Naquele final de semana ela não sentia vontade nem de sair da cama e como desejava que ninguém morresse ou que mulher nenhuma fosse estuprada – para que ela pudesse permanecer em casa – com seus inúmeros enjoos e com os hormônios a mil.

Olivia sempre imaginou que quando engravidasse teria ao seu lado a pessoa que amava, e juntos poderem curtir: os momentos difíceis, a escolha do nome, as compras de roupinhas para o bebê ..

Enrolada num cobertor com uma xícara de chá nas mãos, ela começava a pensar como seria se Elliot fosse o pai do seu bebê. Como tudo se tornaria bem mais fácil se esse seu pequeno desejo fosse realidade, porque assim ela poderia se sentir mais segura e ter alguém que ela amasse ao lado dela, cuidando, protegendo.

“Estou realmente feliz com minha gravidez, mas é como se algo ainda estivesse faltando para que minha felicidade fosse completa. Eu desejei muito esse bebê, mas também desejo para meu filho algo que nunca tive: um pai. Um pai exatamente como Elliot.

Eu queria muito que ele estivesse ao meu lado no momento mais importante de minha vida, como eu queria. Sonho com ele acariciando minha barriga, fazendo brincadeiras “ao nosso” filho, assim eu seria completamente feliz, sem dúvida alguma. ”

Olivia colocou as mãos sob a barriga e começou a imaginar como seria seu filho, se era uma menina ou menino – embora ela não tivesse essa preferência.

A parte mais difícil com certeza era esperar com que os meses passassem e ela poder segurar pela primeira vez seu bebê nos braços, ter a sensação de amamentar pela primeira vez, dar banho, ninar.

Por alguns instantes ela sentiu uma forte vontade de ligar para Elliot e contar que estava grávida, e que gostaria que ele estivesse ali ao seu lado.