Várias Fics escrita por likeadragomir


Capítulo 14
Fic A Magia Mora Aqui - Parte Quatro


Notas iniciais do capítulo

Mais um o/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/318742/chapter/14

Eu me troquei. Coloquei uma calça preta colada nas minhas pernas, uma blusa de manga comprida branca, calçei as meias e os tênis e saí do quarto, segurando a carta na mão esquerda e colocando a adaga na meia direita.

Decidi ir até o quarto de Max. Quem sabe eu encontraria lá alguma pista, alguma coisa para me ajudar.

Abri lentamente a porta de madeira do quarto de Max. Me surpreendi. Quase todo o quarto era preto. As paredes, de um tom mais claro. O tapete, a moldura da porta e da janela mais escuros. O tapete e boa parte dos móveis eram cinza. Fui caminhando lentamente para dentro, analisando a superfície dos móveis e das paredes. Passei lentamente a mão sobre as cobertas da sua cama, que estavam perfeitamente arrumadas.

Do lado da cabeceira da cama dele, havia uma cômoda, com algumas coisas em cima dela. Anéis, amuletos, papéis, porta retratos... Eu puxei uma foto solta para mais perto. Era muito antiga. Eu e Max estávamos lado a lado, sorrindo feito bobos, para a câmera. Foi em um dia de competições da escola. A nossa equipe havia ganhado. Um colega havia tirado a foto. Atrás dela, havia a legenda:

O dia mais especial da minha vida, com minha melhor amiga.

Eu derramava lágrimas de alegria enquanto via as fotos. Uma era de mim sorrindo, para a câmera, a outra era dele e de mim, fazendo caretas. Tinha mais uma, que era apenas dele, olhando para o horizonte. A foto estava ridícula, mas ele havia guardado por...por que fui eu quem a tirou.

Em uma cadeira perto da cômoda, estava pendurada a jaqueta preferida de Max. Era aquela preta, de couro. Algo sério estava acontecendo para ele deixá-la em casa. Sem perder tempo, eu a coloquei. Ela tinha o cheiro de Max. Era uma delícia.

Andei de volta a cômoda e peguei a primeira foto que encontrei, a de nós dois. A rasguei no meio, ficando com a parte dele, e deixando a minha em cima da cômoda. Guardei junto com a carta no bolso da jaqueta. Depois, resolvi sair do quarto.

Fui até a sala, onde Raymond estava sentado, em um dos sofás. Sentei em outro, o mais longe possível dele, e desviei o olhar.

–Essa jaqueta não é sua, você sabe -falou ele.

–Não importa -respondi, mal humorada.

–Não fale assim comigo -disse.

–Não fale assim comigo? NÃO FALE ASSIM COMIGO? COMO OUSA...? -gritei, revoltada.

–CALE A BOCA! NÃO OUSE FALAR ASSIM COMIGO! -gritou ele em resposta.

–FALAR ASSIM COM VOCÊ? DE QUE JEITO EU DEVERIA FALAR? DEPOIS DO QUE VOCÊ FEZ?? -gritei, novamente.

–Depois do que fiz? Depois do *que*?

–Max foi embora -eu disse, com a voz tremendo de raiva -Foi atrás de Euríades. Satisfeito com isso?

–O que quer dizer? -disse Raymond, chegando mais perto.

–Não viu que a cama dele está perfeitamente arrumada? Ou que ele não está acordado a uma hora dessas?

–Foi por sua culpa... Eu disse para ele que era para se afastar de você, sua pestinha... -disse ele, colocando a mão ao redor do meu pescoço.

–Socorro! Socorro! Socorr...!

Eu gritei e gritei, e ele continuava a agarrar meu pescoço, mas com um estampido, ele foi atirado para longe de mim. Eu caí, mas um par de braços me agarrou e me sentou no sofá. Eu abri os olhos um pouco e vi que era o mesmo homem que invadiu a minha casa no dia do meu aniversário. O meu pai.

–O que pensa que está fazendo, Raymond? -perguntou ele.

–Não se meta nessa, Claude -rosnou Raymond, se levantando.

–Como posso não me meter nessa? Lily é minha filha!

–Não preciso da sua ajuda -eu disse, me levantando.

–Por mais que não queira, precisa sim -disse Claude, estalando os dedos. Cordas cresceram e envolveram Raymond.

–O que vai fazer? Me obrigar a te escutar?

–Eu sei que você me odeia, por eu ser tão ausente na sua vida, por eu não a proteger todos esses dias. Mas hoje estamos aqui, juntos. Posso cuidar de você. -disse meu pai.

Meu pai foi me explicando, como ele teve que sair de perto de nós para lutar contra o exército de Euríades, e que sempre estava de olho em mim.

–Foi você quem me fez conhecer Max -eu disse.

–Sim. Eu sabia que não estava muito presente, então descolei um 'guardião' para você -falou.

–Por que está falando assim? Max não é nenhum tipo de empregado seu, ou meu! -gritei.

–Eu sei, não era isso que eu queria falar... -começou Claude.

Mas eu começei a tremer. Minhas mãos se acenderam. Claude recuou. Ele não esperava essa atitude de mim. Pensava que eu ia ficar feliz da chegada dele. Levantando uma mão lentamente, ele conseguiu fazer minhas mãos apagarem. Eu olhei para elas, surpresa.

–Que bom que já dominou o fogo -disse Claude.

–Assim pode arder no inferno -resmungou Raymond.

–Cale a boca -falei.

–Parabéns pelos seus dons -disse Claude.

–Obrigada -resmunguei.

Ficamos alguns minutos em silêncio. Raymond conseguiu soltar as cordas que amarravam seu corpo, e fez a sala explodir. Eu e meu pai fomos arremessados para trás, em uma nuvem densa se poeira. Eu comandei um pouco de vento para varrerem a poeira para o quintal, mas não tirei tudo, apenas um pouco.

–Obrigado -disse meu pai.

Olhamos ao redor, mas Raymond não se encontrava.

–Ele fugiu! Aquele desgraçado fugiu! -eu rugi.

–Se acalme -falou Claude -Iremos atrás dele.

–E Max? -perguntei, esperançosa.

–Também -disse ele -Vamos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Várias Fics" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.