As Histórias De Thalia escrita por GiGihh


Capítulo 30
Um dia longe de ser perfeito


Notas iniciais do capítulo

Chega de enrolação: Boa leitura!!!!!!!!!



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LUKE



Depois da conversa com a deusa Ártemis (que não foi muito confortavel para mim) me senti muito sem jeito. Era visivel que aquelas meninas esperavam que Thalia se juntasse a elas e imaginar perde-la me causava um estranho mal estar.

Eu sabia que essa era uma chance incrivel para Thalia. Ter a realização de um dos seus maiores sonhos era um motivo e tanto para ela esquecer de mim e de todos os momentos que vivera comigo. Ela desejava não ser caçada e se tornar imortal era apenas um brinde. Contudo eu não fazia ideia da escolha da filha de Zeus.

Quando ela se juntou a nós novamente e deu sua resposta meu coração ficou muito mais leve. Annie foi a proxima a responder a mesma pergunta. Eu queria que ela ficasse conosco porém a decissão seria da pequena loirinha.

Ok, voltando de onde paramos. Voltamos correndo pela pequena trilha e saimos em uma pequena praça deserta. Era o começo do dia. Os primeiros raios de sol nasciam no céu agora tingido de rosa e laranja. Poucas luzes estavam acessas e agradeci em silencio por isso. Até porque a ultima coisa de que precisavamos era chamar mais atenção.

Voltei então minha atenção para as duas meninas que eu tanto amava: Thalia, embora cansada e um pouco machucada, estava radiante e com uma expressão serena. De seu corpo exalava um perfume fresco e inebriantede flores ao vento em uma tarde de primavera. Annie por outro lado parecia agitada e cheia de energia. A pequena trazia consigo um leve aroma de limão.

Mas não foi nada disso que me prendeu a atenção. Annie olhava encantada e admirada para uma parte da praça. Segui seu olhar e percebi que ela olhava para balanços, escorregadores entre outras coisas para a diversão das crianças.

Thalia seguiu o olhar da menina assim como eu:

–Vai. – Annie olhou confusa para mim – Ta esperando o que? Vai brincar!

Annie sorriu e correu na direção dos balanços. Thalia sorria para a visão agradavel da menina correndo feliz em direção as brinquedos. Eu tinha um plano em mente. Todos nós iriamos nos divertir agora antes que qualquer monstro metido a besta tentasse nos matar de novo.

Dei um sorriso muito maroto para Thalia. A menina dos olhos azuis perdeu aquele lindo sorriso para ganhar lugar a uma expressão de surpresa e desafio.

– Acho bom você ser rapida filha de Zeus.

Thalia riu e saiu correndo e eu fui logo atrás. Era tipo pega-pega só que... Só que nada! Eramos crianças e tinhamos todo o direito de nos divertimos e esquecermos das baboseiras de monstros e deuses. Eramos finalmente quem queriamos ser: livres!

Annie gritava encentivos para mim enquanto ela ia e vinha no balanço. Alcancei uma velocidade imprecionante e alcansei Thalia. Ela gritou e eu ri. Consegui agarra-la pela cintura e coloca-la de cabeça para baixa em meus ombros. Ela ria e pedia para eu coloca-la no chão entre risadas. Neguei também entre risos.

Corri com a menina em meus braços e a coloquei de ponta-cabeça no escorregador. Thalia ria enquanto escorregava até a grama umida de orvalho.

– Minha vez palhaço! – ela exclamou se levantando e correndo atrás de mim.

–Você nunca vai conseguir me pegar sozinha. – respondi em meio a um monte de risadas.

Thalia parou e eu automaticamente olhei para ela confuso.

–Ah é? E se eu disse que não sou eu quem vai te pegar? – Thalia era tão boa quanto eu em sorrisos marotos.

–Como assim? – Preciso dizer que eu não entendi?

Antes que Thalia me respndesse senti um peso nas costas me jogando no chão e uma cortina de cachos louros cairam sobre meu rosto. Thalia ria muito assim como a pequena Annabeth.

