Let Me Hold Your Hand... Just This Time? escrita por Mary Ann


Capítulo 5
Capítulo 5 - Give me Just one reason... Just one.


Notas iniciais do capítulo

AINDA NÃO FINALIZADO



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Nathaniel me guiou novamente para a sala de jantar, e dessa vez, enquanto- atravessava os enormes corredores, comecei a notar com atenção nos detalhes da casa. As pinturas nas paredes pareciam muito afrescos (e naquela altura, não duvidaria se fosse), onde haviam varias flores, tão belas quanto as que haviam na estufa do Sr. Michael, de diversos tamanhos e cores, sendo levadas por um vento que não existia, me deixando mais calma e tranquila. No teto, havia várias borboletas agrupadas, formando uma imagem que ainda não conseguia identificar. Parecia quase.... Um-

– Observando o ambiente? - Nathaniel me observava de maneira curiosa, e por alguma razão comecei a me sentir nervosa. Eu definitivamente não estava acostumada a receber tanta atenção. Aquilo me deixava feliz, e ao mesmo tempo... Incomodada.

– Hum... Estava apenas admirando a casa. É realmente magnífica.

– Ah, sim... Minha mãe se dedicou muito para encontrar as peças para decorar casa - eu sorri.

– Realmente, ela fez um ótimo trabalho. Em casa... - parei de falar. O fato de eu comentar minha vida pessoal com Nathaniel me incomodava. Ele era de outra classe social, e falar sobre a minha vida...Parecia errado.

– Em sua casa... - mas ele parecia bem interessado. Me virei para encara-lo por um segundo e me arrependi completamente. Seus olhos me fitavam de uma maneira... Hipnotizante. Olhei rapidamente para o chão.

– Em casa, a unica colaboração de minha mãe com a decoração foi um vaso de flores - ele riu alto. Sua risada ecoou pelos meus ouvidos, e meu peito se apertou. Realmente, aquela foi a unica fez que minha mãe decorou a casa. Ela acabara de receber um pequeno aumento, e para comemorar acabou comprando uma unica flor, em uma floricultura perto de casa. Quando ela chegou, coloquei a flor em um copo (rachado por causa de um pequeno incidente com uma abelha) e cuidei dela para ela não murchar tão rápido. Ela era tão bonita que acabei tirando uma foto e a coloquei em meu quarto. Sempre que a observava, me sentia feliz e mais viva, e os problemas que tinha em mente parecia desaparecer por um curto período de tempo. Agora, toda vez que olhasse a pequena foto em cima de minha cama, iria lembrar o quanto sua beleza era insignificante comparada as flores da estufa, o que me deixava realmente triste.

– Mas... Você gosta de flores, certo? - flores.... Queria poder comprar flores com mais frequência. Ao ver minha reação ele corou, e olhou para o lado. - Ou, bem... Parecia... Quero dizer, pela sua expressão na estufa, dava para perceber que você realmente ama flores.

I... Like flowers? Oh, I didn't realize that.

– Bem, não temos condições de ficar comprando flores toda hora. Ou são as flores, ou são as contas do mês - eu sorri, enquanto ele abria e fechava a boca, tentando encontrar alguma coisa para dizer. Depois desse meu comentário, Nathaniel se calou, e me me levou até a sala de jantar, pouco antes de seu pai e minha mãe chegarem, rindo feito duas crianças. Tive a leve impressão de que minha mãe estava um pouco 'alterada'. Ela andou até mim, cambaleando um pouco, e se agarrou em meu braço. Ela quase me levou ao chão.

– Alison, está ficando um pouco tarde, acho que deveríamos ir para casa. Você tem escola amanhã, certo? - apenas sorri. Explicar que amanhã seria domingo para minha mãe nesse estado só iria causar complicações. Me virei para o Sr.Michael, lançando o melhor sorriso que consegui.

