Abri meus olhos lentamente e vi tudo branco. Será que era o céu? Não! Não podia ser! Prometi que iria ficar viva, mas acho que não consegui. Fechei novamente meus olhos.

- Helena. – Ouvi uma voz me chamando ao longe. Será meu pai? – Helena, acorde. – Não. Com toda certeza não era meu pai. Era uma voz mais jovem, parecia ser Itachi. – Helena, abra os olhos. – Agora a voz havia mudado, agora era um voz linda e melodiosa, era Obito. – Helena. – Agora era uma voz feminina, talvez seja Miya.

Eu continuei ouvindo chamarem meu nome, vozes femininas e masculinas, todas juntas e aumentando o tom. Minha cabeça já doía por conta do alto tom, até que consegui abrir novamente meus olhos, mas agora eu via um teto de madeira pintado de branco. Desci meus olhos e encontrei uma parede branca. Olhei mais para baixo e haviam aparelhos. Segui o caninho do soro até que o vi aplicado ao meu braço. Senti algo em minha mão direita. Olhei para minha mão e havia outra em cima da minha. Olhei mais para cima e vi mamãe. Ela sorriu para mim e disse:

- Finalmente acordou.

“Finalmente”? Será que fiquei tanto tempo assim dormindo?

- Fiquei quanto tempo dormindo? – Perguntei com a voz fraca.

- “Dormindo”? – Ela disse sarcástica. – Diria que você ficou em coma.

- O que aconteceu depois que desmaiei. – Perguntei, sentando na cama.

- Te trouxemos direto para cá. – Ela respondeu.

- E Itachi? – Perguntei, lembrando-me do jutsu, tomara que tenha dado certo.

- Quer que eu o chame? – Mamãe perguntou.

- Por favor. E chame Miya também. – Pedi sorrindo.

Mamãe saiu e eu esperei alguns minutos até que chegaram Itachi e Miya. Os dois foram até meu lado direito e ficaram, literalmente, sem ação.

- Então...- Incentiveio-os.

- Pois é,né? – Miya disse sem graça.

- Se resolveram? – Perguntei a coisa mais óbvia.

- Pois é. – Itachi disse sem graça. Droga, esses dois não haviam se resolvido.

- Itachi, você é o homem da relação. – Eu disse firme. – Agora, você vai se ajoelhar ai mesmo e vai pedi-la em namoro. – Ordenei.

- O que? – Ele perguntou como se não entendesse nada.

- Agora! Se não me levanto dessa cama e te mato. Eu só te ressuscitei por causa de Sasuke e da Miya. Miya foi minha prioridade, então vai logo! – Ordenei praticamente gritando. Ele deu um pulo e, com medo, ajoelhou-se de frente para Miya. – Espera! – Eu disse antes que ele começasse. Miya me olhou com um olhar meio estranho. – Chame todos. Quero que vejam essa cena linda. – Eu disse emocionada. Miya ficou parada, então gritei: - Agora! – E ela foi correndo para fora da sala.

Olhei para Itachi, que ainda estava ajoelhado no chão.

- Se machucar ela, eu não vou te matar, mas vou te castrar. Está avisado. – Eu disse raivosa.

- Está de TPM. – Ele sussurrou, mas eu consegui ouvir.

- Não, não estou de TPM. Eu só estou te mostrando o que você vai enfrentar se machucar minha prima. Entendeu? – Eu quase gritei. Itachi apenas assentiu. – Oh, você fica tão fofo com essa carinha assustada. – Eu exclamei amavelmente. É, acho que estou de TPM.

- Obrigado por ter me ressuscitado. – Itachi disse e eu sorri para ele.

Depois de algum tempo, todos chegaram e se amontoaram naquele quartinho. Eu vi todos, menos Obito, que era o que eu mais queria que estivesse ali, até Sasuke estava ali.

