A Última Carta escrita por Camí Sander


Capítulo 18
Last letter?


Notas iniciais do capítulo

Demorei menos dessa vez?
Espero que gostem, mesmo, mesmo.
Hoje é niver do meu marido Cupcake 69, então meus parabéns para ele!
(Quem não sabe, Harold disse que pode namorar qualquer uma, mas sempre será casado com suas fãs, então ele é meu marido!)



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–Bella? – chamou-me alguém batendo na porta. – Isa, você está aí?

Suspirei e levantei-me. Nem tinha percebido que havia cochilado depois de chorar pelo canalha novamente. Já fazia algum tempo que isso não acontecia. Eu talvez estava com vontade de chorar e precisava de um motivo.

–Ah, se aquela garota não me ouviu e foi para casa, eu vou acabar com ela! Ah vou sim! – reclamava Alice na porta. – Isabella, por favor, pelo bem que você tem à sua vida, abra essa porta e deixe-me entrar!

Andei furtivamente pelo quarto e olhei o trinco, não aguentei e me joguei de volta na cama.

–Não está trancada, Alice! – retruquei mais alto, deitada de bruços.

Ela abriu a porta num rompante e se jogou caindo sentada na cama.

–Por que raios não falou antes? – ela bateu na minha bunda. – Por acaso eu estava te chamando há quase cinco minutos inteiros!

–Eu estava dormindo – resmunguei, virando a cabeça para fitá-la.

–Levante-se! – ordenou, fazendo o gesto. – Vamos almoçar no restaurante para comemorar o aniversário do meu irmão.

–Mas isso não foi ontem?

–Não, ontem foi o meu aniversário! E, talvez, um presente para o Edward. Ok, na verdade foi um presente para mim que o Edward e você me deram.

–Alice, eu não te dei presente. Na verdade, tenho que ir comprar um logo – pensei alto.

–Vocês me deram um presente muito lindo! Dançaram juntos! – ela cruzou os braços e, antes que eu falasse alguma coisa, ela já estava falando novamente: - Esse foi o melhor presente que você e o meu irmão poderiam me dar. O outro você pode me dar no natal, não tem problema.

Eu ri e me sentei para ver melhor o que ela estava planejando. Ela estava radiante, o que me dizia que não vinha boa coisa dali.

–Meu irmão escreveu mais uma carta – ela piscou.

–Rasgue-a agora mesmo – ordenei.

–Você não está curiosa? – ela fez um beicinho e estendeu-me o envelope que continha meu nome na frente.

–Não.

–Tem certeza? – sorriu de canto.

–Eu tenho a mais absoluta certeza de que não quero ver a porcaria da carta que ele escreveu, Mary Alice Cullen! – quase gritei e ela se assustou.

–Posso ler, então? – suplicou.

Com raiva, puxei a carta das suas mãos e rasguei sem nem mesmo abrir o envelope. Alice me olhou chocada e triste. O que eu poderia fazer? Deixar que ela ficasse tirando sarro da cara do irmão? Se ela soubesse que eu havia negado o pedido dele, ela possivelmente me demitiria e pela mesma razão que demitira a Jessica: nada.

–Antes que fale alguma coisa: eu não queria ler por três motivos! – eu nem deixei que ela falasse, mesmo com a abertura visível da boca – Que são: não quero ler e descobrir que ele mente cada vez mais. Não quero ver que ele quebrou a promessa da última carta, que era exatamente ser a última carta. E não quero saber o que Edward pensa por meio de um papel – finalizei jogando os pedaços no lixo.

Ela fez um beiço sem tamanho e pensei que iria pegar os papéis do lixo mesmo, mas ela não o fez, ainda bem. Fulminou-me com os olhos e, mandando que eu me vestisse melhor, saiu marchando do quarto, encostando a porta.

Se eu não fizesse o que Alice queria, depois de ter trucidado a carta, ela me estrangularia e, provavelmente, cortaria a minha cabeça para pendurar na parede da sala dela. Então foi fazer o que ela “pediu tão gentilmente” ao sair.

Quando estava saindo do banheiro, totalmente arrumada, ouço umas batidas hesitantes na porta. Bem faltavam meus sapatos, então falei que a porta estava aberta enquanto procurava-os. Edward apareceu com a cabeça por entre uma fresta.

–Vim chamar. Estão todos te esperando no saguão – ele mordeu o lábio.

–Obrigada – olhei-o rapidamente e sorri.

