Saímos da água ainda brincando um com o outro… Math e Fran ainda de mãos dadas… Era tão bom ver aqueles dois, eram uma casal tão feliz, apaixonados… Cúmplices… Inegavelmente almas gêmeas… Eu tô dizendo isso, mas… Será que existe mesmo esse negócio de almas gêmeas? Encontrava-me distraída pensando no amor daqueles dois quando Dan veio correndo e empurrou-me… Não estava preparada, acabei caindo e rolando na areia… Nossa! Grudou areia na minha roupa molhada, nos meus cabelos… Não fiquei irritada se vocês querem saber, tudo era festa! E fazia parte da festa as brincadeiras do meu irmão mais novo. Só pra vocês entenderem melhor: eu era a do meio com 18 anos, Dan tinha 17, e Math 19. Viram? Cada ano meus pais faziam filhos.

– Vai ter volta, Dan! – Disse enquanto voltava para o mar, teria que mergulhar novamente para retirar a areia do corpo… Eu ainda estava sorrindo da brincadeira de Dan quando vi um menino cair de joelhos na beira do mar. Será que ele estava passando mal? Sai correndo para ver o que estava acontecendo e, me ajolhando ao seu lado, segurei seu braço…

– Você está bem? – Disse já ajoelhada ao lado dele.

– Estou... - ele levantou o rosto, ficando de frente pra mim e se levantando - só estava fazendo um pedido... - sorriu de canto de uma maneira tanto maliciosa, irônica... Eu sei lá, não consegui definir.

– Nossa - pensei alto, esboçando um sorriso tímido. Ele tinha a franja bagunçada e em um tom vermelho intenso, olhos em um tom de castanho claro, estava sem a camisa, somente com uma bermuda de malha na cor branca. Olhou para minha mão que ainda segurava seu braço e logo depois para mim. Eu estava em transe.

– Você caiu?! - disse me puxando pra cima e observando meu vestido sujo de areia.

– Ah! Meu irmão caçula, Danilo, me derrubou na areia - disse limpando meus joelhos.

– Seu irmão?! Não é seu inimigo? - disse irônico, e sorriu também irônico.

Sorri sem-graça.

– LANI! VEM! O show da Ivete vai começar! Dan está te chamando! - gritou Francine de longe. Quase mandei a merda.

– Ele deve estar impaciente, vá lá... Vai que ele te afogue desta vez - rimos.

– Me chamo Alani. - disse estendendo minha mão.

– Castiel! - sorriu apertando minha mão. Uma garota se aproximou e chamou pelo seu nome.

– Tenho que ir, tchau Lani, foi um papo maneiro... - riu e se afastou.

– Tchau Castiel - sorri e senti alguém me abraçar por trás.

– Quem era o gato?! - Francine riu.

– Castiel. - sorri boba.

– Ele é gato, Lani, muito gato - enlaçou os braços no meu pescoço - Vai rolar?! -

– Não. Nem peguei o número dele... - disse frustrada, inclinando a cabeça pra frente.

– Que vacilo, Laninha, pintou mó clima... - gargalhou e me puxou - Agora vamos ver as pernas da Ivete! - rimos.