Moving Past The Feelings escrita por AndySacramento


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Eu chorei escrevendo esse capitulo, e como uma boa pessoa estou avisando-as: Preparem-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/319727/chapter/10

Iriam dar 4:30am, e Edward estava com um copo de uísque na mão, já havia perdido as contas de quantas doses já tinha tomado. E não, ele não havia dormido aquela noite. Quando deixou Isabella, saiu dali sorrindo bobo e quase cambaleando por finalmente ter provado os lábios dela. Por finalmente ter tomá-los nos seus, por ter a pegado nos braços, por ter feito carinhos antes reprimidos nela... Por tudo. Por cada segundo que passou com ela. Só para quando chegasse ao seu quarto, e se deparasse com a realidade. Ele não era um simples homem que estava afim de uma mulher. Primeiro, por que ele estava investigando-a. Havia todo o protocolo de ética e lá estava ele, se envolvendo com ela. Segundo, ele poderia apostar toda a fortuna dos pais que ele já havia ultrapassado todos os limites do sentimento por Isabella, ele não estava apenas “afim.” E terceiro, ele poderia acabar totalmente sem nada no final. Sem o dinheiro que havia ganhado investigando Isabella, ou até mesmo sem seu trabalho, caso o seu cliente quisesse espalhar para os quatros cantos o quanto o Investigador Particular Edward Cullen era incompetente. Ou a pior de todas as opções, Bella poderia não o querer mais. Ela simplesmente era uma mulher adulta, que já havia passado poucas e boas na vida. Porque cargas d’águas ela iria querer passar por mais essa roubada? Edward o uísque que tinha no copo de uma vez, só para em seguida enche-lo novamente. Ela não poderia fazer aquilo, não poderia ela... Ela tinha que sentir o mesmo que Edward sentia por ela, amor. Amor no seu mais verdadeiro sentido. Ao pensar aquilo, ele sorriu. A primeira vez na noite desde que deixará Isabella em seu prédio. Sim, ela o amaria. O amaria o suficiente para passar por aquilo juntos, e até agradeceria aos céus por esse homem misterioso ter aparecido para Edward, destinando-o a investigá-la e assim ficarem juntos. E no final, ririam disso, contariam aos seus amigos o quanto o destino foi foda em junta-los, e talvez até para seus futuros filhos... Mas ficariam juntos. Ela queria isso. Edward sentia isso. E iria fazer de tudo para consolidar aquele sentimento. Sem perceber, deixou o copo na mesa, e se jogou em sua cama, finalmente conseguindo dormir.

Alice estava no banheiro que havia em sua sala. Sim, ela tinha poder suficiente naquela empresa para poder exigir aquilo em seu local de trabalho. Era respeitada, e seu desejo de ser Editora chefe estava quase sendo realizado, era só ter um pouco mais de paciência. Levantou um pouco mais a sua saia, deixando-a  bem em cima do umbigo, logo arrumando o top, deixando um pouco de sua pele amostra. Olhou-se no espelho de corpo todo, virando o corpo. Hoje ela estava bem simples. Nada de cor nem brilho, ou peças a mais. Eram só a saia até quase o joelho e o top, e claro seu um salto. 15 cm. Alice não poderia dispensar um salto, ela já era pequena demais por se só. Passou as mãos pelo os cabelos, e sorriu. Hoje seria o grande dia. Jasper iria para a sua casa depois do trabalho, e jantariam, e finalmente firmariam o namoro. Pelo menos era isso que desejava... Suspirou. Logo balançando a cabeça e erguendo os ombros, saindo dali. Ao sair da sala, se deparou com uma melhor amiga sorridente, com dois copos nas mãos, e claro sempre aquela simplicidade “chique” toda. Apenas uma calça de linho reta, e uma camisa um pouco mais caída, deixando a mostra o sutiã de taxas tão pequenas que nem poderia ser chamado daquilo. Alice foi até Bella, pegando um copo de café de sua mão e revirando os olhos.
-Sabia que usar uma saia de vez em quando não mata ninguém?
Alice disse indo em direção para o pequeno sofá que havia em sua sala, não muito longe da sua mesa.
- Já disse que não gosto de saias... – Bella começou a se explicar, mas logo revirou os olhos se lembrando porque estava ali. – Tem certeza que quer ficar sentada?
-Eu acho que sim... – Alice disse tomando um gole de seu café.
- OK. Eu beijei Edward.
