Várias Fics escrita por likeadragomir


Capítulo 4
Fic Caçadores de Vampiros - Parte quatro




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-LOU! -eu larguei Andrew e fui em direção a casa, mas Andrew me puxou para trás - Lou! Não, me solta!

Você pode ter pensado que dei um soco ou chute em Andrew para poder me libertar, mas você pode também pensar que isso seria injusto depois do beijo, que, aparentemente, eu gostei muito. Mas não foi necessário, pois eu me desvenchilei dele sem agressão.

-Ai meu Deus -eu disse, ao ficar a uma distância razoável da casa. Colunas de fogo saíam das janenas e portas, a uns 15 metros de altura. A única parte da casa que não estava pegando o fogo era o arsenal. Andrew percebeu a mesma coisa que eu, e fomos correndo até o arsenal, pegar a maior quantidade de armas possível. Atrás da porta, Andrew pegou um embrulho e colocou no bolso. Eu mal liguei para isso. Fui correndo para a ala dos arcos e flechas, e peguei o maior número de arcos e aljavas de flechas que eu pude; depois peguei uma bolsa enorme e guardei tudo dentro. Resolvi pegar mais umas aljavas com flechas, depois me encontrei com Andrew na porta. Ele tinha pego muitas armas, e se lembrou de pegar estacas de prata pra mim também.Ah, ele tinha colocado uma camiseta, para meu pesar.

Saímos correndo em silêncio, antes que as chamas nos consumissem. Chegamos no topo do morro mais próximo e vimos o show de fogo: labaredas laranjas e vermelhas subiam para o céu, agora a mais de 50 metros de altura. A essa altura, todos os fósforos, estacas, balas e armas, e toda a casa havia explodido.

-Que dia lindo -resmunguei. -A pedra perdida, todos nós sem proteção, Lissa e Lou mortos, e Rose desaparecida.

-Grace, vamos procurar abrigo. - foi apenas o que Andrew disse.

Já sabe o que é ficar cansado de tanto andar e correr? Então, é isso que aconteceu comigo hoje. Eu estava faminta, lá pelo meio dia, então - com muita relutância - assaltamos uma casa e roubamos um pouco de sanduíches que tinham na geladeira. Depois, saímos de lá o mais rápido possível.

Estava quase anoitecendo quando eu disse:

-É melhor arrumarmos um lugar pra dormir logo, né?

-Isso mesmo

Entramos numa floresta, na beira de um rio. Tinha algumas pedras lisas e na forma perfeita de uma cama. Estavam secas, felizmente. Andrew soltou as bolsas dele do lado da "cama" de pedra, e eu fiz o mesmo.

-Puxa vida -falei- Nem lembrei de trazer um cobertor aqui.

-Não tem problema -disse Andrew - eu trouxe -ele disse e deu um risinho.

-Nossa, você pensa em tudo, hein? -eu disse com admiração.

Andrew deu de ombros.

Eu me separei um pouco de Andrew e andei seguindo o rio abaixo, e encontrei um lugar aonde eeu pudesse me lavar. Primeiro, lavei as minhas roupas e deixei secar. Depois me lavei da melhor forma que pude, deixando apenas o pescoço para fora d'água. Felizmente, as roupas secaram rápido, e eu também, depois de uns minutos fora da água. Vesti as roupas e voltei para junto de Andrew, que também foi tomar banho.

-Então eu vou procurar madeira seca para uma fogueira -falei.

-OK -Andrew concordou

Andei por perto e achei vários gravetos e folhas secos para arrumar como fogueira. Arrumei as folhas em cima de uma pedra, perto do lugar onde seria a nossa cama. Procurei nas bolsas alguns fósforos, mas Andrew não tinha pego isso. Procurei por algumas pedras para fazer fogo e achei duas perfeitas para fazer isso. Comecei a batê-las, mas não deu certo. Estava prestes a jogar as pedras o mais longe possível quando Andrew apareceu por entre as folhas.