- Miya, quer namorar comigo? – Itachi perguntou segurando a mão de Miya. Quando Miya iria responder eu cortei:

- Só isso?! Eu quero discurso! – Gritei. Itachi apenas suspirou e começou:

- Miya, pode parecer que, quando nos conhecemos, eu salvei você, mas foi o contrário, você me salvou. Me salvou daquela vida dupla que eu tinha e me mostrou outro caminha, um caminho junto de você. Nos tornamos amigos e depois namorados, e eu lhe pediria em casamento alguns dias antes de protege-la, mas aconteceu tudo aquilo. – Itachi suspirou novamente e continuou. – Helena me obrigou a te pedir em namoro, mas acho que já passamos dessa fase, então, mesmo não tendo o anel agora, quero fazer o pedido que eu iria fazer há alguns anos. Mas antes, quero que saiba que te amo muito, te amo mais do que qualquer coisa nesse mundo, ou em qualquer mundo, ou no universo inteiro. Eu queria saber se você gostaria de viver sua vida inteira ao meu lado, me fazer o homem mais feliz do mundo, ter uma família comigo, envelhecer ao meu lado... Enfim, acho que só preciso de uma pergunta: Quer se casar comigo?

- Own. – Todas as mulheres falaram quase chorando.

- Quero. – Miya respondeu Itachi. Itach rapidamente se levantou e a beijo, deu aquele beijo de tirar o fôlego.

- Agora só faltam: Sakura e Sasuke, Naruto e Hinata, Neji e Tentei, Rin e Kakashi e Shikamaru e Temari, e mais alguns casais, mas esses são os principais. – Eu disse em voz alta. Vi Hinata ficar corada e Naruto dar um sorriso bem grande, Sakura saiu correndo, Tentei se escondeu em algum canto e Ino gritou:

- E eu?

- Você ficaria com o Gaara, mas ele morreu. – Eu disse tranquilamente.

- Na verdade, Chiyo-baa-sama salvou ele. – Naruto disse.

- Quem?

- Ah, uma velha. – Disse Ino. – Primeiro não me interesso mais pelo Gaara, estou interessada em outro. – Ela sorriu olhando para um branquelo meio gay. – Segundo, está faltando outro casal muito importante, e é para todos ouvirem! Helena e Obito! – Ela gritou. Eu apenas virei minha cabeça e observei Konoha da janela do quarto. Olhei novamente para eles e disse:

- Posso falar a sós com Miya, Rin, e a mamãe?

Todos desejaram melhoras e saíram. Eu olhei para as três e perguntei:

- Vocês irão ficar em Konoha?

- Todas nós vamos, Helena. – Rin disse sorrindo, mas eu continuei séria.

- Eu não. – Eu disse.

- Por que não? – Miya perguntou.

- Eu só não quero ficar aqui. – Eu disse calmamente. – Onde estão minhas roupas?

- No banheiro. – Mamãe disse.

Fui até o banheiro e coloquei minhas roupas ninjas, já que estava com uma camisola de hospital e peguei minhas armas que estavam ali. Quando sai do banheiro, as três continuaram ali.

- Eu tenho que ir. Acho que isso é um “até logo”. – Eu disse.

- Até logo.- As três disseram ao mesmo tempo tristes.

Sai pela janela, já que sabia que estariam no corredor do hospital e seria mais difícil. Fui calmamente até chegar na metade da vila, quando começaram a me seguir. Pulei pelos telhados, mas não conseguia despista-los, afinal, eram ANBUs. Eles jogavam armas em minha direção para me parar, mas recebiam outras em troca. Quando cheguei à entrada da vila, haviam outros ANBUS. Queriam me cercar, conclui. Pulei pelos últimos telhados e quando iria passar pela entrada, me seguraram. Diria que eram umas três ou quatro pessoas. Até tentei me soltar, mas eram muitos para mim.

- Já deu, Helena. – Olhei para trás e vi Minato me segurando.

- O que está fazendo? – Provoquei.

- Não estou deixando você sair. – Ele disse.

- Por que? Sou fugitiva?

- No momento em que não aceitou as ordens de um ANBU para parar, é uma fugitiva. – Minato disse.

- E quem seria esse ANBU? – Perguntei.

- Eu. – Segui meus olhos em direção da voz. Obito. Então era ele que me pedia para parar.

Eles já tinham planejado tudo isso para me prenderam, assim ficaria na vila. Droga! Agora terei de ficar na vila e conviver com todos novamente.