Bella falou assim, de uma vez, logo depois tomou um gole de café. Enquanto Alice arregalava os olhos e começava a se engasgar, Bella riu achando que fosse só mais uma das brincadeiras extravagantes de Alice, mas quando viu sua amiga começa a ficar vermelha, colocou seu café em cima da mesa e correu para o lado da amiga. Tirou o copo de café da sua mão, colocando-o no chão, assim pegando os braços da Alice e os levantou.
- Alice! Respira! – Bella falava enquanto abanava as mãos próximas ao rosto de Alice. A mesma começou a respirar fundo, e logo voltou a sua cor normal. Baixou os braços e a cabeça, colocando-a entre suas pernas.
- Alice? – Bella perguntou se afastando um pouco. – Você estar bem?
No mesmo instante, Alice ergueu a cabeça com tudo, levantando-se também, Bella teve que se afastar mais dois passos para trás para não se colidir com Alice, enquanto a mesma começava a pular e a gritar.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – Alice não reprimia os gritos, e elas estavam na empresa. Onde trabalha. Bella nunca iria compreender a ousadia de Alice. – Eu não a-cre-di-to! Vocês tipo, se beijaram mesmo? De língua? Tipo, aqueles beijos de cinema mesmo? Mas tipo, cinema do tipo Titanic e tudo mais. Aqueles beijos desentupidor de pia? Você ficou sem ar?
- ALICE! – Quem havia gritado agora era Bella, pós sabia que se não o fizesse ela continua falando, falando e falando. – Se acalma! – Bella começou a rir.
- Tudo bem. – Alice fechou os olhos, e respirou fundo algumas vezes. Logo rindo junto com Bella. – Mas me conta!
Bella passou a amiga pelas as mãos de volta para o sofá, e começou a contar todos os detalhes da saída deles naquela tarde. Alice quase se amaldiçoou por não ter se lembrado que Bella havia dito que sairia com Edward na tarde passada, colocou a culpa no nervosismo que estava. Bella apenas riu com a explicação de Alice, e continuou a história.
- Bella? Será que conseguimos dois dos Cullen para nós? Tipo, mesmo? – Bella se levantou rindo.
- Você com certeza! Já eu...
- Você provavelmente também! – Alice disse fazendo o mesmo que a amiga, logo indo até ela abraçando-a. – Eu estou tão feliz por você!
- Eu estou radiante, Alice! – Bella disse, retribuindo o abraço da amiga, apertando-a. – Ele é tão... Tudo! Absolutamente... Mágico. – Disse sorrindo, sentindo seus olhos encherem d’água.
- Ow! – Alice disse, afastando-se um pouco da amiga, só para olhá-la no rosto e colocar uma mexa de cabelo atrás da orelha da amiga. – Você merece isso tudo e muito mais! – Disse, beijando a testa da amiga.
Bella sorriu com aquilo, e abraçou mais uma vez a amiga apertado. Gostaria de passar o dia assim, jogando conversa fora com Alice. Mas infelizmente tinha que trabalhar, então saiu sorrindo da sala da amiga, tendo até um dia produtivo.
Quando Bella estava no corredor para o quarto do seu pai no hospital, viu Rosalie sair do quarto, com um carrinho de limpeza. Se aproximou da enfermeira.
- Olá Rose!
- Hey, Bella! – Rosalie disse sorrindo, indo até ela abraçando-a. Bella se surpreendeu com o abraço repentino de Rose, mas o retribuo sorrindo.
- Como está?
- Estou ótima! E você? – Rose se afastou de Bella, mas continuou sorrindo.
- Ah, igualmente! Minha vida estar dando tão certo...
- Eu sei qual é essa sensação! – Ela disse, logo pegando o carrinho e saindo de frente do quarto de Charlie. – Não vou mais atrapalhar. Sei que quer falar tudo o que estar acontecendo para seu pai o quanto antes.
- Oh, sim, sim! Mas não atrapalha Rose...
- Tudo bem. Mas eu tenho que ir de qualquer forma. Depois nos falamos okay?
