Hesthia, Ainda Há Esperança escrita por Luiza Rabelo


Capítulo 5
Algo Inexplicável


Notas iniciais do capítulo

Demorei muito para postar este capítulo, então, ta ai, um gigante para vocês.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/319479/chapter/5

 Aquelas palavras me chocaram. Nos conhecemos a duas horas atrás, e Sebastian se entregou. Fiquei surpresa com tudo aquilo, eu não tinha como demonstrar o que fazer, apenas olhei para baixo e retornei o olhar de volta para ele. Me olhava esperando alguma manifestação para aquele sentimento no qual havia demonstrado, seus olhos brilhavam cada vez mais, e ficavam fixados nos meus, Sebastian ainda estava com um sorriso envergonhado, suas mãos ainda estavam junto as minhas. Eu não estava certa do que e falaria, mas resolvi dizer.

  -Sebastian, não nos conhecemos direito, não faz nem duas horas que nos encontramos. -Eu disse tentando não o ferir.

  -Mas Selene, você não sabe o que eu estou sentindo por você. Quando te vi, fiquei hipnotizado com tanta beleza e pureza que havia em seu olhar, meu coração disparou, e quando isso acontece, eu começo a falar besteira, como a piadinha sem graça que eu fiz quando te vi. Há muito tempo eu não sinto isso, você não faz ideia. É como se você me fizesse entender o que é amar. E, acredite, eu não sabia o que era amor a primeira vista até te conhecer. -Ele encerrou sua fala sério. Eu acho que não haviam dúvidas de que ele realmente estava gostando de mim. Nunca ninguém havia dito para mim algo tão bonito como ele disse. Eu estava insegura do que fazer, eu gostava dele agora, e ele de mim, tudo girava ao nosso favor.

 Sebastian, ainda mantendo seu olhar fixamente em mim, começou a se aproximar. Ele tirou suas mãos das minhas, com uma se apoiou na terra, e a outra em suas pernas. Até que ele disse, ainda me olhando e se aproximando.

  -Se quiser que eu pare, pode falar.

 Eu estava insegura do que eu faria, nossos olhos ainda estavam presos um ao outro, nossos rostos estavam quase se encostando, nossos lábios, estavam quase se tocando. Eu precisava me decidir, apenas com um pequeno impulso meu, iríamos encostar nossos lábios. Fiz uma escolha sem ter tempo para pensar, e decidi me aproximar mais um pouco, estávamos a poucos milímetros, ele fechou seus olhos, eu o acompanhei, senti ele colocando uma de suas mãos em meu rosto, e quando íamos nos beijar, eu senti algo estranho, e me decidindo de imediato, eu abaixei minha cabeça e me distanciei. Sua mão saiu de meu rosto, e ele, com a mesma, colocou-as levemente em me queixo, fazendo-o levantar. Eu abri meus olhos e ele estava me olhando, e disse calmamente.

  -Tem alguma coisa de errado comigo?

  -Não, com você, não. -Eu o respondi colocando o meu cabelo atrás de minha orelha, deixando apenas uma mecha caída sobre meu olho.

  -Então o que é? -Ele perguntou.

  -É que eu acho que não estou pronta para isso.

  -Escute, pode levar o tempo que precisar, eu estarei disposto a fazer isso a qualquer hora. -Ele disse colocando a mecha que estava caída sobre meu olho atrás de minha orelha. Ainda estávamos nos olhando.

  -Acho que estou com sono. -Eu disse me levantando do chão e ele fez o mesmo.

  -Vou dormir também. -Sebastian disse pegando em minhas mãos. -Boa noite, Selene. -E ele beijou minha testa.

  -Boa noite Sebastian. -Eu disse o deixando e indo para a minha cabana.

 Entrei em minha cabana, e deitei no colchão. Fiquei pensando em Sebastian e em suas palavras. Imaginei como seria seu beijo, como eu me sentiria. Ora me arrependia de não ter o beijado e ora eu pensava que eu tinha feito certo. Eu estava confusa sobre meus sentimentos, não o conhecia bem o bastante para me apaixonar, mas mesmo tendo isso como base para meus pensamentos sobre Sebastian, eu estava gostando dele. Depois de tanto pensar, decidi
ir dormir, me ajeitei em uma posição e dormi.

 O dia amanheceu, pude sentir os raios do sol penetrando em minha pele, me senti bem. Ainda com a cara "amassada", sentei-me, arrumei meu cabelo de modo que uma boa parte ficasse para um lado só, e por sorte, ele estava "comportado". Espreguicei, passei minhas mãos em meus olhos e estalei minhas costas, como todos os dias eu fazia isso, posso falar que é uma parte do meu "ritual". Me levantei com cautela para não bater minha cabeça no teto da cabana, e sai da mesma.

