Sundelly Sun escrita por caroldaa


Capítulo 63
7 de setembro - II




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Quando eu acordei, eu estava numa sala, onde pelo teto eu reconheci sendo a minha casa. Não consegui me segurar e lágrimas brotaram no meu rosto e caíram como cachoeiras. “Meu inferno tinha acabado!”. Eu não conseguia pensar em outra coisa.


Procurei ao meu redor pelos minha família e o Jake. Estranhei não ter visto o rosto do meu pai zelando o meu sono como ele sempre fazia quando eu estava doente ou resfriada, nem a minha mãe fazendo companhia e sussurrando que tudo ia ficar bem.


Levantei-me ainda tonta e sem muita força, quando uma mão fria se estendeu e tocou-me no ombro.


- Nessie?


- Reissy? – eu esqueci todo o ressentimento que eu tinha com a minha prima, e a enlacei em um envolvente abraço. – Que bom que você está aqui! Eu nunca fiquei tão feliz em vê-la!


- Argh, Nessie! – ela falou com nojo. – Tudo bem, eu também to feliz em te ver aqui, e bem. – senti as bochechas dela se contraírem em um sorriso.


- Cadê todo mundo? – perguntei olhando pros lados, pra ver se alguém apareceria pra me ver, mas ninguém se manifestou.


- Jacob contou que tinha te visto em uma parte da floresta. Tio Ed ficou puto por ele não ter te trazido arrastada pra casa, e por um momento, eu realmente pensei que cabeças fossem rolar, literalmente.


- Meu pai matou o Jacob? – perguntei com os olhos arregalados.


- Lógico que não. Mas você deve isso a o Embry... e ao Seth... e ao Tio Jasper... e ao vô Carlisle.... e a vi Esme...


- Tudo bem! Eu entendi! - rolei os olhos.


- Então, continuando... Depois que tudo se acalmou, e o Jacob explicou que ele iria te ver no outro dia e entregou o diário ao Tio Ed, eles ficaram analisando a melhor forma de acabar com tudo isso. Mas eles estavam contando com a sua volta, inclusive o Jacob que quando não estava com os bebês, estava no local onde vocês se encontraram contando os segundo pra que você voltasse... Coisa que não aconteceu! – ela abaixou a cabeça e ficou fitando o chão por alguns segundos que pareciam a eternidade pra mim.


- Eu.... Jane... ela me pegou.. e eu não consegui sair de lá. Eu fiquei desacordada por 2 dias. Eu não tive como ir... eu estraguei tudo... – respondi aos prantos e entre soluços.


- Calma, Nessie. – ela afagou meu cabelo. – Continuando, depois que você não voltou, eles decidiram ir diretamente pra Volterra exigir explicações e a sua volta pra casa com os Volturi.


- Eu... sa-sabia que-que isso ia-ia aconte-cer... Tudo culpa minha, como sempre. – falei exasperada, gritando.


- Vai ficar tudo bem, Nessie.


Eu queria muito acreditar nas palavras da Reissy, eu nunca esperei tanto acreditar nas palavras dela, mas uma parte de mim estava me martirizando, me culpando por tudo isso. Eles podem morrer nessa batalha, e tudo isso por quê? Por causa de uma idéia idiota de tentar me mostrar adulta pra todo mundo. Eu não quero ser adulta, eu quero meu pai e minha mãe aqui do meu lado.


Encurtei meus joelhos e os abracei enfiando minha cabeça entre eles. Eu estava me sentindo o ser mais repugnante do planeta. Eu tinha destruído a minha família!


Foi quando a porta se abriu e o Seth, Embry e a Ray entraram. Eu levantei e os abracei com toda a força que ainda me restava. Palavras de desculpa saiam como ‘bom dia’ da minha boca.


- Deixa de coisa, Nessie. Isso ia acontecer em uma hora ou outra. Estava tudo muito bem arquitetado. Pelo menos o que você descreveu no diário. – Embry falou me dando um abraço de urso característico do Tio Emm, que me fez chorar por saber que eu tinha o mandado pra guerra por um motivo estúpido.


- Cadê meus filhos? – eu perguntei a Ray. – Eles estão seguros, certo?