Bella apenas confirmou com a cabeça, e entrou no quarto do seu pai. Ele estava como sempre estava ultimamente, como se estivesse em um sono sereno, mas profundo. Calmo, mas um pouco conturbado ao mesmo tempo. Bella suspirava toda a vez que o via assim. Como um AVC pode afetar tanto uma pessoa? Em uma hora, ela estava boazinha. Perfeita, vamos combinar. Indo trabalhar. Indo pescar, indo beber em um bar com uns amigos perto de casa ou simplesmente ficar em casa assistindo um jogo na televisão que era praticamente seu tesouro particular. Bella não poderia entender por que seu pai teve que sofrer aquilo! Ele era tão normal, saudável... Estar certo que ele comia muita carne, e até algumas cervejas a mais. Mas nada que o prejudicasse tanto. Mas de repente, você chega do seu trabalho relativamente cansada, e se senta procurando descansar, e recebe uma ligação desesperada da esposa do dono do bar onde seu pai freqüentava, dizendo que ele havia passado pai e que agora estavam no hospital de Seatle, seu marido e outros dois amigos o haviam levado de carro. Bella chegou o mais rápido que pode no hospital, e mal sabia que ele nunca mais sairia dali. O AVC quase o havia matado. Fora tão forte que havia enfraquecidos órgãos vitais como fígado e pulmões. E havia entrado em coma. Um coma que ninguém saberia informa se ele poderia voltar ou não.  O pior de tudo, é que mesmo em coma, se tendo todo o tratamento adequado, o AVC atacava algumas vezes. Dando-o crises de convulsões, e em uma dessas crises, dando-o uma parada cardíaca. Nenhum dos médicos sabia mais o que poderia ser feito com ele. Ali ele era cuidado com todo o cuidado do mundo, recebia os melhores tratamentos, e fisioterapia mesmo sem ele responder a nada. Uma vez já foi sugerido a Bella para que desligasse os aparelhos, deixasse ele seguir sua viagem e finalmente fosse para um lugar melhor. Bella sabia que isso poderia mesmo ser o melhor a fazer, que ele poderia estar sofrendo e pedindo socorro silenciosamente, enquanto ela praticamente o forçava a permanecer ao lado dela. Mas ela era egoísta demais para simplesmente deixá-lo ir. Ele era a única família que ela tinha! Ele não poderia simplesmente ir assim, sem ao menos se despedir dela... Na verdade, ela não queria despedidas. Na verdade queria ele bom. Saudável novamente, reclamando que ela apareceria muito pouco na casa dele (Mesmo que todo domingo ela fosse fazer seu almoço e jantar para aquela noite e para o resto da semana), que ela precisava curtir mais a vida... E mais diversas coisas que só pai mesmo poderia dizer. A aconselha nas decisões que deveria tomar, ou simplesmente beber sua boa e velha cerveja ao seu lado nos dias de jogo em que Bella iria assistir com ela. Ela queria desesperavelmente ele de volta! Sua vida há quase dois anos se resumia nisso, viver para querer seu pai de volta. Ela ia de 15 em 15 dias ver como estava a casa dele em Forks, e tirava a poeira de algumas coisas, falar para os vizinhos como seu pai estava. Ele sempre gostou dali. Mesmo nos últimos anos trabalhando e morando em Seatle, quase todo final de semana ia para a sua casa em Forks. E era nela que ele gostaria passar o resto da vida, depois que se aposentasse. Ele ainda iria trabalhar cinco anos antes de se aposentar! E teve que ser obrigado a se aposentar bem antes por causa aquela doença idiota. Metade de sua aposentadoria iria para o trabalho, e a outra metade, Bella havia aberto uma conta para guarda todo o dinheiro do seu pai, para quando ele melhorasse visse que Bella havia pensado em tudo, e se orgulhasse dela. Ao pensar naquilo tudo, Bella deixou uma lágrima escorrer pelo o seu rosto. Ele tinha que voltar! Era seu pai, seu confidente, seu companheiro, não poderia deixá-la sozinha naquele mundo feio e escuro...
