All I Want Is You - Segunda Temporada escrita por Carol Munaro


Capítulo 34
Me and You


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente! Ultimo capítulo já ='( Boa leitura.



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– Dá pra ver se é menino ou menina? – Derek perguntou pra médica. Eu não fazia ideia do que estava aparecendo na tela do ultrassom. E sentia arrepios por causa do gel.

– Hm... Ainda não. Acho que só vai dar pra ver mês que vem. Você tá de três meses né? – Ela me perguntou e eu assenti. – Tá tudo bem com o neném. A cada mês você tem que voltar aqui. Eu vou passar alguns exames pra você fazer, pra ver se não tem hipertensão, ou qualquer outra coisa que vá prejudicar a gravidez.

– Ok. – Não demorou muito, e eu e o Derek saímos de lá.

Entramos em uma loja que vendia só coisas de praia. Eu precisava comprar um biquíni pra mim.

– Olha esse que meigo. – Disse pegando um nas mãos.

– Prefiro o verde.

– Hm... É. To em duvida.

– Dá pra levar os dois. – Dei de ombros. Escolhi uma saída de praia e pagamos tudo.

(...)

– To bonitinha? – Perguntei pro Derek me olhando no espelho. Estávamos indo pra praia.

– Tá linda. – Ele disse me abraçando por trás. Derek acariciou a minha barriga enquanto eu sorria e me olhava no espelho. – Eu não vejo a hora dessa criança nascer.

– Nem eu. – Me surpreendi quando ouvi a minha própria voz.

– Você é perfeita. – Continuei sorrindo e olhando pra ele através do espelho.

(...)

– É tão bonito aqui. – Disse sorrindo sentada na areia com o Derek me abraçando de lado.

– É... – Ele disse olhando pro mar. – Imagina o neném correndo por aqui?

– Você que vai atrás dele.

– Folgada. – Ele murmurou e ri fraco.

– Derek? – Uma voz falou do lado dele e olhamos. Era uma menina. Não muito mais velha que eu. Devia ter a idade dele. Ela era mais alta que eu – qualquer pessoa é mais alta que eu –, era loira... É, era bonita. Ele tirou a mão da minha cintura e virou pra ela.

– Hm... Ér... E-eu. – Ele gaguejou. Pior que eu quando vou apresentar trabalho na frente da sala.

– Não sabia que tinha vindo pra cá definitivo agora.

– É... Faz pouco tempo. – Ele respondeu com indiferença.

– E quem é ela?

– É a Lily. – Ele disse olhando pra mim.

– Ah, prazer, sou Jessica. – Ela sorriu sem mostrar os dentes e eu sorri forçado. – Ahn... Quando a gente vai sair de novo? – Ela perguntou e eu olhei pra ele.

– Eu não to acreditando que foi mais de uma! – Berrei e a menina fez cara de confusa.

– Vocês namoram? – Ela perguntou pra ele. Derek não respondeu. Só me observava enquanto eu levantava.

– Péra, Lily. Eu e a Jessica somos só amigos.

– Tão amigos como você e a Amanda.

– Foi diferente.

– A diferença é que a Jessica mais nova. Só se for. – Me virei pra ir embora. Escutava os berros dele que nem da outra vez, me chamando. Eu não vou chorar de novo. Não na frente dele. Ele não merece mais nada de mim.

Fui praticamente correndo pro apartamento. Se eu chorasse de novo, não seria por tristeza, mas por raiva. Ele me fez de idiota. E a sem noção aqui caiu de novo na mentira. Eu não sei quem odeio mais. Ele por ter mentido pra mim, ou eu por ter acreditado nele.

Arrumei minhas coisas e coloquei a Valentina dentro da gaiola. Ela chiou, mas eu não estava ligando. Enquanto eu arrumava minhas coisas, liguei pra um táxi e pedi pra ele vim me buscar. Quase derrubei umas coisas do Derek fazendo isso. Foda-se. Nem ligo.

(...)

– Você tá em Londres? - Perguntei pro Andrew já indo pro aeroporto, dentro do táxi.

– To, Lily. Você tá com a voz chorosa. O que aconteceu?

– Não to chorando. Juro. Vai pro Colorado? Por favor?

– Agora?

– É... Eu preciso de você. - Murmurei, mas pelo suspiro dele, sei que ele ouviu.

– Ok. To indo. - Me despedi dele e desliguei. Sabia que pra ele vim agora pra cá não seria problema com o dinheiro. Se eu não soubesse, não pediria pra ele vim pros Estados Unidos me acudir.

