A Musicista De Duas Oitavas escrita por Tia Cafira


Capítulo 19
Mãe, não faz isso comigo! Gil...!


Notas iniciais do capítulo

OEOEOE GALERÊ então, eu.... tô fazendo a Submersos, vai ter a parte 2 (Afogados) e a história tem sereias e eles são de um internato, tem o Peter, a Vic, a Cassandra, o Laine e o Jake, acho que vcs vão gostar!



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Saí do quarto de Matt meio preocupada, e encarei Kaio:

-Onde você estava?

-Na sala de ginástica, atrás da bola de yoga. Mateus nem me viu!

-E Aden?

-Pus ele no berço.

-Foi muito rápido!

-Eu tinha um plano. Escuta, você toca piano pra mim, antes de eu dormir?

-Com a canseira que vocês estão me dando, eu vou dormir antes! Seja bonzinho, escolha um filme velho de monstros fajutos e eu toco a música do tubarão e a marcha fúnebre, ok?

-Não, eu quero a do enterro da mamãe!

-Querido, eu não sei qual foi a música que tocou...

E ele começou a chorar. Eles sentiam muita falta da mãe... Dona Cecília morreu depois de fazer uma trilha com amigas e ser atacada por algum animal selvagem. Provavelmente ursos já que estavam no Canadá. Pelo menos, foi a história que contaram a mim. Matt acho que é o que mais sente falta. Minha mãe tinha me dito que eles eram muito próximos, pois ela tinha tido Ralph, e ele só se metia em problemas, e Matt era o mais novo e era mais certinho. Depois veio o Kaio e então, Aden. Minha mãe tinha conhecido ela, eram amigas e ela tinha pedido para minha mãe cuidar dos filhos dela, enquanto ela viajava.

Minha mãe acabou casando com Gil, e ele sempre foi apaixonado pela minha mãe. Matt não gosta muito da minha mãe, ele acha que Gil e ela tinham algumas coisa antes, mas minha mãe mãe conversou com ele e falou, que eles tinham se conhecido na faculdade, depois ele conheceu Cecília, e se casou com ela. Cecília sabia, e minha mãe não queria ver Gil nunca mais, pois ela dizia que era falta de respeito com a amiga, mas depois de um ano, ele encantou-se novamente pela Anne (minha mãe) e estão juntos. Mas ele trata minha mãe bem. Ralph adora minha mãe, e Kaio gosta mais de mim. 

Eu ainda pensava na burrada que tinha feito. Dizer que estava a fim de Cody? Que tolice! Bom, melhor do que dizer 'Ralph'. Ele pareceu bem chateado. Ouço o meu celular tocar, e vejo Matt há alguns passos de mim.

-Alô? - eu disse.

-Oioi! Filha?

-Fala, mãe!

-Está ajudando seu irmão a cuidar dos seus irmãos?

-O Aden e o Kaio são moleza, só o Matt que está dando trabalho... - e ri. Olhei para trás, e Matt sorri e olha pro chão. Chega mais perto em passos lentos e faz um sinal, de quer usar o celular.

-Oi dona Anne, é o Matt.

-Oi, tudo bem querido? Como está indo?

-Está tudo correndo a mil maravilhas, a Carlinha até que é bem prestativa!

Arranquei o telefone de suas mãos calosas e disse:

-Espirituoso como sempre!

-Ah! Vocês que se peguem aí, quero todos vivos, ein!

E desligou. Olhei pra cara dele, ainda tentando achar uma explicação de seu bom humor repentino.

-O que houve?

-Quando você falou que tava a fim do Cody... Eu fiquei meio chateado.

-É, eu vi. E porque esse seu bom humor, agora?

-Porque... Eu cansei de fingir que não ligo. Eu ligo. Eu fiz de tudo para te manter só pra mim, eu não disse nada do que sentia, e eu só via você ir mais embora de mim, eu não quero mais, Carla.

-Oi?

-A primeira vez que te vi, naquele jantar que nossas famílias foram apresentadas, eu achei você a mulher mais linda do mundo, a menina que eu sempre quis pra mim. Eu sentia só de estar do seu lado, eu só conseguia olhar pra você, eu nunca me enjoei de sonhar, de pensar, de falar só de você.

-Você bebeu... - mas ele me agarrou pela cintura e beijou-me como nunca fui beijada, era tão bom o jeito que ele mexia a língua, apressadamente, e fazia carinho na minha nuca. O gosto doce do meu gloss nos lábios neutros dele, o jeito de dizer que pensava em mim, sempre.

-Eu preciso de você só pra mim. Me desculpa por não ter te dito isso antes, mas... eu fiquei com tanto medo de você dizer que não sentia nada, que preferia o Kenny, ou o Cody. Eu não quero que você tenha certeza de gosta deles, eu quero você só pra mim.

-Eu... não tô acreditando.

-Só embarca nessa comigo, e diz que também não para de pensar em mim. - seus olhos tinham uma expressão de obsessividade e súplica seus lábios pareciam cuspir palavras tão verdadeiras e doces, que eu mal pude pensar no momento. Seu cabelo estava desarrumado como se tivesse se descabelado antes da decisão de dizer a mim, o que sentia. Estava vermelho, e tinha os olhos de um verdadeiro apaixonado.

-Eu... não posso negar que penso em você também. Que tudo, todos os olhares, todos os cantos me lembram você, e eu simplesmente tento recusar você. Pensar que a gente não tem nada a ver. Mas a verdade, é que eu acho que também tô gostando mesmo de você.

Ele me beija de novo, me empurra pelo corredor, e eu sinto algo macio nas minhas costas, e são as colchas da cama dele. Ele me beija como eu nunca pensei que ele fosse capaz, e sussurra coisas de poeta no meu ouvido. Ele me prende na cama com seus braços fortes e malhados, e eu mordo seus lábios ternamente, e ele me encara com suas enormes bolas de gude nos olhos: são enormes e azuis. Lindas, com um reflexo e jeito meio louco. Ele olha pra mim e diz:

-Eu sei, que é meio cedo, mas eu juro que não estou mentindo.

E continuamos a nos beijar, e eu sinto suas mãos quentes eu meu corpo, por debaixo da minha blusa. E lembro-me de Ralph. Não nesse sentido, é porque, ele não sabe que transei com seu irmão!


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