo de um fardo para todos que me cercam." Por mais que tentasse, pensamentos como esses invadiam a mente da jovem como um turbilhão. As lágrimas que caíam calmamente começaram a vir em maior quantidade. Ela chorou. "Eu não tenho a capacidade de ficar vinte e quatro horas sem chorar. Simplesmente sensacional!". Ela pensava ironicamente. A imagem de Naruto apareceu em seus pensamentos de repente. Seu sorriso contagiante e seus olhos perfeitos, que podiam hipnotizar até a própria medusa. Tanta coisa acontecera e ele a ajudara tanto, provavelmente mais do que ele sequer imaginava. Ah, se ele soubesse o quanto ele era importante para Hinata. Cada momento com ele era simplesmente sem explicação. Ele a fazia se sentir viva...

Flash Back ON

-Até mais. E boa sorte Teme. - A porta abriu - se.

Naruto virou - se sorridente, mas ao olhar para o interior de sua casa, seu sorriso foi desaparecendo e uma expressão de total surpresa tomou conta de seu rosto. Ele passou os olhos por todo o recinto, deu meia volta e saiu porta afora. Hinata, que lia um livro sentada no sofá, olhava a cena e mostrou -se surpresa com a atitude do loiro. Passados exatos 3 segundos, a porta foi aberta novamente. O Uzumaki mais uma vez adentrou a sala e inspecionou - a com o olha. Ele mirou Hinata e sorriu travesso.

-Achei que tivesse entrado na casa errada. - Ele deu de ombros, arrancando risadas da garota. - Mas caramba, o que diabos aconteceu aqui? – Ele andou pela sala calmamente, analisando cada canto.

- Me desculpe. Achei que não fosse se importar. – Hinata largou o livro que lia e levantou – se visivelmente envergonhada. Usava uma bermudinha jeans escura com uma regata branca lisa. O loiro não pôde deixar de notar as belas pernas da morena.

- Me importar?! Que isso Hinata! Ficou sensacional! Eu nunca conseguiria deixar essa muquifo tão arrumado– Ele notou algo laranja em cima da televisão. Aproximou – se e ergueu aquele pedaço de tecido. – Minha cueca?

Hinata queimava em brasa naquele momento. Simplesmente não tivera coragem de mexer em algo, digamos tão íntimo assim do rapaz. Ele riu da vermelhidão da garota. Encantava – o a pureza daquela garora. Ele foi para o quarto, guardar a peça íntima e voltou, logo em seguida para a sala. Hinata mirou a mão esquerda de Naruto. Ele notou o olhar da moça.

-Ah é! Eu trouxe dango pra gente. Depois de todo aquele trabalho que você teve no almoço, achei que precisaria descansar. Espero que goste. – Ele levantou duas sacolas que carregava em sua mão. – Ah, e trouxe uns filmes também.

Assim eles passaram o resto da noite. Comeram Dango, tomaram Sakê (mas só um pouco, porque senão eles se embebedam, daí já viu o estrago!) e assistiram Marley e Eu. “Eu tive um cachorrinho bem fofo, mas ele se foi! Ah,eu gostava tanto dele!” Dizia Naruto já aos prantos, na cena da morte do cachorro, enquanto Hinata segurava – se para não rir da situação em que o loiro se encontrava. Assistiram também “João e Mario – Caçadores de Bruxas”. Naruto contou à Hinata a divertida experiência de comprar roupas com Sasuke (Hanabi: P*** que o pariu!! Pelo amor de Kami – sama, larguem de ser boiolas!!). Enfim, Naruto e Hinata riram, conversaram e se divertiram, como amigos que não se viam há muito tempo. Naruto não pode deixar de se impressionar com a Hyuuga, que sequer gaguejara ao lhe dirigir uma palavra.

Nos créditos do segundo filme, os dois não aguentavam de tanto dor na barriga, devida às risadas.

- ... Só você pra fazer rir desse jeito, sabia? – Ele encarou – a sereno. – Arigato Hinata.

Ela sorriu em resposta. Já bastava. Eles se encararam por segundos, até Naruto anunciar que precisava se deitar, meio nervoso. Eles despediram – se, indo cada um para o seu respectivo quarto.

“Só amigos...” Hinata pensava tentando por os pés no chão, mas sem esconder o tímido sorriso que teimava em se formar em seus lábios.

“Porque tudo precisa ser tão complicado?!” O loiro perguntava – se confuso. Por mais que tentasse não compreendia. Pegava – se, várias vezes durante o dia, pensando na jovem Hyuuga. O que isso significava? Ele não fazia ideia. Quem sabe fosse pena da pobre moça, que sofrera tanto em tão pouco tempo. Mas por mais que tentasse, ele não estava convencido de que aquele era o verdadeiro motiva de Hinata aparecer tão frequentemente em seus pensamentos.

Flash Back OFF

Imersa em seus pensamentos e suas lembranças, Hinata não notara o rangido da porta abrindo delicadamente. Naruto entrou lentamente no quarto em que a jovem se encontrava...


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Não esqueçam de responder a perguntinha lá de cima.