A Última Carta escrita por Camí Sander


Capítulo 12
Não importa mais


Notas iniciais do capítulo

Só porque eu sou querida com as minhas flores.
Poxa, eu pensei que estava fazendo uma coisa legal com um capítulo bônus, mas só ganhei 2 reviews! :c
Espero mais nesse, porque eu escrevo com carinho para vocês.



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Bella Pov.

Era a quarta carta que eu estava lendo. A segunda resposta à minha carta. Eu rira alto quando Ben me mostrou a de seu aniversário. Agora entendia o que ele dissera sobre eu não lhe dar os parabéns enquanto ele me desejava felicidade.

Aquela era uma carta nova. Ele dissera que eu o transformara em alguém que só escreve coisas relevantes. Para mim, nada daquilo era relevante. Era bom saber como ele pensava em mim. Mesmo que em partes conseguia me machucar com as palavras.

Pequenina. Essa fora a melhor palavra que ele havia escrito para mim. De todos os abraços e beijos que poderia escrever, eu apenas lembrava que ele me via como uma pequenina. Isso talvez porque ele não se dera ao trabalho de medir a irmã. Aquela sim merecia o prêmio de menor pessoa do mundo. E não era anã.

–Essa agora – Ben me passou uma que pareceu a mais nova.

Olhei para ele, após segurar a carta.

–Tem certeza de que está me entregando na ordem certa?

–Quem se importa? – ele deu de ombros, aquele cara de pau. – Eu quero saber o que há nessa carta antes das outras. Anda, abre!

25/12/2014

Cansei de você! Você arruinou minha vida, Isabella!

A Juh me deixou, satisfeita? E, sim, foi por sua causa! Ela não aguentou que eu ficasse tentado a comentar suas fotos, ou que eu deixasse a sua janela do bate-papo aberta. Mas, caramba, eu não fazia por querer. Era automático!

Mas agora estou com outra garota. Ela se chama Elisa e você não vai me atrapalhar novamente. Vou ficar com ela e te excluir do facebook. Eu amo a Juh, amo a Elisa também. Mas é diferente. Eu quero deixá-las felizes. Quero ser feliz, mas você não deixa!

Já está decidido. Essa é a última carta. Como você mesma fez uma, eu estou fazendo a minha.

Quero pedir, não, ordenar seria mais correto, para que suma da minha vida. Nunca mais quero te ver, nem pensar em você, nem ouvir seu nome.

Já falei com Alice. Se ela tocar no assunto “Isabella” estará condenada a ser alguém sem irmão.

Saiba que de querida você não tem nada. Você é uma infantil que não merece ter nada nessa sua vida. Eu soube que foi fazer curso apenas para me encontrar por lá. Espero que seja a favor de um vácuo, pois é isso que irá receber de minha parte, caso a gente se encontre. Eu odeio você, garota insuportável.

Adeus,

Edward A. M. Cullen

Meus olhos se encheram de lágrimas inconscientemente e minhas mãos caíram pesadas em meu colo. Então era isso, ele desistira de mim.

–O que houve?

–Não consegue adivinhar, Rafael? – gritei jogando a carta de lado e procurando por uma mais recente. Não havia. Todas eram anteriores. Não me interessavam mais.

O que importava se ele diria que, bem no final, ele estava “cansando de mim”?

–Sabes de uma coisa? – em se levantou. – Ele não te merece.

–Não importa mais! – retruquei, juntando todos os papeis em cima da cama e colocando uma playlist que só continha músicas depressivas. – Quero que o Cullen se exploda com aquelas “amadas” dele! Ele as amava tanto que nenhuma suportou! Juh, Elisa, Milene, Gabriella... Todas as tentativas fracassadas de Edward nesses três anos! FIQUE COM ELAS, AGORA, SEU IMBECIL! – gritei em direção a casa dele. Como se ele pudesse me ouvir mesmo.

I'd catch a grenade for ya

Throw my hand on a blade for ya

I'd jump in front of a train for ya

You know I'd do anything for ya

Eu estava sentada na cozinha, chorando e cantando alto e desafinado, quando meu celular tocou.

