A Musicista De Duas Oitavas escrita por Tia Cafira


Capítulo 13
Less Bark, More Spark - parte II


Notas iniciais do capítulo

Aro aro gente fina, então, tô escrevendo logo a segunda parte, PQ EU TÔ INSPIRADA CARALHOOO!!! então, podem mandar reviews!!



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Sabe o que vivemos na social? Bom, mesmo meio grogue, eu pude diferenciar as duas: na social, são adolescentes de até 17 anos, babacas, num apartamento, bebendo e fumando. Rave? É um campo de futebol com uma música de merda com gente injetando coisas, com um pessoal maior de dezoito. Era minha primeira rave, e eu estava animada.

Tocava uma música eletrônica irritante, e garotas passaram do meu lado, com maquiagens que brilhavam no escuro, era um paraíso, um paraíso artificial, perfeito. Ralph pega minha mão, e parecemos uma dupla de ação, sem as explosões às nossas costas, e era um tipo de magia diferente, como... Você se sentisse, invencível... Ainda não é a palavra certa, mas aí, Ralph falou:

-Infinito.

Isso, aquilo era se sentir invencível, infinito, se sentir bem no fogo.

Atravessamos aquele bando de gente, e vi um lugar onde havia uma parede, e uma garota estava completamente nua, sendo agarrada, e estava drogada, e dizia que havia um portal para um lago mágico pela parede! Bom, eu finalmente me senti melhor, quando tocou Shoot it, não era exatamente música eletrônica, era um remix, mas deixou todo mundo mais enérgico, com um comportamento mais estranho, mutante.

-Você quer experimentar?

-Eu não sei. - disse sinceramente.

-Sabe o que é exatamente?

-Sei. LSD.

-Já se decidiu?

-Sim.

-E aí?

-Não, não quero, eu não preciso.

-Carla, eu bebo para lembrar, mas me drogo para esquecer, você devia tentar o mesmo.

-Isso é para os fracos!

-Quadrada. - e me beijou na bochecha.

Quanto tempo eu não ouvia aquela expressão... Algo estava mudando.

-Vamos!

-Haha, dois dedos para o passado!

-Eu diria, um só!

-FUCKKKK YEAAAHHH!! - dissemos juntos, um pessoal, se agrupou na gente, e começamos a dançar como minhocas intoxicadas, e me sentir estranha em público, e na verdade, não dar a mínima, foi a melhor parte da noite!

E então, tudo começou de novo. Garotos, garotas, drogas, bebidas, abusos, sexo, música, doideira... 

Eu vou te contar outra diferença da rave para a social: na rave, os tiras chegam, e usam os cacetetes. Foi um corre-corre, eu quase caí no chão, os fornecedores saíram correndo, a música não era mais ouvida pelos gritos de dor, quando um policial chegou em mim, e me segurou pelo braço, estava empunhando o cacetete, quando vi Ralph acertar um soco, e me agarrar:

-Vamos embora!

Por sorte, chegamos a tempo no carro.

-VAI!VAI! - os policiais estavam atrás do pessoal que estava de carro,e saindo da rave!

-Fudeu!

Eu apenas ria, e ele mudava a marcha entre goladas de Vodka que ele dava, não me lembro quantos drifts fizemos apenas naquela noite, e quantas vezes meus seios pularam do sutiã.

-Chegamos.

-Vamos sair do Sol, Ralph... 

-SOL?! - dissemos juntos. - CARALHO VELHO, FUDEU, PUTA MERDA!

Corremos para casa, e enquanto corríamos o portão:

-Sabe Ralph, eu acordo sozinha todo dia, agora eu sei, que vida entediante eu levei até agora!

-Cale a boca - ele ria - estou tentando me lembrar de todos os conselhos que a minha mãe me deu!

Apenas ríamos. Como idiotas dorgados.

O RedBull perdeu o efeito nas escadarias da nossa mansão. Resultado:

Eu só de sutiã e calça, dormindo naqueles degraus gelados, junto com Ralph.


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