Saving The World escrita por Writer


Capítulo 8
Julgamento


Notas iniciais do capítulo

Hey!!! Como estão todos??? Espero que bem :DDesculpem-me pela demora, estou tendo muitas provas então tá meio difícil arranjar um tempinho para conseguir escrever, mas depois de tanto tempo finalmente está aqui! O grande capítulo com a apresentação dos vilões! E com praticamente 70% dos votos Robin será nossa participação especial!Ah! E não posso esquecer dos meus queridos...Por favoritarem minha história, sempre comentarem na fic e aguentarem a demora dessa escritora aqui dedico este capítulo super especial à michelemarques, BWayne, V in Wonderland, Darleca e Nanny! Obrigadaaa a todos vocês :D



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O tempo é crucial, se não conseguirmos entrar e salvar os reféns em exatamente sete minutos tudo irá pelos ares. Isso não vai ser fácil, mas quem disse que seria? Quando fui conduzida por Musa até o teletransportador não imaginava que viria para cá. Ou que estaria com ele.

Suspirei. Conseguia ver a sombra dele no prédio oposto ao meu. Tão longe, porém tão perto. Em uma tentativa do Superman de nos entendermos, ele me colocou para vigiar Gotham junto com ele. Sim, eu teria adorado isso se não fosse pelo fato dele estar tão desconfiado e irritado. Desde que cheguei, o que já faz umas três horas, achamos alguns pequenos criminosos e gangues, mas até agora fui impedida de ajuda-lo. Tinha medo de perguntar o porque, pois eu sabia que não iria gostar da resposta. Mas quando ele soube dos reféns presos no tribunal, foi obrigado a me incluir na jogada, já que a ajuda que ele tinha pedido estava aparentemente atrasada.

O comunicador em meu colar apitou, indicando que agora faltavam apenas cinco minutos para tudo ir pelos ares. Respirei fundo e me preparei para saltar do prédio. Minha parte no plano era clara, eu deveria chegar até lá e depois de soltar os reféns e escolta-los até um lugar seguro, chamar a polícia de Gotham. O que se resumia ao comissário Gordon e seus subordinados.

–Calma, você já fez isso milhões de vezes. –disse para mim mesma.

Dei vários passos para trás e respirei fundo, para não pensar na altura que iria ter de pular. Mesmo tendo de saltar de prédios e outros lugares mais de mil vezes sempre ficava nervosa, principalmente agora que minhas microcápsulas de água ainda não poderiam ser feitas porque não tinha permissão para criar qualquer coisa na oficina. Sem elas, meu poder de controlar a água se tornava limitado e eu teria de confiar apenas nas minhas habilidades comuns. Ou seja, se caísse não conseguiria projetar nada que deixasse o impacto menos doloroso.

–Vamos lá, você consegue fazer isso! – respirei fundo mais uma vez- Um...dois...

Preparei-me para correr:

–Três!

Comecei a correr rapidamente, o vento levantava meus cabelos. Quando cheguei perto da beirada aumentei a velocidade e saltei como em um mergulho. Juntei minhas pernas e abri os braços, então me impulsionei para baixo e antes que pudesse quebrar algum osso, dei uma cambalhota e então me levantei.

–Consegui. – disse arfando. Meu coração parecia estar na cabeça, e a adrenalina corria em minhas veias.

Caminhei tranquila pelo telhado, aproveitando a sensação que o chão molhado me dava. No centro do edifício, uma grande abóboda de vidro enfeitava a construção. Retirei com cuidado um dos vidros que já estava quebrado e então espiei para dentro. Sete reféns pareciam estar presos no meio do local, e apenas dois capangas os guardavam. Isso parecia muito fácil. Talvez até fácil de mais, mas não podia me preocupar com isso, meu colar estava com o número quatro agora, o que significava que tinha apenas quatro minutos para salva-los.

Esperei até um dos capangas estar ao meu alcance, e então me lancei para baixo, acertando-o com um chute que o deixou nocauteado.