- Pai... – Bella falou, passando os dedos pelo os cabelos de Charlie, sentada na beirada da cama dele. – Porque você me acostumou a lhe chamar de Charlie? – Falou rindo baixinho, enquanto algumas lágrimas começaram a cair de seus olhos sem ao menos Bella perceber. – O termo “pai” é tão lindo... Eu quero você de volta, para quando você voltar, eu só lhe saber de pai! Pai! Pai e pai! – Ele continuou no seu sono profundo, Bella beijou o topo da sua cabeça. – Não me deixa sozinha, pai. Eu preciso tanto do senhor... – Naquela hora Bella já havia notado as lágrimas, e agora as deixava cair, começando a soluçar. – Você se orgulharia tanto de mim se me visse agora! Eu estou finalmente vivendo, pai! Eu conheci um cara surreal. – Bella ergueu uma das sobrancelhas para o pai, exatamente como faria se estivessem conversando de verdade. – Ele... É lindo, pai. É alto! E tem um cabelo de da inveja em qualquer um... Cor de bronze! E fica brilhando tanto quando estar no sol, parece ouro liquido! – Bella fungou. – E deixa eu te falar, tem um corpo! Que... Meu Jesus! – Bella gargalhou com as próprias palavras. – Mas ele é mais que isso, sabe? Ele meio que procura me agradar em tudo, parece que me conhece, que me entende... Mesmo nos conhecendo a tão pouco tempo! Você acredita nisso, pai? Pós é, nem eu! – Passou os dedos agora no rosto de seu pai, pela a testa, bochecha, queixo... – Você iria adorar ter um genro igual a ele. Ele é bem educado, e culto. E aposto que ficariam horas falando sobre jogo e cervejas! Só voltando para você conhecer esse ser de outro mundo, sério, porque é isso que ele é! – Bella suspirou, e se ajeitou na cama, ficando deitada ao lado dele. – Ta bom, pararei de falar um pouco. – Beijou seu rosto, e colocou sua cabeça no peito de seu pai. – E, ah! O nome dele o Edward.

A dorzinha miserável ia até o fundo do seu cérebro, fazendo Edward abrir os olhos. “Que porra?” se perguntou, meio atordoado. Parou para se concentrar na dor, e no porque diabos a sua cabeça estava doendo tanto. Logo percebeu que estava escutando algo, um som estridente e fino. Deu-se conta que era o toque de seu celular. Edward se arrastou até a mesinha de cabeceira e atendeu o celular com a voz arrastada.
- Alô?
- Edward? – Bella perguntou meio preocupada com o tom de voz. – Você estar bem?
- Bella! – Edward sentou rapidamente na cama, fazendo sua cabeça girar e doer pra caramba. Gemeu. – É... Estou. Só com uma enxaqueca horrível. – Falou tentando parecer um pouco normal.
- Nossa... Que pena. – Bella suspirou, olhando para a quantidade de comida que havia feito em cima do fogão. – Iria convidá-lo para jantar comigo.
Edward sorriu automaticamente com o tom de voz decepcionado de Bella, e seu sorriso só se ampliou quando ouviu o quase-convite. E se amaldiçoou por ter bebido até praticamente desmaiar.
- Acho que não da mesmo pra eu sair nessas condições... Mas... – Eu quero estar com você, e provar da sua comida. Edward não teve coragem suficiente para falar.
- Mas?
- Ah... – Edward olhou para a rua, e teve uma idéia esplêndida. – Por que você não vem aonde eu moro? E sei La, fazemos tipo... Um jantar aqui? Você pode trazer a comida, e eu arrumo tudo por aqui.
- Eu adorei a idéia! – Bella quase pulou de animação, já estava começando a pensar besteiras, uma delas que ele simplesmente poderia estar usando a desculpa da dor de cabeça para dispensá-la. – Mas você não estar com dor? Pode sair da cama?
Edward se levantou, e como não caiu, decidiu que estava bem o suficiente. – Posso sim! Você pode estar aqui que horas?
- Hmm... – Bella tirou o celular da orelha e olhou as horas. – São... 07:00pm. Posso estar ai 08:00pm, ou 08:30... Depende de onde você mora – Bella sorriu, fazendo Edward fazer o mesmo.
- Eu não moro muito longe... – Edward falou meio envergonhado. – Eu estou morando temporariamente no Figute Hotel...
- Sério? – Bella gargalhou. – O Guns Park é aqui do lado! Nossa!
- É. Eu sei... – Edward tentou sorrir despreocupado também. – É que meu apartamento estar em reforma e tenho que você em hotel e tal... É horrível.
- Ah, eu entendo! Então, que horas eu posso estar ai?
Edward olhou em volta do quarto, e constatou que precisaria do maximo de tempo para arrumar aquilo tudo.
- Venha as 08:30pm, estar bem? Aqui esta uma bagunça e preciso arrumar. – Deu um sorrisinho envergonhado. – Meu quarto é o 202, no sexto andar. Vou avisar que estarei esperando você.
- Tudo bem! – Bella mordeu o lábio inferior. – Já já estou por ai. Beijos!
Bella desligou o celular antes de dar chances de Edward responder, e pulou no lugar. Na verdade, saiu procurando vasilhas pela a cozinha pulando e cantarolando.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eae, o que acharam?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Moving Past The Feelings" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.