(...)

Eu já estava a quatro horas esperando o Andrew sentada no sofá de uma cafeteria. A Valentina já estava enlouquecendo dentro da gaiola. Mas eu não posso soltar ela agora. Não no meio do aeroporto. É capaz de alguém me prender aqui. Ouvi que o voo dele chegou e peguei todas as coisas, que estavam no carrinho, e fui pro portão de desembarque. Fiquei esperando ele por alguns minutos e depois só vi um cabelo moreno, não muito grande, normal pra falar a verdade, e uma blusa do Guns. Não podia ser outra pessoa. Quando ele passou do portão, fui até ele. O abracei como se não o visse a anos. E ele fez o mesmo.

– Juro que eu achei que ia te encontrar quase desesperada. - Hey, eu to desesperada.– Por fora, quero dizer. - Sorri de canto.

– Tenho que controlar né. To num lugar público. - Ele riu fraco e passou um braço pelos meus ombros, me conduzindo até a saída, e com o outro foi empurrando o carrinho, onde ele já tinha deixado uma mochila dele.

Ele não perguntou o que tinha acontecido, e não iria me perguntar. Talvez amanhã, mas acho que não. Andrew me conhece e sabe mais do que ninguém que não quero falar sobre isso.

– Eu to com fome. - Ele disse quando já estávamos do lado de fora do aeroporto.

– Eu to com fome por dois ainda. Não reclama. - Disse rindo fraco. - Mas eu preciso deixar a Valentina em casa. - Ele olhou pra gaiola que eu carregava como se fosse minha vida.

– O que tem aí dentro?

– Minha coelha.

– Quem te deu? - Ele devia tá pensando que era o Derek.

– Meu irmão. - Ele sorriu de canto. Andy chamou um táxi e fomos até Lastdille. Quase duas horas até lá. E eu estava morta de cansaço bem antes de entrar no carro.

(...)

Abri a porta de casa e vi que meu pai quase pulou do sofá.

– Oi. - Disse e ele ficou olhando confuso pra mim.

– Já sentiu saudades de mim ou...? - Ri fraco.

– Um pouco. - Dei um beijo na bochecha dele. - Eu vim deixar a Valentina e to saindo com o Andrew. - Ele olhou pro Andy e fez um aceno de mão, que o Andrew retribuiu. Deixei as coisas da Valentina na lavanderia e subi deixando ela no meu quarto. Meu pai não tinha mudado nada lá. Estava do jeito que eu deixei. Até com as coisas que eu preferia não levar. Desci, deu um beijo na bochecha dele de novo e saí com o Andrew.

Já fazia um tempo que a gente estava caminhando sem dizer nada. As vezes eu o via olhar pra mim confuso e esperando que eu dissesse alguma coisa. Chegamos em uma lanchonete e entramos. Sentamos e fizemos os pedidos.

– Ele mentiu pra mim de novo. - Disse e o Andrew não falou nada. - Eu to cansada já. - Afundei meu rosto nas minhas mãos. - E eu quero tentar. - Ele tirou minhas mãos do meu rosto e ficou olhando pra mim.

– Você tá falando... - O interrompi.

– De nós, Andy. - Ele sorriu. - Apesar de antigamente eu te achar chato pra cassete, você foi o único menino que nunca me magoou. Isso realmente é raro. - Disse a ultima frase rindo fraco.

– Eu nunca vou magoar você. Eu prometo. - Ele pegou na minha mão e sentou do meu lado. Andrew me beijou. Eu sabia que nunca me arrependeria da escolha que fiz. Não mesmo.

(...)

– Você vai voltar pra lá então? - Meu pai perguntou se eu voltaria pra Londres.

– Acho que sim. Não sei direito.

– Não. Eu quero ver meu neto nascer. Andrew, eu sei que você tem escola. Se quiser falar com os seus pais e ficar aqui, por mim tudo bem. Mas a Lily não vai. - Ele assentiu.

– Ok, pai. - Falei acariciando a Valentina.

(...)

– E você vai voltar pra lá?

– Ainda não, Katy. Eu vou só depois de eu ter o neném.

– Pelo menos eu sei que você vai ficar bem.

– Aw! - Disse abraçando a Katy.

– Lily?

– Hm.

– Você tá bem? - Ela disse me olhando. - Tipo, bem mesmo?

