Sundelly Sun escrita por caroldaa


Capítulo 13
Nova Zelândia (Rosalie POV)




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Eu odeio quando me escondem as coisas, mas confesso que existem coisas que com um suspense são bem melhores. Eu também odiava o fato de Alice sempre saber das coisas primeiro do que eu, na verdade, eu odeio um monte de coisa que acontece ao meu redor. Mas não é por mal, é só pelo fato de todos terem um poder especial e beleza, e eu só tinha beleza. Não que eu me incomodasse com a minha beleza, ela era realmente magnífica, mas, eu preciso de mais alguma coisa em minha vida.


            Descobri a viagem que eu faria com o Emmett no dia que ele, Edward, e Jasper estavam discutindo sobre a guerra fria que fariam por Renesmee, eu não me meti nessa história. Senti-me muito ofendida por ela ter fugido sem nem ao menos ter pensado em mim, que sempre a protegi e a tratei com mimos, como se fosse minha própria filha. Mas também não me assusta tanto o fato como ela agiu, ela é impulsiva como o Edward e muito teimosa como Bella. Não sei o que meu irmão viu naquela garota.


            Emm tava muito empolgado com essa viagem, e não tinha como eu não me empolgar também. Estávamos indo para um lugar fantástico, e eu estava indo com o cara mais lindo e perfeito do mundo: Emmett Cullen


            Alice, como sempre, arrumou toda a mala pra viajarmos. Dez dias na Nova Zelândia, não sei por que, mas tava sentindo que isso ia mudar a minha vida. Aproveitei que ainda tinha um tempo e fui olhar o que Alice tinha posto em minha mala, metade das roupas que tinham lá dentro eram langieres. Alice tem alguma espécie de fixação por esses trajes! Era demais, ela era viciada neles, e vivia fazendo com que todas as mulheres da casa usassem, acho que Esme era a única que não se enquadrava nessa categoria, assim espero.


            Bella ainda estava em repouso, mas já estava bem melhor. Já podia levantar mas não poderia praticar nada com o Edward, graças aos ouvidos sensíveis de todos os vampiros do mundo, porque ninguém era obrigado a gostar de ouvir os seus ‘gritinhos’ durante toda a madrugada. Não que eu e o Emmett fossemos discretos nas nossas relações, mas sempre quando queremos exagerar vamos a um lugar mais reservado, quando dava tempo.


- Estamos partindo hoje a noite, espero que fique tudo bem. E me avisem se Renesmee voltar pra casa, to precisando ter uma conversa séria com ela. – Falei seriamente para o Edward.


- Tudo bem, avisamos sim! Boa viagem, e contenham-se no avião pelo menos, não esqueçam que tem outras pessoas no mesmo ambiente que vocês. – Edward falou soltando um sorriso cínico.


- Pode deixar, maninho. Ao contrário de vocês, a gente sabe esperar, né Emm? – olhei pra Emmett que estava levando as malas para o jipe.


- Não prometo nada. – Ele coçou a cabeça com a mão livre. Emmett não pensava em muita coisa a não ser isso, e eu adorava, mas tinha que fazer um papel de boa moça né?


- Tchau Carlisle, tchau Esme. – me despedi dos meus pais, depois vocês pegam o jipe no aeroporto ok?


- Ok! – Esme me deu um beijo na testa. – Se comportem filhos, juízo!


“Juízo numa segunda lua de mel? Era complicado!”


- Eu ouvi essa viu, Rosalie? Depois quer dizer que nós que só pensamos nisso. – Edward e sua mania de se meter nos pensamentos alheios.


- Vamos Emm, não agüento mais ficar olhando pra cara desse idiota. – Puxei Emmett e seguimos para o jipe. Nosso vôo não demoraria a sair, teríamos o tempo necessário pra o check in e dispensarmos as malas.


            Já tínhamos caçado antes de partimos, bebemos sangue suficiente para segurar por um bom tempo, mas eu me preveni e levei um pouco em uma garrafa térmica. Mulheres né? Sempre pensam em tudo.