 O dia estava lindo, céu azul, sem nuvens, pássaros cantando melodias perfeitas, borboletas de várias cores voavam de um lado para o outro, as flores pareciam que respiravam com o balançar da brisa que corria em volta das árvores, e a mesma, fazia meu cabelo balançar levemente, abri meus braços na horizontal, e um vento, não muito forte, passou entre meu corpo, o que me fez sentir uma leveza, como não havia ninguém do lado de fora de suas cabanas, comecei a rodar e a sorrir, aquilo era como se eu me libertasse do meu passado, presa na imensidão azul do mar e agora, eu estava livre para fazer qualquer coisa. Como eu já estava começando a ficar tonta de tanto rodar, eu parei, e sentei em um toco de madeira que se encontrava em frente às cinco cabanas no qual ficava embaixo de uma árvore gigante. Fiquei sentada, e quando eu menos esperava uma borboleta vermelha com detalhes brancos, pousou em minha mão, ela era linda, seu voo era como se ela comandasse o vento majestosamente a seu favor. Até que eu escutei a voz de Adella gritando.

  -Antonella, Sebastian, venham ver. Não sejam lerdos.

 E no mesmo momento, Antonella e Sebastian saíram de suas devidas cabanas e me olharam, seus olhares estavam espantados até que Antonella disse.

  -Selene, você sabe o que esta borboleta significa?

  -Não. -Eu disse calmamente para não assustar a borboleta.

  -Sua espécie é uma das mais raras que existem, em todo o mundo, só existem dezesseis destas, e elas significam que no futuro você terá de ter muita cautela, porque vão ter muitos perigos lhe rondando. -Antonella explicou.

  -Sério? Adianta alguma coisa eu espantar ela agora? -Perguntei preocupada, ainda com a borboleta pousada em minhas mãos.

  -Não, após ela ter pousado, não há como retirar o que ela depositou em você. -Adella respondeu.

  -Precisará de alguém para te vigiar. -Uma voz forte disse surgindo da floresta que rondava o acampamento.

  -Wrath, por onde andou esta noite? -Antonella perguntou preocupada.

  -Eu estava caçando algo para nós comermos esta manhã. Ou você se esqueceu que estamos sem comida...? -O homem saiu da escuridão da floresta e apareceu no vão da floresta onde se obtinha a luz do Sol. Ele era branco, dos olhos escuros, seu cabelo longo e loiro refletia a luz do Sol, ele era forte, e magro, usava trajes comuns, e possuía um arco pendurado em seus ombros, e uma espécie de mochila cheia de flechas.

  -Mas esta caça durou muito tempo não? -Adella disse desconfiada.

  -Veja o resultado, vocês mesmos. -O homem jogou um saco de cor bege que pareceu pesado quando caiu no chão. E segundos depois, ele olhou para mim, bem nos meus olhos, e eu voltei a olhar rapidamente para a borboleta que ainda estava em minhas mãos.

 Adella abriu o saco, e disse.

  -Seu monstro. -E saiu. Eu não entendi nada, e voltei a olhar os detalhes da borboleta.

 Antonella foi conferir o que havia naquele saco. E disse.

  -Wrath, você sabe que a Adella odeia quando você traz felinos como comida.

  -Mas então ela gosta de que? -O tal homem chamado Wrath disse indignado.

  -Insetos, e peixes. E você esta cansado de saber que ela ama os felinos, e insiste em trazer uma onça como comida. -E nesta hora eu fiquei assustada. Como assim comer uma onça?! Meu pai contava que era um felino gigante e maravilhoso. Até que eu chamei Sebastian.

  -Sebastian, tem como você vir até aqui?

  -Claro. -Ele respondeu caminhando até sentar-se ao meu lado. -Algo de errado? Ele disse apreciando a borboleta que ainda se encontrava em minhas mãos.

  -Olha, tudo bem que sou do mar, e nunca estive pela terra, mas meu pai contava que as onças são felinos maravilhosos, e eu acho que eu não deveria comê-la, então, chegando ao ponto, eu preciso buscar outra coisa para comer, e como essa borboleta surgiu agora, eu estava pensando que você poderia ir comigo caso alguma coisa acontecesse comigo... -Eu disse sugerindo.

  -Deixa eu entender então, você quer que eu seja seu protetor enquanto não dominou seus poderes? -Perguntou olhando, agora, para mim.

  -Só se você quiser... -Eu disse o olhando.

  -Já que insiste... -Ele disse rindo.

