As Histórias De Thalia escrita por GiGihh
Notas iniciais do capítulo
Eu sei que eu demorei muito e espero que me perdoem por isso.
Minha falta de criatividade foi muitooo grande!
Mas acho que isso não serve de desculpa... Então vamos ao cap!
THALIA
Voltei à clareira me sentindo um pouco inquieta. Eu tinha em meu peito uma sensação de desconforto.
Em passos lentos voltei para perto dos meus irmãos imortais que estavam discutindo. Pelo o que pude perceber eles discutiam bastante, pois as meninas não prestavam a mínima atenção neles.
Ártemis tinha o punho fechado e estava se segurando para não começar a gritar e Apolo tinha um sorriso forçado no rosto. Assim como a deusa ele tinha o punho fechado. Eles iam começar de novo, mas eu me coloquei no meio deles surpreendendo os dois.
-Por que estão brigando?
Eles pararam para pensar e não souberam me responder. Contive a vontade de rir.
- Vocês não deviam brigar. Vocês são uma família e deviam estar felizes por ter um ao outro.
Afastei-me dos dois e segui até a barraca em que estava Annabeth e Luke. A pequena já estava acordada.
- Thalia onde estamos? Eu não me lembro de tudo o que aconteceu. – ela falou com a voz cheia de sono.
Sorri.
-Annie, nós estamos em uma clareira. A deusa Ártemis nos trouxe pra cá.
-E nós vamos fazer o que agora?
Suspirei.
-Eu não sei Annie. Eu não sei!
Ela se levantou e foi para fora. Nesse instante Luke acordou, olhou para os lados, confuso e me viu. Ele sorriu e se sentou. Fui até ele e me sentei ao seu lado.
-Onde estamos?
- Estamos em uma clareira. Ártemis nos trouxe pra cá.
- Você derrotou aquele leão, sozinha? – ele perguntou espantado
-Não. Umas meninas me ajudaram.
Ele passou a mão na nuca e fez uma careta de dor.
-Você bateu a cabeça com muita força. – Eu disse com um olhar um tanto perdido
Luke acariciou meu rosto e sorriu.
-Hei, estou inteiro. Viu?
Ele beijou minha testa e me abraçou. Eu correspondi ao abraço e nós nos levantamos e fomos para fora.
Encontramos a pequena Annie conversando com a deusa e seguimos até lá.
- Vejo que todos já acordaram. Acho que estão com fome. – a deusa sorriu para nós – Zoe querida, nos faria a gentileza de trazer algo para comermos?
Uma menina com jeito de princesa se aproximou de nós.
- Sim senhora. – Ela sorriu e se apressou a trazer um café da manhã para nós. É isso mesmo dormimos durante toda uma tarde e uma noite.
Tinha de tudo. Uma alimentação leve e gostosa, só não maiores detalhes para não deixar vocês com inveja. Assim que acabei olhei para os lados um pouco surpresa.
-Onde está Apolo? - perguntei a deusa.
- Ele já foi querida. Ele veio apenas para cuidar dos ferimentos de vocês... E você tinha razão Thalia. Não devíamos brigar tanto. – Ártemis sorriu para mim de forma graciosa e sincera.
Não pude evitar sorrir de volta.
- Zoe quer lhe explicar como as coisas funcionam entre nós, Thalia. Enquanto isso eu irei conversar com seus amigos.
Zoe, ou a menina que se parecia muito com uma princesa, se aproximou de mim. Ela tinha um sorriso doce no rosto.
- Venha comigo Thalia. Vamos dar uma volta pelo pequeno bosque. - Zoe me chamou e eu troquei um olhar com a pequena Annie e com Luke do tipo “volto logo”. Levantei do toco em que estava sentada e segui a menina pelo meio das arvores. Assim que todo o acampamento sumiu a tal de Zoe me perguntou:
- Então você é a meia irmã da Lady Ártemis? A tão falada no Olimpo? A filha de Zeus?
- Eu não sabia que meu nome era assunto no Olimpo. – respondi com meus olhos voltados para o chão, um pouco sem graça com aquele olhar tão intenso da menina.
- Você é muito especial. E isso chama muito a atenção deles. Alem disso nunca existiu uma filha de Zeus... – Zoe olhava atentamente ao nosso redor analisando as plantas.
- Principalmente que se parecesse tanto com o deus dos céus. – completei sem muito interesse no rumo da nossa conversa.
Senti seu olhar sobre mim de uma forma bem intensa.
-É. Nunca nenhuma criança se pareceu tanto com o senhor Zeus.
-Você sabe muito a meu respeito. E eu só sei o seu nome. – Disse tão profundamente nos olhos da menina que dessa vez foi ela quem ficou sem graça.
- Bom, minha vida gira em torno da caçada. – ela viu meu olhar confuso e sorriu – Eu e todas aquelas meninas que você viu são Caçadoras de Ártemis. Nós nos juntamos à deusa para caçar monstros pela eternidade. Somos todas imortais. – ela completou sorrindo como se isso fosse fascinante a seus olhos.