– Por favor, senhor, peço desculpas por minha mãe. Ela é bem fraca com bebidas... Na verdade-

– Sem mais palavras - o Sr. Michael ergueu a mão, e então sorriu divertidamente - Posso lhe assegurar de que tenho culpa disso. Talvez seja mais sensato eu chamar um de meus motoristas para levar você e sua mãe de volta para sua casa.

– Seria muita gentileza sua, Sr. Michael! Muito obrigada - disse, sorrindo.

– Er... Alison? - me virei para ver Nathaniel me olhando - Amanhã eu poderia levar o seu carro. Eu também bebi um pouco, então não seria adequado eu-

– Ah, sim. Claro! Obrigada - olhei para baixo, sentindo minha orelha arder. Que vergonha....

– Mas é claro! É o mínimo que poderíamos fazer. Nate, por que não as acompanha hoje? - Nathaniel olhou para mim, depois para seu pai. E então, seu olhar repousou em mim de novo, mas dessa vez ele sorria.

– Claro. Seria um prazer - ele se virou para o homem ao seu lado, sussurrando algo em seus ouvidos. O homem apenas acenou, e atravessou a sala, partindo para os corredores.

– Bem, senhorita Alison, espero que meu filho a tenha tratado como um cavalheiro? - tentei rir, mas o som que saiu foi mais como uma pessoa engasgando. Nathaniel não teve esse problema.

– Não se preocupe Alison, meu pai gosta de brincar as pessoas - sorri sem graça.

– A Nathaniel, com esse rosto lindo, você pode tratar minha filha do jeito que você quiser! Desde que assuma a responsabilidade depois... - meus olhos se arregalaram enquanto olhava atônita para minha mãe, que ria ao meu lado (ou melhor, ria enquanto se segurava em meu braço para não cair no chão).

– M-mãe!!! - olhei para Nathaniel, que olhava para o lado. Ele estava corando...?

– Ah, Clare! - o Sr. Michael, diferente de mim e Nathaniel, enxugava uma das lagrimas que escorria pelo seu rosto, enquanto lutava para parar de rir - A senhora realmente sabe como divertir as pessoas!! - Deus, onde estaria o motorista para nos levar para casa?!

...................

Minha mãe repousava a cabeça em meu colo, enquanto eu afagava sua cabeça. Ela realmente parecia um anjo dormindo.... Mas apenas dormindo.

Cara, você devia estar realmente cansada.... Fico feliz que tenha, ao menos, se divertido.

Olhei de relance para Nathaniel, que alternava seu olhar da janela para mim. Por que eu me sentia estranha quando ele fazia isso? Desviei o olhar, olhando para o chão. Com o dinheiro que eles tinham, estava surpresa em não estar andando em uma limousine, e sim em um Rolls Royce Phantom. Ficava imaginando se o carro custava tão caro quanto a casa...

– Sua mãe é realmente interessante - olhei para cima de novo. Aqueles olhos me fitavam.

– Er... Desculpe. Sobre tudo o que aconteceu... Ela na verdade não costuma a beber muito, mas-

– Não precisa se desculpar! Nossa casa é tão monótona ás vezes, que realmente precisamos de algo para quebrar o gelo. Fiquei extremamente feliz de ter tido sua companhia hoje, e digo que você está estritamente convidada a nos visitar novamente - ele sorriu, e novamente um arrepio percorreu minha espinha.

– Claro! Será um prazer.

– Mm.... Hum.... Al... Alison, o café... Vai, esfriar.... - minha mãe murmurava em seus sonhos. Ri com a imagem dela me perguntando o que tinha acontecido na noite anterior quando acordasse.

– Sua mãe realmente se importa com você. Ela deve ser uma excelente mãe - Nathaniel olhava para nós duas com um olhar sereno e doce. Essa foi a primeira vez que vi essa expressão nele, e a primeira vez que não me senti tão desconfortável.

