Várias Fics escrita por likeadragomir


Capítulo 3
Fic Caçadores de Vampiros - Parte três


Notas iniciais do capítulo

Um capítulo hoje! o/



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Os dias se passaram. As batalhas se intensificavam. Lou, Lissa, Rose e eu saíamos das batalhas com muitos hematomas. E, sem contar que antes de dormir e durante as minhas vigias, eu chorava baixinho. Gaspard transformado e Andrew sumido. Já se passavam dois meses e meio que ele se foi, e eu me atormentava, pensando , e se ele estivesse morto? E se ele também tivesse sido transformado? E o pior é que Lou vivia me dizendo que Andrew era um traidor.

-Isso não é possível -eu falei em voz alta. Eu, Lissa, Rose e Lou fomos para uma loja comprar mais roupas. Estávamos precisando.

-Senhora, é isso mesmo que aconteceu. Seu cartão está bloqueado.

-Como assim? -perguntei mais alto. Lou chegou perto de mim e me mandou falar baixo -Quem fez isso?

-Deixe-me ver... Foi o senhor Hawthorne.

-Hawthorne? -Rose perguntou

-Isso mesmo -disse a vendedora.

-O que tem esse sobrenome, Rose? -eu perguntei, confusa.

-Grace -disse Rose devagar -, Hawthorne é o sobrenome do Andrew.

Pronto. Aí tudo se virou em um caos. Lou e Rose  começaram a dizer o quanto ruim era Andrew, e que estava possuído por espíritos do mal, enquanto Lissa e eu o defendíamos, mas eu já não estava sabendo se Andrew era do bem ou do mal. -Então, Andrew é mesmo um... -começei a dizer, mas Lou me interrompeu, olhando de cara feia -muito feia - para a porta.

-Traidor - disse ele e eu me virei. Na porta, parado estava...

-Andrew! -eu guinchei e fui na direção dele, me jogando em seus braços, mas ele não retribuiu o abraço. Seu rosto estava pálido e as roupas, rasgadas.

-Onde você estava?- eu perguntei

-Depois eu te conto. Agora, vocês precisam voltar para casa. Eles estão vindo aqui para a cidade.

-Por que deveríamos confiar em você? -disse Lou agressivamente

-Por que eu tenho uma coisa para contar -respondeu Andrew calmamente.

-Mostre agora -rosnou Lou, chegando mais perto

-Eu mostro depois -disse Andrew lentamente, chegando mais perto também.

Eu estava vendo o que ia acontecer, então me pus entre os dois.

-Lou, vamos. Vamos para casa. E você -eu falei para Andrew - Trate de se cuidar.

Voltei correndo para casa junto com os outros. Entramos e fechamos a porta. Passamos a tarde toda quietos. Nenhum vampiro atacou. De noite, depois da janta e do banho, estávamos nos preparando para ir dormir, quando a porta foi se abrindo lentamente. Eu corri para fechala e esmurrar  quem estava lá quando a voz gritou:

-Calma,Grace! Ai! Espera!

-Andrew! -eu disse com raiva, pegando o travesseiro. -Como...você...pode...voltar...aqui...depois...de...tanto...tempo...e...chegar...assim? -eu falava uma palavra e dava uma travesseirada. Lou pareceu se divertir.

-Eu...consegui -ele disse com a voz cansada.

-Conseguiu o que? -eu disse

-A pedra, eu peguei ela de volta -disse Andrew. Lou levantou da cama em um salto.

-Onde ela está? Me entregue! -disse Lou

-Não -falou Andrew

-O que você disse? -chiou Lou

-A pedra foi entregue a Grace, não a você. Portanto, a pedra é dela agora. -falou Andrew com simplicidade

Lou sacou a sua espada, e Andrew também. Eles estavam prestes a destruir um ao outro.

-PAREM COM ISSO! -eu gritei. -PAREM DE BRIGAR! ISSO JÁ ESTÁ ME ESTRESSANDO!

Até Lissa e Rose que não estavam prestando atenção se assustaram. Lou e Andrew amarraram a cara.

