- Já por aqui, Tânia? – Edward perguntou ao entrar no escritório, e se o mesmo estava aberto, só poderia ter sido ela.
- Meu mês de abrir lembra? – Ela falou dando de ombros, e voltando sua atenção para o computador a sua frente. Edward ergueu as sobrancelhas lembrando. Ele ainda não tinha sua empresa com vários subordinados para trabalhar para ele em casos pequenos enquanto ele supervisava e pegava somente aqueles casos que mais o interessava. Infelizmente, não. No momento ele só tinha um escritório em um prédio comercial, de uma sala pra recepção e sua sala para atender os clientes. Ainda era muito pouco para aquilo que desejava, mas por enquanto teria que da certo. Então, era só ele e Tânia em sua empresa em fase de crescimento. Tânia e sua família são amigos de sua própria família, e assim ele a conhecia desde quando se dava por gente. Na adolescência os familiares tentaram formar um casal com os dois amigos, mas acabou não dando certo. Se eles tivessem um relacionamento sério, seriam melhores amigos a namorados. Então, agora quando ambos estavam na fase adulta, dava graças a Deus por ter seguido os próprios instintos, por que saberia que se tivesse acontece algo entre os dois, com certeza não teriam a amizade boa que eles tinham. Tânia ainda estava na faculdade, e aceitou trabalhar para o amigo para poder ser independente até termina sua faculdade e trabalhar como investigadora, mas oficial. Já Edward terminará a faculdade, e até pensou em entrar para a policia, mas logo soube que queria algo só para si. Assim virando investigador particular. E montando seu próprio negócio, com seu próprio dinheiro que juntou durante os 4 anos na universidade, trabalhando de estagiário como telemarketing.  Ele e Tânia tinham um calendário de tarefas, e uma delas eram ver quem abriria e quem fecharia o expediente todo o mês. Se um abria, o outro fechava, e assim por diante. Naquele mês seria Edward a sair mais tarde dali.
- Temos caso novo, pra mim não é muita coisa, mas da para nos distraímos. – Falou Edward, se recostando na de Tânia.
- Ah, é? – Ela colocou as mãos sobre a mesa, cruzando os dedos. – É aquele senhor que ligou outro dia pedido para se encontrarem ontem?
- Sim, é. O cara é sinistro.
- Eu digo que é rico. – Tânia descruzou as mãos, abrindo uma das gavetas que era protegida por senha em sua mesa, tirando dali um pacote marrom-amarelado. – Esse pacote estava aqui dentro hoje de manhã quando entrei. – Entregou a Edward. – Provavelmente alguém passou por debaixo da porta.
Edward abriu o pacote, e lá estavam várias notas de 100 dólares, separados por ligas. Ao olhar melhor, notou um papel onde tinha escrito. ‘’Faça um bom trabalho, ao acabar, ganhará mais’’.
- Já contou quanto tem aqui? – Perguntou Edward á Tânia, que o observava.
- 100 mil dólares. – Tânia falou dando um risinho, erguendo as sobrancelhas.
- Esse negócio de manter os nomes dos clientes em sigilo poderia dar certo...  – Olhou para Tânia, e logo os dois caíram na gargalhada.
- Ele não falou mesmo o nome dele ontem?
- Não... – Edward falou passando os dedos pelo os cabelos. – E falou bem pouco também, sobre a investigada.
- Não seria esposa?
- Bem provável que não. Acho mais que é alguém quem ele quer dar uns pega mas antes quer conquistar de jeito.
Tânia jogou a cabeça para trás, rindo.
- Uma pessoa que paga 100 mil dólares só-pra-comerçar – Tânia separou bem as palavras. – uma investigação, só para poder comer alguém? Tem certeza, Edward?
- Bom, nem todo mundo tem meus dotes como galanteador. – Deu de ombros, rindo.
- Idiota. – Tânia revirou os olhos, mas logo acabou rindo.- E então, o que sabemos sobre a vitima?
- Nem o homem lá sabe direito. Acredita que nem uma foto ele me deu?
- Então, deve ser realmente alguém que ele queira comer.
- Pós é. Ela se chama Isabella Swan.