– Sim... - sorri, olhando para minha mãe adormecida, me certificando de que ela ainda não havia babado em cima de mim - Ela é a melhor - apesar das brincadeiras, e de alguns momentos, estava totalmente ciente do trabalho que minha mãe tinha por minha causa. Ela realmente se esforçava no trabalho todos os dias para trazer a comida no dia seguinte, e me manter na escola. E ela sempre se esforçava para me trazer alguma coisa em meu aniversário, nem que fosse algo dela. A última vez que a vi comprar algo para si mesma, foi quando eu tinha oito anos. Foi um colar de ouro com pingente, que abria para se colocar alguma foto dentro, que ela comprou com 50% de desconto e vezes no cartão. Ela nunca o tirava do pescoço.

– Alison.... Você, gostaria de-

– Senhor, acabamos de chegar ao endereço informado - Olhei pela janela. Observei uma pequena casa, simples, pintada de branco, com um portão velho e enferrujado, mas que não parecia olhando de longe, e algumas telhas quebradas. Lar doce lar.

– Bem, foi realmente um prazer lhe conhecer - me inclinei perto do motorista, que olhava fixamente para frente - E muito obrigada também, senhor, pela carona - ele olhou de relance para mim, e abriu um meio-sorriso. Tentei acordar minha mãe, por que de jeito nenhum conseguiria carrega-lá até o sofá, quando alguma força a ergueu, me livrando de seu peso.

– Não se preocupe, Alison. Eu a carrego até seu quarto - Nathaniel já estava a três paços do portão quando corri em sua direção.

– Não! Não precisa! Vocês já fizeram demais, eu-

– Pare - ele me interrompeu - Por acaso seria você consegue carregar sua mãe? - ouch. Hit the bullseye.

– N-não, mas...

– Sem 'mas'. Agora, por favor, abra a porta para que eu possa entrar - sem conseguir argumentar, guiei Nathaniel até o quarto de minha mãe. Eu insisti que a deixasse no sofá, mas ele simplesmente não ouviu. Ele quase não passou pelo estreito corredor, mas finalmente a colocou na cama, cobrindo a com a mesma manta que eu geralmente usava. Depois de fechar a porta de seu quarto, Nathaniel voltou para fora, se despedindo enquanto me ajudava a fechar o portão.

– Lamento que você teve que ter todo esse trabalho.... Eu realmente sinto muito. Mas, obrigada por tudo Nathaniel.

– Não se preocupe com isso... Se preocupe em deixar a agenda livre. Nunca se sabe quando posso ligar dizendo para você vir em casa. E por favor me chame de Nate– Nathaniel sorriu e então voltou para o carro. Fiquei observando os faróis do carro virarem a esquina, foi quando percebi que Nathaniel tinha acabado de ver o interior da minha casa.

Para minha incrível surpresa, tive novamente um sonho estranho. Havia dois caminhos longos e cansativos, que iriam me levar para um barco. O barco era pequeno e velho, e estava encalhado na areia. Eu tinha que me apressar pois havia uma tempestade vindo. Um dos caminhos estava cheio de flores, pássaros e borboletas desconhecidos e extremamente lindos. Era bem cuidado e feito de pedras que pareciam capturar toda a luz do ambiente. Já o outro era simples, feito de terra e com algumas flores espalhadas, nada de especial. Mas bem no meio dele, havia uma enorme flor se erguendo do chão, a mesma que estava em meu quadro, porém mais bela e perfumada, que parecia me atrair e me chamar para dentro. Ao mesmo tempo que me sentia tentada a ir ao encontro da flor, meus pés não queriam se mover. Estava com medo de atravessar, um instinto me dizia para não seguir por aquele caminho. Aos poucos, nuvens cobriram o céu, e o caminho de pedras brilhantes foi perdendo vida, até não restar nada além de escuridão. Quando senti as primeiras gotas de chuva em minha pele, me virei e corri em direção á uma caverna e me encolhi dentro dela. Era tão fria e escura, mas aquele mesmo ambiente junto com o som da chuva me acalmava. Mas nem mesmo o som da chuva ou a escuridão da caverna me impediam de ver aquele par de olhos me observando... Me analisando, apenas incitando a escolheu um caminho.