–O que é isso? – um deles perguntou ao se virar, mas antes que pudesse perceber, joguei sua arma para longe e lhe dei um soco. Ele logo se recuperou e chamou o outro, que tentou me acertar com algumas facas, mas peguei suas mãos e pulando de um lado para outro, as torci.

Mal havia começado a lutar quando meu colar apitou e percebi que agora só tinha dois minutos.

–Desculpe garotos, mas não posso perder mais tempo com vocês. –disse dando um forte chute em um e desviando do soco do outro.

Agarrei a mão do que tentou me socar e a torci, fazendo ele se ajoelhar de dor. E então reunindo toda a força que tinha dei um soco nele, o fazendo desmaiar. Mal me levantei e o outro apareceu, agora tentando me acertar com os braços, já que tinha torcido suas mãos. Lhe dei uma rasteira e então o nocauteei com um soco de esquerda.

Levantei e corri até os reféns, pegando uma faca escondida no meu vestido e soltando a corda deles.

–Ali é a saída, corram e chamem a polícia ou a ajuda que conseguirem. –os instruí à medida que saíam.

Estava cortando mais uma corda quando alguém me prendeu com um dos braços e colocou um pano cobrindo minha boca e meu nariz. Tentei acerta-lo com o cotovelo, mas ele parecia não ligar para a dor. Rendida, tive de respirar, e então senti minha visão escurecer até que meu corpo ficou pesado e eu apaguei.

***

Acordei com o som do que parecia ser um martelo.

–Que todos fiquem de pé, pois a corte entrará em sessão. –ouvi alguém dizer e antes que pudesse recobrar meus sentidos, alguém me levantou pelo braço e então me guiou até o que parecia ser uma cadeira. Com o clique das algemas abri meus olhos.

Eu estava sentada no centro de uma sala de julgamento. Meus pulsos estavam presos por algemas, e na minha frente estava o local onde o juiz deveria estar.

–O que está acontecendo? – perguntei para qualquer um que pudesse responder.

–Ha, ha, ha! –ouvi uma risada louca e então pude percebe o sorriso de sua dona.

–Duchess...- cuspi seu nome com desprezo.

Ela foi para a frente onde pude enxerga-la melhor. Seu rosto estava pálido como sempre, e uma tatuagem de coração vermelha enfeitava seu rosto logo abaixo do olho direito. Mas o que mais me chamou a atenção foi seu sorriso. Ela dava um meio sorriso louco, e ao mesmo tempo mordia o lábio inferior:

–Ah! Então a sereiazinha não é tão idiota quanto pensei.

–O que você quer comigo? –disse tentando me soltar das algemas, mas não conseguindo. Se quisesse sair dali teria de armar um plano e rápido.

–O que você acha querida? –ela gesticulou para si mesma- Estamos em uma corte, nada mais justo do que julgarmos o réu... ou nesse caso deveria ser a ré?

Ela riu de seu jeito psicótico, mas não prestei muita atenção. Tentava analisar a situação e achar um modo de sair viva dali. Em um canto perto da porta pude perceber uma figura negra que facilmente poderia ser confundida com uma sombra. A figura só se iluminava pelos olhos vermelhos e o enorme sorriso. Parecia uma forma gótica e horripilante do Gato de Cheshire.

Sentada no banco do júri estava Princess of Night, com seus belos cabelos negros e seus olhos cor de âmbar. Ela até poderia ser confundida com uma modelo, mas o corpete com fitas e outros detalhes em rosa, e a saia negra já a denunciavam. Mas, como se quisesse se manter ainda mais misteriosa, ela usava uma bela máscara negra, com detalhes em pink que parecia ter sido feita especialmente para seu rosto.

–Então Sereia, me diga, você quer confessar os crimes ou teremos de fazer do jeito difícil?

–A única pessoa que logo terá de confessar seus crimes será você, Duchess.

Ela sorriu mordendo o lábio inferior:

–Esperava que fosse do modo difícil. –ela se virou para Princess – Como quiser.

Princess se levantou poderosa, caminhou lentamente até mim e então chamas negras surgiram em suas mãos, ela parou a minha frente, e puxando meu cabelo para trás me obrigou a olhá-la bem nos olhos.

