Várias Fics escrita por likeadragomir


Capítulo 16
Fic A Magia Mora Aqui - Parte Seis


Notas iniciais do capítulo

Mais dois capítulos hoje!



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Havíamos ido até a casa de Raymond, parando antes em um lugar especial para deixar o corpo de Max.

Chegando na casa de Raymond, fui logo até as prateleiras de livros. Precisava achar um. Gerald ajudou Raymond a sentar em uma poltrona E depois me ajudou a procurar.

–Sobre o que quer ler? -perguntou.

–Sobre o Mundo dos Mortos.

–Terceira prateleira de cima para baixo, livro cinco -resmungou Raymond, saindo da sala.

Rapidamente, Achei o livro, e sentei em um sofá. Era grosso e tinha a capa negra, com escritas douradas. Se intitulava "O Livro dos Mortos". Abri certinho na página que falava sobre ressuscitar as pessoas. Li rapidamente. Os ingredientes eram:


~Sangue dado de bom grado de alguém da Realeza Celeste;

~O corpo da pessoa morta;

~Cinco pedrinhas brancas, meio peroladas;

~Fogo;

~Um símbolo de proteção;

~Dizer as seguintes palavras: "Oh, pela alma de todos os anjos da Terra, eu, (s/n), liberto sua alma do Mundo dos Mortos"


Era só isso. Não havia mais nada naquela página. Eu li o livro todo, mas não achei nadinha. Rasguei cuidadosamente a folha e guardei o livro na estante, no lugar. Sentei denovo no sofá, e reeli a folha completa.

–É muito feio rasgar os livros das outras pessoas, sabia? -perguntou Gerald no meu ouvido. Eu pulei do sofá.

–E é muito chato quando você assusta as pessoas -eu cuspi.

Gerald tomou a folha das minhas mãos e a leu umas vezes.

–Fogo? -perguntou.

–Esse é o menor dos meus problemas. Eu só estou preocupada com o sangue.

Gerald riu alto, me fazendo recuar até a parede.

–Não conhece ninguém da Realeza Celeste?

–Não! -insisti, corando.

Gerald chegou mais perto de mim e colocou uma parte dos meus cabelos atrás da orelha.

–A razão de você ser tão disputada -disse Gerald - É por que você é uma pessoa da Realeza.


*******************************************************


Eu e Gerald decidimos sair da casa de Raymond e irmos atrás das coisas necessárias para ressuscitar Max. Felizmente, no meio do caminho, encontramos Alison. Eu dei a ela um longo abraço apertado. Estava com saudades dela. Gerald resolveu 'pegar emprestada' mais uma caminhoneta, e Alison quase pulou em cima dele, de raiva. Eu tive que sentar no meio dos dois para interferir. Pela estrada, eu e Gerald nos revezamos para contar a Alison o que havia acontecido após nos separarmos. Na hora de falar de Max, eu perdi a voz. Gerald contou detalhadamente o que aconteceu. Alison começou a chorar. Eu passei uma mão ao redor dela para consolá-la. Todos nós ficamos em silêncio por muito tempo.

Anoiteceu.

E continuamos quietos.

Eu estava contando as estrelas no céu, até que resolvi dormir. Inconsciente, deitei a minha cabeça no ombro de Gerald e o fiz.

–Pare de fazer barulho! Vai acordá-la! -ralhou uma voz feminina. Eu me assustei, pois ela tinha vindo do mundo real.

Abri os olhos, meio grogue. Estava amanhecendo. Levantei a cabeça do ombro de Gerald rapidamente.

–Não pode deixar as pessoas quietas, apenas por um minuto? -disse Alison.

–Não. Meu braço já estava dormente, e além disso, você não é uma pessoa com que eu possa conversar -confessou Gerald. Alison bufou.

–Vai demorar para chegarmos? -perguntei.

–Apenas um dia -riu Gerald.

Fiquei quieta mais um momento, e depois perguntei para Alison:

–Alison, anjos podem aparatar?

–Por que a pergunta?

–É que, se dem...pessoas como Gerald podem, anjos também podem?

–Claro que sim - respondeu Alison, sorrindo - Mas preferimos usar as nossas asas. Usamos a aparatação apenas em casos extremos.

–A pessoa nasce sabendo aparatar? -perguntei, novamente.

–Não. Todas elas tem que aprender, de uma maneira ou de outra -respondeu Gerald.

Paramos de conversar. Não havia mais assunto. O sol já estava alto no céu. Eu estava quase roncando de fome e precisava descansar.

–Podemos parar para comer? Estou morrendo de fome -falei.

Gerald e Alison se entreolharam por trás de mim.

–A próxima cidade está a uns 15 quilômetros -disse Gerald -Podemos parar para comer algo.

–Podemos parar para descansar? -eu perguntei, com o tom mais fofo possível.

–Claro -disse ele olhando para mim, e sorrindo.