-Já se lavou? -perguntei

-Sim - respondeu Andrew com um sorrisinho.

-Que rapidez - eu elogiei -O que vamos comer?

-Tenho uns sanduíches de sobra.

-Já disse que você pensa em tudo?

Nós dois sorrimos feito bobos, então eu me voltei para a fogueira.

-Problemas com o fogo? - perguntou Andrew

-Essas... Porcarias não querem acender -disse eu batendo elas mais forte.

-Mas não é assim -disse ele rindo, tomando as pedras gentilmente das minhas mãos.

-E como é? -perguntei sentando no chão, perto da fogueira improvisada. Ele sentou ao meu lado.

-Assim - disse ele. E começou a bater e esfregar levemente as duas pedras, e soltaram várias faíscas , que caíram nos gravetos e folhas e começaram uma fogueira mínima, que começou a se expandir até fazer uma bela fogueira.

-Você é incrível -eu disse assombrada.

Andrew sorriu novamente - ele estava sorrindo demais hoje, para o meu gosto - e pegou quatro sanduíches que haviam sobrado do lanche hoje.

-Céus! -eu falei arregalada -Você pegou o resto da comida?

-Não pude fazer nada, apenas me preveni -respondeu ele.

-Você é inacreditável.

Ficamos conversando por muito tempo sobre coisas aleatórias, sobre a caçada, sobre as nossas vidas, sobre a explosão de hoje.

-É capaz de Gaspard ter colocado os explosivos na casa antes de or atrás de você. Eu conheço ele - disse Andrew.

-Você conhece todo mundo, sabe de tantas coisas... É você mesmo? -disse eu

-Eu... Simplesmente sei. Eu... Eu e Gaspard somos, de nós seis, os primeiros da casa. Após uns dois anos junto com mais dois que estavam na casa, Rose chegou, e depois... Lissa - ele disse Lissa com muito pesar - Logo depois que Lissa chegou, os dois que estavam na casa, Robert e Jink foram assassinados pelos vampiros. Logo após, você e Lou chegaram. Mas, eu estou me desviando do assunto. Enfim, Gaspard e eu somos os primeiros da casa. Lutávamos sempre um com o outro. Conhecemos os golpes do outro. Foi por isso que eu lutei com ele na casa, e não Lou.

-Espera... Lou queria lutar com ele?

-Sim, Grace. Ele tinha me alertado que Gaspard estava lá dentro de casa. Eu não acreditei de início, mas Lissa confirmou. Ela tinha visto ele mordendo você. - Andrew torceu o nariz quando disse isso. -Então entramos lá e você sabe o resto.

Eu estava quieta. Revelações feitas por Andrew, Lou querer lutar com Gaspard por mim... Isso era comovente. Não. Não era.

-Quantas... Quantas mordidas Gaspard...? - Andrew não terminou a frase.

-Duas - eu sussurrei

Ficamos novamente quietos.

-Vamos... Vamos dormir? -perguntei

-Sim, venha - respondeu Andrew

Ele tirou os dois cobertores da bolsa, e arrumou um no chão, aonde nós iríamos dormir, e formando um travesseiro também, e deitou nas pedras. Eu deitei ao lado dele , e me cobertei. Infelizmente, o "cobertor" era muito fino e eu já comecei a tremer.

-Deita mais perto aqui - disse Andrew

Eu deitei mais pra perto dele, e quando fiz isso, um arrepio percorreu a minha espinha. Eu tremi. Andrew fez o mesmo. Eu ri.

Passou um tempo enorme. Eu não dormi.

-Não consegue dormir? - perguntou Andrew, me fazendo lembrar daquela noite em que eu e Lou chegamos na Casa.

-Não.

-Não precisa ficar preocupada, Grace. Lou está bem.

-Eu... Não sei, isso é...estranho - disse eu

-Ele me odeia, né?

-Não. Não odeia. Ele só... Achava que você foi apoiar Gaspard na casa dos vampiros.

-Viu só? Essa idéia é ridícula.