–Posso entrar? – pediu ainda mordendo o lábio, talvez para não desmanchar o penteado.

–Claro – dou de ombros.

Ele entra e fecha a porta suavemente, sem trancar, para vir se sentar ao meu lado na cama. Notei que suas mãos tremiam um pouco, mesmo que eu estivesse olhando para minhas sandálias.

–O que houve, senhor Cullen? – sorri, ainda mexendo nos sapatos.

–Alice me falou sobre o destino da carta – sussurrou, embolando os dedos uns nos outros.

–Veio me condenar também? – parei com os calçados no pé e olhei-o altivamente.

–Não. Eu vim lhe dizer o que estava na carta – deu de ombros.

–Quem disse que eu quero saber?

–Eu disse.

–Mas você está totalmente erra... – ele colocou o indicador em meus lábios, me impedindo de continuar.

–Só escuta. Alice me falou de seus motivos e acho que está certa em tê-los, mas errada em julgar sem saber.

Assenti e ele baixou a mão, mas eu sabia que aquilo seria até eu começar a falar novamente, então fiquei calada. Os dedos dele me deixavam como circuito elétrico, mesmo estando só por cima da boca. Mesmo estando na minha mão, como estavam agora.

–Você disse que teve medo de saber o que estava na carta. Eu tive medo de escrever ele riu consigo, enquanto fitava o colchão. – Só queria te dizer que você estava certa em algumas coisas.

–No que seriam?

–Eu minto muito – ele me olhou nos olhos. – Minto todos os dias, principalmente para mim. – então voltou a fitar o colchão. – E, provavelmente, menti demais para você, então tem razão em desconfiar. Também quebrei a promessa de ser a última carta. Sim, eu quebrei, mas apenas porque eu não tinha coragem de falar com a boca o que eu quero. Da minha boca você só ouve besteiras – ele riu novamente.

–Isso não é nada que eu já não tenha reparado – eu ri também, para deixar o clima repentinamente tenso, um pouco mais leve.

Rindo mais um pouco, ele pegou minhas mãos entre as suas e começou a brincar com meus dedos. Então levantou os olhos para os meus e sorriu torto.

–Posso falar o restante enquanto almoçamos?

–Claro – falei sem pensar.

Ele se levantou me puxando para cima e abriu os braços, num convite mudo para um abraço. Prontamente atendi. Afinal, estaríamos comemorando o aniversário dele que era no dia seguinte. Apertei-o contra mim, sentindo o cheiro delicioso de seus cabelos.

–Obrigado – ele sussurrou.

Logo estávamos no elevador. O clima estava estranho, mas ameno e suportável. Edward ainda estava morrendo de nervosismo e isso me deixava nervosa também! Quando nos encontramos com todos no restaurante do hotel, Edward me obrigou a sentar-me na mesa do seus pais. Não reclamei, afinal, eu gostava deles.

–Edward já lhe disse? – perguntou-me Carlisle, sorrindo torto.

–Disse o que? – olhei de um para o outro deliberadamente.

–A razão por você ter vindo como acompanhante dele – Esme sorriu.

–Não... – fixei meus olhos desconfiados em Edward e ele corou.

Como pôde corar?! E como pôde ficar tão lindo assim?! Deveria ser proibido esse tipo de ato. Pelo menos na minha frente! Ah, mas ele que se explicasse logo, senão eu arrancava aquelas bochechinhas lindas da carinha dele com as unhas!

–Tem que ser agora? – ele mordeu os lábios e fitou os pais. – Não podemos deixar para depois do almoço?

–E você quer ser alvo do ataque de vômitos que vai me dar? – Alice arqueou uma sobrancelha.

–Amor, você está exagerando – Jasper fez careta.

Comigo é tudo na lata! – exibiu-se.

–Por acaso eu estou esperando, Edward – cruzei os braços.

Ele se levantou e ficou de frente para mim, com os olhos temerosos.


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Notas finais do capítulo

E então? O que achara?
Só eu que estou na expectativa de querer saber o que o Edward vai falar?
Será que ele vai falar tudo agora?
Me contem o que acham. (Eu, particularmente, estou achando a fic muito comprida, mas estou tentando reduzir para não ser cansativo) Vocês acham que estou fazendo bem?
Beeijos, minhas flores, comentem para que eu decida o que fazer agora, ok? Porque tantas leitoras e tão poucas com vontade de comentar? Isso é injusto!



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