            Chegamos ao aeroporto, fizemos as coisas que tínhamos que fazer e seguimos para embarcar. O vôo de primeira classe é bem confortável, Emmett ficou vidrado nos jogos da liga que estava passando na TV, e dava pra perceber que ele estava gostando mais pelo fato de Alice não estar por perto e contar o final do jogo.


            Eu passei o caminho todo lendo umas revistas e escutando umas musicas. Estava planejando vários passeios por lá. Viveremos esses 10 dias como morcegos, mas não dormiremos durante o dia, aproveitaríamos o máximo de tempo possível aproveitando a nossa lua de mel, e durante a noite, se déssemos alguma trégua, poderíamos visitar lugares exóticos e as praias maravilhosas que lá existiam.


            Depois de muito tempo, chegamos lá. Desembarcamos no aeroporto de Auckland e pegamos um táxi em direção ao Chateau Blanc Suites-Clarion  Hotel. Fizemos o check in, pegamos nossa bagagem de mão e seguimos para a suíte máster. Era tudo lindo, uma cama redonda muito confortável e uma vista maravilhosa para o mar. Claro que tínhamos que nos mantermos longe da vidraça, pois o sol incidia e ficaríamos brilhantes pelo quarto, seria estranho para as outras pessoas. Tínhamos que pedir comida pelo interfone, não que precisássemos lógico, mas pra não levantarmos suspeitas, afinal, ficaríamos um bom período da manhã no quarto, desfrutando da nossa lua de mel.


            No primeiro dia fizemos loucuras naquela suíte, quebramos objetos, destruímos travesseiros, e bagunçamos todos os cantos do quarto. A banheira de hidromassagem foi o mais empolgante de todos, Emmett parecia não se saciar nunca, mas sempre havia pausas para os jogos da liga, que pareciam não terem fim.


            Anoiteceu e eu me arrumei para sair, aproveitar as festas e lugares badalados que existiam pela cidade.


- Emmett, vamos logo! – fiquei puxando o pé dele e ele lá, deitado na cama assistindo mais um jogo da liga.


- Ow Rose... espera um pouco, faltam só 20 minutos para acabar. VAI! – ele não tava dando a mínima atenção pro que eu estava dizendo, gritava pra TV como se os jogadores fossem escutá-lo e fazer o que ele tava mandando.


- EMMETT CULLEN, OU VOCÊ DESLIGA ESSA TV E SAI COMIGO AGORA, OU VOCÊ VAI PRECISAR CANSAR MUITO A SUA MÃO PORQUE EU NÃO TRANSAR COM VOCÊ O RESTO DA VIAGEM! – falei furiosamente enquanto fitava-o. Ele apressadamente desligou a TV e foi trocar de roupa. Em menos de trinta segundos ele já estava pronto, do meu lado, abrindo a porta pra gente sair.


- Bem melhor assim! – dei um beijo em sua bochecha e descemos pelo elevador.


- Então, sua ameaça não vai acontecer né? – ele perguntava preocupado enquanto alisava meus cabelos e me abraçava.


- Não, não vai. É só você continuar se comportando direitinho, e você vai ser muito bem recompensado. Prometo! – pisquei pra ele.


- Sim senhora! – ele retribuiu a piscada.


            Fomos a vários pontos turísticos da cidade, entramos em museus, e estávamos conversando sobre nós dois quando fomos abordados por duas adolescentes que pareciam querer nos assaltar.


- Mãos pro alto, vocês dois! Estamos armadas, melhor não reagir e passar tudo. – A mais velha falava. Não ficamos com medo, lógico.


- Vocês não sabem com quem vocês tão mexendo... – vi os olhares de Emmett ficarem vermelhos e a raiva tomarem conta do seu corpo.


- Calma amor. – eu olhei bem aqueles olhos das garotas que estavam ali na nossa frente. Elas tinham uns olhares de medo, angústia. Eu segurei Emmett pelo braço. – Não reaja.


- Isso, isso! Não reaja mesmo. Ou a gente vai acabar machucando vocês. - ela falava recuando e avançando sem saber se nos atacava ou não.


- Passa a bolsa logo, madame! – A outra puxava a bolsa dos meus braços.