.........

Por alguma razão, não tinha dormir muito bem. Ainda via aquele par de olhos me assombrando toda vez que fechava os olhos. Já estava na segunda aula, e mal conseguia ouvir o professor falando. Rabiscava no caderno, enquanto cantarolava baixinho, tentando me manter acordada.

So..... Sleepy......

Senti meu lápis deslizar de minha mão, e minha cabeça tombar um pouco para frente... Estava quase dormindo, quando senti alguma coisa dura bater em minha cabeça. Olhei para o lado, e encontrei um Shane nervoso ao meu lado.

– Se você vai dormir na sala de aula, faça direito, e não com a cara quase enfiada no livro! - ainda processando as palavras que tinha acabado de ouvir, olhei para o chão, onde havia uma borracha caída a poucos centímetros de mim. Olhei novamente para Shane.

– Você me acertou com a borracha na cabeça? - foi uma pergunta inocente. Minha mente ainda processava o que estava acontecendo e a única coisa de que tinha certeza é de que queria minha cama para dormir até os fins dos tempos.

– Só não joguei um livro para não chamar atenção - me abaixei para pegar a borracha, quando Shane se curvou também e sussurrou em meu ouvido - Da próxima vez, tente não virar a noite inteira fazendo coisas indevidas com o namorado - minhas bochechas queimaram. Me levantei bruscamente, gaguejando enquanto procurava as palavras certas.

– O QUE? Nã-não é nada disso! Eu-

– Hum... Senhorita? - me virei, encontrando o professor segurando um giz com uma expressão divertida no rosto, enquanto o resto da classe segurava risinhos - Gostaria de compartilhar algo conosco? - o olhar de todos estava sobre mim. Olhei de relance para Shane, que sorria maliciosamente. Maldito...

– Não... Eu... Só gostaria de perguntar se... Se eu posso lavar o rosto? - o professor acenou, gesticulando que eu saísse, e apressei os passos quando ouvi alguns sussurros na classe.

Shane... Seu grande IDIOTA! Go bald! You big... Perverted jerk!

Depois do que pareceu uma eternidade, o sinal do intervalo tocou. Estava prestes a sair quando senti uma mão em meu ombro, me puxando de novo para a sala.

– A onde você pensa que vai? - aquela voz fez meu sangue ferver.

– O que você quer, Shane? - me virei para olhar diretamente nos olhos, e imaginei a expressão que estava fazendo, por que ele me olhou com um sorriso divertido. Droga, por que ele tinha que ser tão lindo?

– Espero que você ainda não esteja brava com o que aconteceu antes... Foi apenas uma brincadeira, a culpa foi sua por ter ficado irritada a toa - a toa?? Dane-se o rosto lindo, eu queria ele morto.

– O que diabos você quer, Shane? - falei entredentes.

– Bem, espero que você não tenha se esquecido do favor que eu te fiz semana passada - franzi as sobrancelhas.

– Se é sobre o dinheiro do lanche, eu já te devolvi.

– Eu tive a gentileza de lhe dar um pedaço do meu lanche, e você arrogantemente recusou - ele me olhou com uma expressão triste.

– Eu nunca te pedi nada! - explodi. Ele levou a mão ao peito parecendo ofendido.

– Nossa... Em pensar que aquele era meu sanduíche predileto... - revirei os olhos, me virando para sair, quando Shane agarrou meu braço - Relaxa, estressadinha. Só queria que você comprasse para mim alguma coisa na cantina - senti ele colocar alguma coisa em minha mãe, e então me soltei de seu aperto. Quando estava no meio da porta, ouvi a voz de Shane atravessar a classe - É bom pegar alguma coisa boa!

Idiota....

Antes que eu pudesse voltar para a sala de aula, Shane estava me esperando no mesmo banco que havíamos sentado na ultima vez. Eu fiquei feliz com a lembrança. Me juntei a ele, lhe entregando o lanche e o seu troco. Ele pegou o lanche. Apenas o lanche.

