Várias Fics escrita por likeadragomir


Capítulo 2
Fic Caçadores de Vampiros - Parte dois


Notas iniciais do capítulo

Dosi capitulos hoje! o/



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Mandei ele sair do quarto para eu me trocar. Escolhi uma camiseta regata preta, e uma calça leggin. Treinar com essas roupas seria muito mais fácil do que com jeans. 5 minutos depois, saí do quarto também, arrastando Lou para fora.

-Você já tá acordado faz tempo? -pergunteo para Lou

-Não, deu tempo só de levantar e tomar café-respondeu ele

-O café é o que eu estou pensando? -indaguei

-Sim.

Seguimos até o arsenal, que ficava ao lado da casa, e pegamos umas armas. Lou escolheu alguns revólveres e espingardas, mas eu peguei várias estacas e um arco -prateado, com flechas da mesma cor -, depois seguimos para fora, para encontrar Andrew e os outros.

Mas não gostamos nada do que vimos.

Uma horda de vampiros estava subindo o morro. Rose, Andrew, Lissa e Gaspard já estavam matando alguns. Mas precisariam de ajuda logo.

Voltei correndo para o arsenal e peguei mais cinco aljavas de flechas e mais um arco. Se esse quebrasse...

Lou começou a disparar contra os vampiros. Eu fui atirando flechas. Boa parte deles caiu, mas ainda havia um bom número de ainda vivos. Lou tinha acabado com todas as balas de suas armas, mas eu tinha três aljavas cheias de flechas. Peguei uma e um arco e entreguei para Lou.

-O que eu faço com isso? -perguntou ele

-Posicione ele como eu faço e use! Quem mandou não trazer munição extra?

Eu ensinei Lou a usar o arco. O primeiro tiro dele passou a milímetros do rosto de Andrew, mas acertou um inimigo.

-Bom tiro! -eu elogiei. Não tinha sido um tiro bom, mas eu tinha que incentivá-lo.

Em pouco mais de uma hora, matamos todos os vampiros que tinham vindo e arrumamos eles em montes. Depois, em um monte por um, Gaspard começou a acender fósforos e incendiá-los.

Ficamos parados olhando todos os corpos queimarem e torcendo para que o vento que soprava retirasse o cheiro para longe.

-Belo treinamento -eu falei, quando dos vampiros restaram apenas cinzas.

-Então -disse Gaspard -Os vampiros resolveram atacar  novamente.

-Parece que é isso -falou Rose

-Vamos ter que prestar mais atenção no que fazemos. Voltaremos com a guarda de noite, mesmo que a pedra esteja em casa -anunciou Lissa

-Boa idéia -disse Lou

-Então, agora vamos fazer o que? -disse eu.

-Teremos que remover as cinzas daqui -falou Andrew

Lou, Gaspard e Andrew foram até atrás da casa e trouxeram três carrinhos e três pás para carregarmos as cinzas e jogarmos no mato. Os meninos pegavam os carrinhos e as meninas, as pás. Em pouco mais de 15 minutos, as cinzas já tinham sido removidas e nós estávamos caçando alguma coisa para o almoço. Combinamos que eu poderia ajudar a caçar, mas não ficaria por perto enquanto eles estivessem limpando o alimento e cozinhando.

Lou tinha pego uma lança para atirar, já eu, que tinha me afeiçoado a arcos, peguei aquele prateado que usei antes. Os outros, naturalmente, usaram armas.

Estavamos todos alegres por causa da caça e da derrota dos vampiros hoje de manhã, quando algo se moveu na mata. Era um gato selvagem, mas dos grandes. Rose atirou, errou o tiro. Lissa e Gaspard também. Andrew acertou um em uma perna, o que dificultou a fuga do animal. Lou atirou sua lança. Quase acertou; a presa tinha se abaixado. Eu preparei uma flecha que passou raspando na cabeça do bicho. Mas já tinha preparado outra. Mirei bem na cabeça do gato, soltei a flecha e - cabum! -ele caiu no chão, morto.

-Bom tiro, Grace! -elogiaram os outros.

Entrei para dentro de casa para arrumar as camas, enquanto esperava eles destriparem e cozinharem o gato.

O resto do dia foi legal. Nós treinamos bastante, e teve mais um ataque de vampiros ao anoitecer.

Nas semanas seguintes, Lou e eu nos adaptamos a vida deles. Acordávamos cedo, dividíamos o horário de vigia nas noites, e eu começei a parar de enjoar quando via sangue e começei a comer a comida deles. Não era tão ruim, eu é que não estava acostumada. Um dia, os ataques começaram a se intensificar. Eram quase três por dia. Usávamos tanta munição que era surpreendente que nunca acabavam.

O dia mais doloroso da minha vida foi quando perdemos Gaspard.

Em mais uma  das malditas batalhas.

Estávamos lutando a todo vapor. Tinha mais vampiros do que a gente, é claro, mas estávamos os derrubando eles rapidamente. Gaspard coitado, já estava cansado de tanto estacar vampiros. Numa distração dele, uma vampira -a líder do grupo - o atacou por trás. Ela o mordeu no pescoço e a transformação estava ocorrendo. O veneno estava começando a chegar no coração dele. Eu estava gritando e correndo na sua direção, mas Andrew me agarrou por trás.

-ME SOLTE! ME SOLTE! -eu gritei com todas as minhas forças -ELA ESTÁ LEVANDO ELE!

-Se acalme, Grace -disse Andrew calmamente no meu ouvido -Ele é um deles...

-Não! A gente ainda pode salvar ele! -eu gritava enquanto esperneava

-GRACE! Não há nada que a gente possa fazer -disse Andrew mais alto. Eu estava quase parando de me debater. A vampira líder mordia Gaspard mais e mais enquanto arrastava ele para o mato.  A cada mordida, ela levava parte de mim junto.

A batalha havia acabado.

Eu me sacudi um pouco. Estava quase indo na direção do mato quando Andrew me agarrou de novo, e dessa vez, foi mais forte.

-Escuta -disse ele alto -, ele está morto. Ele é um deles agora, e não... Não há nada que... -Andrew arregalou os olhos.

-Andrew... O que foi? -perguntei

-A....pedra -foi o que ele disse. Me largou e saiu correndo em direção a nossa casa. Corri atrás dele.

Ele foi até a nossa casa. Entrou já bagunçando tudo: revirando as camas, o armário de armas, o guarda- roupas e todos os outros lugares da casa.

-O que houve? -eu perguntei em voz alta.

-Olha -disse ele, pegando uma arma pequena e bastante munição - eu preciso ir. Você tem que ficar aqui.

-Por que? Onde você vai? -eu perguntei, já com lágrimas nos olhos

-Eu não posso falar. Você vai querer ir junto.

-Por favor... -eu disse, deixando as lágrimas rolarem.

Ele me abraçou, beijou minha testa e disse:

-É  para o bem da casa. Você vai ver. Eu já volto. Tudo bem?

-Tudo...bem -respondi

Então ele saiu porta afora, me deixando lá, sozinha, chorando.

Lou não gostou nada disso.

-Como assim ele saiu sem falar nada? -perguntou ele pra mim quando ele chegou da batalha, logo antes de Lissa e Rose chegarem.

-E-e-ele d-d-isse que n-não era pra mim me preocupar, por que ele j-j-já ia v-v-voltar

-Por que você está assim? -perguntou Lou calmamente. -O que houve, Grace?

-G-g-g-gaspard... -eu não consegui terminar.

-O que houve com Gaspard? -perguntou Rose. Ela e Lissa tinham acabado de entrar.

Eu demorei para responder.

-Gaspard se foi. Gaspard é um deles.


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