– Que loucura! – Fui a primeira a abrir a boca desde que a gente voltou.

– Muita! – As duas concordaram.

– O que vamos fazer?

– Agora que a gente se comprometeu... – A Lily falou.

– Eu amei! A gente esta arriscando nossa vida! Até que enfim uma ação! – A Manu falou.

– Bom, vamos pesquisar um pouco nesse livro. – Falei apontando para o livro em cima da mesa.

– Está ficando um pouco tarde. É melhor voltarmos para casa.

– Tudo bem. Mais temos que levar esse livro para nossa casa.

– Qual casa?

– Para mim, tanto faz.

– Vocês podem ir para minha, ai a gente faz junta. – Falei.

– Tudo bem.

– Tá! Agora, eu vou ligar para o Flavio vir nós buscar.

– Estou precisando de um colo agora. – A Lily falou fazendo um biquinho. – Talvez o Flavio me ajude.

– EI! Não envolva meu irmão nisso! Ninguém pode saber, a não ser a gente! – Falei.

– Tá! Agora liga logo! - A Manu falou. Estou ficando com fome.

– Tá! – Comecei a discar então ele atendeu, eu pedi para ele vir. Não demorou muito ele estava na escola.

**

– Oi meninas!

– Oi. – Todas nos falamos, então ele deu um selinho na Lily, que corou.

Nós entramos em seu carro, eu me sentei atrás com a Manu, enquanto a Lily se sentou na frente.

Reparei que tínhamos chegado então nós saímos do carro e entramos em casa.

– Até que enfim! Vocês estavam demorando! Estão com fome? - Meu pai falou.

– Sim! – A Manu falou.

– Então vou preparar a janta.

– Ok. Vamos meninas.

– Tá.

Nós fomos para o meu quarto. Sentei de pernas cruzadas em minha cama, as duas fizeram o mesmo. Coloquei o livro na cama.

– Vamos investigar. - a Manu falou animada.

– Tudo bem. – Abri o livro, lá continham fotos de lindas criaturas com legendas.

– Olha! Um Fauno! – a Lily falou apontando para uma imagem, que tinha uma descrição: Fauno: deus romano dos rebanhos e dos pastores, de natureza selvagem e inquietante, cujo culto localizava-se sobretudo no Palatino, em Roma. Identificava-se com Pã.

– Olha aquele – A Manu falou apontando para o Unicórnio. – Unicórnio: animal mitológico representado com um corpo de cavalo, um chifre na testa. – Ela leu a legenda da foto.

Eu virei a folha e me deparei com uma foto do Hanzel.

– Vampiro? – Murmurei baixinho.

– O que?

– O HANZEL É UM VAMPIRO?!

– O que? Quem é hanzel? Dá para você explicar?

– Hanzel é o homem que me perguntou se eu estaria desposta a me comprometer com as criaturas daquele mundo!

– Ah!

– E agora eu descubro que ele é um vampiro!

– Morto, que chupa sangue dos vivos, levando a vitalidade das vitimas. – Eu li a legenda da foto.

– Que medo! – A Lily falou.

– Muito! – A Manu falou.

– Ele é muito lindo, mas eu não quero mais ver ele. Eu tenho medo de vampiros.

– Desde quando?

– Desde agora, que eu sei que eles existem.

Ouvimos o barulho da porta de meu quarto ser aberta.

– A janta esta pronta. – Meu Pai falou.

– Tudo bem, nós já vamos.

Descemos a escada e fomos para a cozinha.

– Pai, a Manu e a Lily podem dormir aqui? – falei me sentando na cadeira.

– Claro! Se as mães delas deixarem.

– Tudo bem, depois elas ligam.

Quando nós acabamos de comer elas ligaram para suas mães, que as deixaram dormir na minha casa.

Nós subimos para o meu quarto e continuamos a remexer o livro.

– Olha esse conto gente. – A Lily falou. – É sobre aquelas bruxas.