All I Want Is You - Segunda Temporada escrita por Carol Munaro


Capítulo 29
I'll be fine


Notas iniciais do capítulo

Ooi gente! Boa leitura :3



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Resolvi descer. Eu já estava a quase uma hora trancada no quarto e ficar assim não faz muito meu tipo. Pelo menos não por dois dias.

Saí do quarto e escutei vozes e também percebi que a televisão estava ligada. Desci as escadas e, pelo barulho dos meus passos – e também porque a escada tá um pouco velha e fica rangendo. – meu pai, Katy e Ryan se viraram. Meu pai desligou a televisão e eles continuaram me olhando.

– Vamos sair? – Katy perguntou vindo na minha direção.

– Valeu, mas não.

– Você precisa se distrair. – Ela disse no meu ouvido me empurrando pra cozinha.

– Não to afim, Katy. – Olhei pra ela, que parecia aflita.

– O que aconteceu? – Ela fez que não com a cabeça como se falasse “nada”. – O que você contou pro Ryan? – Ela me olhou.

– Eu nunca conto segredos seus pro Ryan.

– Sei lá. Vai que saiu sem querer...

– Não existe “sem querer” comigo, Lily.

– O que tá acontecendo então?

– Nada.

– Vamos? – Ryan disse entrando na cozinha. Katy assentiu. Ele me olhou. – Vem com a gente?

– Não nasci pra ser vela. Mas obrigada.

– Deixa de ser idiota. Vem com a gente. – Ryan insistiu.

– Onde vocês vão?

– Comer. A gente até deixa você escolher onde. – Ele disse e eu mordi a parte de dentro da bochecha.

– Vou me trocar e já desço. – Eles assentiram. Eu sei que eles estavam fazendo isso porque estão com pena de mim. Isso me deixa com raiva, mas finjo não ligar. Poxa, eu não sou nenhuma coitada. E tem gente que precisa mais da pena deles do que eu.

– To pronta. – Disse no corredor entre a sala e a cozinha. Eles saíram primeiro. Fui até a sala e dei um beijo na bochecha do meu pai e saí com eles.

(...)

Ryan e Katy estavam rindo de alguma coisa que eles estavam falando, mas que não prestei muita atenção. Escolhi a primeira lanchonete que veio na minha cabeça e pra lá fomos. Não era muito longe de casa. Então, decidimos vir a pé. Depois daqui, eles decidiram que voltaremos pra casa e eles querem que eu vá até uma balada na cidade vizinha com eles. Não estou afim. E um dos motivos é eu saber que a Katy vai querer que eu fique com alguém. Também não estou afim de trocar saliva.

– Ouviu Lily? – Ryan perguntou e eu parei de encarar o lanche e olhei pra ele.

– Oi?

– Eu perguntei se você tá afim de ir ao lago.

– Não sabia que vocês iam ao lago.

– Decidimos agora. Um bate-volta. – Murmurei um “hm” e ouvi ele suspirar se levantando.

– Vamos? – Assenti. – Então, amanhã nós vamos ao lago ok? – Fiz que sim com a cabeça novamente. “O lago” é como chamamos o lugar onde íamos passar nosso fim de ano toda vez quando meu pai e a Barbara estavam juntos. Não lembro muito lá. Até achei que meu pai tinha vendido a casa. Pelo jeito, não.

Eles foram o caminho todo de volta conversando, enquanto eu só escutava algumas partes e respondia o que falavam comigo.

– Você vai se arrumar? – Katy perguntou quando chegamos na porta.

– Eu não vou.

– Ah, qual é, Lily! Vai ser divertido.

– Ahn... Fica pra outro dia. Até amanhã. – Ryan deu um beijo na minha testa e eles entraram no carro. Entrei em casa e vi que meu pai estava dormindo no sofá. Tirei o copo quase vazio de cerveja da mão dele. Sabia que ele iria querer falar comigo, então não o acordei. Só peguei uma coberta e joguei por cima dele. Subi pro meu quarto e tomei banho. Depois, deitei na minha cama e peguei meu celular. Tinham quatro chamadas não atendidas do Andrew, umas vinte do Derek e uma mensagem da Charlie.