Parecia divertido. Deixar de ser a caça e ser o caçador era muito interessante. Percebi que a garota queria me fazer pensar exatamente nesse ponto; o único detalhe da minha vida que me incomoda profundamente. Viver caçada por monstros. Mas eu tinha certeza que não era só isso. Ela tentava omitir algo de mim.
-Mas pagaram o preço por isso. – Completei com um meio sorriso.
Vi um pequeno passarinho caído no chão distante do ninho. Era apenas um filhote. Agachei-me e peguei o pequenino em minha mão. Acalmei-o com os dedos e sem pensar sorri para ele. Olhei em volta buscando pelo ninho e assim que o achei uma brisa suave o levou para o galho mais alto de uma arvore.
Nesse pequeno intervalo de tempo Zoe estava surpresa, mas sorriu de volta.
-Nós não podemos ter nenhum tipo de contato amoroso com meninos. Somo, assim como nossa deusa, somos castas e eternas. Nós só perdemos a imortalidade se nos apaixonarmos ou se morrermos em combate.
Finalmente compreendi onde essa conversa iria chegar.
- E você espera que eu aceite entrar para a caçada. – passou longe de ser uma pergunta. Eu tinha certeza deque era a verdade.
-Ainda tenho esperanças.
- Mas já sabe que eu vou recusar. Não sabe? – olhei fundo em seus olhos em busca da resposta.
-Sim. Eu sei que você se recusa por causa daquele menino. Mas ele não é tudo o que você pensa. Ele vai magoa-la e traí-la de uma forma.
-O que quer dizer com isso? Você mal o conhece! E por que você acha que ele faria isso comigo? – ok, eu já estava com raiva. Luke era não só um namorado para mim. Ele agia como um irmão mais velho. Era meu amigo alem de tudo... Éramos uma família!
- Eu sei que ele é encantador e que te faz sentir segura, mas eu já senti isso e é passageiro... Todos os meninos são iguais. E no fim só te fazem derramar lagrimas!
- Mesmo se isso fosse verdade, o que eu duvido, por que se importa? É da minha vida que estamos falando.
- Porque poderíamos ter sido irmãs.
Voltamos para a companhia das Caçadoras e logo avistei a deusa conversando com mina família. Luke parecia desconfortável, o que é compreensivo já que todas as meninas, com exceção da Annie e de mim, lançavam olhares tortos e cheios de repulsa. Annie tinha a sua tão costumeira expressão de adulta: ela pensava em uma possibilidade... Provavelmente Ártemis havia lhe convidado para fazer parte da caçada.
Luke foi o primeiro a me avistar de longe. Ele sorriu e as duas meninas, a deusa e Annie, olharam em minha direção e logo as duas sorriram também. Coloquei-me ao lado de Luke e entrelacei nossos dedos.
- Suponho que Zoe tenha contado tudo a você.
-Sim, ela contou.
-Já conheço a resposta, mas você gostaria de se juntar a caçada conosco? – Ártemis perguntou olhando em meus olhos.
Eu tinha certeza de que me juntar à caçada era a coisa certa a fazer... Mas não agora. De algum modo eu sabia que em uma segunda vez eu me juntaria a elas. Atena havia me dado o dom de sempre fazer a escolha certa. Eu escolheria com o coração e não com a mente... E iria acertar.
Essa minha reflexão não durou mais do que um segundo.
-Não. Meu lugar não é na caçada. – olhei nos olhos de minha irmã e ela compreendeu que aquela frase tinha um complemento: “... pelo menos por enquanto”.
-Muito bem, respeito sua decisão. Mas e você pequena filha de Atena, gostaria de se juntar a caçada conosco? – Ártemis sorriu docemente para a pequena Annabeth.
Annie olhou para todas as caçadoras que estavam atrás da deusa e então olhou para Luke e para mim esperando instruções do que fazer. Luke e eu trocamos um olhar e então sorrimos para a pequena loirinha.
-A escolha é sua Annie. Mas saiba que independente do que escolher, nós sempre seremos uma família. – Disse a ela com um sorriso no rosto.
Annie sorriu radiante.
- Desculpe Ártemis. Mas eles são a minha família e eu quero muito passar mais tempo com eles.
Annie correu até nós e pulou no colo de Luke. Ela se inclinou e beijou-me a bochecha.
- Muito bem meios-sangues vocês podem seguir por aquela trilha que chegaram até a cidade. – minha irmã estava satisfeita com as respostas como se já soubesse de tudo. – Boa sorte!
-Adeus – dissemos nós três e seguimos pela trilha. Annie corria na frente e Luke estava sempre por perto. Ártemis fixou seu olhar em mim enquanto meus olhos estudavam a deusa. Dei as costas as Caçadoras e segui correndo atrás da minha família.
Um sorriso brincava em meu rosto. Afinal eu não podia estar mais feliz!
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