- Eles estão bem. Eles estão na reserva com o Billy e os outros. – Embry respondeu e meu coração se encheu de tranqüilidade. Pelo menos uma parte de mim estava salva.


- E você, vocês tão aqui! – falei abraçando-os.


- É! Os Cullens acharam melhor nos trazer pra cá, pra ficarmos de olho nas meninas. Por que como os Volturi não sabe da existência delas, eles preferiram prevenir. – Seth falou dando um beijo estalado na Ray.


- E eu vou te agradecer pra sempre por ter trazido meu Seth pro meu lado! – Ray falou exibindo o melhor sorriso no rosto.


- Eu tenho certeza que tudo vai acabar bem. E agora que eles estão aqui, eu não vou mais deixá-los voltar. – Reissy falou enquanto vinha ao nosso encontro.


- O Tio Emm deixou vocês aqui, sozinhos? – sorri maliciosamente. – Ainda mais depois do que aconteceu comigo e com o Jake?


- É! Digamos que sim. – Embry abraçou Reissy pela cintura.


- E eu tive que achar um lugar no meio da campina? Ah! Isso é injusto! – fingi-me de ofendida.


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Depois de um tempo de conversa na tentativa de esquecer o que estava acontecendo no momento e de recarregar minhas energias, eu me sentei e fiquei fitando os casais ali presentes. Ray e Seth estavam na porta da casa, sentados na soleira da porta, abraçados como um só. Reissy e Embry estavam na cozinha, preparando algo pra eu e os meninos comerem. E eu estava lá, sozinha. Porque o homem da minha vida tinha ido atrás de mim, praticamente em uma guerra, por um vacilo meu.


Chorei um pouco no sofá, tentando esconder das meninas meus sentimentos, minha angústia. Eu tinha feito aquilo sozinha, e não seria justo que todos acabassem sofrendo conseqüências por minha causa. As fungadas eram leves, e disfarçadas em espirros. Eu não queria que eles sentissem pena de mim, eu queria que eles estivessem furiosos comigo. Eu estaria bem melhor se alguém tivesse jogado na minha cara tudo o que eu fiz, ao invés de passarem a mão na minha cabeça e fingir que eu não tive culpa nisso.


Peguei um celular que estava na mesa de centro e disquei o número de Billy.


- Oi, Billy! – falei pesadamente. – É a Nessie!


- Nessie?! Graças a Deus você está bem, querida! – ele respondeu animado, e eu pude ouvir ao fundo pequenas vozes entusiasmadas, que fizeram meu coração dar cambalhotas de alegria. Eram meus bebês! *-*


- Oh Billy. Desculpe por Jacob. Foi tudo minha culpa! Eu... – fui interrompida por ele.


- Renesmee, você não teve culpa em nada. Eu imaginava que isso fosse acontecer uma hora ou outra. Por mais difícil que a situação possa parecer, vai correr tudo bem. Funcionou uma vez, certo? Porque haveria de falhar agora?


- Eu... eu só tenho medo! – falei entre lágrimas que já brotavam em minha face.


- Você não deveria ter medo. Tem pessoas aqui que estão acreditando muito na sua força, e que dependem de você pra sobreviver. Então, seja a mulher forte que eles pensam que você é. – ele tentou me animar, o que deu certo. – Nem que seja de mentirinha. – e terminou seu discurso rindo.


Eu tive que acompanhar aquela risada. Eu sabia que eu não era forte nem nada, eu só era uma adolescente irresponsável que tinha medo de tudo. Mas eu era. Definitivamente, hoje eu sou outra pessoa. Assim espero.


- Obrigada, Billy. – respirei fundo. – A princípio, eu liguei pra você, porque imaginava que você fosse a única pessoa que pudesse me falar a verdade. Pensei que você fosse a única pessoa que atiraria pedras em mim. Mas, você foi melhor do que isso. Agora, eu posso escutar meus bebês?


- Vou colocá-la no viva-voz. - Ele assentiu.


- Oi bebês! – falei emocionada por ta falando com os meus bebês depois de todo o tempo separados.


Eu não entendia ao certo o que eles estavam falando, mas eu chorava só de escutá-los falar comigo, escutar a vozinha doce da minha Ammy e do meu Tony. De repente, eu escutei a palavra mais linda do mundo, saindo da boca das pessoas mais importantes da minha vida!