Eu me silenciei. Era verdade. Depois de todas essas confissões de Andrew, como alguém poderia imaginar que ele era do mal?

-Estou com medo - eu disse por fim

Agora foi a vez de Andrew ficar pensativo.

-Não precisa ter medo -disse ele

-Por que?

-Por que eu estou aqui, e vou te proteger. Custe o que custar.

Isso foi o suficiente. Eu coloquei a minha cabeça em cima do seu peito e adormeci quase instantaneamente. Dormi ouvindo o som do rio, em uma noite enluarada, e com seus braços quentes me envolvendo.

Infelizmente, sonhei com Lou.

Era aquele mesmo sonho de dias antes. Ele vinha na minha direção, com os mesmos cabelos, mas a pele pálida e olhos cruéis. Ele vinha na minha direção e perguntava:

-Era isso que você queria. Você finalmente conseguiu. Eu sou um monstro por sua culpa.

E o sonho mudava.

Eram sonhos terríveis. Sempre relacionados aos meus amigos. Uma vez era Lissa me atormentando por que tinha morrido por minha causa, depois aparecia Lou, com aqueles olhos cruéis e pele pálida. Após isso, Rose me perseguia por que eu havia roubado Andrew dela, o que era estranho, por que nunca vi nenhuma demonstração de afeto entre eles. Quase nunca sonhava com Gaspard, graças a Deus.

Eu e Andrew acampamos naquele lugar por mais duas noites. Depois, decidimos sair dali. O nosso cheiro seria descoberto facilmente.

-Vamos para onde? -perguntei, enquanto nós saíamos dali

-Procurar os outros.

-Acredita que Lou está vivo? - perguntei calmamente. Por um momento, pensei que seria isso que ele respondesse: "Não, eu espero que ele esteja enterrado nas cinzas, com tudo que estivesse naquela explosão", mas o que ele disse foi isso:

-Sim, por mais que eu não goste dele, eu espero que ele esteja vivo.

Seguimos em silêncio. Eu tinha mil e uma perguntas para fazer, mas fiquei quieta. Andrew já havia sido muito bom comigo hoje. Eu não precisva de mais hospitalidade.

Passamos por várias florestas, por vários lugares, e por muitos vampiros, claro. Em uma dessas batalhas, um deles havia me pego e me mordido novamente, no mesmo lugar que Gaspard, mas Andrew deu um jeito nele. Eu podia jurar que eu havia notado alguma transformação em mim dali em diante. Eu podia enxergar melhor a noite.

Era incrível, mas as nossas armas se multiplicavam. Sempre que acabavam minhas flechas, de noite, de manhã cedo elas apareciam novamente nas aljavas.

Um mês após a explosão, mais ou menos, eu e Andrew decidimos pousar em algum local da cidade mais próxima. Nós precisávamos de roupas e de descanso. Andrew me levou até uma casa, onde, provavelmente, moravam alguns caçadores de vampiros mais velhos. Eles disseram que nos dariam proteção, e comprariam roupas novas. Nos fizeram embarcar em um carro e nos levaram até um hotel, onde entramos pela porta dos fundos e subimos para um quarto muito, muito alto.

Entramos e admiramos o apartamento. Minutos depois, subiram com uma sacola cheia de roupas e calçados novos. Eu e Andrew não perdemos tempo: fomos logo tomar banho e nos trocar. Infelizmente, me compraram um shorts, que eu considerei muit curto, e uma blusa com mangas curtas.Andrew ganhou calças taktell preta euma blusa branca.

Eu estava debruçada sobre a janela - que estava fechada, naturalmente - quando Andrew chegou atrás de mim e me abraçou. Não me desvenchilei.

-Tudo bem? - ele me perguntou

-Sim, apenas estou deprimida - respondi

-Por que?

-Ah, esquece - disse eu, finalmente me desvenchilando.

-Ah não, agora você vem aqui - disse ele, me puxando para perto

E, depois disso, trocamos carinhos e carícias, e finalmente, tive a minha primeira vez.


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