–Pegamos você! – Annie disse entre muitas risadas

Thalia por outro lado já não conseguia parar de rir.



Foi o começo de um dia perfeito, mas nada que pareça perfeito dura muito para mim. Se eu pudesse voltar no tempo para reviver um momento especial seria esse. Contudo, nada é perfeito e nem dura para sempre.

Estavamos agora aproveitando as sombras em uma ferroviaria abandonada. Sentados no chão, comiamos salgadinhos e tomavamos refrigerante. Tudo parecia tranquilo. Passariamos o fim da tarde e a noite daquele local isolado nos protegendo da chuva que caía.

Annie cochilava em um canto, Thalia sorvia uma latinha de refrigerante sentada no chão frio proxima á pequena adormecida e eu estava de pé encostado em uma parede de vigia quando senti a presença.

Já sentiu um tremor no corpo, o sangue gelar e seu corpo paralizar? Foi mais ou menos isso. Foi sentir uma vibração no ar e ouvir um sibilo para Thalia e eu termos essas reações. Saquei minha espada e me preparei para o pior. Me postei na frente das meninas e esperei por quaquer reação...

Mais um sibilo percorreu o ar em silencio. Senti um forte tremor no corpo e senti o sangue ceder ao frio. Thalia acordou a pequena Annabeth. Antes que a loira fizesse perguntas Thalia levou um dedo aos lábios pedindo silêncio. Isso despertou a pequena no mesmo instante.

Com a menina já desperta e de pé, Thalia mostrou sua faca escondida e Annie sacou a sua. Ficamos assim os três armados com uma espada, uma lança e uma faca esperando os monstros sairem das sombras em um silêncio profundo.

O que aconteu aseguir se passou em apenas segundos o que torna tudo dificil de descrever. Nada mais do que segundos aterrorisantes. Todas as imagens pareciam pequenos borrões de cores dispersas.

Com movimentos imprevisiveis, no exato instante em que as Fúrias sairam das sombras, Thalia se jogou na minha frente protengendo a mim e a loira e primeiro e único movimento da luta que nós vimos. Uma batalha sangrenta e ocorreu. As três Fúrias não polparam nem a pequena Annabeth.

Entre tapas, chutes e golpes com lanças, espadas e facas saimos inteiros.

Minha respiração estava ofegante e eu tinha alguns cortes, mas nada grave. Annie parecia se esforçar ao maximo para não chorar, como eu ela tinha poucos cortes e nada grave. Thalia não tinha nenhum corte visivel. Seu corpo estava encharcado de suor e sua respiração era falha. A menina puxou nervosamente a barra do short quando percebeu que eu analizava seu corpo.

–Precisamos sair daqui. Agora! – Thalia disse com a voz fraca, mas muito decidida.



Foi assim que construimos o nosso primeiro refúgio.

A chuva havia passado e um vestigio de noite começava a surgir. Uma noite fria, sem lua e sem estrelas. Uma noite nublada e sombria... Uma noite perfeita para os bichinhos de Hades encontrarem a minha Thalia.

Corremos por estradas e mais estradas. Annie corria na frente e eu no seu encalço. Estranhamente era Thalia quem estava no fim da fila. Thalia sempre fora a mais rapida de nós três. A menina parecia mais pálida do que o comum. E a todo o instante puxava a barra do short. Era impressão minha ou seu short estava ficando avermelhado?

Assim que chegamos na beira de uma estradadinha de terra Annie nos ensinou a maneira certa de montarmos o abrigo. Juntamos tudo o que conseguimos para deixar aquele lugar confortavel e camuflavel.

Estava tudo perfeito. Era muito aconchegante lá dentro. Eu tinha certeza de que teriamos pelo menos uma noite tranquila. Nós três nos aconchegamos e pegamos no sono no mesmo instante... Bom, pelo menos a Annie sim!