- Mama!


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- Gente, meus bebês! Eles estão chamando mamãe! – falei emocionada depois de ter desligado o telefone e ter dado todas as dicas e precauções pro Billy.


- Sério? Eu já imaginava que isso fosse acontecer. Eles estão bem grandinhos! – Ray falou animada enquanto me abraçava.


- Eu perdi o crescimento dos meus próprios filhos. – sentei no sofá triste.


- Não fica assim, Nessie. Com certeza você terá tempo pra suprir essa falta! – ela afagou meus cabelos.


- Eu já liguei pra Tia Alice. Ela tinha levado o celular, e eu imagino que ela já tenha visto que você está aqui. Não visto você, porque você sabe que ela mal te ver, mas ela já deve ter visto que nós mudamos de plano.


- Ok! E o que ela disse? – perguntei enquanto mastigava uma fatia de torrada com geléia de morango.


- Ela disse que por mais incrível que pareça, está tudo correndo muito bem. Aro não sabia do ocorrido, e o vô Carlisle está conversando com eles. Mas o difícil mesmo, é controlar o seu pai, ele está possesso com tudo isso. Já teve até uma batalha, mas foi interrompida logo pelo meu pai e o Tio Jasper. Mas está tudo bem. – Reissy explicou.


- E o Jacob? – perguntei com os olhos brilhando.


- Tia Bella está tentando controlá-lo, e agora ele já está bem mais tranqüilo porque você voltou e está bem. Mas ele ainda quer matar o tal do Vincent por ter dormindo com você! – Ray respondeu.


- Nem casou e já está traindo seu namorado, Nessie? – Reissy indagou sarcasticamente. Eu ri. Até que enfim ela tinha voltado ao normal.


- Prefiro nem responder ao seu comentário. – olhei-a com descaso.


- Acho que primeiramente, conseguimos evitar uma batalha. Mas eu não posso garantir que a tranqüilidade vá reinar entre os Cullen e os Volturi. Pelo o que eu conheço do meu pai e do Jacob, eles não medirão esforços pra acabar com aqueles que tentaram nos destruir. E eu vou está na primeira fila pra vê-los cair.


- Nessie, você ta me assustando. – Ray respondeu me tirando dos meus devaneios.


- Desculpa. – respondi.


- Tá. Tia Alice não comentou nada sobre o que nós deveríamos fazer. Mas alguma coisa me diz que não é nada seguro deixar vocês aqui. Sabe como é né?! Eles podem vir atrás da gente. – Embry concluiu.


- Nada que eu não conseguisse lutar contra. – Reissy rolou os olhos.


- É, mas eu não quero minha princesinha se machucando por qualquer besteira não. – ele a abraçou e deu um mega beijo.


- Sério. Procurem um quarto. – rolei os olhos e saí de perto deles.


- Anrram. Interrompendo a pegação aí, mas eu acho que o Embry tem razão. Lá tem o resto da alcatéia, e lá você vai poder ficar perto das crianças.


- A gente pode ir agora, então!? – pedi com a carinha de cachorro pidão.


- O espírito de mãe bateu mesmo, hein?! – Ray comentou rindo.


- Certo. Lá vai ser bem interessante. – Reissy riu. Eu tinha certeza que naquele olhar tinha um brilho de malícia. Lógico que ela tava empolgada, a Tia Alice não vê o que tpa acontecendo por lá por causa da quantidade de lobos, e lá eles vão poder ir além na relação.


- Você é uma pervertida. – Ray comentou ao fundo entre risadas. Com certeza ela tinha compartilhado do plano da irmã, acidentalmente. A sorte de Reissy é que a Ray é fofa demais pra contar tudo pro tio Emm.


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Notas finais do capítulo

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por favooor, desculpem a demora!
É que final de período é conturbado demais, eu quase não passei nas matérias, tudo bem q eu perdi uma >.
então, o post é grande pra compensar a demora. Se tiver erros, desculpa, mas o corretor automático do meu word não tá funcionando :P

ah, eu postei a minha OneShot, o nome é Ovelhas Negras - Meninas Cullen http://fanfiction.nyah.com.br/viewstory.php?sid=51929
é divertida, eu acho. kkk, enfim, é isso!
reviews sempre, e se der, olhem a one shot, x)



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