  -Mas eu não insisti. -Eu retribui o riso.

  -Insistiu sim e ponto... E então, aonde quer ir? -Ele perguntou.

  -Em algum lugar que tenha peixes e água.

  -Vamos então? -Sebastian levantou estendendo a mão para me ajudar a levantar. E finalmente, a borboleta voou para longe do acampamento. Peguei as mãos de Sebastian e tomei impulso para ele me levantar, acho que ele estava esperando algo mais pesado, que fez muita força e eu quase cai em cima dele no chão, mas conseguimos nos equilibrar. Fomos andando até a saída do acampamento até que Antonella perguntou.

  -Aonde estão indo?

  -Estamos indo até um riacho com peixes perto daqui, e Sebastian vai me mostrar o caminho. -Respondi. -E se não for pedir demais, por favor, não comam a pobre onça, vou fazer o café da manha de vocês, hoje.

  -Vamos Selene? -Sebastian me chamou.

  -Já voltamos. -Avisei.

 Após andarmos um pouco, já na floresta fechada, Sebastian parou e disse.

  -O lago fica bem longe daqui, e, acredite, é o mais perto daqui. Então eu sugiro que pegue uma carona em minhas costas...

  -Você não está falando sério, está? -Eu disse rindo, pensando que era apenas uma brincadeira.

  -Sim, estou... Esqueceu que eu sou um lobo gigante?

  -Eu havia me esquecido disso...

 Neste momento ele se afastou de mim e disse.

  -Não se assuste.

 Ele, como sempre, estava sem camisa. Se afastou mais e mais e parou, respirou fundo, e começou a correr muito rápido, estava se aproximando e de repente, ele deu um pulo e, ainda no ar, se transformou em um lobo gigante, preto, eu ainda não estava acreditando no que eu estava vendo. Ele parou em minha frente, e eu o olhei meio confusa, deu para perceber que ele não falava, e pelo o que ele gesticulava com sua cabeça era para eu subir em suas costas, e eu disse que eu não dava altura, então, ele deitou no chão, e assim, eu consegui subir em cima dele. E eu disse.

  -Sebastian, é a primeira vez que eu subo em um lobo, então vai devagar. -Eu disse segurando seus pelos do seu pescoço e ele se levantou.

 Me preparei para seu primeiro passo, mas percebi que tinha me preparado errado, ele começou a correr muito rápido, então, sem pensar duas vezes, agarrei seu pescoço com minhas duas mãos de um jeito que não tinha como eu cair. Eu não conseguia ver nada, apenas vultos a meu lado, e sentia o vento bater em minha cara, e aquilo estava incomodando, ainda abraçada a ele, abaixei minha cabeça entre seus pelos e esperei até chegarmos ao riacho.

 Sentindo que Sebastian estava diminuindo a velocidade eu levantei minha cabeça, mas não soltando de seu pescoço. O lugar que ele me levou era lindo, se encontrava em um vão como a do acampamento, havia muita água, e tinha uma montanha que caia muita água, era tão maravilhoso. O riacho não era fundo, o que facilitava a pesca, e a água era clara, e limpa. Eu já estava sentido falta dos meus poderes. Sebastian já havia parado de andar fazia alguns minutos, só que eu estava presa nele ainda, admirando aquela paisagem perfeita, até que percebi que ele estava tentando me avisar que já tínhamos chegado, e notando isso, eu desci dele.

 Enquanto eu admirava a montanha que caia água, ele retornou a forma humana e disse.

  -Este é um dos meus lugares favoritos. -Ele disse chegando ao meu lado.

  -Realmente, este é um dos lugares mais lindos que eu já vi. Principalmente com esta montanha caindo água.

  -Esta montanha caindo água, se chama cachoeira. -Ele me disse rindo e olhando para mim.

  -Essa cachoeira é linda. -Eu disse sorrindo e olhando para ele. E logo fui correndo para a beira da água e escutei Sebastian sussurrar algo, mas não pude ter certeza do que eu havia escutado.

  -Linda como você... -Foi o que eu havia entendido ele sussurrar. E então, para confirmar se eu havia escutado certo, eu disse.

  -Falou alguma coisa? -Olhei em seus olhos.

  -Não, não falei nada. -Ele disse tentando disfarçar. Tudo o que indicava era que ele realmente havia dito aquilo. Mas não me importei, apenas me virei para a cachoeira, respirei fundo, fechei meus olhos, e pisei na água. Aquela sensação foi inexplicável, embora tinha se passado um dia de que eu abandonei o mar, eu estava com muita saudade da água. Um leve arrepio tomou conta do meu corpo, e eu comecei a sorrir. Me abaixei, e fiz de minhas mãos um tipo de concha para pegar uma pequena quantidade de água, pegando, eu levei-a até meu rosto, e a despejei. Aquela sensação era incrível, era tão bom sentir o toque da água em meu rosto, era como se eu me sentisse renovada.