–Vamos ver o quanto você é forte, peixinha. –ela disse sorrindo – Agora me implore pela sua morte.

Minha visão escureceu, e então não estava mais na sala de julgamento e sim presa em uma tora como as bruxas de Salem. Princess me olhava com um sorriso cruel, e então chamas negras surgiram ao meu redor e começaram lentamente a me queimar.

Era uma sensação terrível. Para alguém tão ligado com a água como eu uma simples chama já poderia me incomodar, mas todo este fogo me derretia lentamente. Comecei a gritar quando elas atingiram meu corpo e começaram a queimar minha pele e minhas roupas.

Debatia-me, mas não conseguia me soltar, e cada vez mais as chamas pareciam me engolir e queimar meu corpo. Ah! Parecia que o mundo todo estava envolto de chamas negras. E aquele ardor, o quente familiar do fogo parecia se transformar aos poucos no incômodo do Sol. Quando ele atinge seus olhos parece que é capaz de te cegar.

Como seria mais fácil apenas pedir para que ela...

–Chega!- ouvi alguém gritar de longe, então estava novamente na sala de julgamento.

Minha visão estava meio turva, e ainda conseguia sentir as chamas lambendo o meu corpo, mas aos poucos me recuperava. Aquilo tudo tinha sido apenas uma ilusão de Princess e suas detestáveis chamas negras. Mas quem a impedira de continuar?

–Acredito que vocês deveriam tratar nossa visita de uma forma menos mortífera se quiserem arrancar alguma coisa dela. – uma voz fria, porém meio infantil falou.

Passos se aproximaram por trás de mim, e senti um frio arrepiar minha pele. Virei meu rosto e vi um garoto de mais ou menos treze anos em pé ao meu lado. Sua pele era branca, e seus olhos eram azuis de um modo frio e calculista. Estava usando o que parecia ser uma toga com um toque mais moderno, e por cima dela uma armadura digna dos antigos heróis com detalhes em dourado. Em seus cabelos negros, estava com uma coroa de louros.

–Senhorita- ele beijou uma das mãos de Princess, mas esta logo o repeliu com suas chamas negras.

Ele apenas deu um sorriso gentil, e dirigiu seu olhar calmo à Duchess.

–Minha querida Duchess of Swords, que prazer em vê-la!

–Não posso dizer o mesmo, Rei Albino. –disse ela parecendo emburrada.

–Oh! Desculpe-me pelo erro, sei que detesta branco, mas como posso evitar? É a cor mais digna que encontrei para trajar.

–O que você quer?

Ele deu um sorrisinho e caminhou lentamente até estar ao meu lado esquerdo.

–Acredito que recebi um convite para este espetáculo. –ele disse jogando uma carta de baralho para Duchess.

Ela pegou a carta, tinha quase certeza que era um coringa, e fez cara de nojo.

–Arlequina- ela disse com desprezo- Ainda mato aquela vadia.

Rei Albino mexeu a cabeça parecendo decepcionado:

–Pensei que pelo menos seus modos tivessem melhorado, Duquesa. – ele disse suspirando.

–Se quiser alguém com bons modos vá até a escola de freiras do outro quarteirão, tenho certeza que encontrará algumas garotas que aquecerão seu coração– ela riu com desprezo.

Ele fez cara de birra e ela continuou:

–Ah que foi, principezinho? Alguém estragou seu livrinho de mágicas? –ela começou a rir com loucura e dessa vez pude notar um pequeno sorriso na face de Princess.

–Pare! –ele começou a gritar e...chorar?

–Fala sério que você tá chorando por causa disso?! –falei antes que pudesse calar minha boca.

Ele se virou para mim, e então seus cabelos começaram a se tornar brancos.

–Espera! E-eu posso te ajudar! –gritei antes que fosse atingida com mais uma onda de tortura psíquica.

Seus cabelos voltaram a ficar negros e ele retomou a calma.

–Me fale sua proposta.

–Hey, isso é não é uma mesa de negociação! –Duchess protestou.

–Sabe o cassino do Cobblepot? Eu consigo as senhas de segurança dele. Acredito que você conseguiria extorquir uma boa quantidade dos fundos dele com isso. É só me soltar daqui e me dar um pouco de água.