– Hey, o seu troco - acenei com o dinheiro em seu rosto, enquanto ele dava uma mordida.

Çê oid fic– ele disse com a boca cheia. Por que ele estava muito fofo desse jeito?

– Desculpe, se você for falar talvez fosse melhor terminar de comer antes - ele revirou os olhos, terminando de mastigar.

– Hum... Eu disse que você pode ficar com o troco. Não preciso dele, e você tinha me dado dinheiro a mais da ultima vez. Então, pode ficar com ele.

– Mas eu... Eu não quero seu troco. Não quero ficar devendo nada para você. Por favor, fique com-

Ele colocou um dedo em meus lábios, fazendo meu rosto ficar completamente vermelho. Ele se aproximou um pouco, ficando alguns centímetros de meu rosto. Meu coração disparou.

– Você fala demais - Shane sussurrou, e um arrepio passou pelos meus braços. Engoli em seco - Se você não ficar quieta, vou ter que fazer você calar a boca, só que você provavelmente não vai gostar de como eu farei isso - meu rosto queimava enquanto eu encarava aqueles olhos azuis e me controlava para não gritar. Meu coração parecia que iria explodir, ou simplesmente se desintegrar, se é que ainda havia um coração batendo depois daquilo. Quando percebi que seu dedo ainda estava em meu lábio, me afastei o máximo que pude, e acabei caindo do banco. Shane explodiu em gargalhadas, e quase engasgou, enquanto eu estava parada no chão paralisada - Meu deus Alison!

Oh gosh, oh gosh... I want to die. I want to die. I want to die. So freaking embarrasing! O Shane me viu caindo, ele me viu caindo do banco. Meu deus, eu vou morrer....

Enquanto amaldiçoava a mim mesma, Shane pegou minha mão e me ajudou a levantar. Ele ajudou a arrumar minha camisa, e então olhou para a minha mão.

– É, como pensei, você se machucou. Espere um pouco - eu olhei para minha mão, e então percebi que havia um pequeno ferimento, e que o sangue estava começando a escorrer. Observei Shane remexer nos bolsos, procurando alguma coisa. Eu ainda estava em choque por tudo que tinha acontecido. Meu lanche estava esparramado no chão, eu não havia comido nem a da metade e não tinha dinheiro para comprar outro. Ah. E o Shane tinha visto eu cair do banco. Acordei do pequeno transe quando senti a mão de Shane tocar a minha. Como sempre, sua pele era quente e macia. Por um segundo tive a ligeira impressão de que ele acariciou minha mão antes de colocar um curativo no machucado - Pronto. Tem certeza que foi apenas a sua mão? Você parece ter levado um tombo feio - ele segurou a risada, e sua expressão mudou quando ele viu minha expressão - O que foi? Algum problema? - droga, droga, droga... As lágrimas começarem sem aviso nenhum, e eu não fazia a miníma ideia do por que estava chorando.

– Não... Eu... É... Desculpa! - eu sai correndo, indo para qualquer lugar que não fosse aquele. Por quê? Por quê, por quê? Eu não conseguia parar de chorar, e por quê Shane estava fazendo tudo aquilo? E agora eu estava humilhada, e machucada... E não conseguia encara-lo agora. Não no meu atual estado. Em vez de subir para a classe, achei um canto embaixo da escada. Por sorte, não havia ninguém. Me encolhi, sentindo minha mão latejar. Mas já não sabia se era por causa do corte, ou por causa do toque de Shane.

Eu não queria ter fugido... Eu queria ter... Queria poder...

De preferência, não ter caído, não ter chorado feito uma perdedora, e não ter sido uma covarde e corrido como uma criancinha. Ridículo.... Você é ridícula.

Eu sei... Eu sei...

