All I Want Is You - Segunda Temporada escrita por Carol Munaro
Notas iniciais do capítulo
ooi gente! Mil perdões não ter postado ontem. É q na madrugada de quinta pra sexta eu passei mal de novo e fiquei até as 4 horas no hospital .-. Enfim, boa leitura :3
- Pai? – Perguntei entrando na cozinha.
- Não te quero falando com o Derek. – Ele disse bravo.
- Eu sei... – Suspirei. Tomei meu café da manhã em silencio. Não iria falar pra ele agora. Não com ele bravo assim. – Cadê o Ryan? – Perguntei um tempo depois.
- Na casa da Katy.
- O senhor vai sair hoje?
- Não. Por que tanta pergunta?
- Nada ué. Só to curiosa. – Ele murmurou um “hm” e foi pra sala.
(...)
- Já falou com ele? – Ryan perguntou se referindo ao meu pai e sentando do meu lado na varanda.
- Ainda não. Ele não estaria calmo assim se eu já tivesse.
- Vai contar quando?
- Daqui a pouco. – Ele me olhou.
- Vocês vão voltar agora que...? – Ele gesticulou fazendo gestos apontando pra minha barriga. Desde que o Ryan descobriu que estou grávida, ele tem evitado usar essa palavra. Não sei por que.
- Não sei. Eu to confusa. Eu devo?
- Essa é uma decisão sua. Eu não tenho que me meter. Mas já que você pediu a minha opinião, não.
- Escutei ele falando pro pai hoje cedo que ia sugerir que eu fosse com ele pra Califórnia.
- E se ele quiser mesmo isso, você vai?
- Eu não sei. Eu to tentando pensar em como vai ficar minha vida se a gente voltar ou não.
- E deixa eu adivinhar, o melhor jeito é com ele? – Mordi a parte de dentro da bochecha.
- Qual o melhor jeito de falar com o pai? – Ele riu fraco.
- Acho que não tem melhor jeito.
- Tem que ter um.
- Ele vai ter a mesma reação independente do que você fale. Então, acho melhor despejar tudo de uma vez.
- Tipo “to grávida”?
- É.
- Vai ser estranho.
- Mesmo que você já tivesse casada e tivesse 30 anos seria estranho. – Ri fraco.
- Bom, vou lá. – Levantei e entrei em casa. Meu pai tinha acabado de chegar de um restaurante que ele foi com a Elena. Pelo menos ele tá mais animado que hoje de manhã. – Pai?
- To na sala. – Fui até lá.
- A gente precisa conversar. – Disse me sentando no sofá do lado da poltrona que ele estava.
- Eu sei. Não quero você falando com o Derek de novo.
- Eu ouvi a discussão hoje de manhã. Eu entendo que você só quer o meu bem, mas essa é uma decisão só minha.
- Ok. Mas depois não vem chorando dizendo que ele te traiu de novo.
- Eu não fui até você dessa vez e, se isso acontecer de novo, seja com ele ou qualquer outra pessoa, eu também não irei te incomodar. E não to pensando só no meu bem.
- No meu é que não tá. – Ele murmurou e eu respirei fundo.
- Eu to pensando no bem do meu filho. – Despejei tudo de uma vez. Meu pai estava me deixando nervosa me tratando como se eu tivesse seis anos e não soubesse me cuidar.
- Você tá o que? Acho que não ouvi direito.
- Eu to grávida. – Já perdi as contas de quantas vezes já falei isso só essa semana.
- Você só pode tá brincando comigo. Isso é algum tipo de piada sem graça, Lilian? – Engoli em seco. – Você perdeu parte da sua vida por um garoto que nem liga pra você! E... – Ele estava respirando fundo. Levantei a cabeça. Na verdade, meu pai estava com falta de ar.
- Ryan! – Berrei correndo até ele. – Tenta respirar fundo e solta o ar pela boca. – Disse pro meu pai.
- Será que a gente vai ter que ir pro hospital? – Ryan perguntou.
- Lógico né.