Ele pareceu considerar a proposta por alguns segundos e então se virou para Duchess.

–Desculpe-me minha querida, mas parece que surgiu algo mais importante em minha agenda.- ele disse e então seus cabelos ficaram brancos.

Ela grunhiu e pulou do palanque indo em direção à ele, mas então se ajoelhou no chão fechando os olhos e segurando a cabeça com força. Princess e Black Ako fizeram o mesmo. Todos com uma feição de terror no rosto. Bem, acho que Black Ako estava sentindo o mesmo já que não conseguia ver suas feições. Uma fumaça branca então começou a rodear ele e então não conseguia enxergar mais nada.

Respirei o ar e então percebi que na verdade era vapor d’água. Respirei profundamente, procurando me reidratar e quando tentei levantar, descobri que minhas mãos estavam soltas.

–Não se esqueça do que disse, senhorita Sereia. Apesar de ser calmo, eu posso ser realmente um péssimo inimigo para se ter. – pude ouvir sua voz uma última vez na minha mente e então o vapor desapareceu.

Olhei para meus inimigos e percebi que o efeito para eles também havia passado. Embora Duchess fosse a única que conseguisse se levantar.

–Sua peixinha estúpida, você vai desejar nunca ter desafiado Duchess. – ela disse com raiva.

Ela então correu e deu um grande salto, aterrissando no chão com um chute em meu rosto. Percebi que o canto da minha boca começara a sangrar, e limpei com as costas da mão.

–É só isso que seu palhacinho te ensinou? –ri.

Ela pareceu se enfurecer ainda mais, correndo para cima de mim e tentando me dar um soco, mas desviei apenas forçando seus braços para os lados.

–Por favor! Pensei que como Duquesa você teria alguma classe! –ri e peguei um de seus braços a jogando no chão do outro lado- Mas parece que não!

Ri com gosto, mas então ela me derrubou com uma rasteira e se levantou rapidamente colocando a ponta da bota de salto no meu pescoço.

–O que tinha dito mesmo? –ela falou triunfante.

–Que o jogo não acabou! –disse levantando minhas pernas e as enroscando na perna dela e a derrubando no chão.

Levantei-me rápido, mas uma tontura me atingiu. Olhei para Black Ako e Princess. Eles já tinham se recuperado o bastante para se levantar, e tentavam me derrubar com seus ataques psíquicos.

–De novo não!- corri em direção a Princess e lhe dei um chute de lado a derrubando no chão.

Ela apenas se limitou a rir.

–Do que está rindo? –disse nervosa.

–Disso! –ela disse e então fui jogada do outro lado da corte .

Aterrissei nos bancos, os derrubando estrondosamente. Me levantei semicerrando os olhos por causa da dor de cabeça.

–O que foi agora?! –grunhi e então um monstro-demônio surgiu em minha frente. Apesar de saber que era real, conseguia enxergar traços de desenho nele.

–Illusion... –falei com raiva. Onde aquela desenhista demoníaca estava?

–Não sei onde você esta desenhista, mas assim que terminar com essa sua criação, eu vou atrás de você, pode ter certeza disso! –gritei.

O demônio de pedra rugiu com seus dentes afiados e veio em minha direção. Tentei dar um chute nele, mas ele nem se abalou e meu pé latejou de dor. Mancando, corri dele em direção as portas, mas então outra tontura me atingiu me fazendo cair no chão. Olhei meio tonta e pude ver Black Ako sorrindo para mim de longe.

–Não, não...-falei caindo na inconsciência- Eu preciso de...ajuda!

Cai no chão sentindo tudo aos poucos ficar escuro. O demônio estava a dois metros de mim, e ele parecia estar sorrindo, embora não conseguisse saber pela sua forma de pedra. Mas, percebi algo pequenino voar em sua direção, e então ele explodiu em mil pedacinhos.

A moleza ainda parecia tomar conta de meu corpo, mas a tontura estava passando.

–Pediu ajuda? – vi duas botas negras na minha frente e então fui colocada de pé por duas mãos fortes.

