Como ela podia ter sido tão idiota ao ponto de acreditar que poderia contar tudo para Edward? Ela realmente não deveria ter despistado Alice para isso. Agora tudo o que queria era sumir. Porque simplesmente não podia morrer? Maldito dom!

As lagrimas corriam pelo seu rosto e voavam para longe, desaparecendo, enquanto ela corria sem destino. Eles a encontrariam em breve, ela sabia, mas precisava ficar nem que fosse apenas um segundo sozinha. Após alguns minutos correndo ela chegou a uma clareira cujas flores haviam morrido por causa do frio, então parou, sentou e chorou. Internamente ela travava uma luta.

“Você é uma tola. Nunca deveria ter voltado.” Dizia uma Bird zangada.

“Estúpida! Como pode acreditar que Edward iria lhe ouvir?” Dizia a Bird tristonha que tinha uma aparência de quem chorara a vida inteira.

“Não escute elas, Bird! Edward sempre te amou.” Uma Bird bozinha dizia tentando fazer com que as outras duas sumissem dali.

“Se ele te amasse não teria dito aquelas palavras...” A Zangada retrucou.

“Você sabe que esta não era a intenção dele...” A Bozinha dizia implorando para que Bird acreditasse nela.

“Ele te odeia.” A Chorosa iniciara a chorar outra vez.

“Eles tem uma bela família agora, Bird.” A Zangada sentou-se sentindo-se vitoriosa antes de saber o resultado. “Esme tem muitos filhos adotivos e agora tem uma netinha perfeita... E onde é que você encaixa mesmo?”

“Eles já fizeram uma história sem você...” A outra dizia enquanto soluçava.

“Bird, isso não é verdade!” A outra ainda parecia desesperada para que Bird a ouvisse. “Eles te amam. Eles te querem aqui!”

“Ah é... Eles te amam como aquele garoto que deixou você partir...” Disse a zangada rolando os olhos. “Você nasceu para viver sozinha.”

“Eu nasci para viver sozinha...” Bird repetiu as palavras, levando-se. “Eu não pertenço a este lugar.”

“Eles não vão deixar você partir tão rápido...” Ela ouviu a voz da boa Bird longe.

“Realmente...” A Zangada disse pensativa. “Espere até a próxima caçada deles e então fuja.”

“Eu não posso decidir isso agora...” Bird respondeu. “Eles estão me vigiando.”

“Certamente...” Bird-zangada sorriu.

“Preciso voltar para casa...”

“Quer ajuda?” Ela ouviu uma voz familiar e quando se virou lá estava o vampiro que havia encontrado há algum tempo com os olhos vermelhos brilhando.

“Ai meu deus.” Bird disse quase sem voz. “Eu estou ferrada.”

“Certamente esta.” O vampiro sorriu e de repente estava perto o suficiente dela.

“Suma daqui Vampiro estúpido!” Ela gritou. “Minha família vai acabar com você!”

“Ah! Sua família?” Ele riu maldosamente. “Sua família nunca vai conseguir me deter...”

Antes mesmo que Bird pudesse dizer alguma coisa, o vampiro a lançou no chão com toda força, fazendo com que alguns ossos de sua costela quebrassem, e abaixou-se para morde-la. Era o que ela pensava. Ele levantou-a um pouco e lhe dera um mata leão, fazendo-a apagar imediatamente. Então ele foi ao pescoço da garota e mordeu. O sangue jorrou para dentro da boca dele, o alimentando, mas enquanto ele se saciava quatro vampiros apareceram.

“Não encoste nela, seu vampiro nojento.” Gritou Alice que agora agarrava a cabeça o vampiro enquanto Emmett e Jasper o seguravam pelos braços.

“Faça uma fogueira, Rosalie!” Jasper ordenou.

“Ela esta sangrando muito!” Rosalie estava abaixada perto de Bird, checando-lhe o pulso. “Precisamos leva-la para Carlisle!”

“Ela vai ficar bem!” Gritou Alice. “Agora faça a fogueira, Rose!”

“Je-re-my” Bird falou voltando a acordar lentamente.

“ROSALIE” Eles gritaram, mas era tarde demais. O vampiro fugiu.

“Ele vai voltar.” Jasper disse após ver o vampiro partir.

Alice parou imóvel. Estava tendo uma visão.

“Vamos leva-la para Carlisle.” Rosalie falou enquanto Emmett pegava a garota no colo. “Nos encontramos lá.”

Quando finalmente os dois desapareceram, Alice voltou do transe.

“O que foi Alice?” Jasper perguntou curioso.

“O vampiro viu Bird voltando ao normal. Ele tinha dado um mata leão nela e quebrado sua costela... Era impossível que um humano voltasse assim tão fácil depois de perder tanto sangue...” Alice parecia estar vendo a cena toda novamente, mas parecia mais pálida do que um vampiro costumava ser. “Ele vai contar para os Volturi o que sabe.”

“Ah não! Os Volturi de novo não...” Jasper já imaginava o que iria acontecer.

“E tem alguém a procura de Bird...”

“Como assim?” Jasper perguntou. “Você teve duas visões em uma?”

“É um garoto. Ele sabe onde ela esta e precisa encontra-la...”

“Precisamos falar com Carlisle agora.” Jasper tomou a mão de Alice e os dois correram para casa.