O sinal tocou, mas continuei sentada em meu lugar. Como voltaria para a classe? O Shane estaria do meu lado, e estaria furioso. Ele provavelmente iria apenas rir da minha cara e... Raios, eu parecia realmente uma perdedora! Estava quase considerando a possibilidade de ficar embaixo da escada até acabar as aulas, quando senti algo quente se encostar em mim. Levantei a cabeça e olhei para o lado. Meu coração parou por alguns segundos. Shane tinha se acomodado e encolhido as pernas para caber naquele espaço realmente apertado. Ele olhou de relance para mim, e então voltou a olhar para frente.

– Er... Desculpe. Eu não queria ter feito você chorar. Desculpe por ter feito você cair do banco também... Foi minha culpa - não sabia se aquilo estava mesmo acontecendo, ou se era apenas uma alucinação, ou um pensamento que eu estava tendo - E, bem... Aqui - ele me entregou outro lanche, enquanto olhava para mim de tempos em tempos para ver se eu falava alguma coisa. Mas não conseguia, estava tão... Feliz pelo o que estava acontecendo, e nem ao menos sabia dizer o por que.

– Você.... Comprou outro lanche para mim? - por ele ter desviado o olhar rapidamente não pude dizer com certeza, mas tive a impressão de o ver corando.

– Bem, o seu lanche tinha caído certo? Você deveria estar com fome... Não fique cheia de si. Eu... Eu fiz isso apenas por pena - ele tentou se levantar, mas bateu a cabeça no topo da escada. Eu comecei a rir - Hey, pare de rir. Não se esqueça que há alguns momentos atrás, era você que estava no chão - e então nós dois começamos a rir. Me senti mais leve, e as lágrimas pararam.

– Obrigada - sussurrei.

– O que?

– É... Obrigada, Shane. E... Eu sinto muito por tudo... Não foi sua culpa. Eu devia ser mais cuidadosa. E você não precisava comprar outro lanche para mim... Depois eu devolvo o dinheiro. Ah, na verdade, eu tenho o seu troco aqui! Espere só um-

– Alison - o jeito como ele disse meu nome fez meu coração palpitar. Olhei para ele, que me encarava de um jeito... Doce. Ele se aproximou lentamente de mim, seu rosto ficando a centímetros do meu, e por um misero segundo, porém o mais feliz da minha vida, podia jurar que ele ia... - Se você não comer esse lanche agora, eu vou pegar de volta e vou comer diante dos seus olhos. Se não quer passar fome, sugiro que enfie isso na sua garganta por que eu não quero chegar atrasado na aula - fiquei vermelha por achar que ele ia me beijar, e fiquei mais envergonhado com o fato de que esperava por isso. Comi o lanche o mais rápido que pude, e quando Shane e eu nos levantamos para subir a escada, ele parou e me olhou por alguns segundos.

– O que foi? - disse meia nervosa. Por quê ele estava me olhando...? Ele se aproximou e passou o dedo em um restinho de maionese que ficou em meu lábio. E então ele lambeu. Arregalei os olhos e senti minhas orelhas arderem - Não se pode desperdiçar. Vamos, estamos atrasados - ele subiu na minha frente, enquanto ainda processava o que tinha acabado de acontecer. Quando o ouvi me chamar, pedindo que eu me apressasse, foi que comecei a subir as escadas.

Shane....... Seu idiota.

Tradução:

I... Like flowers? Oh, I didn't realize that. (Eu... Gosto de flores? Oh, não tinha percebido isso)

Hit the bullseye. (acertou em cheio)

So..... Sleepy...... (Tanto..... Sono)

Go bold! You big... Perverted jerk! (Fique careca! Seu grande.... Idiota Pervertido!)

Oh gosh, oh gosh... I want to die. I want to die. I want to die. So freaking embarrasing! (Oh deus, oh deus... Eu quero morrer. Eu quero morrer. Eu quero morrer. Tão constrangedor!)


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Notas finais do capítulo

Esse capitulo foi feito para voce, minha cara amiga Bia!!! Logo farei mais cenas com o Nate! Just for You!! ^^



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