  -Isso é tão bom... –Eu disse ainda sorrindo, com meus olhos fechados. –Mas não vou demorar, todos devem estar mortos de fome. Sebastian, tem como você arranjar um espécie de cesta para por os peixes? –Eu disse com meus olhos já abertos, analisando os peixes.

  -Eu até arranjaria, mas estamos no meio de uma floresta, não tem como encontrar cestas por aqui... –Ele respondeu.

  -Então eu me viro para carregá-los. –Eu disse. –Vou começar a atraí-los, e preciso de sua ajuda.

  -O que eu tenho que fazer? –Perguntou chegando ao meu lado.

  -Um dos meus poderes normais, eu canto e atraio qualquer ser que estiver próximo a mim. Este, não funciona com pessoas, mas eu possuo um que funciona... Então, enquanto eu estiver cantando, preciso que você entre na água e pegue os peixes que estarão hipnotizados com o canto. Acha que pode fazer isso? –Perguntei o olhando.

  -Espero que sim. –Ele disse.

 Sentei-me na beirada da pedra que estava no canto do lago, e comecei a cantar. Eu olhava para o lago de águas cristalinas, e olhava os peixes indo em minha direção, então notei que Sebastian estava me admirando enquanto eu cantava, fiz um sinal com a minha cabeça para ele ir pegar os peixes, e continuei cantando. Notando isso, ele foi entrando na água fazendo caretas, e disse.

  -Essa água está uma pedra de gelo. –Ele disse já com a água pela metade de seu corpo. Eu apenas ri, e continuei cantando.

 Sebastian pegou três peixes com a mão, e os abraçou para não escaparem, voltou para a areia que rodeava uma parte do lago, e os largou lá. Voltou novamente para a água, e pegou quatro, e fez a mesma coisa como fez da primeira vez. Feito isso, eu parei de cantar e disse.

  -Acho que já está bom. –Me levantei da pedra e agachei aonde se encontravam os peixes. Estavam quase morrendo, eu olhei para traz e achei um pedaço de madeira com uma ponta afiada, e achei melhor acabar com o sofrimento dos pobres peixes. Me levantei, peguei o pedaço, voltei até onde eu estava e finquei os peixes no espeto. E na hora em que eu os matava, seus olhos perdiam o brilho, aquilo não era confortável de se ver, mas nós estávamos famintos.

  -Fria como a água... –Ele disse zombando de mim.

  -Você que é todo cheio das frescuras e não aguenta água gelada... –Eu disse rindo.

  -Mas é sério, essa água está um gelo! –Sebastian disse tentando se defender, então eu propus a ele que voltaríamos no mesmo lugar, e eu entraria na água sem reclamar, e ele aceitou.

  -Agora vamos? Minha barriga está roncando.

  -Vamos.

 Sebastian se transformou em lobo de novo, tomando o mesmo impulso dado de antes, mas agora ele estava molhado, e querendo me irritar, ele se sacudiu perto de mim, o que voou muita água. Levei isso na brincadeira, e sorri. Ele deitou, eu peguei o pedaço de madeira com os sete peixes e subi, me ajeitei para não ocorrer dos peixes não caírem, e Sebastian começou a correr, apenas abaixei minha cabeça, e esperei que chegássemos.

 Sentindo que Sebastian estava diminuindo a velocidade, levantei minha cabeça, e já havíamos chegado. Antonella estava conversando com Adella em um canto, e Wrath estava sentado em uma pedra. Antonella percebeu que havíamos chegado e disse.

  -Achei que nunca iriam voltar... O que trouxeram? –Ela disse indo em direção a nós.

  -Peixe. –Respondi descendo das costas de Sebastian.

  -Demoraram isso tudo só para pegarem sete peixes? –Antonella indignou-se.

  -E ainda não terminou... –Eu disse. –Alguém pode acender a fogueira?

 Wrath, que estava sentando, apenas retirou uma flecha, pegou seu arco, respirou fundo, mirou bem onde estavam as madeiras para a fogueira, e soltou a flecha, sinceramente, eu não sei o que foi aquilo, mas acendeu a fogueira, eu o olhei e ele estava olhando para mim.

  -Obrigada... –Eu disse meio assustada com o que havia acontecido ali.

  -Nada...