–Robin! –exclamei totalmente desperta e o abraçando.

–Hum...oi pra você também! –ele riu sem graça e então o soltei.

–Desculpe a empolgação! –ri sem graça- Mas obrigada por me salvar!

–Sem problemas! –ele disse e então pegou uma garrafinha do cinto e me entregou- Para você.

Abri a garrafinha e percebi que era água. Joguei um pouco no meu pé e então a dor diminuiu até se tornar apenas um pequeno incomodo. Joguei o resto no chão e então a fiz levitar.

–Realmente adoro esse cinto de utilidades! –disse sorridente- Obrigada!

Ele sorriu para mim, mas então chamas negras acertaram sua capa.

–Não esqueceram de alguma coisa, pombinhos? –Princess falou brincando com suas chamas.

Nós dois coramos. Oh céus! Esperava que Starfire não tivesse vindo junto, se não ia acabar sendo jogada do prédio.

–Eu fico com ela. –disse e então corri até ela desviando de suas bolas de fogo negro.

Começamos a lutar. Dessa vez ela parecia estar preparada para meus chutes, e os desviava sempre que tentava acerta-la, mas estava com um pequenino poder extra dessa vez, e joguei a água em suas chamas e prendi suas mãos na parede. Elas não eram capazes de apagar o fogo, mas podiam mantê-la presa lá.

–Por que não ri disso? –disse e então lhe dei um soco a fazendo desmaiar.

Virei-me e assisti a luta de Black Ako contra Robin.

Ele era forte, admito, mas Robin desviava de seus golpes facilmente. Acostumado com os treinamentos de Batman aquilo deveria ser brincadeira para ele, mas o vilão então lançou suas sombras ao redor dele, e ele caiu de joelhos com as mãos na cabeça. Lágrimas de raiva e dor escorriam de seus olhos.

–Já chega! – gritei e corri para impedi-lo de torturar Robin, mas dois demônios apareceram na minha frente.

Eles não possuíam o mesmo tamanho que o outro, mas ainda sim tinhas as feições horríveis do maior. O primeiro era feito de fogo e seus olhos eram negros com chamas flamejantes dentro. Xinguei mentalmente. O primeiro poderia ter sido ruim, mas esse era pior. O fogo era meu ponto fraco, e Illusion deveria saber disso.

Mas então reparei no segundo. Ele era idêntico no tamanho e nas feições do primeiro, mas seu corpo era feito de...gelo?

Ri e comecei a correr.

–Hey! Não quer me pegar, Foguinho? –gritei para o demônio que começou a correr atrás de mim jogando bolas de fogo. Logo os bancos pegaram fogo e o lugar começou a ficar quente, mas não me incomodei quanto mais quente ficasse melhor seria para meu plano.

Depois de correr por alguns instantes sem sinal do demônio de gelo, ele apareceu na minha frente, bloqueando minha passagem. Seu hálito frio chegava em meu rosto quase o congelando, mas apenas sorri.

–Obrigada!- disse correndo em sua direção e pulando dando uma pirueta para ultrapassá-lo. Ele se virou em minha direção, mas então uma bola de fogo veio até ele e ele derreteu se tornando água.

Estiquei os braços me concentrando e então senti a água obedecer a mim. Abri um pouco mais as pernas e levantei meus braços, fazendo a água imitar meus movimentos. Os abaixei e os abri e fechei na minha frente, fazendo com que a água rodasse ao meu redor.

Quando o demônio de fogo chegou perto de mim, dei um sorrisinho:

–Quer brincar? – disse e então joguei toda a água que tinha em direção ao demônio fazendo suas chamas se apagarem e ele cair como pedra no chão.

–Espero que aprenda a não me enfrentar com isso, Illusion! –gritei com raiva e corri em direção a Robin e Black Ako que ainda o estava torturando.

–Hey sorridente! –o chamei e quando ele e virou dei um salto e chutei seu rosto.

Ele andou alguns passos para trás e então tentei dar um soco nele, mas ele segurou meu pulso e o torceu. Gritei de dor, mas dei uma rasteira nele e quando ele caiu no chão dei um soco o nocauteando com a outra mão.