“Atende o celular!!!!! Tem essa porra pra que?????”

“Depois te ligo. Péra.”

Respondi e liguei pro Andrew.

– Você tá bem? – Ele me perguntou com a voz sonolenta. Lembrei que já era tarde aqui e que ele tinha voltado pra Austrália. Lá devia tá no meio da madrugada.

– É que você me ligou. Desculpa.

– Foi nada... O que você tem?

– Por que?

– Sua voz tá estranha. – Não falei nada. – Derek tava indo pra aí? – Só agora me deu conta de que ele não veio aqui. Ou veio e o meu pai mandou ele ir embora.

– Que eu saiba sim. A gente... terminou.

– Ah... Ele foi de avião?

– Se ele veio, provavelmente. Mas eu não sei onde ele tá. – Ele ficou quieto por um tempo.

– Já passou da meia noite aí? – Olhei no canto da tela do celular.

– Já.

– Feliz aniversário, pequena. – Sorri.

– Obrigada, Andy.

– Por que vocês terminaram? – Mordi meu lábio. – Desculpa perguntar, mas a curiosidade foi maior.

– Ele me traiu. – Ele murmurou somente “hm”. Mas eu sabia que ele estava xingando o Derek mentalmente. – Andy?

– Como você tá?

– Cansada, acabada... Mas eu vou ficar bem.

– Eu sei que vai. – Engoli o choro de novo. Eu consegui esconder de todo mundo. Do meu pai, do Derek, até do Ryan, mas eu não ia conseguir esconder isso do Andrew. Ainda mais que eu me sinto protegida perto dele como não me sinto com ninguém. Ninguém mesmo.

– Eu não sei o que eu vou fazer...

– Lily, você mesma disse que vai ficar bem. Te garanto que é coisa de momento.

– Eu to grávida, Andy. – Disse e enfiei minha cara no travesseiro pra abafar o choro.

– Você tá o que? Não consegui ouvir a ultima parte.

– Gravida. Eu to gravida! – Falei mais alto. Ok, bem mais alto. Ele ficou quieto por um tempo e eu podia ouvir uns suspiros e umas fungadas.

– Ele sabe?

– Não.

– Você vai contar né?

– Não sei. Pensando melhor, acho que sim. – Ouvi o barulho da porta da sala. – Eu vou desligar.

– Qualquer coisa me liga.

– Ok. Te ligo amanhã.

– Tá. Se cuida!

– Você também! – Desliguei o telefone. Eu não estava com sono. Resolvi ligar a televisão. A essa hora da madrugada estava passando jornal. De tragédia já basta minha vida. Peguei o controle pra mudar de canal quando ouvi o que a mulher estava falando.

“Ainda não sabemos o numero de vitimas do voo 402 de San Francisco para o Colorado”

Olhei pra tv. Não. Isso só pode ser praga de alguém. Ouvi abrirem a porta do meu quarto, mas nem olhei pra ver quem era. Mas eu sabia que era o Ryan. Só podia ser ele.

– Ele tava vindo, não é? – Ele não respondeu. – Ele... tá morto? – Engoli em seco.

– Eu não sei, Lily. Ele pode ter vindo de carro. – Olhei pra ele.

– Eu duvido muito. – Ryan desligou a televisão e sentou do meu lado. Ficamos os dois assim. Ele sentado fazendo carinho no meu braço e eu deitada na cama. Não entrei em desespero como normalmente faço. Só... fiquei quieta e desejando que o Derek batesse aqui na porta a qualquer hora. Mesmo se o Ryan fosse pra cima dele. Pelo menos eu saberia que ele tá bem.


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Notas finais do capítulo

Não queiram me matar!! Só isso q peço .-. kk Lembrem q ainda tem >coisas< pra acontecer, mesmo q já esteja no final. E como sou uma pessoa legal (só q nao), digo pra lembrem-se da ultima frase do Ryan. Xoxo :3



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