Tânia jogou ‘’Isabella Swan’’ no Google, e até que o número de resultado foi bom. Agora era saber se algum das Isabellas que estavam ali era qual o homem procurava.
- Ele deu discrição, não é?
- Óbvio, Tânia. – Se lembrava perfeitamente do jeito longe em que o homem se encontrava ao falar dela.  – Pelo o que ele me deu, ela teria cabelos e olhos castanhos. Pele clara, magra e poderia que se dizer baixa.
Tânia procurou entre os resultados, até encontrar um site de um dos canais locais onde se tinha ‘’Marido é condenado a prisão perpetua após espancar mulher grávida’’, ao entrar no link falava as condições onde a mulher se encontrava quando encontrada quase sem vida pelos os vizinhos, e o quase espancamento pelo os mesmo do marido. Durante a matéria foi dado os nomes do envolvidos no caso ‘’James e Bella Howlett’’, logo abaixo tinha a foto dos dois. Aparentemente, um casal feliz. Com o marido passando um dos braços pela a cintura da esposa, enquanto ela apoiava a cabeça no ombro do mesmo, sorrindo para a câmera. A Essa altura, Edward estava atrás da cadeira de Tânia, lendo a matéria junto a ela.
- Wow... Como alguém pode fazer mal a uma pessoa dessas? – Edward falou, se referindo a Isabella. Observando a foto, foi notando os traços de semelhança com a mulher que foi descrita pelo o homem no restaurante. Ela era baixa, ao lado do homem da foto (Que Edward se negava a chamar de ‘’Marido’’) sua cabeça batia um pouco abaixo do ombro dele. Os olhos, tão profundos mesmo em uma foto, eram realmente parecidos com chocolates, em um castanho tão escuro. Os cabelos de Isabella eram longos, pela a foto poderia se notar que faltava pouco para se chegar na cintura. E o sorriso. O sorriso meigo, de uma menina qualquer que poderia estar no colegial, mas o que mais o chamou a atenção, não foi o sorriso em si. Claro, aquele sorriso era realmente lindo, e poderia tocar o coração de qualquer um. Mas infelizmente, seus olhos não tinham aquele brilho de um sorriso verdadeiro. Seus olhos estavam opacos, profundos, mas apagados. Ninguém notaria isso de imediato, mas olhando com atenção seus olhos pareciam distantes dali.
- Ela parece uma adolescente. – Falou Tânia, despertando Edward daqueles olhos.
- Realmente...
- Bem feito idiota imundo que seja estuprado mil vezes na prisão. – Tânia falava para a foto, e Edward concordava naquele desejo para aquele mostro denominado James.
- Ele merecia cadeira elétrica, isso sim. – Se ergue, voltando a se recostar na mesa, mas agora de frente para Tânia. – Agora a questão é: O que aquele homem poderia querer com essa moça?
- Não sei, Edward. – Ela deu de ombros, olhando para ele. – Talvez seja mesmo só algum admirador secreto.
Edward não sabia informa o porquê, mas agora aquela suspeita o irritava.
