Apenas Amor - Romione escrita por Anne Almeida


Capítulo 20
Desaparecida


Notas iniciais do capítulo

AVISO: Alteração feita para postagem aqui, devido a falta de configuração necessária.



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Ron acordou e esticou o braço em busca do corpo de Mione, as mãos grandes reviraram o lençol e não encontraram nada. Ele se forçou a abrir os olhos, apenas para concluir que ela não estava lá. Ele soltou um bufar de irritação ao perceber que ela muito provavelmente estava fugindo dele de novo.

Esfregou os olhos, com força, para afastar o resto de sono que ainda se apossava de seu corpo e se sentou na cama. O quarto estava bem iluminado mostrando que a já não era tão cedo.

Esticou o corpo, levantando os longos braços,alongando toda a musculatura do seu corpo, que parecia intensamente travada e só quando levantou da cama percebeu o pequeno pedaço de papel que ele não encontrara em sua busca anterior.

Ele não hesitou antes de pegá-lo para ler. A letra de Hermione era reconhecível sem dificuldades, afinal ele já havia ‘analisado’ trabalhos escolares dela por tempo demais.

Era um bilhete para ele, e assim ele se pôs a ler:


Ron,

Sinto por deixa-lo de novo, sem avisar previamente. Houve uma nova chamada no Ministério. Tentarei retornar o mais rápido possível.

P.S.: Vire--->


Ron leu a frase final confuso.

– Vire?

Só então ele reconheceu o pedaço de papel que segurava e então o virou, olhando seu lado oposto. Deste lado não havia a letra bonita de Hermione, mas sim a sua. Aquele papel havia sido dele.

Ron releu o que havia escrito há dias atrás e percebeu detalhes que não estavam lá antes. Parte da escrita estava e riscada e uma nova frase existia. Apenas seu ultimo motivo permanecia intacto.


Motivos para Mione voltar para Londres:

Família

Amigos

Casa

Ministério Inglês

Eu

Este motivo é o suficiente.


Ron estava surpreso e feliz. Hermione riscara todos os outros motivos e dissera que ele era motivo suficiente para ela voltar a Londres.

Ele não sabia como, nem quando aquele papel fora parar na mão dela, depois da discursão deles naquele noite, ele havia o apagado de sua memória, mas pelo visto ele não sumira, simplesmente.

A alegria foi substituída pela saudade. Mione saíra e ele a queria ali, com ele. Eles haviam passado a noite juntos e ela não devia ter saído há muito tempo, mas ele já sentia falta dela.

Uma ideia se formou em sua mente, tão rápida e forte que ele nem sequer pensou em afasta-la. Ele iria visitar Hermione em seu emprego. Ainda não conhecia o Ministério Americano e essa seria uma boa oportunidade, mas claro, que só porque ela estaria lá.

Ele tomou uma ducha rápida e abandonou o apartamento em pouco mais de meia hora depois. O dia estava agradável. Uma brisa morna corria pela rua.

Em pouco tempo ele chegou ao Fogão Encantado, onde tomou café e bateu papo com Meg e Michelle. Muitos minutos depois, ele saiu da doceria com um pedaço de torta de coco para levar a Mione.

Não foi difícil para ele encontrar a entrada do Ministério bruxo americano, depois das dicas de Michelle, e o processo de entrar na maquina de fotos e ser sugado para outro lugar foi rápido.

Ron não se surpreendeu com a enorme construção. O Ministério americano conseguia ser menor que o inglês e bem mais confuso. As pessoas vagavam sem nenhum tipo de ordem. Alguns, na verdade a maioria, andava tão rápido que parecia que estavam correndo. O barulho era infernal e não havia qualquer sinalização.

O ruivo se dirigiu ao enorme balcão de mármore em frente a uma das paredes, repleto com atendentes.

– Olá. – ele disse para uma deles – Gostaria de falar com uma funcionária.

– Que funcionária? – perguntou a atendente.

– Hermione Granger.

A funcionária enfiou a mão embaixo do balcão e puxou um enorme livro, colocando-o sobre o balcão.

– O senhor é parente dela? – amoça perguntou sem muita delicadeza.

– Hãn... bom , na verdade sou o namorado*.

– Ah sim. Claro – ela não parecia feliz em ajudar.

A moça então apontou a varinha para o livro e em um movimento circular sussurrou.

–Invenire Hermione Granger– o livro abriu-se sozinho em uma determinada pagina, onde Ron pode enxergar o nome de Hermione e outras informações sobre a morena.

– Ela não é nossa funcionária – ela informou – Há dois dias.

– O que – Ron perguntou surpreso - Como assim?

– Hum... elamesma entrou com pedido de demissão... sem justificativas...

