A Musicista De Duas Oitavas escrita por Tia Cafira


Capítulo 11
Ralph, o "Senhor Certeza"!


Notas iniciais do capítulo

Oioi gentee!! Então, aqui está o capítulo, mas enfim, vcs podem começar a serem mais palpiteiras...
Ah! Eu ia pôr uma foto de como são os personagens... Mas achei que o barato era vocês mesmas imaginarem como são... O que vocês preferem??



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Estávamos realmente perto... E senti uma mão grande me aproximar com força do corpo dele, e a outra guiar meu rosto aos lábios... Foi tão bom... Sentir sua língua pedir passagem, e se intensificar cada vez mais, eu já sentia certa falta de ar, e já agarrava seus cabelos curtos, e passar a mão em seu pescoço e peitoral forte... No melhor do beijo, senti que estávamos indo longe demais, mas quem parou antes, foi ele:

-O que foi? - perguntei com medo de ter beijado mal...

-Você gosta do Mateus. - disse ele simplesmente.

Ele ainda estava com as mãos na minha cintura, e eu ainda pegava no seu cabelo:

-Sabe, só por um beijo?

-Estavas a pensar nele.

-Não estava!

-Mostre-me.

E o que fazer? O beijei novamente, e sem pensar, sentei em seu colo, deixando nossos corpos mais unidos, e sendo mais carinhosa; ele de repente, começou a desfilar suas mãos pelo meu corpo, e eu, fui sentindo seu braço, seu abdômen... Ah, aquilo estava a ser tão bom... Mas eu não pude deixar de pensar no que Ralph tinha dito... Eu? Mateus? Eu não nos via juntos, o que passamos até agora é que estava a ser estranho! Morar na mesma casa, e passar por episódios mal interpretados... Todos estavam se precipitando um pouco... Não sei porque, mas eu acho que na cabeça dos que convivem com a gente, acham que somos namorados ou algo assim. Eu o vejo como um simples...

-Para. - ele segura os meus ombros, e logo me abraça com aqueles enormes braços definidos. - que você está apaixonada pelo Mateus eu tenho quase certeza. Você estava pensando no que te falei, não é?

-Sim! É ridículo como todos pensam que estamos juntos! Eu NUNCA ficaria com ele! Desde o primeiro momento que nos conhecemos, ele sempre foi indiferente comigo! Que droga!

-Ei! Você se importa com o que pensam?

-Ai, eu não sei mais. Pensar que os outros pensam que eu e Mateus... Me incomoda...

-Mateus pra você é o que?

-Um menino rude, frio, e ridículo, escravo de modinhas e estereótipos, narcisista!

-Uau. - e me deitou no sofá, me abraçando de lado.

-Não diga nada disso a ele está bem?

-Ok. - e me deu um beijo na testa. - Continuamos irmãos?

-Como se nada disso tivesse acontecido.

-Está bem. Vou indo, mas você é uma menina incrível, está bem?

-Está bem. E você beija muito bem.

-Hum... Eu diria "você também" mas aí eu ia querer te beijar de novo, então, você é... "razoável".

-Tá.

E foi cuidar da vida dele. Quando ele saiu, começou um barulho na minha cabeça...

Eu não gostava de Mateus! Eu me sentia muito mais atraída pelo Kenny! Achava Cody muito mais meigo, interessante... Ralph muito mais atlético, gentil... Mateus era um cabeça oca, burro, ignorante... Tudo. Qualquer um era muito melhor que ele! Mas não me saía o momento... que antes de beijar Ralph, eu comparei os olhos dele com os do Ralph. Aquilo era tão estranho... Mas mesmo assim, não me deixava confusa. E ainda mais depois dessa história absurda e cruel do Mateus com o Cody... Eu tinha certeza de que não gostava dele.

Acabei caindo no sono, mas um sono conturbado... Com direito a sonho:

Havia uma cachoeira alta, a aguá caía   em respingos, e em torno, árvores altíssimas, repletas de bromélias e no meio da piscina que a água da cachoeira formava, um piano completamente feito de madeira, sem pintura, com flores em volta. Completamente lindo. Na margem, algumas pedras grandes, o lugar parecia ter séculos... Nas pedras, uma pessoa sentada, e era o... Cody:

-Cody? - eu disse, minha voz saiu mais baixa do que eu queria, mas ele ouviu. Eu... usava um vestido de noiva!

-Carla! - eu pareceu feliz em me ver, e me abraçou, eu nunca tinha sentido o corpo de Cody tão perto, mas era bom... Era um cheiro... Não, era uma sensação... Sabe aquela vontade de ficar na cama num domingo de manhã chuvoso e frio? Era abraçar o Cody. Exatamente igual.

-O que estamos fazendo aqui?

-Você estava tocando.. E aí, eu me aproximei e fiquei ouvindo... Você toca tão bem! 

-Ah, obrigada!

E então, ouvimos um barulho, e vinha de trás de uma árvore, e surge um homem com uma roupa que parecia de caça, e quando vi, era Mateus:

-Achei. - e ele empunhou uma faca, e ia cravar no peito de Cody, quando intervim:

-Não!! - ele me puxa pela cintura, e me lança na água, e com um movimento rápido, mata Cody em questão de segundos. Não vejo sangue, nem nada, vejo apenas Mateus se virar com seu prêmio na mão: uma galhada, e algumas roupas brancas com aparência élfica.

-Você é a próxima. - seus olhos tinham uma expressão horrível, psicopata, e eu apenas me pus a correr, correr, e eu o sentia casa vez mais perto, o ouvia respirar fundo, e seus dedos de vez em quando acham meus cabelos, que ele não puxava, apenas sentia. E eu corria, e ele não se cansava nunca, e então, eu não ouvi mais nada, parei de correr e olhei para trás, vi Kenny, retirar uma flecha do corpo do meu perseguidor, e vir em direção a mim, eu iria dizer obrigada, quando eu o vi empunhar a mesma flecha pra mim, e me pus a correr novamente, e ele tinha a respiração mais pesada, e parecia mais disposto, e quando ele me alcançou...

Eu acordei arfando, e suando, segurava nas mãos, um vestido que tinha a bainha parecida com um vestido de noiva, o vestido que eu usaria numa festa. Larguei-o e corri as escadas, para beber algo, quando vi Mateus, e acabei gritando, ia começar a correr, quando percebi que estava acordada:

-Cara, o que você fumou? - ele perguntou idiota como sempre.

-Nada! - respondi arfante e raivosa.

-Cara, eu não sou tão feio assim!

Você é lindo, na verdade. Eu quis dizer.

-É Mateus! Tu é um bagulhão! Sai da minha frente chibungo! 

-Ham... Okay. Sério, o que houve?

-Você não quer saber. Não se importa, só quer saber se eu ainda não abri as pernas pro Kenny!

-Você tem razão. - e foi andando.

-QUAL É O SEU PROBLEMA?!?! - gritei ainda o enxergando no topo da escada.

-NENHUM, ESQUECE, EU NÃO ME IMPORTO MESMO!


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