2 anos depois

POV Edward

Estava deitado na minha cama quando um sentimento de vertigem me atingiu. Isso era estranho, muito mesmo. Fui até o meu banheiro e joguei uma água no rosto, só para ver se melhorava. Mas assim que sentei na minha cama novamente senti que ia desmaiar, o que aconteceu segundos depois. E tudo o que eu vi era a escuridão.

POV Carlisle

Hoje a casa estava tão silenciosa que chegava a dar medo, a Alice estava passando mal, uma dor de cabeça terrível. O Edward tava quieto como sempre. A Nick estava usando o notbook que dei para ela. O Emmett estava dormindo e os irmãos Hale viajaram para Nova Iorque.

Mas algo estranho estava acontecendo no quarto do Edward, ele não estava fazendo barulho nenhum. Apesar de isso acontecer bastante fiquei assustado, pois ele já tinha 17 anos e a transformação pode acabar acontecendo a qualquer momento.

Qual não foi a minha surpresa ao ver meu filho caído no chão? 

- ESME - grito a minha esposa

- Carlisle, querido. Aconteceu alguma coisa?

- Sim, Edward está tendo convulsões sabe o que significa?

- Estou indo pegar 

Pouco tempo depois ela volta com o saquinho cheio de líquido vermelho e eu coloca com cuidado na boca do Edward. Ele abriu os olhos assustado e começou a se balançar totalmente. Coloco ele na cama e peço perdão. Não queria esse destino para nenhum dos meus filhos, sei o quão ruim a transformação pode ser.

POV Nick

Essa casa estava totalmente quieta e isso me deixa com mais medo que o normal. Alice está sempre saltitando por aí, Emmett sempre fazendo graça, Edward sempre conversando comigo e os gêmeos Hale estão sempre enfeitando a casa, mas não hoje. 

Ah sim, os Hale enfeitam mesmo a casa. Eu os chamo de "estátuas humanas ambulantes" ou simplesmente E.H.A. 

Eu podia ouvir alguns gemidos de dor e o Carlisle se lamentando, é o previsto aconteceu e alguém está se transformando. Não posso fazer nada.

Deito na minha cama e volto a usar o notbook. Entro em vários sites e vejo várias coisas. Até que vejo algo que chama a minha atenção. Na verdade uma pessoa que pediu amizade no Facebook. Esther Tukson Heinz Albert. Não, eu não estava assustada por ela ter um nome estranho, mas sim por causa das letras iniciais.

E.T.H.A.- Estudos Tecnológicos Híbridos Avançados 

Estranhamente combina não é? E vocês se perguntam o que é isso. O E.T.H.A é o lugar que eu vivi por 13 anos. Por 13 anos eu fui torturada naquele lugar. 13 ANOS. 

E se essa tal de "Esther" for a diretora do E.T.H.A? 

Pensando nisso acabei me lembrando de lembranças dolorosas.

" 25 de março de 2013 12:46 a.m

Andei atrás das pessoas que pareciam ser robôs, precisava fazer isso ou seria morta. Tive que aprender a ser uma "agente" muito rápido. Prefiro viver.

Até hoje eu ainda não havia descoberto o porque de não ser igual a essas pessoas robôs. Eu ainda tenho a minha memória.

Preciso descobrir um modo de sair desse lugar. Eu sei que estou em algum lugar dos Estados Unidos porque as pessoas daqui falam inglês, também sei que estou em algum lugar subterrâneo.

Hoje é meu aniversário de 13 anos e eu estou presa, sem parentes ou alguma pessoa para comemorar. Não queria que fosse assim, queria ter uma vida normal no Brasil. Queria a minha mãe e meu pai. 

Aqui é um lugar bonito, mas digo isso porque eu nunca vi lá fora, eu nunca vi o mundo. Não sei como é. Temos uma escola aqui, para adolescentes e crianças, mas não é a mesma coisa. Sei que não é porque eles ensinam a se defender e dizem que devemos ter ódio dos humanos. 

Mal sabem eles que tem uma humana aqui.

Mas na verdade nem eu mesma sei se sou humana, vivo de comidas especiais.

Ontem ou ante-ontem, não sei quando aqui não temos noção do tempo, eu parei na sala principal. Eu estava procurando uma saída, mas quando me encontrei naquele lugar ouvi coisas absurdas.

- Precisamos nos vingar daqueles humanos idiotas! - um homem disse com raiva socando a mesa - Precisamos mostrar a nossa espécie, vamos dominar o mundo com esse bando de trouxas - quando ele acaba de falar sai andando e eu me escondo atrás de uma pedra 

- Somos procurados Jared! - uma mulher diz - Não podemos sair lá fora, vão acabar nos pegando. 

- Cale a boca, Tina! - ele retruca - Sabe que somos capazes de matá-los com a nossa arma especial - os dois vão se afastando e eu tenho a oportunidade de fugir, mas queria saber quem era a arma especial - Aquela menina baixinha, gordinha, com cabelos e olhos castanhos, qual é o nome dela mesmo? 

- Não sei, podemos procurá-la agora

De vagar vou indo para o refeitório, onde deveria estar agora. Ando roboticamente e ouço o barulho do som.

Todos em fila no pátio agora! Repito, todos em fila no pátio agora!

Dou a volta e sigo aqueles robôs. Já na fila eles olham um por um. Até chegar em mim.

- Qual é o seu  nome?

- Maria Aparecida

- Certo - ele me olha de cima para baixa - Tina, leve-a para a sala de experimentos - a mulher assente e um arrepio 

Calmamente eles me levam para um lugar, eles me colocaram em um tubo onde tinha várias injeções. Foram para algum lugar e ligaram. Aos poucos as injeções foram se aproximando de mim, ela era meio... Grossa e doía quando entrava na minha veia.

Foram minutos de dor e agonia, a cada segundo que passava eu achava que não conseguiria sobreviver e que morreria, acabei desmaiando.

Quando eu acordei não abri os olhos, não porque não conseguia, mais sim porque ainda sentia dor, era pouca, mas mesmo assim era uma dor.

- Agora iremos dominar o mundo, já temos a nossa arma especial, ela é capaz de matar as pessoas num piscar de olhos. As pessoas irão morrer e nossa espécie será a única. Dominaremos o mundo - ele ri igual a um vilão do mal

Eu não queria ser uma ameaça para os humanos, eu quero é sair desse lugar! EU NÃO QUERO SER UM MONSTRO!

E quando eu vi já era tarde demais, eu havia quebrado o vidro e agora eles não respiravam direito.

- Onde é a saída? - pergunto - EU PERGUNTEI ONDE É A SAÍDA E QUERO UMA RESPOSTA!

Ouvi o barulho de armas sendo carregadas e vários tiros. Desvio dos tiros e corro, meus pés flutuam no chão. Não sei quanto tempo eu corri, mas sei que quando achei a saída corri muito e acabei parando em um parque. 

Sentei no chão encostando em uma árvore e senti a grama em macia em baixo de mim, mas eu não conseguia sorrir... Só chorar.

Até que ouvi uma voz.

- Ei"

Essa memória era tão perturbante, menos a parte em que o Edward me encontra, claro!

POV Edward - 3 dias depois

A dor foi passando aos poucos e depois senti uma dor de garganta, parecia que eu precisava de água, mas eu sabia que não era da água que eu precisava.

Fui abrir a porta e acabei a quebrando. Poder vampírico, gostei.