–Alice – falou Ben. – Você não vai atender.

–Vou – funguei procurando meu celular.

–Não, não vai – ele cruzou os braços e o celular parou de tocar.

–Ben, meu celular, eu preciso falar com ela. Ela vai ter que devolver meu emprego à modelista anterior!

Mas, ao invés de me ouvir, ele sumiu. Gritei de raiva. E fui procurar meu celular. Quando queria, Benjamin era bem chato. Principalmente quando teimava com alguma coisa, como eu não atender o celular. Caramba, eu tinha deixado ele em cima da minha cama, tinha certeza, mas agora só haviam cartas.

Rafael Benjamín Sander, devolve o meu celular! – gritei para o nada. Ouvi sua risada, apenas e grunhi. – Ben, seu idiota, se você me deixar sem o celular, eu nunca mais falo com você! Juro!

–Quem jura mente – ouvi-o dizer.

–Ok, não quer devolver? Tudo bem, agora espero que nunca mais, NUNCA MESMO, OUVIU?, volte a dar as caras por aqui!

–Edward vai ouvir você falar assim e vai achar que você está falando com ele!

–QUE OUÇA! Quero que Edward Cullen se exploda com as suas queridas e amadas amigas! Eu ia ajudá-lo, se ele tivesse me tratado melhor! AH, antes que me esqueça: FELIZ NATAL PARA VOCÊ TAMBÉM, Edward! Porque não teve a DECÊNCIA de falar isso há dois anos! Só me odiou! Obrigada! Seu ódio me deixou muito FELIZ! Imbecil!

A campainha toca e eu desligo a música. Quem será agora? Se for a Alice, eu resolvo já o problema com meu emprego desnecessário na Colcci!

–É o Edward – sussurra Ben, meu celular aparecendo em cima da mesa.

Edward?! O que aquele idiota faz aqui? Já não bastou quebrar a droga da minha vida, não?!abri a porta de correr, da cozinha, com tudo e marchei até o portão. – O que quer? – perguntei rude ao homem com olhos verdes e cabelos acobreados.

–Como... como sabia que era eu? – ele parecia inseguro. Edward inseguro?

–O idiota do Ben me falou – dei de ombros e voltei minha cabeça para a casa.Não bate a porta, seu inútil!– gritei, mas a porta bateu sozinha. Bufei. – Como eu disse, inútil. Então, Edward, o que quer?

–Você está com alguém aí?

–Sim, meu irmão, Rafael Benjamín Sander! Aquele que você disse que não existedei um sorriso duro. – Entra e me explica o que faz por aqui. – dei passagem.

–Ele não existe, você sabe – ele me olhou temeroso. Dei de ombros e fechei o portão.

A porta da sala estava trancada, então demos a volta pela cozinha. Tive que fazer força para ela abrir. Não era uma das coisas mais leves do mundo, um vento nunca fecharia aquela porta. Dei um sorriso duro e envergonhado para ele.

–Perdoe a bagunça, mas eu estava um pouco ocupada tentando achar o meu celular.

–Ele está bem aqui – sorriu de volta, erguendo o celular da mesa.

Sentei-me em uma cadeira e fiz um gesto para que ele se sentasse também. Edward escolheu a cadeira em frente à minha, deixando as dos meus lados vazias. Tanto faz.

–É, mas não estava antes, então eu achei e trouxe para cá, para atender ao portão.

–Hmmm. E então, vi que está namorando. Bom gosto, o seu – ele falou tentando sorrir, mas notei um certo desapontamento em sua voz.

–Como você não tem nada a ver com a minha vida amorosa, agradeço-lhe, mas eu não estou namorando ninguém.

–O cara do parque.

–Ah, certo. Jacob. Tinha me esquecido de que você o viu – revirei os olhos. – Ele está noivo.

–Estás noiva? – ele arregalou os olhos. – Me-meus... meus para-parabéns!


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews? Espero que sim. Beeijos para as pessoinhas que lêem e não mandam reviews também. ;*
Ah, a música que a Bells está cantarolando aos berros na cozinha é Grenade, Bruno Mars.



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