- Vai abrindo o carro que eu levo ele pra lá. – Assenti.
(...)
Meu pai estava fazendo exames. Ele passou mal de nervoso e quase teve um ataque cardíaco. Sem exageros. Eu e o Ryan estávamos na sala de espera. Olhei pro lado e vi o Derek entrando no hospital. Eu juro que vou socar esse garoto. Me levantei e fui até ele o empurrando até o lado de fora e saindo também.
- Tá fazendo o que aqui?
- Minha mãe disse que viu você entrando aqui. Fiquei preocupado que fosse algo com o bebê. – Bufei.
- Meu pai que passou mal, não eu.
- Ele tá bem?
- Não sei. Ele quase teve um ataque cardíaco quando eu contei que vou ser mãe.
- Eu sei que não é o momento, mas você sabe que a gente precisa continuar a conversa.
- Exatamente. Esse não é o momento. – Me virei pra entrar no hospital de novo.
- Amanhã de tarde no parque? – Olhei pra ele e fiz que sim com a cabeça. – Te ligo quando sair de casa.
- Manda mensagem. – Disse e entrei no hospital.
- O que ele queria? – Ryan perguntou quando entrei na sala de espera.
- Ele achou que era eu que tava passando mal. O pai vai demorar?
- Daqui a pouco ele tá saindo. – Ficamos esperando pelo meu pai por mais ou menos meia hora. Ele veio até nós e disse que os exames ficariam prontos amanhã, mas que com certeza não era nada de mais. Fomos o caminho até em casa em silencio. Fui a primeira a sair do carro e subi direto pro meu quarto.
(...)
- Ele falou alguma coisa desde que vocês voltaram do hospital? – Andrew perguntou no Skype. Falei pra ele que contei pro meu pai.
- Não. Só falta ele ficar sem falar comigo.
- Ele não vai fazer isso.
- Vou me encontrar com o Derek amanhã.
- Vocês vão voltar?
- Não sei. Eu não quero criar um filho sozinha também.
- Dá pra ele te ajudar. Mesmo que vocês fiquem separados. – Mordi a parte de dentro da bochecha.
- Ouvi ele dizendo pro meu pai hoje de manhã que quer que eu vá morar com ele.
- E o que você tá pensando disso?
- To vendo os prós e contras. O que me impede de ir é que ele... me traiu né. Se não fosse isso, eu não precisaria pensar duas vezes.
- Cuidado pra não se arrepender depois, Lily.
- Vou me cuidar, Andy.
(...)
- Vai onde? – Ryan perguntou me vendo ir até a porta de casa.
- Não demoro. – Saí e fui até a pracinha. Cheguei lá e olhei em volta. Derek ainda não tinha chego. A casa dele era um pouco mais longe que a minha. Sentei num banco e esperei por ele. Pouco tempo depois o vi chegando com uma sacola na mão.
- O que é isso? – Perguntei quando ele estava mais perto.
- Oi pra você também. E eu espero que você goste. – Ele disse e sentou do meu lado. Peguei o pacote e abri. Era uma roupinha de neném.
- Você tá fazendo piada ou...?
- Lógico que não. É bonitinho né? – Suspirei.
- O que você espera que eu faça?
- Que você me perdoe e vá comigo pra Califórnia.
- As coisas não são simples, Derek.
- Mas também não são tão complicadas. Um filho não é um bicho de cabeças, Lily.
- Eu não sei nem cuidar da Valentina direito. Como é que eu vou cuidar de uma criança?
- Minha mãe e muito menos a sua nasceram sabendo. A gente vai se adaptar.
- Você tá contando mesmo que a gente volte.
- Sinceramente, eu to quase te implorando. – Fiquei olhando pra ele. Minha razão estava dizendo pra eu mandar ele pra puta que pariu e voltar pra casa. Mas como a manteiga derretida que sou, cheguei a conclusão que eu preciso dele. Não por causa do meu filho, mas por mim mesma. Ele virou parte de mim.
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Xoxo :3