A ida à La Push foi ótima. Chegamos lá, Billy abriu as portas da casa com um sorriso de orelha a orelha, aposto que deve ter sido por se livrar dos meus bebês.

            Mas eu nem sequer tive o ímpeto de ter minha atenção desviada. Parte da minha vida estava ali, meus amores, meus dois pimpolhos.

            Estavam no canto da sala, separados por um monte de almofadas, Billy não deve ter tido tanta coordenação motora assim, e acho que foi a melhor opção que a Emily deve ter encontrado pra deixá-lo um pouco mais sossegado.

            Eles me chamavam com as mãozinhas gritando por “Mama” por todos os lados. Senti meus olhos encherem de lágrimas. Uma coisa era ouví-los pelo telefone, outra coisa era vê-los ali, precisando tanto de mim. Me culpei por todos os momentos que eu perdi com eles, por pura vontade de mostrar ao mundo que eu tinha crescido. Bufei.

            Estiquei os bracinhos e peguei a Ammy no colo. Ela tava bem agitada e não parava de ficar puxando meus cabelos.

            - Calma, Ammy. É a mamãe mesmo que tá aqui! – fiquei fazendo cafuné na cabeça dela, enquanto o Tony puxava minha roupa sem parar.

            De repente, eu não entendi ao certo o que houve, mas as almofadas que tavam fazendo uma barreira cairam em cima do Tony, e ele começou a chorar.

            Coloquei a Ammy de volta no chão, e peguei o Tony.

            - Pronto. Passou, passou. – fiquei repetindo inúmeras vezes enquanto massageava a perninha dele.

            - Já começou a derrubar as coisas? – Billy comentou vindo em minha direção e pegando a Ammy no colo. – Você não vai parar nunca de fazer isso né, monstrinha do vovô?

            - Co...como assim? – perguntei confusa.

            - Ainda não percebeu?! – ele indagou surpreso. – Ah, então você começou a fazer isso aqui na casa do vô, não é mesmo?

            Enquanto ele falava isso, a Ammy encolhia os ombrinhos em sinal de culpa.

            - Isso o quê? – indaguei pedindo por mais explicações.

            - Toda vez que ela quer alguma coisa, ela derruba algo. Acho que ela tem essa coisa estranha que vocês tem. Poder né? Ainda não entendi o porquê. Vocês são vampiros e não super heróis.

            Ri com o comentário dele e afaguei os cabelos de minha pequena.

            - É, parece que eu perdi mesmo muita coisa por aqui.

            O dia se passou de forma tranquila, tentei aproveitar ao máximo os meus filhos, mas o sono me dominou e eu acabei pegando no sono na antiga cama do Jake. As meninas tinham ido dormir na casa dos seus respectivos namorados. Não que eu achasse isso errado, mas, ah, a quem eu quero enganar, é bom!