Thalia não fechou os olhos nem por um segundo se quer. Eu por outro lado fingi durmir, mas estava prestando atenção na menina. Percebi que Thalia tentava a todo o custo normalizar a sua respiração ainda falha e ofegante.

Thalia se levantou e saiu sem fazer o menor ruido. Rapida como uma brisa a menina havia sumido para fora do pequeno abrigo.

Abri meus olhos e tive a confirmação de que a menina saira. Antes de me levantar dei uma ultima olhada em Annabeth e, assim como Thalia, saí do abrigo. Estavamos no meio de um matagal a beira de uma estrada de terra. Segui para o meio do mato, onde a vegetação se tornava cada vez mais densa.

Quando achei que não aguentaria atravesar mais aquela vegetação densa, uma clareira se abriu. Encontrei Thalia deitada na grama com a respiração muito mais normalizada do que antes. A menina não percebeu minha aproximação pois observava atentamente a escuridão dos céus.

Não pude conter um sorriso.

– Puxa, então eu tenho um grande concorrente pelo seu coração! – Exclamei e Thalia a principio do que seria uma expressão de surpresa apenas sorriu se sentando na grama – O que te atrai tanto assim? – perguntei sem nenhuma gracinha. Eu sabia que havia algo errado com Thalia.

–Me ajuda apensar. Observar o céu com ou sem estrelas, com a lua ou o sol, ou mesmo nublado sempre me trouxe um sentimento de calma.

Me sentei ao seu lado e segurei sua mão.

–Todos nós buscamos por um pouco de paz. Mas acho que semideuses não tem muito direito sobre isso. – dei um sorrisinho tristonho. Eu entendia muito bem o que minha garota sentia.

– Não temos muitos direitos. – Thalia sussurrou tristemente.

Tomado por uma certeza, agi apenas por impulso.

–Não, nós não temos. Prova disso é este corte na sua coxa. – assim que falei puxei a barra do short de Thalia para cima e vi o estrago feito pelas Fúrias. Thalia arfou quando uma brisa fria passou sobre seu ferimento e retirando minha mão da barra do short, cobriu a ferida.

–Por que não me contou?- perguntei a Thalia com a voz baixa. Como vi que ela não responderia, fiz outra pergunta - Você não confia em mim?

Thalia lhou profundamente em meus olhos. Seus belos olhos azuis estavam marejados. Eu só havia visto Thalia a beira das lágrimas apenas uma vez. E assim como da primeira vez, me surpreendi com o quão forte aquela menina era.

–Claro que confio em você! Eu não confio nas Fúrias e em nenhum bichinho de estimação do meu tio.

Um pouco surpreso com a resposta, tentei desfazer um nó que se formara na minha garganta.

– Thalia... Tem alguma coisa faltando nessa história. Se sente pronta para contar pra mim? – tentei soar compreensivo, afinal eu não contara a ninguem que ainda tinha pesadelos com aquele abismo.

Thalia negou com a cabeça e uma lágrima teimou em cair. Puxei a menina para o meu colo e a envolvi em meus braços. Thalia encostou seu rosto no meu ombro e senti seu coração se acalmando aos poucos assim como sua respiração fraca.

Outra brisa fria chegou até nós e senti o corpo da minha Thalia se encolher. Me levantei com a menina nos braços e vi Thalia fechar os olhos com força. Um hábito que todos tem para tentar afastar a dor.

–Eu vou dar um jeito de fazer essa dor passar. – murmurei no ouvido da menina e senti ela se aconchegar em meus braços.

–Eu sei que vai. – Thalia sussurou de volta.

Levei a menina até o nosso abrigo e nos deparamos com uma Annabeth adormecida. Deitei Thalia ao lado da menina adormecida. Me deitei ao lado de Thalia a abracei.

–Nós vamos dar um jeito nas nossas vidas. – eu sussurrei para a menina ainda em meus braços.

Thalia sorriu.

–Eu sei que vamos.


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Notas finais do capítulo

Gente, juro que vou tentar postar mais rapido, ok?
Ainda ssim mereço algum coment?