–Para você aprender a não mexer com meus amigos, risinho! –disse satisfeita e então corri até Robin.

–Hey, tá tudo bem? –eu perguntei me agachando ao seu lado e colocando meu braço ao seu redor.

Ele respirou algumas vezes então se levantou empurrando meu braço para longe e dando alguns passos.

–Tá. –ele respondeu, mas pelo sua voz percebi que havia ficado abalado. O que será que Black Ako tinha mostrado a ele?

–Hum...acho que estamos quites agora! –dei um pequeno sorriso.

Ele não disse nada, mas senti que aos poucos relaxava.

–E então ligamos para a polícia agora? –perguntei.

–Sim, e para...Onde está o Batman? –ele perguntou se virando para mim.

–E-eu não sei. –confessei ficando nervosa- A gente se separou no hall.

–Então vamos pra lá, já vou mandar as coordenadas pra polícia.- ele disse caminhando até a porta.

Caminhei alguns passos, mas parei e olhei para trás observando a cena por uma última vez. As cadeiras estavam todas chamuscadas e jogadas para os lados. Na parede Princess parecia aos poucos estar acordando, mas minha água a deixaria presa por ali por um bom tempo. Os corpos dos dois demônios destruídos estavam rachando em um canto, como se o encanto que os mantivesse vivos estivesse se desfazendo. A sombra de Black Ako também ainda estava caída no chão, mas não havia sinal de Duchess. No lugar em que ela deveria estar caída havia apenas uma carta de um coringa com uma estrela vermelha nela e um rabisco:

Ainda nos encontraremos, peixinha. E da próxima vez, é você quem vai cair no chão.

Espertinha. Aproveitou minha distração e se mandou. Mas ela já estava avisada, sabia que não era tão fraca quanto me julgou ser. E eu também sabia que ela era muito forte. Mas mesmo com raiva, guardei a carta em um bolso escondido do vestido.

–Você não vem? –Robin perguntou segurando a porta.

–Claro! – corri até ele e fechando a porta perguntei- E como está Starfire?

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Observei-os sair pela porta. A Vidente estava certa, ela realmente era poderosa, talvez poderosa o bastante até para impedir a catástrofe.

Confesso que duvidei dela em alguns momentos, e quando desenhei aqueles demônios gêmeos não quis realmente ataca-la, mas apenas dar uma ajudinha. Para conseguir derrota-los, afinal, precisaria de uma ajudinha. Quem não precisa, não é mesmo?

Yuuna se divertiu em alguns momentos, me deixando apenas assumir o controle no final. Bem, deixando é uma palavra meio forte, desistindo de lutar contra minha força de vontade é melhor. Como minha segunda personalidade, ela divide este corpo comigo, mas não quer dizer que concordamos com tudo que a outra faz. Na verdade, ela está mais para meu lado “queimado”, como Duas-Caras.

No entanto, acho que no fundo ela sabe, que se não ajudarmos a essa garota sobreviver até o final, ninguém mais sobreviverá. Pois foi isso que ela disse. E A Vidente nunca errou.

“Quero ver a explicação que dará para Lex quando ele perceber que o plano falhou” ela falou em minha mente.

“Ah! Acredito que você poderá bolar alguma coisa bem interessante, afinal, engana-lo com suas mentiras sempre foi seu jogo favorito, não?” Rimos. É às vezes nos damos bem, outras ...não.

“Vamos sair daqui antes que a polícia chegue.” Ela resmungou e peguei meu bloco de desenho e meu lápis caminhando até a porta. Realmente esperava que A Vidente estivesse certa e a garota fosse a chave de tudo, senão, estávamos todos condenados. E esse pensamento fazia até Yuuna se arrepiar, o que não era uma coisa muito boa.


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Notas finais do capítulo

Entãããão? O que acharam? Estarei esperando ansiosa o review de todos vocês :DE queria agradecer não só aos que favoritaram minha história, mas a todos que acompanham essa fic e perdem cinco minutinhos escrevendo um review pra mim! Sem vocês essa fic não seria nada! Por isso meu grande beijo a todos!