-Tem como parar de fazer isso? A situação da Casa está caótica, e tudo o que vocês fazem é discutir por uma coisa boba?

-Mas... -começou Lou

-Nada de mais -eu falei- Chega disso. Vamos dormir? Andrew, se quiser tomar banho, pode ir, mas não demore.

-Ok- disse Andrew. Largou sua espada em cima de um balcão, entregou a pedra para mim e foi em direção ao banheiro. Lou, Rose e Lissa  foram dormir. A casa estava escura. Me lembrei de pegar uma muda de roupas para Andrew. Deixei em uma portinha, em que podemos colocar algo para quem está dentro do banheiro pegar, toalha e roupas limpas.

O sistema de sono na casa é assim: são 5 camas beliche colocadas lado a lado no quarto. Primeiro, tem a cama que Andrew dorme. Do lado, vem a minha, depois a de Lou, a de Lissa, e do lado da de Lissa, tem aquela onde Gaspard dormia. Rose se mudou para lá agora.

Todas as noites, enquanto os outros estão dormindo, alguém fica de guarda na porta. Essa noite, porém, ninguém ficou de guarda. Era uma noite, digamos, especial.

Eu ouvi um movimento na cama ao lado. Era Andrew indo deitar.

-Andrew? -chamei

-Sim?

-Fico feliz que você tenha voltado

-Eu também -disse ele

Dormi quase instantaneamente. Quando acordei, o sol já enchia o quarto. Somente eu estava dentro da casa. Decidi arrumar as camas. Em 15 minutos, tudo estava arrumadinho. Decidi ir pegar a vassoura para varrer a casa. Peguei uma de palha, que era fácil de varrer. Mas quando voltei para o quarto, levei um susto: Gaspard estava lá.

Eu me imobilizei no mesmo instante, e por pouco, quase parei de respirar.

-Grace, é um prazer voltar aqui -disse ele com uma voz serena.

-O... O que você quer aqui? -gaguejei

-Eu sei que Andrew retornou. Tenho espiões. Eu a quero. A pedra, Grace.

-Eu NUNCA daria a pedra a você! -gritei, mas antes que pudesse atacar, ele me imobilizou no chão.

-Eu sabia que você ia dizer isso -disse ele, sacando uma adaga e fazendo um fino corte no meu rosto. Gemi de dor. -Você vai me dar a pedra, por bem ou por mal. -disse, fazendo outro corte, no meu braço.

-Nunca te darei a pedra -disse eu, ganhando outro corte no braço.

-Tem certeza? -disse ele.

-Sim! -disse eu, conseguindo me livrar dele. Eu ia desferir um golpe nele, mas antes ele me deu um soco no rosto e me imobilizou de novo, dessa vez pegou uma corda e amarrou meus braços e pernas, e fez mais um corte, no meu outro braço.

-Não vai colaborar mesmo, né?

-NUNCA! -gritei o mais alto que pude.

Eu tive um relance de Lou passando por uma janela, mas não era Lou, senão ele teria pulado a janela.

-Acho -falou Gaspard lentamente- que vou ter que te transformar, ou te morder, não é?

-Não... -eu gemi, mas antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele entortou a minha cabeça e  me mordeu no pescoço. A sensação era maravilhosa.

-E agora? -disse ele -Você vai me dizer onde está a pedra? -disse isso e me mordeu rapidamente.

Eu estava prestes a dizer que sim, quando alguém arrebentou a porta, e Andrew entrou na frente, seguido por Lissa e Lou. O meu transe desapareceu com o barulho. Andrew e Lissa começaram a lutar com Gaspard, e Lou veio na minha direção.

-Tudo bem? -perguntou Lou, cortando as cordas dos meus pulsos e pernas.

-Tirando os cortes e o soco e... Sim, tudo bem.

Lissa havia chegado por trás de Gaspard para esfaqueá-lo, mas ele foi mais rápido, girou o braço e arrancou a cabeça de Lissa em um golpe.