            Eu não poderia largar minha bolsa e deixar aquelas meninas irem embora. Alguma coisa nelas havia me fixado. Fez-me querer tê-las, e porque não tentar? Carlisle e Esme tiveram a capacidade de nos criar de forma magnífica. E até mesmo Edward e Bella que não têm muita responsabilidade e é o casal mais novo, conseguiram criar Renesmee, apesar dos pesares. Não deve ser muito difícil, e eu mais que ninguém merecia isso. Eu nasci pra casar e ter filhos, mas acabei me transformando antes de conseguir realizar meus sonhos, meus dois maiores sonhos. Olhei ao redor e vi que a noite estava tranqüila, não havia ninguém na rua, e tinha um beco próximo de onde estávamos.


            Eu tive uma conversa rápida com Emmett, mas uma conversa muito rápida a ponto delas ficarem confusas olhando tentando descobrir o que estávamos falando.


- Emmett, vamos transformá-las. – falei convictamente.


- Vamos o que? Você ficou louca?


- Elas estão numa vida de crimes, não deve ter outra opção para elas.


- Rosalie, muita calma! Tem certeza do que você quer? – ele olhou-me nos olhos.


- Mas que absoluta certeza!


            Nós avançamos e levamos as garotas para o beco. Elas ficaram desesperadas com a nossa rapidez, e até nos esfaquearam, em vão. Eu tapei a boca da mais velha e a mordi, eu estava tão esperançosa que nem ao menos o medo na hipótese de não conseguir parar na hora certa. A outra ameaçou fugir, mas foi contida por Emmett. Ele ficou me fitando, com o olhar apreensivo, ele não sabia se eu iria conseguir, mesmo eu tendo total certeza disso. Eu joguei o meu veneno na corrente sanguínea da garota, eu sabia o quanto ela iria sofrer durante esses três dias, mas não me arrependi. Quando eu olhei para a outra garota mais jovem, ela estava desesperada, chorando e com muito medo do que nós éramos e no que tínhamos feito com a sua irmã.


- O que vocês são? O que fizeram com a minha irmã? Vocês a mataram? Ela é a minha única família! – ela gritava desesperadamente, e se debatia pra sair dos braços de Emmett.


- Desculpa ter feito isso, mas não foi com a intenção de ferir vocês. Acredite foi para o bem de todos.  Nós somos vampiros, e vivemos em família. Não precisam se preocupar, vocês tem uma família agora. – eu expliquei calmamente e fui o mais sincera possível.


- Uma família monstro? Por mais que a idéia de família seja boa, não quero viver matando as pessoas. – ela chorava ainda mais. Eu enxuguei as suas lágrimas.


- Mas vocês matam pessoas, vocês iam fazer isso se não entregássemos minha bolsa. – eu falei olhando diretamente em seus olhos. – E não fazemos isso! Não matamos a sua irmã, apenas estamos dando a vocês a oportunidade de terem uma família.


- Nós fazemos o que fazemos para pagar ao Killer. Ele nos obriga a fazer esse tipo de coisa, e outras muito piores para darmos dinheiro a ele, não temos outra escolha. – ela chorava ainda mais, lembrando da história que vivia naquelas ruas macabras da Nova Zelândia.


- Agora vocês têm. – eu a mordi da mesma forma que eu tinha feito com a sua irmã. Agora, eu tinha uma preocupação de não conseguir parar no momento certo, mas Emmett ficou ao meu lado e me deu conforto. Eu me senti muito mais seguro e continuei o trabalho. Parei no momento exato de espalhar o meu veneno pelo seu corpo, e ela desmaiou da mesma forma que sua irmã havia desmaiado.


            Pegamos as duas garotas do beco e levamos pro hotel que estávamos hospedados. Corremos rapidamente para que nenhum funcionário notasse a nossa presença, teríamos tempo para escondê-las enquanto elas se transformavam. Foi quando as coisas começaram a ficar mais claras e a razão começou a falar mais forte. Como eu as tiraria daqui sem que elas causassem nenhum dano às pessoas ao nosso redor?


            Peguei o celular e liguei pra Carlisle, ele me ajudaria de alguma forma.


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Notas finais do capítulo

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mais duas personagens novas na história! :) espero que vocês gostem :)



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