 Sebastian veio com quatro pedaços finos de madeira, fincou dois de cada lado da fogueira, formando um “X” de cada lado. E eu coloquei o finco com os peixes apoiados nos dois pedaços. O meu objetivo era tentar fazer a comida que meu pai disse que era maravilhosa, que seria peixe grelhado. Era a primeira vez que eu estava fazendo então não garanti que ficaria bom. Depois de terem se passado alguns minutos, os peixes já estavam no ponto que meu pai havia dito. Esperei esfriar um pouco, e entreguei um peixe para Antonella, outro para Adella, outro para Sebastian, outro para Wrath, e fiquei com um para mim, e caso alguém quisesse repetir, haviam mais dois peixes.

  -Nossa! Selene! Onde aprendeu isso? Está divino! –Antonella disse depois de morder um pedaço.

  -Acho que encontramos nossa cozinheira... –Sebastian disse rindo.

  -Wrath, isso é melhor que a sua onça. –Adella disse.

  -Realmente, isso está muito bom. –Wrath disse.

 Meu peixe havia feito sucesso, todos brigavam por ele. Eu disse que faria mais para o almoço mas eles insistiam em brigar pelos últimos dois peixes. Acabou que eu comi metade de um, e Sebastian comeu a outra metade, Adella comeu a metade do outro peixe, dividindo com Wrath.

 Depois de comermos, Antonella me chamou em sua cabana.

  -Selene, vou lhe dar algumas roupas, por que está que você está usando já esta quase acabada.

  -Antonella, não precisava... –Eu disse.

  -Precisava sim, e com urgência. –Ela disse rindo, e eu retribui. –Olha, essas roupas eu comprei a bastante tempo, só para deixar de reserva mesmo caso alguém precisasse. Esse vestido é um dos meus favoritos, e agora ele é seu. –Antonella disse pegando um vestido vermelho com bolinhas brancas, tão lindo... –Agora, este foi feito pra você que meche com água e precisa de alguma roupa que possa molhar, é apenas um conjunto simples. –Ela me entregou o conjunto, possuía flores por ele todo, era lindo igualmente ao vestido. –Estes aqui serão seus pijamas. Uma camisola branca, um de calor, e o outro de frio. –Disse me entregando as três peças de roupas. –E por último, essas duas peças de roupa para o inverno, esquentam bem. –Ela disse me entregando as roupas.

  -Muito obrigada mesmo Antonella. –Eu agradeci, e com a montanha de roupas, já ia saindo, até que ela me chamou.

  -Selene! Já ia me esquecendo... Só para você não parecer vulgar, tome estas peças íntimas. Sempre use elas a não ser que você vá sair para nadar. Caso precise de ajuda com qualquer roupa, pode me chamar. –Antonella finalizou.

  -Ok. E, obrigada de novo. –Peguei as peças intimas e sai de sua cabana e fui para a minha.

 Joguei tudo ao lado do colchão, e fui correndo chamar Antonella para me ajudar. Ela chegou em minha cabana, e perguntou se eu precisava de ajuda.

  -Sim, preciso. Eu vou sair agora com Sebastian de volta para o lago que ele me levou, e eu preciso de ajuda com a roupa que é para mexer com água. Você pode me ajudar a coloca-la? –Perguntei.

  -Claro, mas você quer realmente sair com o Sebastian?

  -Sim! –Eu disse.

  -Tudo bem então... Mas antes, olhe bem para mim. –Eu fiz o que ela me mandou, e ela disse. –Ainda vai sair com Sebastian? –Estranhei ela perguntar aquilo, mas respondi.

  -Não. Quando eu iria sair com Sebastian?

  -Deixa isso para lá... Agora venha, deixa eu te ajudar a colocar a roupa que você estava querendo.

 Ela me ajudou a tirar minha roupa, me ensinou como colocava a parte de baixo, e a de cima, ajeitou meu cabelo e disse que depois me daria algumas dicas para eu ficar linda. Logo depois disso Antonella saiu de minha cabana, e eu sai também.

 Wrath me olhou de imediato, e eu olhei rapidamente para Antonella, e ela estava olhado fixamente para ele. E quando o olhei de volta, ele disse.

  -Hey, Selene, vem aqui.

 Eu fui, e quando cheguei em sua frente ele disse.

  -Você quer ir na lagoa que Sebastian te levou esta manhã?

 Neste momento, senti algo estranho, não era comum, seus olhos estavam mais atraentes, seu olhar mudou, eu estava realmente confusa, mas algo me dizia que eu estava gostando dele, mas não um gostar passageiro, e sim, para a vida toda. Então, eu sorri e disse.

  -Por que não...?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostou? Comente (:



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Hesthia, Ainda Há Esperança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.