-NÃO! - eu gritei e tentei me levantar, mas Lou me puxou para mais perto dele.

-Não. Fica aqui, Grace. Você tá fraca.

Não discuti com ele, por que eu estava fraca mesmo. Eu estava apavorada. Andrew e Gaspard lutavam corpo a corpo. A cabeça e o corpo de Lissa estavam inertes aos pés de uma cama. Se Lissa morreu, eu não sabia quem devolveria a paz nessa casa.

Gaspard estava provocando Andrew, que devolvia as ofensas com socos e chutes. Até que a ofensa que Gaspard fez foi tão forte, mas tão forte que Andrew sacou sua espada e decepou fora a cabeça de Gaspard.

Lou me ajudou a levantar. Eu estava tonta, esse tinha sido o efeito das mordidas. Andrew, com muito pesar, foi carreegar o corpo de Lissa para fora. Lou queria ir tratar meus ferimentos.

-Sim, você pode cuidar dos meus ferimentos, mas antes ajuda o Andrew a limpar a casa. Eu vou me limpar e me trocar. -disse eu

Cheguei imediatamente no banheiro, ainda me sentindo tonta, , e examinei as mordidas. Quase gritei quando vi. Eram marcas profundas, e escuras. Ainda bem que eram mais na parte do lado do pescoço, então se eu deixasse o cabelo solto ninguém notaria. Prendi meu cabelo, por enquanto.

Molhei uma toalha e passei no rosto e nos braços, e no pescoço também. Depois, soltei e penteei o cabelo. Saí do banheiro, menos tonta.

-Venha se sentar aqui na cadeira - disse Lou.

Resmunguei algo em concordância, e sentei na cadeira, rezando para que as marcas não aparecessem.

Lou passou um líquido no algodão e começou a passar pelos meus machucados, começando pelo rosto. Tudo ardia de dor, fechava os olhos e gemia, então Lou soprava de leve no meu rosto. A minha respiração estava acelerada, seria pelo calor que Lou irradiava ou pela proximidade do seu rosto com o meu. Lou, no entanto, não pareceu notar isso.

Ele terminou de me limpar, e murmurou algo como "ficar dentro de casa". Eu, peguei uma muda de roupa e me troquei, no banheiro. Depois, peguei uma adaga -não a mesma que Gaspard usou-, e amarrei na cinta da calça jeans.

-Preparada para matar alguém? -brincou Lou

-É melhor se prevenir agora -respondi rindo. Lou riu também

E depois dessa "despedida", eu mal sabia que seria a última vez que eu falaria com ele em semanas.

Saí para fora sabendo o que iria fazer. Fui falar com Andrew.

-Hey -falei

-Oh, olá Grace- falou ele

Cheguei mais perto. Ele estava de costas, lavando alguma coisa no tanque, e sem camisa. Ai, meu Deus. Seus olhos se iluminaram quando me viram.

-Como vai? -perguntou ele.

-Bem... -disse eu franzindo a testa.

-Quer...alguma coisa?

-Sim. Queria... Conversar sobre esses dias -eu disse sem rodeios.

-Ah, esses dias... Sobre o que quer saber? -perguntou ele

-Sobre tudo -falei, sentando na mesinha ao lado do tanque: que estava enxuta.Andrew ficou de pé.

-Enfim, vou ter que te contar... Eu sabia que Gaspard tinha pego a pedra aquele dia. Eu tinha tido um relance dele. Ele tinha aproveitado que todo mundo já tinha saído de casa para pegar a pedra, que estava na sua cabeçeira. Quando ele foi transformado, voltei para casa para ter certeza que a pedra não estava lá. Quando vi que ele tinha pego mesmo a pedra, fui para a casa dos vampiros para recuperá-la.

-VOCÊ FOI ONDE? -eu gritei.

-Na Casa dos Vampiros. É claro que eu me disfarçei e fiquei tempo lá, mas precisava descobrir onde estava a pedra. Descobri onde estava, mas Gaspard me pegou. Me deixaram preso por um tempo. Mas eu consegui me soltar, e peguei a pedra. Eu tinha bloqueado a sua conta na loja por que Gaspard poderia enviar vampiros para achar vocês, ou sua família, para torturá-los. Por isso fiz aquilo. Sinto se fiz algo errado.