– Mas ela me disse que estaria aqui!

Ron não sabia o que pensar. Hermione não havia lhe falado nada sobre ter saído do emprego. Foi quando a funcionária lançou um sorriso para alguém sobre seus ombros e uma voz de barítono chamou sua atenção.

– Ronald Weasley! A que devo a sua maravilhosa presença?

Ron se virou e viu um homem barbudo e barrigudo se aproximar.

– Me desculpe, mas eu te conheço?

– Ah não, que tolice a minha. Me chamo Smith. Sou, ou melhor, era o patrão de Hermione.

– Ah, sim – Ron estendeu a mão para o Sr. Smith – Prazer.

A funcionaria demonstrando uma animação inexistente antes, sorriu ao senhor e perguntou.

– Ronald Weasley?

– É, minha querida, este é um dos membros do trio bruxo mais famoso da atualidade. Mas ao que parece seu rosto ainda não é conhecido de todos, não é meu jovem? – o senhor olhou de Ron para a atendente.

– Me desculpe senhor – ela falou para Ron – Não o reconheci.

Ron não podia dizer que ela fora muito agradável, mas também estava cansado do tratamento especial que recebia na maioria dos lugares desde que seu nome se tornara conhecido.

– Está tudo bem – e se voltando a Smith – Estava a procura de Hermione.

– Aqui? No Ministério?

– Sim, afinal ela trabalha aqui, não é? – Ron perguntou confuso.

– Venha comigo – disse o senhor pondo a mão em seu ombro e o encaminhando pelo salão – Vamos a minha sala. Lá poderemos conversar com tranquilidade.

Ron o seguiu. Eles foram ao elevador, que só se movia verticalmente, e subiram ao terceiro andar. Depois de mais uns passos pelo corredor, Smith abriu a porta de uma das salas, e indicou para que Rony entrasse com ele.

O lugar era amplo e bem decorado. Tons claros e objetos de bom gosto, inclusive artigos trouxas. Ron percebeu tudo, porém não comentou nada, fazendo com que Smith iniciasse a conversa.

– Então você está atrás de Hermione?

– Isso, mas sua funcionária disse que ela não trabalha mais aqui.

– Verdade. Hermione me enviou uma coruja na noite de antes de ontem,informando que ela pretendia sair. Confesso que fiquei surpreso. Até onde eu sei, as coisas estavam dando certo para ela aqui, mesmo com a perceptível saudade de casa que ela sentia.

– Na noite de antes de ontem? – Ron estava pasmo.

Era a noite em que ele havia voltado. Então o ruivo se recordou de quando voltou ao quarto, após trocar de roupa, de não tê-la encontrado e de quando ela apareceu depois, corada e sem jeito.

Ela havia feito algo naquele momento. Ela havia enviado aquela carta.

O ruivo sentou em uma das confortáveis poltronas pensando. Ela mandara a carta pedindo dispensa quando ele retornara. Ele puxou um papel do bolso e releu a ultima frase.

Este motivo é o suficiente.

Ela desistira de viver naquele país. Ela havia decidido voltar para Londres com ele, antes mesmo de ele a pedir em namoro. Ela escolhera ficar com ele.

Aquele deveria ser um momento feliz, mas sensações estranhas afetavam-no, enquanto Smith, o fitava curioso por estar sendo ignorado.

– Mas então porque ela me disse que viria pra cá? – o ruivo perguntou a si mesmo.

– Ela se tornou uma colaboradora – respondeu o senhor, fazendo Ron se lembrar da sua presença.

– Colaboradora?

– Isso. Na carta em que ela pedia a demissão, ela também se propôs a ser uma colaboradora – Smith explicava – Estamos em um momento difícil. A Conferência de Paz e Igualdade entre as Espécies será daqui a cinco dias e os as leis de servidão élfica eram responsabilidade dela.

Ron começava a entender.

– Acredito que você a conheça melhor do que eu para saber que ela não se omitiria as suas responsabilidades, não é? – continuou o senhor – Ela assumiu o compromisso de ajudar sempre que fosse necessário, até a Conferencia, e só então ela se desligaria do seu emprego por completo.

– Então o senhor a chamou para vir aqui hoje?

– Na verdade não. Por enquanto os elfos não tem causado nenhum problema, apesar de agora eu realmente desejar a presença dela.

Ron levantou a sobrancelha curioso e Smith riu.

– Meu outro funcionário também não apareceu hoje – ele deu um suspiro pesaroso – E só me restou minha secretária que, diga-se de passagem, não é muito esperta, para me ajudar com tudo.

Ron sentiu o sangue gelar.

– Outro funcionário? Não seria...

O senhor o interrompeu, respondendo.

– John Beltrin.



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