All I Want Is You - Segunda Temporada escrita por Carol Munaro
Notas iniciais do capítulo
ooi gente! Então... a fic tá acabando mesmo. Acho q termino essa semana .-. Enfim, boa leitura :3
– Quem é? – Perguntei pra pessoa do outro lado da linha.
– Aqui é do consultório do doutor Wilden. Ele pediu pra senhorita voltar aqui com o exame.
– Ah tá... Que dia?
– Hoje ou amanhã.
– Hoje de tarde eu passo aí, ok?
– Ok. Tenha um bom dia. – Desliguei o telefone. Era dez horas da manhã. Bufei. Que ótimo.
Tentei dormir por mais tempo, mas não consegui. Levantei da cama, tomei banho e desci.
– Achei que ia dormir mais. – Meu pai disse quando entrei na cozinha.
– Pretendia. Mas me acordaram. Vou ter que voltar no consultório.
– Pra que?
– Sei lá. – Olhei pra mesa. – Cadê o bolo?
– Sem bolo.
– Pai, é só um bolo. – Ele me ignorou e botou uma maçã na minha frente. Bufei e comecei a comer a maçã.
– To indo trabalhar. – Ele me deu um beijo na testa.
– Achei que tava de folga hoje.
– Só vou entrar mais tarde. – Dei de ombros. – Ah, e vou sair depois do trabalho.
– Ok. – Ele saiu e eu fui pra sala.
(...)
– Pra que você tem que voltar lá?
– Eu não sei, Katy. – Decidimos ir até a clinica a pé. Já estávamos quase na metade do caminho.
– O exame tá contigo?
– Tá.
– Ai... Olha isso. – Ela disse apontando pra uma doceria. Da calçada dava pra ver alguns doces.
– A gente passa aí depois.
– Você não pode comer. – Revirei os olhos.
– Eu to com anemia, não com diabetes.
– E você comeu o que no café da manhã?
– Maçã. – Disse e bufei. – Meu pai tirou o bolo do café da manhã.
– Eu comi ovos com bacon. – Ela disse e sorriu.
– Nossa, obrigada. Sua linda. – Disse com ironia e ela riu.
– Ah, foi mal. Não lembrei.
(...)
– Então, doutor, qual o problema?
– Eu troquei o seu exame com o de uma senhora. Desculpa, senhorita Montes.
– Pelo menos vou poder voltar a comer bacon. – Disse e Katy riu fraco. – Eu tenho que desmarcar com a nutricionista né?
– Sim, já pedi pra desmarcarem e colocarem a senhora no seu lugar. – Assenti. Devolvi o exame pra ele. – Só uma pergunta, quantos anos você tem?
– Vou fazer dezessete no domingo. – Ele me olhou receoso. – É algo grave?
– Na verdade, isso depende do ponto de vista. – Eu e a Katy nos entreolhamos.
– Eu vou morrer? – Ele riu fraco.
– Não. Você tá perfeitamente saudável. – Arqueei uma sobrancelha. – Você tá gravida. Bem que eu estranhei quando peguei o exame da senhora Beckan. É estranho uma mulher de sessenta anos grávida. – Ri.
– Ótima piada, doutor. Mas sério, o que eu tenho?
– Nada. Não foi uma piada. Você tá gravida de quase três meses. – Senti uma tontura e uma dor muito forte na cabeça. Apoiei minhas mãos na mesa do médico e apertei conforme a dor ia aumentando. Senti uma mão no meu ombro que, obviamente, era da Katy. Depois disso, apaguei.
(...)
– Achei que você não ia acordar mais. – Katy disse depois de eu abrir os olhos. Senti eles arderem e pensei comigo mesma “não vou chorar”.
– Eu to fudida. – Murmurei. Olhei em volta e percebi que eu estava num quarto. – Onde eu to?
– A gente tá na clinica ainda. Você desmaiou e o médico preferiu colocar você num quarto. – Mordi a parte de dentro da bochecha.
– A quanto tempo a gente tá aqui?
– Umas duas horas.
– A gente pode ir embora já? – Katy fez sinal pra eu esperar e saiu do quarto. Tentei não pensar em nada, o que foi completamente impossível. Eu carrego alguém dentro de mim. Esse pensamento é completamente estranho pra mim e me fez estremecer.
Ouço a porta ser aberta novamente e vejo o médico entrando com a Katy no quarto.
– Você tá se sentindo bem? – Ele me perguntou.
– To.
– Sem tontura, sem nada? – Senti meu estomago embrulhar.
– To enjoada só.
– Bem, isso é normal. Você tá liberada já. – Levantei da cama, me despedi dele e saímos.
– Quer passar em algum lugar?
– Preferia ficar sem o bacon. – Disse e ela olhou pra mim. Bufei. – A gente pode passar na doceria. E eu não quero dormir em casa hoje. – Ela deu de ombros.
– Vai falar pro Derek ainda hoje?
– Hm... Não. Eu vou ver ele no sábado. Aí já conto.
– Ele sabe que você vai pra lá? – Fiz que não com a cabeça e ela não disse mais nada até chegarmos a doceria, assim como eu.
– Vai querer o que? – A garçonete perguntou pra nós duas. Katy pediu um bolo de chocolate com morango e eu pedi o mesmo.
– Isso parece praga da minha mãe. – Disse quando já estávamos sentadas e ela olhou confusa pra mim. – Ela disse que eu ia acabar ficando gravida também quando viu a Charlie. – Disse e revirei os olhos.
– Sua mãe, que não é sua mãe, é estranha. – Dei de ombros.
– Quase me esqueci disso. Já não sou mais problema dela.
(...)
– Ele sabe? – Charlie me perguntou. Estávamos conversando pelo Skype. Katy estava tomando banho. Estávamos na casa dela.
– Ainda não.
– Vai contar quando?
– Sábado.
– E como você tá?
– Não sei direito. To me sentindo estranha.
– Quem sabe já?
– Você e a Katy. Nem rola contar pro Ryan ainda. Acho que ele me mataria.
– E o seu pai? – Ela perguntou. Arqueei as sobrancelhas. Passei uma mão pelo cabelo nervosa.
– Ele vai me matar. – Afundei a cabeça no teclado.
– Péra. – Ouvi ela dizer e dei de ombros ainda com a cabeça no teclado. Senti meus olhos arderem de novo e quando dei por mim, meu rosto já estava encharcado, assim como o teclado.
– Lily? – Levantei a cabeça quase como se eu tivesse levado um susto.
– Ah, oi, Andy. Achei que você tava viajando. – Ele se sentou do lado da Charlie.
– Eu voltei mais cedo por uns problemas do meu pai. Enfim, nada de importante. Por que você tá chorando? – Mordi a parte de dentro da minha bochecha. Já perdi a conta de quantas vezes fiz isso hoje.
– Nada de mais.
– Brigou com o Derek?
– Não. – Ele arqueou uma sobrancelha, mas não falou mais nada. Charlie conduziu a conversa pra um assunto completamente diferente e não voltamos a falar do meu choro. E também não contei pra ele que estou grávida.
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Xoxo :3