-Oh... -eu não conseguia falar nada.

-Na cidade, consegui despistar eles, isso demorou quase todo o dia. Eu voltei correndo para cá. Não conseguiria passar mais tempo longe... daqui. Aqui é o meu lugar -ele disse isso, mas queria falar outra coisa, eu sabia disso.

-E como você passou lá? Como ninguém percebeu que você era humano? -perguntei

-Não sei. Quem sabe era por que haviam muitos outros dele por perto. -respondeu ele.

O silêncio era terrível. A história dele, a confissão... E Lou achando que Andrew era um traidor.

-Gaspard te machucou? -perguntou Andrew -Agora?

-Não- eu disse rapidamente, mas no mesmo momento uma rajada de vento passou por nós e revelou a mordida.

-O que é isso? -perguntou ele, chegando mais perto

-Nada... - eu disse, tentando sair do aperto, mas era impossível. Na frente, era Andrew, e atrás, uma árvore. Eu estava trancada. Andrew chegou bem perto e puxou meus cabelos para o lado e seus olhos se focaram na mordida.

-O que é isso? -disse ele  trincando os dentes.

-Nada, é só...

-ELE TE MORDEU!- gritou ele. Eu abaixei a cabeça. -ELE TE MORDEU E VOCÊ NÃO DISSE NADA, NÃO AVISOU A NINGUÉM?

Eu poderia ter chorado, ou ficado quieta, mas estava com muita raiva. Eu queria poupá-los de preocupações e ele gritava comigo? E eu soltei tudo para fora.

-VOCÊ SABE COMO EU ESTOU POR DENTRO AGORA? EU FIQUEI DOIS MESES E MEIO SEM SABER ONDE VOCÊ ESTAVA, OU SE ESTAVA BEM, SEM SABER SE VOCÊ ESTAVA VIVO E AGUENTANDO LOU DIZER QUE VOCÊ ERA UM TRAIDOR, E EM UM DIA VOCÊ VOLTA E EU SOU ATACADA POR ALGUÉM QUE UM DIA FOI NOSSO COMPANHEIRO DE CAÇADA, E TENTO POUPÁ-LOS DE PREOCUPAÇÕES E SÓ O QUE VOCÊ FAZ É GRITAR COMIGO? VOCÊ SABE O QUE EU PASSEI ESSES ÚLTIMOS DIAS?

Andrew ficou rígido. Eu parei de gritar e começei a encarar o chão, tremendo. Ele se aproximou de mim e me abraçou.

-Não, Grace, eu não faço idéia do que você passou. Calma. Calma.

Ele colocou o seu indicador e seu polegar no meu queixo, me fazendo olhar para cima.

Eu mal podia acreditar no que aconteceria a seguir...

-Desculpa - ele disse. - Só estava preocupado com você. Me atormentava pensar em como você estava, ou se estava viva. Durante todos os dias, eu pensei em você.

Isso era... Lindo. Um turbilhão de emoções passava por mim, medo, raiva, ressentimento, pena... Não aguentei.

-Verdade? -eu perguntei

-Todos os dias -disse ele. Eu começei a chorar.

-Não -dizia ele -Não chore. Por favor...

Ele estava chegando mais perto. Eu ia fugir, mas a árvore estava atrás.  Eu já podia sentir o hálito quente dele...

Ele me beijou. Era tão...quente estar perto dele, sem camisa, seu beijo quente e seus braços me envolvendo em um abraço apertado... Ele me largou suavemente.

-Eu tenho sonhado com isso por semanas -disse. Ele estava pronto para me beijar outra vez, e eu ia aceitar, mas antes que meus lábios tocassem os seus, uma explosão cortou o ar.

A casa estava pegando fogo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo? Comentem!
PS: me perdoem se tem alguns erros ortográficos, digitei a fic pelo celular



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