Eu acordei, e estava no quarto com o Vincent ao meu lado.

- Bom dia, amor. – ele me deu um beijo.

- Bom dia. – eu falei ainda sonolenta. – O que aconteceu? Minha cabeça ta doendo muito! – falei com a mão na cabeça.

- Você deve ter se machucado em algum lugar. Quando eu cheguei em casa, você estava no chão. A Jane tava tentando te ajudar a levantar. – ele explicou.

- Estranho. – cocei a cabeça. – Olhei pro calendário e vi que tinham se passado 2 dias. – Eu dormir por todo esse tempo?

- Dormiu. Achamos melhor não te acordar, você estava dormindo muito profundamente. – ele falou acariciando meus cabelos.

- Ok. Mas, deixe-me levantar. Eu tenho muita coisa pra fazer. – falei e fiquei sentada na cama.

- Não se esforce, Summer. – ele me recriminou. – Escuta, vamos voltar pra Volterra. Eu sei que você ta sentindo falta de lá.

Afirmei com a cabeça e levantei.

- Quando partimos? – perguntei trocando de roupa.

- Hoje mesmo. Assim que eu voltar. Vou dar uma saída mas volto rápido. Acho que a Jane vai ficar pra te ajudar com as coisas.

- Não precisa. Ela não deve gostar muito disso. Deixa comigo! – falei simpática. Não era todo mundo que gostava de fazer trabalhos domésticos, eu não gostava, mas não tinha outra opção.

- Tudo bem. – ele afirmou e saiu de casa pela janela.

Fui fazer as coisas e me toquei que estava sozinha em casa. Eu tinha muito trabalho pela frente.

Desci e comecei pelo escritório. Eu nunca tinha ido lá pra limpar, mas acho que antes de viajarmos, seria necessária uma limpeza no local.

Adentrei empurrando aquelas portas gigantescas de madeira bruta. O local era pouco iluminado e bastante sujo.

Comecei pela mesa, tirei toda a poeira, organizei os papéis que estavam ali em cima, e abri a gaveta pra colocá-los. Surpreendi-me ao ver um livro antigo, com uma palavra na capa, Renesmee.

Renesmee? Eu... eu conheço esse nome. Fiquei tentada e acabei abrindo pra ler o que tinha dentro.

Dia 12 de setembro

“Tudo estava indo super bem. Eu tinha voltado pra casa depois de toda a confusão que teve, meus pais tinham me perdoado e até deixado que eu continuasse com o Jake (como se eles tivessem escolha), eu fiz as pazes com minhas primas e tudo mais. Até comecei a comer comida humana.“

Continuei folheando as páginas e imagens vinham a tona na minha cabeça. Jake? Oh meu Deus, eu sei quem é o Jake. Jacob Black.

Fiquei confusa com todo aquele flash de coisas que vinham na minha cabeça. Imagens, sons, vozes. Uma sequência lógica de pensamentos que substituía todas as atuais lembranças que eu tinha. Que as deletava, como se elas nunca tivessem feito parte da minha vida de verdade.

“Pensa, pensa, PENSA! Vamos lá, Nessie! Você é tão esperta, pode pensar em alguma coisa! “Ah, minha barriga. Então, acho que comida humana está me engordado mesmo não é?”

Minha barriga? Coloquei a mão no meu ventre e mais flashes vieram a tona!

- Meus filhos! – lembrei-me na mesma hora.

Eu precisava fazer alguma coisa. Eu me lembrei de tudo. Eu não era Summer Volturi, eu era Renesmee Carlie Cullen. Filha de Edward e Isabella, neta de Carlisle e Esme e Charlie e Reneé, sobrinha de Jasper, Alice, Rosalie, Emmett, primas de Reissy e Ray.

- Oh meu Deus! – por impulso peguei o meu antigo diário, uma mochila e sai num impulso sobre-humano pela janela do escritório.

Corri como se nunca tivesse corrido na vida, não sabia pra onde eu estava indo, eu só precisava correr pra longe daquele lugar.

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Cheguei na floresta onde dias atrás tinha me encontrado com Jacob. Eu não tinha cumprido a minha parte da promessa, eu não havia voltado. Fiquei pensando em todas as possíveis coisas que puderam ter acontecido até agora.

Jake não deve ter conseguido esconder do meu pai que tinha me encontrado, e meu pai deveria ter ficado incrivelmente irritado com ele, a ponto de... ai meu Deus, espero que meu pai não tenha feito nada demais com o Jake.

E se eu bem conheço meus tios, principalmente o Tio Emm – que não se perdoaria de ter uma briga de frente com os Volturis – devem está em Volterra, nesse exato momento!

Eu tinha que fazer algo. Isso tudo foi por minha causa!

Eu corri o mais rápido que eu pude para encontrar algum caminho conhecido e conseguir voltar pra casa. Estava esperando não me bater com o Vincent nem com a Jane no caminho, eu só precisava de um pouco de sorte.

Foi quando eu vi, depois de tanto correr, o trilho dos pneus na terra molhada da floresta, na verdade, se não fosse pela super observação de vampiros, talvez em nem tivesse notado. Mas dali, eu conseguia seguir um caminho para a minha antiga casa.

Não me contive e aumentei a velocidade, chegando ao meu máximo. Minhas pernas já não estavam mais me obedecendo, o ar queimava quando passava pela minha garganta, eu não sabia se eu agüentaria mais, mas eu tinha que continuar. Minha vida estava bem diante de mim, e não seria por força que eu a perderia.

Não consegui nem ao menos bater na porta. Ao subir os degraus da soleira, eu perdi a consciência.