– Não sei. Eu prometi pra mim mesma que não ia chorar, e não vou fazer isso. Mas é estranho. Eu penso que isso tudo foi tipo uma ilusão. Quando eu conheci o Derek ele não era assim. Mas pelo jeito, como eu mudei nesse tempo, ele também mudou. A diferença é que eu mudei pra melhor. - Ela sorriu como se concordasse comigo.

– Eu sei. - Bateram na porta do meu quarto e um segundo depois o Andrew a abriu.

– Eu to com fome e vocês?

– Credo, garoto. Só pensa em comida.

– To em fase de crescimento. - Ri e fui empurrando ele pra fora com a Katy atrás de mim.

Derek não me procurou mais. Em vez disso, a mãe dele veio me perguntar o que tinha acontecido. E quando viu minha barriga de cinco meses quase teve um troço. Não contei pra ela que ele me traiu, que mentiu pra mim. Só disse que não dava mais. Ryan não tinha mais falado com o Derek e eu não o vi mais durante um tempo. Seis meses depois daquilo, ele voltou nas férias pra ver a mãe dele. Sabia os lugares que ele saía e evitava ir lá. Lógico que ele apareceu em casa pra ver como estava o neném e trouxe uma caixa de brinquedos. E disse que mesmo nós separados, ele não ia deixar de ver a criança. Eu disse que lógico que não e que ele podia ver o neném sempre que quisesse.

Andrew vinha de mês em mês me ver. Sempre no tempo de eu fazer a ultrassom pra ele poder me acompanhar. Antes da ultrassom do quarto mês, apostamos se seria um menino ou menina. Ganhei 100 dólares porque eu disse que seria um menino. E o Andrew não vinha sozinho. A mãe dele sempre vinha com ele. Ela era um amor de pessoa.

No meu oitavo mês, a Barbara resolveu aparecer. Ela disse que sempre sabia que eu ia largar o Derek e ia namorar o Andrew. Não a respondi, só sorri de canto. Ela resolveu me mimar comprando quase o enxoval inteiro do Lucas, nome que escolhi junto com o Andrew e com a Charlie, que como madrinha quis dar opinião em tudo.

Katy, obviamente, ficou mega enciumada e eu disse que o menino ia ter duas madrinhas. Ela ia ver o Ryan quase todo fim de semana na capital. E ela toda vez trazia algo pra mim que o Ryan comprava.

Megan e Drew vieram me ver nas férias. Trouxeram um ursinho pro neném. Na verdade, eu estava quase pegando o ursinho pra mim de tão fofo que era.

Eu estava sentada na varanda de casa. Ouvi a porta da sala abrir, mas não olhei. Andrew apareceu na minha frente segurando algo atrás.

– O que tem aí? - Perguntei curiosa. Ela trouxe a mão pra frente e era uma caixa de chocolate. - Só meu?

– Claro. Só cuidado pra não se entupir de chocolate.

– Será que é hoje?

– Hm... Acho que não. - Ele me deu um selinho. - Mas acho que até o fim de semana ele nasce.

– O médico disse que até quinta.

– Então. Hoje é domingo. Eu liguei pro Derek falando que essa semana nasce.

– E o que ele disse?

– Que vai pedir folga e vim pra cá. Mais provável que ele venha na quarta ou terça. - Dei de ombros. - Espero que puxe você. - Ri fraco.

– Talvez. Será que ele vai ter olhos verdes?

– Capaz de serem azuis. - Ele disse observando os meus, que são.

– Eu tenho certeza que vai ser lindo. - Disse acariciando minha barriga.

– Lógico que vai. - Sorri.

– Obrigada. - Disse pegando na mão dele.

– Pelo o que?

– Por me ajudar.

– Acho que tem que agradecer sou eu, por você ter me dado uma chance. - Sorri e ele me beijou.


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Notas finais do capítulo

Vlh... Já acabou .-. Só eu acho q passou rápido de mais ou vcs tbm? Eu espero q tenham gostado do final. Mas acho q sim. Algumas pessoas me pediram pra deixar ela o Derek separados .-. Mas enfim, obg por TUDO. Sério mesmo. Qdo eu tava com dificuldades de escrever e falei pra vcs, vcs me compreenderam e eu sei q nem todas as pessoas são assim. Obg por cada review, obg por cada favorito, obg por utilizarem o tempo de vcs lendo a história. Eu só tenho a agradecer. Ah, vai ter epílogo! Xoxo :3



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