All I Want Is You - Segunda Temporada escrita por Carol Munaro


Capítulo 31
Not Simple


Notas iniciais do capítulo

ooi gente! Mil perdões não ter postado ontem. É q na madrugada de quinta pra sexta eu passei mal de novo e fiquei até as 4 horas no hospital .-. Enfim, boa leitura :3



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- Pai? – Perguntei entrando na cozinha.

- Não te quero falando com o Derek. – Ele disse bravo.

- Eu sei... – Suspirei. Tomei meu café da manhã em silencio. Não iria falar pra ele agora. Não com ele bravo assim. – Cadê o Ryan? – Perguntei um tempo depois.

- Na casa da Katy.

- O senhor vai sair hoje?

- Não. Por que tanta pergunta?

- Nada ué. Só to curiosa. – Ele murmurou um “hm” e foi pra sala.

(...)

- Já falou com ele? – Ryan perguntou se referindo ao meu pai e sentando do meu lado na varanda.

- Ainda não. Ele não estaria calmo assim se eu já tivesse.

- Vai contar quando?

- Daqui a pouco. – Ele me olhou.

- Vocês vão voltar agora que...? – Ele gesticulou fazendo gestos apontando pra minha barriga. Desde que o Ryan descobriu que estou grávida, ele tem evitado usar essa palavra. Não sei por que.

- Não sei. Eu to confusa. Eu devo?

- Essa é uma decisão sua. Eu não tenho que me meter. Mas já que você pediu a minha opinião, não.

- Escutei ele falando pro pai hoje cedo que ia sugerir que eu fosse com ele pra Califórnia.

- E se ele quiser mesmo isso, você vai?

- Eu não sei. Eu to tentando pensar em como vai ficar minha vida se a gente voltar ou não.

- E deixa eu adivinhar, o melhor jeito é com ele? – Mordi a parte de dentro da bochecha.

- Qual o melhor jeito de falar com o pai? – Ele riu fraco.

- Acho que não tem melhor jeito.

- Tem que ter um.

- Ele vai ter a mesma reação independente do que você fale. Então, acho melhor despejar tudo de uma vez.

- Tipo “to grávida”?

- É.

- Vai ser estranho.

- Mesmo que você já tivesse casada e tivesse 30 anos seria estranho. – Ri fraco.

- Bom, vou lá. – Levantei e entrei em casa. Meu pai tinha acabado de chegar de um restaurante que ele foi com a Elena. Pelo menos ele tá mais animado que hoje de manhã. – Pai?

- To na sala. – Fui até lá.

- A gente precisa conversar. – Disse me sentando no sofá do lado da poltrona que ele estava.

- Eu sei. Não quero você falando com o Derek de novo.

- Eu ouvi a discussão hoje de manhã. Eu entendo que você só quer o meu bem, mas essa é uma decisão só minha.

- Ok. Mas depois não vem chorando dizendo que ele te traiu de novo.

- Eu não fui até você dessa vez e, se isso acontecer de novo, seja com ele ou qualquer outra pessoa, eu também não irei te incomodar. E não to pensando só no meu bem.

- No meu é que não tá. – Ele murmurou e eu respirei fundo.

- Eu to pensando no bem do meu filho. – Despejei tudo de uma vez. Meu pai estava me deixando nervosa me tratando como se eu tivesse seis anos e não soubesse me cuidar.

- Você tá o que? Acho que não ouvi direito.

- Eu to grávida. – Já perdi as contas de quantas vezes já falei isso só essa semana.

- Você só pode tá brincando comigo. Isso é algum tipo de piada sem graça, Lilian? – Engoli em seco. – Você perdeu parte da sua vida por um garoto que nem liga pra você! E... – Ele estava respirando fundo. Levantei a cabeça. Na verdade, meu pai estava com falta de ar.

- Ryan! – Berrei correndo até ele. – Tenta respirar fundo e solta o ar pela boca. – Disse pro meu pai.

- Será que a gente vai ter que ir pro hospital? – Ryan perguntou.

- Lógico né.