Chegamos na tal cidade e paramos em um hotel. Não era cinco estrelas, mas não era tão ruim. Alugamos um quarto com uma cama de casal e para lá fomos. Na porta, Gerald e Alison estavam tirando par ou ímpar para ver quem ficava comigo. Revirando os olhos, entrei no quarto. Tirei a jaqueta de Max e as botas e me esparramei na cama. Segundos depois um Gerald sorridente entrou no quarto.

–Onde está Alison? -perguntei, abrindo os olhos.

–Lá fora -ele acenou para a porta - Por que? Algum problema?

Ignorei a sua pergunta.

–Por que está SEMPRE sorridente? -perguntei.

–Por que estou na companhia de uma ilustre pessoa -sorriu Gerald - Espera, é impressão minha ou você está corando?

Desviei o olhar dele. Ele, subiu na cama e veio na minha direção.

–Por que, sempre que estamos juntos, você me ignora? -perguntou ele.

Eu não respondi. E mais perto ele chegava. Houveram batidas na porta, que fizeram ele pular da cama e eu ficar atenta. Mas era apenas uma Alison sorridente com uma caixa de pizza e uma garrafa de Coca com três copos.

Comemos rapidamente a pizza e bebemos a coca. Alison saiu do quarto, para vigiar a área, e Gerald deitou na cama e dormiu. Eu, olhei pela janela para fora e depois decidi deitar na cama também. Não sonhei.

Quando acordei, ouvi sons no banheiro. Alguém havia ligado o chuveiro. Abri os olhos. Gerald não estava do meu lado, dormindo. Desligaram o chuveiro. Esperei um minuto, aterrorizada. Quando abriram a porta do banheiro, meu coração deu um salto: Gerald havia aparecido, sem camisa. Seu peito nu estava com algumas gotas de água ainda, e sua camiseta estava pendurada na mesa.

–Algum problema? -perguntou.

Pois eu já estava de pé e já havia calçado as botas. Não respondi.

–Isso me lembrou -disse ele - que não encerramos a nossa conversa de mais cedo.

Ele me prendeu na parede, fazendo nossos rostos quase se tocarem. Suas mãos me agarraram pela cintura. Eu estava quase protestando, quando ele me beijou.

Claro, para um demônio o seu beijo deveria ser quente. Mas o de Gerald era voraz. Eu me agarrava a ele e ele a mim.

O beijo foi por um minuto, pois Gerald sentiu alguma coisa, e devagar, me largou no chão. Olhou para a grande janela de vidro do quarto, e estava caminhando na direção dela. Quando...

SPLASH!

O vidro dela se quebrou em mil pedaçinhos. Um monstro entrou por ela: tinha uma cabeça grotesca, com dentes afiados como a navalha mais fina, e sete chifres na cabeça. Tinha olhos vermelhos; era demoníaco.

Gerald sentiu muita raiva, pois, nesse meio tempo, deixou que suas asas fossem para fora do seu corpo. Eram escuras como um céu em tempos tempestuosos.

Eu estava quase rindo do monstro, pois sinceramente, ele era dirículo. Tinha patas e corpo de cachorro, mas era cinco vezes mais grande que um. Eu me senti segura, até que ele virou seus olhos para mim.

E me atacou.

Mas, Gerald estava no seu caminho, e o empurrou para longe. Com apenas um empurrão, o cãozarrão caiu, inconsciente.

–O que...é...isso? -perguntei.

–O Animal de Euríades -cuspiu Gerald.

Eu tirei a adaga de ouro da meia.

–Posso? -perguntei.

–A honra é sua -disse Gerald, fazendo uma reverência para mim.

Eu avançei para o monstro, que estava quase acordando agora. Eu lutei por ele por alguns segundos. Estava tudo bom para mim, até que ele me prendeu no chão.

Eu golpeava cada centímetro da sua carne que encontrava. Sua boca estava vindo na direção do meu rosto... Tudo estaria perdido.

Fechei os olhos e enfiei a adaga no pescoço dele, temendo o pior. Mas nada aconteceu.

Senti dois pares de mãos me ajudarem a levantar; Gerald e Alison. Limpei minhas mãos na minha blusa. Olhei para o animal; estava morto.

–Onde estava? -exigiu Gerald.

–Olhando ao redor, oras! Foi quando vi esse...esse monstro pulando pela janela de vocês que eu voei até cá!

Alison respirou fundo.

–Vão vocês dois. Gerald sabe onde é a árvore. Eu fico aqui e limpo o estrago. Quem sabe nos encontramos antes de vocês chegarem a árvore -disse ela.

Eu caminhei até o bicho, e tirei a adaga do seu pescoço. Limpei o sangue nos lençóis da cama.

–Rápido! -chiou Alison.

–Vamos? -perguntei para Gerald.

–Vamos -respondeu ele.

Juntos, desaparecemos dali, por aparatação.


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