Bella observava sua amiga na mesa perto da porta de entrada do restaurante no balcão, ela esperava um ‘’amigo’’ que ela conheceu na última festa que esteve. Bella poderia saber bem, que somente pelo o jeito que ela falava sobre ele, que esse homem poderia ser tudo, menos apenas um ‘’amigo’’. Mesmo assim Alice praticamente forçou a Bella a ir com ela até esse encontro, argumentando que não poderia se encontrar sozinha com um desconhecido. Ela gargalhou com esse argumento, mas acabou indo. Tomando seu milkshake de morango, viu quando um homem entrou pela a porta e logo viu Alice na mesa ao lado, sorriu indo até ela pegando em sua mão e beijando seus dedos. Alice sendo Alice, ficou toda boba sorrindo e se levantando para poder abraçar o ‘’amigo’’. ‘’Eles eram praticamente namorados, e Alice vindo com essa história de amigo pra cima de mim’’, Bella revirou os olhos. A verdade era que Bella ficou curiosa. Em quase três anos de amizade, Alice quase nunca comentava sobre os seus ficantes. Ou chegou a namorar algum deles. Quando ela fazia algum comentário do tipo ‘’Nossa, minha noite foi esplêndida!’’ era mais querendo animá-la para sair as duas para alguma festa a que ela falando sobre ela mesma. E quando ela começou a falar desse ‘’amigo’’, foi uma válvula que abriu para ela não parar de comentar mais. Sim, definitivamente algo estava rolando entre os dois, ou esta prestes a rolar. Se depender de Alice, já teria rolado. Bella voltou a atenção para a amiga e seu futuro namorado, começando a pensar em si mesma. Nunca teve um namoro assim, fácil. Com cortejos,  encontros e namoro no pé da casa dos pais. Na escola, nenhum menino chegou a se interessa nela de verdade. Não o suficiente para querer namoro. Na faculdade, todos ali só queriam saber que pegação, curtição, uma vez ao sair dali teria que ter uma vida responsável. Mas um zero para Bella, que se ‘’pegou’’ uns três rapazes, foi muito. E quando finalmente pensou que tinha encontrado seu príncipe, percebeu que ele não era nada disso. Dando de ombros, tentou de livrar do calafrio. Tinha que se lembrar sempre que a essa altura ele estava preso. E que ele nunca mais iria desfazer a sua vida. Voltou a sua atenção para a amiga, os dois já estavam sentados lado a lado, conversando e dando risinhos um para o outro. Alice virou a cabeça para o lado e chamou Bella com a mão. Bella fez que não com a cabeça, acenando com a mão para que continuasse, Alice falou um ‘’vem’’ sem voz para a Bella, começando a ficar emburrada. Bella riu, se levantando a indo até a mesa onde estava Alice.
- Olá! – Falou tímida, o que fez Alice rir e apontar uma cadeira para ela a sua frente.
- Não repara, Bella parece um filhotinho que acabou de ser tirado do peito da mãe de tímida.
- Alice! – Bella repreendeu o que só fez Alice rir mais.
- Mas é a verdade, não é? –Bella revirou os olhos. – Enfim! Bella esse é Jasper, Jasper essa é minha melhor amiga, Bella.
Jasper esticou sua mão por cima da cima, e logo Bella ergueu sua mão para pegar a dele.
- Prazer!
- Prazer, Bella. – Jasper sorriu simpático.
- Então!  Bella me acompanhou caso você quisesse me seqüestra e tal. – Jasper olhou de Alice para Bella, logo caindo na gargalhada.
- Eu disse a ela que não serviria que ajuda nenhuma caso você fosse um serial killer.
- Era mas fácil você querer me seqüestra a o contrário, Alice.- Falou Jasper, dando de ombros.
- Mas, porque?
- Ora, sei que você já não consegue mais viver sem meu charme.
Todos riram na mesa, Bella estava se divertindo mas se lembrou de algo.
- Preciso ir.
- Mas já? – Jasper perguntou, fazendo cara de espanto.
- Já nada, to sentada ali há umas 3 horas.
- Mentira,  Jasper. Ela vai encontrar o amado dela.
Bella revirou os olhos, cruzando os braços.
- Alice, ele é um amigo.
- Ta bom, ta bom!
Revirando os olhos, Bella se despediu da amiga com um abraço e beijos nas bochechas, também abraçou Jasper prometendo que se encontraram mais vezes. Bella pegou uma taxi, logo chegando a praça. As descer do taxi, viu de longe Jacob já sentado no banco em que eles se sentavam sempre, o que a fez rir.
- Ora, sem o lanche? – Jacob perguntou, se levantando do banco e a recebendo com um abraço quando ela se aproximou.
- Alice me arrastou para um restaurante para se encontrar com o namorado, tomei meio litro de milkshake por lá. – Falou rindo, o fazendo rir, assim os dois se sentando.
- Não comentou que ela tinha namorado.
- Mas não tem! – Bella deu de ombros, rindo. – Eu o conheci agora, mas ontem a noite ela quase não parava de falar nele. Deve ter o conhecido na última festa que foi, não é.
- Pelo o que você conta, ela não parece muito de namorar.
- E não é. – Pegou o saco de pão que estava nas mãos e Jacob, e começou a jogar migalhas para os pássaros que passaram por eles. – Acho que ela é mais do tipo de sair por ai pegando todo mundo.