- Vai abrindo o carro que eu levo ele pra lá. – Assenti.

(...)

Meu pai estava fazendo exames. Ele passou mal de nervoso e quase teve um ataque cardíaco. Sem exageros. Eu e o Ryan estávamos na sala de espera. Olhei pro lado e vi o Derek entrando no hospital. Eu juro que vou socar esse garoto. Me levantei e fui até ele o empurrando até o lado de fora e saindo também.

- Tá fazendo o que aqui?

- Minha mãe disse que viu você entrando aqui. Fiquei preocupado que fosse algo com o bebê. – Bufei.

- Meu pai que passou mal, não eu.

- Ele tá bem?

- Não sei. Ele quase teve um ataque cardíaco quando eu contei que vou ser mãe.

- Eu sei que não é o momento, mas você sabe que a gente precisa continuar a conversa.

- Exatamente. Esse não é o momento. – Me virei pra entrar no hospital de novo.

- Amanhã de tarde no parque? – Olhei pra ele e fiz que sim com a cabeça. – Te ligo quando sair de casa.

- Manda mensagem. – Disse e entrei no hospital.

- O que ele queria? – Ryan perguntou quando entrei na sala de espera.

- Ele achou que era eu que tava passando mal. O pai vai demorar?

- Daqui a pouco ele tá saindo. – Ficamos esperando pelo meu pai por mais ou menos meia hora. Ele veio até nós e disse que os exames ficariam prontos amanhã, mas que com certeza não era nada de mais. Fomos o caminho até em casa em silencio. Fui a primeira a sair do carro e subi direto pro meu quarto.

(...)

- Ele falou alguma coisa desde que vocês voltaram do hospital? – Andrew perguntou no Skype. Falei pra ele que contei pro meu pai.

- Não. Só falta ele ficar sem falar comigo.

- Ele não vai fazer isso.

- Vou me encontrar com o Derek amanhã.

- Vocês vão voltar?

- Não sei. Eu não quero criar um filho sozinha também.

- Dá pra ele te ajudar. Mesmo que vocês fiquem separados. – Mordi a parte de dentro da bochecha.

- Ouvi ele dizendo pro meu pai hoje de manhã que quer que eu vá morar com ele.

- E o que você tá pensando disso?

- To vendo os prós e contras. O que me impede de ir é que ele... me traiu né. Se não fosse isso, eu não precisaria pensar duas vezes.

- Cuidado pra não se arrepender depois, Lily.

- Vou me cuidar, Andy.

(...)

- Vai onde? – Ryan perguntou me vendo ir até a porta de casa.

- Não demoro. – Saí e fui até a pracinha. Cheguei lá e olhei em volta. Derek ainda não tinha chego. A casa dele era um pouco mais longe que a minha. Sentei num banco e esperei por ele. Pouco tempo depois o vi chegando com uma sacola na mão.

- O que é isso? – Perguntei quando ele estava mais perto.

- Oi pra você também. E eu espero que você goste. – Ele disse e sentou do meu lado. Peguei o pacote e abri. Era uma roupinha de neném.

- Você tá fazendo piada ou...?

- Lógico que não. É bonitinho né? – Suspirei.

- O que você espera que eu faça?

- Que você me perdoe e vá comigo pra Califórnia.

- As coisas não são simples, Derek.

- Mas também não são tão complicadas. Um filho não é um bicho de cabeças, Lily.

- Eu não sei nem cuidar da Valentina direito. Como é que eu vou cuidar de uma criança?

- Minha mãe e muito menos a sua nasceram sabendo. A gente vai se adaptar.

- Você tá contando mesmo que a gente volte.

- Sinceramente, eu to quase te implorando. – Fiquei olhando pra ele. Minha razão estava dizendo pra eu mandar ele pra puta que pariu e voltar pra casa. Mas como a manteiga derretida que sou, cheguei a conclusão que eu preciso dele. Não por causa do meu filho, mas por mim mesma. Ele virou parte de mim.


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Notas finais do capítulo

Xoxo :3



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