Jacob gargalhou, pegando um pedaço de pão dela e começou a jogar migalhas junto a ela.
- E você, nunca mais saiu pegando todo mundo?
Bella riu do modo como ele falou. – Sei lá... Ninguém me interessa. Devo ter perdido a graça desse mundo.
- Que mundo? Do amor?
- Você mesmo disse que existe várias formas de amor. – Dando de ombros, ela o olhou. – Eu amo, e não sinto falta de amar ninguém desse modo. Gosto dos amores que sinto.
- Isso se chama zona de conforto. – Falou, colocando uma mexa de cabelo dela atrás da orelha.
- Claro que não! – Suspirou, voltando a atenção aos pássaros. – Tá legal, pode ser. Mas apenas não vejo a graça de sair em uma festa pegando todo mundo...
- Já fez isso alguma vez na vida?
- Você é hilário! – Rindo, balançou a cabeça negando. – Deveria saber perfeitamente que não.
- Como deveria? – Jacob amassou o pedaço de pão que estava em sua mão. – Fora aquele encosto da sua vida, nunca falamos sobre seus outros relacionamentos.
- É porque não tem nenhum.
- Aquele miserável foi seu primeiro? – Jacob agora estava a encarando.
- Não, Jacob! – Ela o olhou, colocou o saco de pão em suas pernas, juntando as mãos. – Mas de um ‘’relacionamento’’, só foi ele. Até porque minhas outras experiências não foram melhores do que essa...
- O que você quer dizer? – Jacob não desviada o seu olhar do dela.
- É... – Ela baixou seus olhos para suas mãos cruzada nas coxas. – O menino que tirou minha virgindade nem se lembrava disso na manhã seguinte... – Como viu que Jacob não falaria, continuou. – Tá bem, é... Uma ‘’amiga’’ minha da sala, me convidou para uma festa. Ele também estava lá. Todos estavam lá, na verdade. Todos os ‘’populares’’ da escola. Assim que notei que tipo de festa era aquela, estranhei. Mas continuei por lá. Até que em um determinado momento da festa, essa mesma amiga me disse que ele queria falar comigo, em um quarto. Eu estava absolutamente amedrontada quando subi até o quarto. Mas, qual é. Eu tinha 17 anos, assistia filmes e lia livros. Sabia o que poderia acontecer, e queria que isso acontecesse. Então, quando cheguei no quarto, ele estava aparentando estar sóbrio. Mas dava para sentir seu hálito de algo quando chegou até a mim, cheirando meu cangote. E aconteceu!
Bella ergueu o olhar para Jacob, que ainda a olhava sem desfiar o olhar.
- Só isso?
- É... – Ele tinha o surpreendente poder de saber quando ela não lhe contará tudo. – Na manhã seguinte, soube que foi tipo um ‘’castigo’’ para ele, da turma da equipe de futebol, por estar se dedicando mais ao basquete, assim fazendo a equipe ter perdido as última 5 partidas. – Bella mordeu o lábio inferior.
- Que filho da puta...
- Na verdade, não foi culpa dele. Ele nem sabia que isso tinha acontecido. Como eu disse, ele nem se lembrava. – Esboçou um sorriso de lado. – O pessoal só fez o que fez com ele para tira sarro da cara dele mesmo. O menino até veio me pedir desculpas depois...
- Mas mesmo assim isso a magôo. E muito. – Ele conseguia ver, conseguia nota. Bella confirmou com a cabeça.
- Eu nunca fui a garota mais alegre da turma, mas tudo começou a desmoronar ai. – Jacob levou uma das mãos até o pulso de Bella, e o pegou, levando até os lábios, deixando um pequeno beijo ali.  Ela sorriu.
- Depois disso, nunca ficou com ninguém?
- Fiquei... Na faculdade. – Ergueu um ombro, olhando para o lado. – Mas nem me lembro direito. Ai depois...
- Eu sei. – Jacob passou o braço pelo os ombros de Bella, a puxando para seu peito. Ela colocou sua cabeça no ombro de Jacob, e eles ficaram observando as crianças no parquinho de areia.